O Pix já tem data para oferecer mais uma novidade: a função crédito. Está prevista para setembro deste ano a criação do serviço que vai permitir o parcelamento de uma transação Pix pelo pagador, com o recebimento imediato do valor pelo vendedor, o que hoje não acontece nas operações com os cartões.
Gratuito e instantâneo, o Pix já é o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros. O número de transferências por mês já supera seis bilhões, que movimentam cerca de R$ 2,8 trilhões. O sistema, criado pelo Banco Central em novembro de 2020, mudou drasticamente a estrutura de pagamentos no Brasil.
Primeiro ano
Logo no primeiro ano de funcionamento, o Pix desbancou outros tipos de transferências, como TED e DOC, em número de transações, e a quantidade de saques em dinheiro vivo. No fim de 2023, por sua vez, foi a vez dos cartões (débito, crédito, pré-pago) passarem para a segunda posição em quantidade de pagamentos no país, embora mantenham crescimento.
As novas funções aumentam a atratividade do Pix para consumidores e empresas. Só neste ano, o BC já lançou o Pix por aproximação, que permite que as transferências aconteçam sem a necessidade de entrar no aplicativo do banco, e o Pix automático, que é similar ao débito automático e permite o pagamento recorrente a empresas, algo que deve beneficiar serviços de streaming, academias, escolas, entre outros.
A próxima novidade é o Pix parcelado. O crédito via Pix já é oferecido por alguns bancos, mas o BC deve padronizar as regras e a experiência do usuário no processo do parcelamento. A nova função pode afetar ainda mais o uso pelos brasileiros de cartões, cujas principais bandeiras são americanas, como Visa e Master.
As novidades do Pix são uma das prioridades da agenda regulatória do BC. O regulador do sistema financeiro também prevê para o segundo semestre deste ano a cobrança híbrida, que vai inserir no regulamento do Pix a possibilidade de pagamento, por meio do QR Code do Pix, de uma cobrança via boleto.
Mais novidades
Outra função em desenvolvimento é a possibilidade de usar o fluxo de recebíveis do Pix como garantia em empréstimos para micro e pequenas empresas, agenda do interesse também do Governo Federal. Mas o lançamento deve ficar para 2026. Ainda há estudos para possibilitar transferências via Pix em ambiente offline.
Dentro do órgão, a avaliação é de que o Pix é uma ferramenta fundamental para aumentar o acesso da população ao sistema financeiro e diminuir a concentração bancária. Para os técnicos do BC, os bancos e os arranjos de pagamento também se beneficiam do avanço da bancarização no Brasil. Empresas de tecnologia também se aproveitam dos novos modelos de negócios possibilitados pelo Pix. (Extra.com)
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