A sexta-feira 13 é amplamente conhecida no mundo ocidental como um dia de azar. A superstição combina dois elementos culturalmente considerados negativos: o número 13 e a sexta-feira. Juntos, eles alimentam o imaginário popular há séculos. Em 2025, a coincidência entre o 13º dia do mês e uma sexta-feira acontece somente uma vez: hoje.
De acordo com o calendário gregoriano, todo ano tem pelo menos uma sexta-feira 13 e o total pode chegar a até três. Apesar da associação com o azar, não há registros escritos anteriores ao século 19 que liguem diretamente a sexta-feira 13 a infortúnios. Ainda assim, diversas passagens religiosas e mitológicas ao longo da história ajudam a explicar como a crença se consolidou.
Por que 13?
O medo do dia 13 vem de séculos e muitos acreditam que se originou do Código de Hamurabi, que supostamente omitiu uma 13ª lei de seus códigos legais escritos. No entanto, na realidade, isso foi apenas um erro cometido por um dos tradutores que simplesmente deixou de fora uma linha de texto.
Tais superstições persistiram mesmo entre as maiores mentes da história. O grande compositor austro-americano Arnold Schoenberg sofria de um caso tão grave de triscaidecafobia (o medo do número 13) que omitiu a numeração do compasso 13 em algumas de suas obras posteriores, substituindo a notação "12a".
Segundo relatos, ele também temia profundamente morrer em um ano ou com uma idade múltipla de 13. Quando completou 76 anos, um colega sugeriu que seria um ano de azar porque 7 + 6 = 13. Na verdade, Schoenberg morreu naquele ano, em uma sexta-feira, 13 de julho de 1951.
É interessante notar a história contrastante do número 12 com o número 13. Temos 12 meses por ano, 12 signos do zodíaco, 12 horas por dia e até 12 dias de Natal, destaque decorrente da influência histórica do Novo Testamento da Bíblia e outras tradições judaico-cristãs.
Superstições
Mesmo com a provável origem nos Estados Unidos ou em países da Europa, o receio da sexta-feira 13 já está bem incorporado na cultura brasileira. Por medo da data, algumas pessoas criam hábitos para evitar o azar durante o dia. Sal grosso, arruda, ferradura e trevo de quatro folhas são apenas alguns objetos que os mais supersticiosos carregam para atrair sorte, principalmente durante esse dia.
Se você também não tem muita afinidade com a sexta-feira 13, é bom estar atento à lista que preparamos. Aqui relacionamos oito hábitos que podem lhe ajudar a superar o medo e, segundo a sabedoria popular, atrair sucesso para as atividades do dia.
Desça da cama com o pé direito
Segundo um antigo costume romano, os lados direito e esquerdo simbolizam o bem e o mal, respectivamente. Por isso, ao acordar, algumas pessoas preocupam-se em colocar primeiro o pé direito no chão, priorizam o calçado direito na hora de calçar e entram nos lugares pisando primeiro com o pé direito.
Outra superstição também se dá na cama, pois, para algumas pessoas, é preciso deitar e levantar pelo mesmo lado. Há uma tradição que diz que o mau humor está ligado ao fato de ter acordado do lado errado da cama.
Cuidado com o espelho
Há uma série de cuidados que são recomendados com o espelho. O fato de quebrar, por exemplo, pode atrair sete anos de azar segundo a tradição popular. Olhar em um espelho quebrado pode, ainda, representar má sorte. Especialmente na sexta-feira 13, é aconselhado que eles estejam cobertos por um tecido, isso porque, de acordo com os místicos, a morte poderia ser vista no reflexo do espelho.
Não passar debaixo da escada
A escada é um símbolo de subida, de acesso social, de elevação. Passar por debaixo dela, de acordo com os supersticiosos, pode representar a renúncia a isso é distanciar do que faz crescer. Dessa forma, esse ato pode atrair azar para quem o comete.
Não abra um guarda-chuva em lugares fechados
Andar com o guarda-chuva aberto em alguns lugares dá azar, isso é o que diz uma superstição antiga. No entanto, para alguns estudiosos, o costume deve ter surgido de uma dica bem prática, uma vez que é difícil andar com o objeto aberto dentro de casa, por exemplo.
