Escrever pouco e, ainda assim, dizer algo
”Inutilia Truncat”, recomendavam os poetas árcades. Cortar o inútil é sempre um bom conselho, tanto na vida quanto na literatura. Esquecer aquela mágoa tão antiga, livrar-se das roupas há muito penduradas nos cabides, tirar do texto as palavras inutilmente penduradas nas frases. Como tão bem fazia Graciliano Ramos, como fez sobretudo em “Vidas Secas”. Bem sei que há obras, como as de Guimarães Rosa, que são oceanos de palavras, mas só quando se é Guimarães Rosa é que se pode navegar pelos mares e dicionários conhecidos e ainda...