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Renda Fixa faz parte dos seus investimentos?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Os juros estão subindo e, para quem ainda não se posicionou, está na hora de considerar a Renda Fixa como parte da composição de sua carteira de investimentos. No entanto, apesar de parecer muito trivial, é importante conhecer a classe de ativos para elaborar uma boa – e eficaz – estratégia de investimentos. Você conhece as possibilidades proporcionadas por estes títulos? Particularmente, não vejo uma carteira bem estruturada sem estes ativos participando da estratégia de longo prazo.

Os juros estão subindo e, para quem ainda não se posicionou, está na hora de considerar a Renda Fixa como parte da composição de sua carteira de investimentos. No entanto, apesar de parecer muito trivial, é importante conhecer a classe de ativos para elaborar uma boa – e eficaz – estratégia de investimentos. Você conhece as possibilidades proporcionadas por estes títulos? Particularmente, não vejo uma carteira bem estruturada sem estes ativos participando da estratégia de longo prazo.

Contudo, compreender a função de cada ativo na sua carteira passa pela etapa de conhecimento de suas características específicas e, a propósito, é esse o meu papel aqui hoje: elucidá-las a fim de esclarecer seus propósitos e facilitar a sua tarefa na hora de selecionar os seus investimentos.

Que tal, então, para trazer o máximo de didática ao texto, categorizar as diferentes características da classe e enumerar seus respectivos ativos? A princípio, vamos começar separando três categorias principais aos diferentes investimentos em Renda Fixa: garantias, tributação e rentabilidade.

Garantias

Aqui, é importante entendermos a necessidade de ter seus investimentos sob determinada garantia. A Renda Fixa, nada mais é do que arrecadação de capital com o objetivo de financiar determinadas atividades econômicas. Aqui, existem as possibilidades de financiamento de atividades bancárias e de infraestrutura.

É nesse ponto que o investidor precisa saber para onde vai seu investimento (o que será feito com o capital) e quais são as garantias dessa aplicação. Nas atividades bancárias, devido ao risco sistêmico com a possibilidade de falência de alguma instituição financeira, existe a garantia do Fundo Garantidor de Crédito; protegendo e garantindo, até R$ 1milhão dentro de regras específicas, o capital do investidor. Aqui com essa garantia, temos a possibilidade de investimentos em Certificados de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCI e LCA), Letras de Câmbio (LC) e Letras Hipotecárias (LH).

Em recompensa pela captação, investidores são remunerados pelos emissores dos títulos e agora podemos começar a falar sobre rentabilidade. Contudo, antes vamos falar sobre o que o leão pode abocanhar de suas rentabilidades.

Tributação

Basicamente, aqui precisamos falar de prazo e produtos.

Com relação a prazos, a tributação de títulos de Renda Fixa é calculada com base na Tabela Regressiva de Imposto de Renda. Sugiro que você consulte-a através de pesquisas na internet, mas a tributação pode variar de 22,5% a 15%; alcançando a alíquota mínima em investimentos com prazo acima de 721 dias.

Contudo, para finalizarmos esta etapa, é importante conhecer as alternativas isentas de IR: LCI, LCA e Debêntures incentivadas.

Rentabilidade

Agora sim, depois de analisar as alíquotas de IR e suas respectivas isenções, podemos identificar quais as possibilidades mais rentáveis para o seu capital e com maior afinidade em relação a sua estratégia de investimentos.

Aqui, as taxas podem ser encontradas de três formas: atreladas a juros, inflação ou taxas nominais. Portanto, você pode se deparar, respectivamente com três diferentes notações: em porcentagem do CDI (ex.: 128% CDI); índices acrescidos de taxa predefinida (ex.: IPCA + 6,50% a.a.); e em taxas pré-fixadas (ex.: 14,20% a.a.).