Não sirva refeições para 13 pessoas
O número 13, para os místicos, lembra a quantidade de pessoas que estavam com Jesus na última ceia, sendo Judas, o traidor, o último a chegar. Dessa forma, a recomendação é que as refeições sejam servidas para 12 ou 14 pessoas para evitar traições. Outra tradição diz que, se treze estiverem à mesa, o primeiro a se levantar será o primeiro a morrer.
Não deixe o pente ou a escova cair
Outro costume nesse dia é evitar que a escova ou pente caia enquanto se arruma o cabelo. Isso pode ser um sinal de aborrecimento em qualquer dia do ano, então, em uma sexta-feira 13, é melhor ter mais cautela para que isso não aconteça.
Na dúvida, bata três vezes na madeira
Não se sabe a origem deste gesto, mas algumas pessoas têm o costume de bater na madeira três vezes para espantar o azar. Uma das teorias remetem a madeira ao material com o qual foi feita a cruz em que Jesus foi crucificado, assim tocar na madeira é um meio de invocar a proteção de Deus.
Olhar para o gato preto
Lendas antigas relacionavam os gatos pretos com as trevas, o que originou a crença de que o bichano traz mais agouro. Vale pontuar que fazer maldades com esses animais baseado na crença do azar não trará boa sorte, muito pelo contrário, os maus tratos aos animais são crimes previstos em lei no Brasil.
Alguns amuletos para trazer sorte nesta sexta-feira 13
- Ferradura: diz a lenda que um ferreiro inglês, a pedido do cliente, colocou ferraduras nos pés do seu freguês. Ao perceber que o indivíduo era o diabo, fez com que o serviço fosse o mais doloroso possível até a entidade pedir clemência. Desde então, quem coloca uma ferradura na porta de casa está protegido contra os maus espíritos
- Pé de coelho: não se sabe ao certo quando isso começou. Pode ter vindo do Hoodoo, uma forma tradicional de magia popular afro-americana, praticada nas Américas, que relacionavam o animal com bons presságios
- Trevo de quatro folhas: acredita-se que seus "poderes" estejam relacionados a sua raridade na natureza. Muitas culturas também associavam sorte ao número 4, que também representa os pontos cardeais, as estações do ano e os elementos terra, ar, fogo e água
Sete filmes para tornar sua sexta 13 ainda mais aterrorizante
- Uma Noite de Crime (2013)
- Em um futuro distópico nos Estados Unidos, o governo daquele país institui uma noite anual de 12 horas em que todos os crimes, incluindo assassinato, são permitidos. Durante essa noite, uma família rica enfrenta o terror quando um estranho invade sua casa, colocando todos em risco.
- Onde assistir: Disponível no Prime Video, Apple TV, Globoplay e Netflix.
- Corra! (2017)
- Chris, um jovem negro, vai conhecer os pais de sua namorada branca. Inicialmente, tudo parece normal, mas ele logo percebe que a família esconde segredos perturbadores, levando a uma trama de suspense e crítica social.
- Onde assistir: Disponível no Prime Video, Apple TV, Globoplay e Netflix.
- Pânico (1996)
- Na pacata cidade de Woodsboro, uma adolescente é aterrorizada por um assassino mascarado que usa filmes de terror como parte de seu jogo mortal. O filme revitalizou o gênero slasher nos anos 90.
- Onde assistir: Disponível no Prime Vídeo, Apple TV, Mercado Play, Netflix e Paramount+.
- Hereditário (2018)
- Após a morte da matriarca da família Graham, eventos sobrenaturais começam a assombrar seus descendentes, revelando segredos obscuros e um destino aterrador.
- Onde assistir: Disponível no Max, Netflix, Max Amazon Channel, Claro Video, Amazon Video e Apple TV.
- Sexta-Feira 13 (1980)
- Um grupo de adolescentes tenta reabrir o acampamento Crystal Lake, mas são perseguidos por um assassino desconhecido. Este clássico do terror deu início à famosa franquia protagonizada por Jason Voorhees.
- Onde assistir: Disponível no Max, Max Amazon Channel, Apple TV e Amazon Video.
- O Iluminado (1980)
- Dirigido por Stanley Kubrick e baseado no romance homônimo de Stephen King. O Iluminado é um clássico do terror psicológico que explora os limites da sanidade humana.
- Onde assistir: Max, Amazon Prime Video e Apple TV.
* Conteúdo produzido pela estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim
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