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A amizade e o elo que sustenta

Camilla Fiorito
Conversas de Dentro
Camilla é friburguense e psicopedagoga. Adora escrever e trabalhar com desenvolvimento socioemocional. Nesta coluna, escreve sobre os encontros entre o social e o emocional - espaços onde a vida, por vezes, nos pede pausa, coragem e escuta.
Ah, a amizade! Aquela que se faz presente de tantas variadas formas, que enaltece, apoia, afaga, concorda, discorda, discute, mas respeita e cuida.
Sabe a hora de falar e silenciar. Faz a música do rádio tocar, transbordando melodia.
Os amigos são dotados de inúmeras características, tempos distintos, idades variadas, propósitos diferentes, mas estão ali. Perto ou longe, estão ali. Sempre como se fosse ontem.
Uma amizade consolidada pode ficar sem contato durante anos, que quando reaparece, a intimidade retorna, as gargalhadas ressurgem, os olhares se entrelaçam, o ombro chega, o silêncio comunica.
É como um livro que se abre exatamente na página em que foi fechado. A história segue viva, mesmo que o tempo tenha passado.
No último domingo, 20, foi comemorado o Dia do Amigo. Uma data que algumas pessoas aproveitam para homenagear. Mas será que esse reconhecimento precisa ser apenas em um dia? Será que precisamos enaltecer os amigos que amamos apenas em datas especiais?
Dizer o que sentimos para o outro, não precisa esperar data comemorativa. Pode acontecer, naturalmente, dia após dia. Sem momento marcado.
Sabemos que, ao longo da vida, as prioridades vão sendo outras, as responsabilidades mudam, as mudanças surgem constantemente.
Aqueles amigos que antes víamos com frequência, já não vemos tanto assim, mas isso não quer dizer que a sintonia do rádio não esteja na mesma vibração.
Amigo entende ausência sem cobrança, sente saudade com nostalgia e celebra a presença como um presente raro.
Tem amizade que mora dentro da gente. Que vira casa, coração aquecido, pouso, cheiro bom de café fresco e bolo saindo do forno.
Que ensina, que provoca, que mostra o mundo com outro olhar, com outro tempo. É chão, é asa. Firma e liberta.
Tem amigo que é pausa no caos, sopro leve no peito. Que traz presença, mesmo na ausência. Não precisa dizer muito, basta estar. Um silêncio conforta. Nos recorda de quem somos, mesmo quando nos esquecemos por um instante.
Não importa o tempo que ficamos sem ver e sair. A relação continua pulsando vida e cor.
Quando estamos com um amigo, a música toca de forma diferente, o som fica profundo, mais verdadeiro, trazendo inúmeros benefícios. Nos enche de alegria.
A sensação de plenitude se fortalece. A alma se reconhece. Porque a amizade verdadeira não passa, permanece. Floresce.
Até a próxima quarta!
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Contato:
Site: www.camillafiorito.com.br
Instagram: @camilla.fioritoeduc

Camilla Fiorito
Conversas de Dentro
Camilla é friburguense e psicopedagoga. Adora escrever e trabalhar com desenvolvimento socioemocional. Nesta coluna, escreve sobre os encontros entre o social e o emocional - espaços onde a vida, por vezes, nos pede pausa, coragem e escuta.
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