Agora que você já conhece as características específicas de investimentos em Renda Fixa, você poderá juntar todo esse conhecimento para definir os ativos (sim, busque sempre mesclar mais de um investimento) que vão compôr seus investimentos. Selecione o que mais tem a ver com o que você acredita e precisa. O que você busca de garantia? E prazo? O prazo está condizente com o imposto que você quer pagar? E a rentabilidade, está atrativa? Somente unindo todas essas especificidades você será capaz de selecionar seus investimentos com qualidade. Se possível, busque sempre auxílio profissional para te nortear nesse processo; pode ser um grande diferencial de resultado.

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Tem objetivos para 2022? Saiba como se planejar

sexta-feira, 07 de janeiro de 2022

Já fez sua lista de metas para este ano? As viradas de ciclo são momentos importantes para a humanidade e trazem a esperança de renovação. Justamente por esse motivo, é costume de muitos estabelecer metas para serem cumpridas ao longo do novo ano. Será que funciona?

Já fez sua lista de metas para este ano? As viradas de ciclo são momentos importantes para a humanidade e trazem a esperança de renovação. Justamente por esse motivo, é costume de muitos estabelecer metas para serem cumpridas ao longo do novo ano. Será que funciona?

Para fugirmos um pouco – mas nem tanto, já que as metas também podem ser financeiras – das nossas finanças pessoais, o assunto de hoje vai elucidar a importância de um bom planejamento. Afinal, antes de chegar a algum lugar precisamos saber duas coisas: o ponto de partida e o de chegada. Só assim é possível estabelecer um plano de ação que consiga, de fato, cumprir o objetivo e riscar a meta do papel. A propósito, falando em papel, pegue logo sua folha e uma caneta para começar seu planejamento.

Lembro-me de já ter trazido esse estudo nesta coluna, mas em 1979, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, foi realizada uma pesquisa com estudantes prestes a se formar e foi feita a seguinte pergunta: “Você estabeleceu metas claras, por escrito, para o seu futuro e fez planos para concretizá-las?” O resultado foi alarmante, apenas 3% dos entrevistados tinham pronto e por escrito, metas estabelecidas e planejamentos para alcançá-las.

A pesquisa não parou por aí, dez anos após a primeira etapa deste estudo os mesmos participantes foram entrevistados novamente, desta vez já formados e inseridos no mercado de trabalho. A conclusão do levantamento mostrou que esses 3% estavam ganhando uma média salarial dez vezes maior que os outros 97% dos entrevistados. Consegue ver como a educação financeira também abrange áreas muito mais diversas que apenas finanças e cálculos matemáticos?

Contudo, fazer um planejamento anual é muito mais do que apenas listar seus desejos. Um bom planejamento deve ser, antes de mais nada, organizado para ter eficácia. Claro, organização é particular – cada um tem a sua – mas hoje vou te ajudar a planejar um bom ano de 2022 e você pode adaptar de acordo com suas singularidades ao longo do processo.

Um bom plano de metas deve distinguir algumas áreas, como “profissional; pessoal; e financeira” por exemplo. Esse é o momento de descobrir o que realmente importa na sua atual conjuntura; fala mais alto agora, a sua capacidade seletiva (foque primeiro no mais importante). Busque equilibrar as tarefas e os resultados virão. Fragmentar as grandes metas é uma forma de elaborar um plano até conquistar determinado objetivo e vai ser mais prazeroso ver que está “saindo do lugar”.

Por último – e longe de ser menos importante –, faça o acompanhamento deste planejamento. É fundamental manter-se atento às variações que o planejamento pode vir a ter para que os objetivos sejam conquistados.“A disciplina é a organização da liberdade.” (Mario Sergio Cortella). Pense nisso!

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Boas festas!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Seria mais prático escrever um enorme “Feliz Natal” como o título desta semana, mas não seria uma abertura das mais receptivas. Afinal, ainda que o cristianismo seja extremamente forte na miscigenação da cultura brasileira, há diversas pessoas que poderiam não se sentir representadas por esse texto. Eu mesmo, não sou dos mais religiosos e acabei tornando esse momento como tema da coluna desta edição especial.

