Data importante para o comércio, o Dia dos Pais, comemorado neste ano no próximo domingo,10, deve surfar em um clima de otimismo. A expectativa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que os números de 2025 devem ser os melhores dos últimos 11 anos.
O levantamento da CNC mostra que a data comemorativa deve movimentar vendas da ordem de R$ 7,84 bilhões. Com isso, seria o melhor desempenho do setor desde 2014, representando um crescimento de 3,2% na comparação com os números de 2024 (já descontada a inflação do período), quando os negócios movimentaram R$ 7,59 bilhões.
Empregos ajudam nas vendas
Um dos principais impulsionadores para o clima favorável aos gastos do Dia dos Pais é o mercado de trabalho. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) que foi divulgado na última quinta-feira, 31, pelo IBGE mostram que o desemprego caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho, chegando ao menor nível da série histórica.
O total de desocupados foi de 6,3 milhões, o que representou um recuo de 17,4% em relação ao trimestre anterior e uma queda acumulada de 15,4% no ano. Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio do trabalhador bateu recorde e atingiu os R$ 3.477. Outro destaque foi o número de trabalhadores com carteira assinada: 39,0 milhões apenas no setor privado.
ROUPAS LIDERAM PREFERÊNCIA
Neste ano, ainda de acordo com o levantamento da CNC, as roupas devem ser o presente mais procurado. Apenas esse segmento deve faturar sozinho R$ 3,23 bilhões. Em segundo lugar estão os produtos de perfumaria e cosmético, com vendas previstas de R$ 1,57 bilhão. Na sequência, os itens de utilidades domésticas e eletroeletrônicos poderão gerar um faturamento de R$ 1,26 bilhão. Somados, os três segmentos poderão responder por quase 77% das vendas totais do Dia dos Pais.
ALTA DE PREÇO
Dos 13 grupos de bens e serviços impactados pelo Dia dos Pais, segundo a pesquisa da CNC, três devem apresentar recuo nos preços na comparação anual, com televisores (-1,0 %), bebidas alcoólicas (-1,3 %) e aparelhos telefônicos (-1,5 %) pesando menos no bolso.
Por outro lado, a alimentação fora de casa (+8,2 %), livros (+6,0 %) e perfumes (+5,5 %) ocupam as posições de maiores altas. Na análise da entidade, no agregado, a cesta do Dia dos Pais deve encarecer 5,8 %, acima dos 5,0 % do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no período.
O comércio espera a contratação do maior contingente de trabalhadores temporários para o período em 12 anos. A CNC prevê que a oferta seja de 11.530 vagas para atender à demanda sazonal. Hipermercados e supermercados lideram a busca por pessoal, com 5,2 mil postos, seguido por lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com 2,01 mil vagas, e lojas de vestuário, com 1,93 mil vagas.
Ainda de acordo com a entidade, o salário médio de admissão para os temporários deverá ficar em R$ 1.890, com um avanço nominal de 5,5 % sobre 2024, e a taxa de efetivação após o período promocional pode chegar a 15 %, o maior percentual desde 2021.
A Confederação Nacional do Comércio explica que a combinação de vendas aquecidas com o quadro inflacionário sob controle abre a oportunidade de converter parte desses temporários em vínculos permanentes, fortalecendo o emprego no comércio ao longo do segundo semestre.
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