Neste sábado, 19 de abril, é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, data que reconhece a diversidade cultural e a história dos povos originários do Brasil, além de reforçar a luta contra o preconceito e pela garantia de seus direitos. Em Nova Friburgo, o Projeto Resistência Artística apresenta o trabalho de dois importantes artistas indígenas do povo Arara: Dona Peta (foto) e Esteban (foto), autor da tela que ilustra a matéria.
(Foto: Maria do Perpétuo Socorro Arara (Dona Peta))
(Foto: Edson Junior dos Passos Melo Arara (Esteban))
Maria do Perpétuo Socorro Arara (Dona Peta) e Edson Junior dos Passos Melo Arara (Esteban) são da Aldeia Itkoum, uma das comunidades que integram a Terra Indígena Arara da Volta Grande do Xingu, localizada no município de Senador José Porfírio, no sudoeste do Pará.
Ambos expõem suas obras em uma das salas da mostra “Nativa – arte, natureza e sociedade”, primeira exposição do ano do projeto liderado por Wilton Neves e com curadoria dos artistas Mário Moreira, Tiago Vianna e Mario Massena.
Lançada em 14 de março, a exposição acontece na Usina Cultural Energisa e exibe ainda as obras das artistas Sofia Seda e Clarice Rocha Goulart. E convida o público à imersão em ambientes temáticos, com obras de diferentes abordagens, proporcionando uma experiência sensorial por meio de instalações artísticas, lúdicas e provocativas. A proposta é envolver o público em um diálogo entre a arte, a natureza e a sociedade contemporânea.
Arte como resistência
O artesanato do povo Arara da Volta Grande do Xingu é uma expressão rica e profunda da cultura indígena. Por meio de técnicas tradicionais, são produzidas peças únicas que refletem a identidade, os saberes e a espiritualidade desse povo. A arte é não apenas uma ferramenta de subsistência, mas também um instrumento de valorização cultural e resistência.
A Terra Indígena Arara está inserida em um contexto de constante tensão envolvendo conflitos fundiários com ruralistas, fazendeiros e grileiros. Além disso, a região tem sido afetada por grandes empreendimentos e o interesse de empresas, o que tem gerado impactos diretos às comunidades indígenas.
A exposição “Nativa – arte, natureza e sociedade” fica em cartaz até 24 de maio, com visitação gratuita de terça a sábado, das 13h às 20h, na Usina Cultural Energisa (Praça Getúlio Vargas, 55, Centro). Excepcionalmente, nesta sexta-feira Santa, 18, o espaço estará fechado. Acompanhe o projeto e suas atividades gratuitas em @projeto.resistencia.artistica.
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