Seria mais prático escrever um enorme “Feliz Natal” como o título desta semana, mas não seria uma abertura das mais receptivas. Afinal, ainda que o cristianismo seja extremamente forte na miscigenação da cultura brasileira, há diversas pessoas que poderiam não se sentir representadas por esse texto. Eu mesmo, não sou dos mais religiosos e acabei tornando esse momento como tema da coluna desta edição especial.

Ruas lotadas, comércios fervorosos, é tempo de garantir geração de receita no momento de maior fomento ao consumo do ano. A propósito, falamos muito sobre consumo ao longo de 2021 (continuaremos falando em 2022) e você já deve ter repensado alguns princípios e valores que regem o seu estilo de vida. Sazonalidades de mercado são momentos delicados para o consumidor e aqueles que já têm fortes tendências consumistas correm grandes riscos de uma economia desajustada para o início do ano que está para chegar.

Enfim, agora é hora de repensar. Refletir sobre o que ficou para trás e o que ainda vem pela frente. Só assim nos tornamos capazes de entender o agora. Aliás, é o que mais importa; é o único momento para nos tornamos responsáveis pelas consequências das nossas decisões. Já parou para pensar sobre como a ideia de “recomeço” é extremamente reconfortante para nossos corações – e para os planos que ainda vamos concluir?

- “Ano que vem eu começo.” – disse o esperançoso sem iniciativa.

- “Virando o ano eu faço.” – afirmou a procrastinadora.

- “Depois do carnaval é que as coisas engrenam.” – comentou o preguiçoso.

Ou até mesmo o mais usual:

 - “Segunda-feira eu inicio meu projeto!” – falaram todos em algum momento da vida.

Novos ciclos são a oportunidade de nos encontrarmos motivados para novos projetos; novos objetivos. Use toda essa energia a seu favor, esse é o momento de renovar-se. Só não se perca!

Se o Natal é uma comemoração para você e sua família, viva-o com intensidade. Caso não seja um costume seu, faça o mesmo à sua maneira. Para ambas as possibilidades, posso desejar enorme felicidade nos corações de cada um de vocês que estiveram comigo ao longo deste ano. A mim, agora, só me resta agradecer.

Portanto, MUITO OBRIGADO!

Boas festas!

 

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Retrospectiva 2021

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Mais um ano está chegando ao fim e há muito o que relembrar sobre o período que prometia muitas incertezas e, por sinal, cumpriu a promessa. No ano que ultrapassei a marca de 100 textos publicados neste espaço, muita informação relevante foi abordada com o intuito de promover o acesso ao conhecimento financeiro em prol do desenvolvimento social da população brasileira.

Mais um ano está chegando ao fim e há muito o que relembrar sobre o período que prometia muitas incertezas e, por sinal, cumpriu a promessa. No ano que ultrapassei a marca de 100 textos publicados neste espaço, muita informação relevante foi abordada com o intuito de promover o acesso ao conhecimento financeiro em prol do desenvolvimento social da população brasileira.

O ano de 2021 começou com a difícil missão de retomada econômica num contexto ainda pandêmico e cheio de surpresas. O primeiro semestre foi marcado pela lentidão de políticas voltadas para a vacinação em massa da população, provocando um estresse ainda mais relevante ao que já não estava bem. Contudo, hoje o Brasil mostra ao mundo o porquê de ter se tornado referência em programas de imunização e traz ótimos avanços para o desenvolvimento econômico. Esse contexto, por fim, projeta – segundo cálculos do próprio Banco Central – o crescimento de 4,4% do PIB para o ano.

Para efeito comparativo, 2020 sofreu o grande impacto negativo de um PIB retraído em 4,1% naquele período. Não vamos hoje, entrar no mérito do que representa o Produto Interno Bruto e como suas utilidades políticas podem ser deturpadas, mas dentro da atual dinâmica econômica, os números revelam mudanças positivas; principalmente levando em consideração a redução do índice de desemprego no país.

Mas, no final das contas, quais os mecanismos podem ser utilizados para ajustar o rumo da economia de um país? A política monetária. Sob responsabilidade do Banco Central, a regulamentação e implementação de juros são atividades primordiais que determinam como serão abordadas as políticas econômicas de inflação e câmbio diante de diferentes cenários. Em 2021, vimos a Selic – nossa taxa básica de juros – atingir seu menor patamar histórico, seguido da maior guinada de alta em tão pouco tempo; saindo de 2% a.a. e chegando a 9,25% a.a., o que evidencia os equívocos do BC ao longo do ano.

Contudo, vale ressaltar, não foi só o BC que cometeu erros financeiros ao longo deste ano, você também pode ter cometido erros específicos e talvez conheça alguém (ou você é esse alguém) responsável por erros gravíssimos. Estou falando de quem tentou enriquecer por caminhos equivocados em 2021 e se tornou vítima do que talvez esteja entre os maiores golpes financeiros do Brasil nos últimos tempos. Lembra do que aconteceu com a GAS, empresa fraudulenta de investimentos em bitcoins? O golpe foi tão marcante que não podia estar de fora da nossa retrospectiva. Portanto, vale sempre a dica, desconfie sempre do que parece ser bom demais para ser verdade; pode realmente ser uma mentira.

Já que tocamos no assunto, vamos falar mais sobre tecnologia financeira? 2021 foi um ano marcante no desenvolvimento de novas ferramentas responsáveis por redesenhar a forma como enxergamos, hoje, o sistema bancário tradicional. O primeiro exemplo já está bastante difundido e tem sido um projeto de sucesso, alcançando mais de 310 milhões de chaves cadastradas no sistema; estou falando do Pix. Contudo, além deste, ainda há outro projeto que tende a ser mais explorado ao longo do tempo – devido à complexidade do ecossistema.

O Open Banking é um projeto ambicioso e tem tudo para mudar a forma de organização do sistema financeiro. Elaborado para ser implementado em quatro etapas, a última foi finalizada no último dia 15 e a partir de agora os consumidores de serviços e produtos financeiros começam a ter acesso pleno a todas as atividades que compõem o sistema.

Ano de muitos desafios, erros, desenvolvimento tecnológico e a esperança de um fim para a pandemia que devastou sistemas, mercados e vidas reais, 2021 foi um ano de superação e preparação para o que ainda está por vir. A propósito, 2022 nos reserva eleições no Brasil; realmente há muito o que viver pela frente. Espero te encontrar por lá!

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Quer investir? Saiba por onde começar

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Mais um ano está prestes a acabar. O tempo passa rápido; e se não corrermos atrás de nossos objetivos, os sonhos ficam à deriva. Você estabeleceu como meta começar seus investimentos em 2021? Começou? Se sim, ótimo. Se não, perdeu um ano de muitas oportunidades, mas irei te ajudar com informação para que você dê seus primeiros passos para concluir este objetivo em 2022 – ou, quem sabe, ainda esse ano.

Mais um ano está prestes a acabar. O tempo passa rápido; e se não corrermos atrás de nossos objetivos, os sonhos ficam à deriva. Você estabeleceu como meta começar seus investimentos em 2021? Começou? Se sim, ótimo. Se não, perdeu um ano de muitas oportunidades, mas irei te ajudar com informação para que você dê seus primeiros passos para concluir este objetivo em 2022 – ou, quem sabe, ainda esse ano.

Todo investidor precisa passar pela mesma etapa antes de executar suas estratégias de investimentos: abrir a conta em algum banco de investimento ou corretora de valores. É um processo simples, prático e totalmente seguro; contudo há alguns pontos para se atentar. É hora de refletir sobre o que você espera da sua corretora: garantia do FGC, grande diversificação de produtos; assessoria de investimentos; serviços de banco; taxas de corretagem baratas; plataformas ágeis; qualidade de atendimento; acesso a crédito e seguros; enfim, o que julgar necessário para o sucesso da sua estratégia.

Definida a corretora para os seus investimentos (pode ser mais de uma, caso considere necessário), é hora de abrir a sua conta. Os processos costumam ser simples; bastante padrão, como qualquer outra abertura de conta em instituições financeiras. Fornecidos os dados solicitados, geralmente em até 24 horas o procedimento de aprovação é efetuado e você pode começar a pôr em prática toda a estratégia planejada ao longo deste progresso. Agora, é hora de fazer suas primeiras transferências.

Fique tranquilo, se você chegou até aqui mantendo as precauções e seguindo todas as dicas, o resultado é seguro. Ao transferir dinheiro para a sua conta na corretora, certifique-se de que a transferência é para a sua própria titularidade. Todo recurso destinado aos seus investimentos deve estar em alguma conta cadastrada no seu próprio CPF; caso contrário, é grande a chance de fraude. A propósito, nunca deixe o dinheiro na conta de terceiros (mascarados de assessores ou consultores) para fazer investimentos em produtos do mercado financeiro; eles estão cometendo crimes. Não quero te assustar; muito pelo contrário, quero te tranquilizar e dizer que o seu investimento vai ser muito seguro caso não caia nas conversas de criminosos. Portanto, basta bom senso e um pouco de conhecimento básico para tomar a decisão correta.

Finalizando esta primeira caminhada rumo aos investimentos, após a transferência de capital para a sua conta na corretora é hora de definir as alocações da sua carteira e manter o planejamento em dia para obter os melhores resultados. Portanto, estude e/ou conte com o auxílio de profissionais capacitados para te auxiliar a executar a melhor estratégia para os seus objetivos.

Comece a investir em 2022. Vai ser uma ótima experiência!

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Educação Financeira como formação cidadã

sexta-feira, 03 de dezembro de 2021

Não é raro encontrar pessoas sem o mínimo de conhecimento acerca de suas finanças pessoais. Pelo contrário, é muito comum se deparar com situações onde cidadãos, já adultos, encontram-se em circunstâncias cada vez mais delicadas justamente pela ausência (total ou parcial) de educação financeira. Esta, por sua vez – e como o título da coluna de hoje sugere –, é fundamental e indispensável para a formação cidadã. Um trabalhador não pode se colocar numa situação de risco pela falta de conhecimento financeiro.

Não é raro encontrar pessoas sem o mínimo de conhecimento acerca de suas finanças pessoais. Pelo contrário, é muito comum se deparar com situações onde cidadãos, já adultos, encontram-se em circunstâncias cada vez mais delicadas justamente pela ausência (total ou parcial) de educação financeira. Esta, por sua vez – e como o título da coluna de hoje sugere –, é fundamental e indispensável para a formação cidadã. Um trabalhador não pode se colocar numa situação de risco pela falta de conhecimento financeiro. Ademais, num cenário ainda mais extremo – porém não irreal – um trabalhador não pode ser colocado (repare como agora o indivíduo, ou o sujeito no português culto, torna-se agente passivo do meio) nessas circunstâncias pela falta de conhecimento financeiro.

O que hoje pode parecer forçado com os inúmeros canais de comunicação financeira nas mais diversas redes de comunicação, eu vejo como uma enorme força de democratização do acesso ao conhecimento. É claro, há muito conteúdo irrelevante, desconexo e fraudulento que mais atrapalham do que ajudam, mas não deixa de ser uma forma de aprendizado: afinal, o desenvolvimento de senso crítico é imprescindível (e um dos grandes objetivos) para o processo.

Educação financeira tem se tornado um projeto. Particularmente, eu a tenho como projeto de vida. Precisamos falar sobre dinheiro e encará-lo de acordo com o que ele é: uma ferramenta de transação. E ferramentas, como sempre faço questão de lembrar, precisam bem utilizadas. Aqui entra a necessidade do ensino bem programado e com conteúdo pragmático definido; finanças é assunto a ser ensinado nas escolas. O trabalhador precisa ter, no mínimo, conhecimento básico sobre o juros, custo efetivo total, produtos de crédito e investimentos, tributação e alguns outros pontos específicos para encarar a realidade da autonomia financeira. Isso é segurança; segurança financeira. Não era para o Estado prover segurança e educação? Só aqui podemos destacar duas de suas grandes obrigações com a sociedade num único nicho. Contudo, vemos alguns avanços importantes.

Em Nova Friburgo, por exemplo, educação financeira já é conteúdo obrigatório (ainda que como conteúdo transversal) nas escolas municipais de ensino fundamental de acordo com a Lei Orgânica de 2018. É cumprido? Não sei, mas fica registrada aqui minha explanação e a disponibilidade para auxiliar na estruturação da implementação deste conteúdo (e do cumprimento da lei vigente) para o desenvolvimento positivo da população friburguense.

Educação financeira tem relevância ainda pouco difundida e é um forte instrumento de política social pouco explorada, mas com enorme potencial de redução da desigualdade. Em 2019, antes de ser criada uma lei estipulando o limite máximo de taxas nesta modalidade de crédito, o Santander (instituição com as maiores taxas da época) cobrava mais de 400% de juros ao ano sobre saldos devedores no cheque especial; a alternativa mais utilizada pela população brasileira. Isso é inadmissível e a população precisa ter conhecimento suficiente para combater estas práticas abusivas.

Educação Financeira como formação cidadã é projeto a ser implementado com urgência. O povo precisa disso para voltar a ter acesso – ainda que soe redundante – à qualidade de vida de qualidade.

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A Black Friday é hoje!

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Preparado para o maior incentivo ao consumo antes do Natal? A Black Friday chegou e sua saúde financeira corre riscos se você for uma pessoa consumista e com tendências a gastos supérfluos. Portanto, esteja atento aos riscos e oportunidades que vêm com as sazonalidades do comércio.

Preparado para o maior incentivo ao consumo antes do Natal? A Black Friday chegou e sua saúde financeira corre riscos se você for uma pessoa consumista e com tendências a gastos supérfluos. Portanto, esteja atento aos riscos e oportunidades que vêm com as sazonalidades do comércio.

Viver com menos roupa da moda, celular de alta tecnologia ou barzinho no fim de semana, pode acabar te trazendo outras possibilidades e você passará a viver com mais investimento em educação, viagens, saúde, bem-estar e o que mais você considere parte da sua essência. É claro que cada pessoa tem suas prioridades e isso é natural. O importante é entender a ideia de que menos pode ser mais.

É reflexo do consumismo, a crescente taxa de inadimplência entre as famílias brasileiras. Nossa moeda é frágil, o poder de compra é pequeno, vivemos numa economia ainda em processo de maturação e a desorganização financeira cobra o preço pela forte cultura de consumo. Percebe como a educação financeira não é fundamentada apenas em termos técnicos e complexos? É a rotina de todos que usam a moeda como ferramenta de trocas.

Agora, como uma forma de intrigá-lo e talvez até causar certa reflexão: você realmente precisa de tudo o que tem? Separei algumas dicas de como estabelecer o consumo saudável.

Compare e estude os preços: saiba o que precisa comprar e comece a ter seu planejamento bem definido; assim você terá tempo para pesquisar preços e, acredite, você vai se surpreender com a possibilidade de boas economias.

Compre o que for comprar: a sua convicção, como consumidor, é o que vai ditar a relação entre o vendedor e você. Caso não queira comprar algo fora do planejado, não compre. Cuidado com as técnicas de vendas.

Fique atento na internet: lojas virtuais devem receber cuidados especiais, atente-se sempre à veracidade e confiabilidade dos sites; as compras na internet envolvem uma série de riscos que podem ser evitados com conhecimento e um pouco de bom senso. Procure saber se a loja virtual é verídica; desconfie de preços extremamente fora dos valores de mercado; cuidado com a divulgação indevida de seus dados pessoais; e confira o valor do frete.

Antes de parcelar, faça as contas: parcelamentos parecem ser uma “mão na roda”, mas sem o devido planejamento e estudo do seu orçamento, podem ser a semente do caos nas suas finanças. Lembre-se, no próximo mês virão novas compras e você não merece viver para pagar boletos.

Por que comprar o que não é necessário? Pagar juros depois ou poupar antes? Vale a pena pesquisar preços? Só você tem o controle de como gastar seu dinheiro e alocar suas finanças pessoais. Portanto, reflita!

 

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Você é capaz de prever o futuro?

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

É importante se planejar. Entender que o futuro traz surpresas e nunca estaremos 100% preparados para recebê-las. O amanhã é cheio de mistérios e nossa única garantia é de que algo inesperado está por vir. Pois então, como se planejar para o incerto? Dinheiro!

É importante se planejar. Entender que o futuro traz surpresas e nunca estaremos 100% preparados para recebê-las. O amanhã é cheio de mistérios e nossa única garantia é de que algo inesperado está por vir. Pois então, como se planejar para o incerto? Dinheiro!

Sim, dinheiro. Sem meias palavras. Precisamos – o quanto antes – entender que dinheiro é uma ferramenta e, assim como toda ferramenta, é importante saber utilizá-lo. Hoje, a nossa conversa é sobre reserva de emergências: nunca saberemos quando nem com o que vamos usá-la, mas pode ter certeza que o momento vai surgir e ter dinheiro para superar tal adversidade vai ser a garantia da sua qualidade de vida.

Portanto, chegou a hora de entender como estruturar a sua reserva e o primeiro passo para começar a pensar na sua reserva é conhecer a fundo suas finanças pessoais para chegar num valor médio e fiel ao seu padrão de consumo mensal.

Agora, com o valor médio das despesas mensais em mãos, é hora de colher outros dados: a segurança do seu emprego, acesso a auxílios de seguridade social e planos de seguro privado, a realidade pessoal de cada integrante familiar responsável pela participação da manutenção financeira doméstica, e alguns outros pontos mais singulares para cada pessoa – mas já não há a necessidade em me estender mais. Enfim, são esses dados, a base para concluir o segundo passo: por quantos meses você pensa em suprir suas despesas sem contar com nenhuma geração de renda? Reserva de emergência é isso, pensar em suprir necessidades extremas e considerar a geração nula de renda. A propósito, basta fazermos uma breve retrospectiva e relembrar como foram caóticos os meses iniciais da pandemia de Covid-19 para compreender a necessidade de considerarmos zero geração de receita para o cálculo da sua reserva de emergências.

Além de todos estes detalhes, é fundamental estabelecer o tempo para a esta reserva suprir suas demandas. Em geral, especialistas em finanças pessoais costumam definir um padrão de seis meses como parâmetro para uma reserva de emergência. Contudo, particularmente, eu prefiro ampliar este parâmetro: dependendo da singularidade de cada pessoa e contexto familiar, o prazo de abrangência desta reserva pode variar de três a nove meses. Portanto, defina, dentro destes critérios, o tempo mais adequado a sua realidade.

Somente aqui, no terceiro passo, você vai ser capaz de calcular o valor exato da sua reserva. Então vamos às contas:

1º passo – Valor médio de despesas mensais = R$ 5.000

2º passo – Tempo suprindo as despesas = 5 meses

3º passo – Valor da Reserva de Emergência: R$ 25.000

Por último, e longe de ser menos importante, é fundamental saber onde alocar sua reserva. Opte sempre por produtos financeiros de alta liquidez, com rentabilidade suficiente para suprir a inflação (rentabilidade alta não é o foco aqui) e baixa volatilidade (você não pode resgatar menos do que investiu para esta reserva). Para facilitar a interpretação, títulos públicos e fundos referenciados DI podem ser boas opções de alocação para a sua reserva de emergência.

O futuro guarda muitas surpresas e essa é a nossa única certeza.

Prepare-se!

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O que você faz com seu 13º salário?

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Essa é uma pergunta muito relevante para o momento. Afinal, o mês de novembro é prazo limite para o pagamento da primeira parcela do que pode se tornar um alívio para o seu consumo ou, melhor ainda, uma estratégia para a boa relação com suas finanças. A propósito, você sabe o porquê da implementação do 13º aos direitos do trabalhador?

Essa é uma pergunta muito relevante para o momento. Afinal, o mês de novembro é prazo limite para o pagamento da primeira parcela do que pode se tornar um alívio para o seu consumo ou, melhor ainda, uma estratégia para a boa relação com suas finanças. A propósito, você sabe o porquê da implementação do 13º aos direitos do trabalhador?

Inicialmente conhecido como gratificação de Natal, o 13º foi implementado no Brasil em 1962 com o intuito de recalcular o salário anual do trabalhador assalariado. A lógica é simples: considerando quatro semanas por mês, a conta não fecha quando sabe-se que ao longo de um ano temos 52 semanas. Esta é uma prática bastante comum em outros países ao redor do mundo, como Itália, Portugal, Argentina, Uruguai e muitos outros. Na Espanha, por exemplo, chega a existir o 14º salário.

É a maneira correta para o cálculo anual de salário? Não sei, regimes de regulamentação trabalhista não são a minha especialidade; mas está no caminho do desenvolvimento social. No entanto, percebe como esse dinheiro não é uma bonificação e sim seu direito, fruto de horas trabalhadas? Portanto, não considere-o como um presente e use-o como parte do seu planejamento visando a manutenção da sua saúde financeira.

Então, o que fazer com o 13º salário?

Eliminar e evitar contrair dívidas é o primeiro grande passo para alcançar o equilíbrio financeiro. Então, de antemão, o primeiro destino do dinheiro deve ser para arcar com as dívidas ativas, seja quitando ou apenas amortizando-as. Comece pelas com maior Custo Efetivo Total (CET), são as suas dívidas mais caras.

Agora, caso você não possua dívidas ou já conseguiu quitá-las e sobrou algum dinheiro, a segunda alocação planejada dos recursos do 13º vai para os seus gastos futuros. O fim de ano sempre vem com alguns custos sazonais, como o Natal e viagens de verão por exemplo; então, já que não tem mais dívidas, aproveite! Mas lembre-se, assim como o final do ano, o início do ano também tem seus custos: material escolar, matrículas, IPTU e IPVA são exemplos de gastos que podem comprometer suas finanças pessoais.

Por fim, com suas finanças planejadas e bem estruturadas, o 13º salário encontra uma situação de equilíbrio, cujo planejamento o incluiu no orçamento anual para estabelecer um padrão de vida condizente com as receitas e só lhe resta a liberdade de decidir o que fazer com seu próprio dinheiro. Agora suas finanças abrem espaço para poupar e investir: uma ótima escolha para o futuro!

Gaste melhor, poupe sempre e invista com qualidade.

Seja livre com seu dinheiro – mesmo que pouco –, não escravo dele – ainda que muito. Só você tem o poder de usá-lo como uma ferramenta de liberdade. Pense nisso!

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12 termos importantes do mundo das finanças

sexta-feira, 05 de novembro de 2021

Já leu esse breve glossário financeiro? Talvez o texto de hoje seja repetitivo para você que me acompanha semanalmente. Se não for o seu caso, recomendo a leitura; abaixo, apresento 12 termos importantes do contexto financeiro que podem te ajudar a elucidar muitos conceitos ainda não dominados.

Amortização: redução gradual de uma dívida baseada em pagamentos periódicos. Além das taxas de juros, um financiamento calcula um determinado valor a ser pago para reduzir a quantia total da operação.

Já leu esse breve glossário financeiro? Talvez o texto de hoje seja repetitivo para você que me acompanha semanalmente. Se não for o seu caso, recomendo a leitura; abaixo, apresento 12 termos importantes do contexto financeiro que podem te ajudar a elucidar muitos conceitos ainda não dominados.

Amortização: redução gradual de uma dívida baseada em pagamentos periódicos. Além das taxas de juros, um financiamento calcula um determinado valor a ser pago para reduzir a quantia total da operação.

Ativo e Passivo: ativos são bens ou serviços que agregam rentabilidade; passivos, por sua vez, são bens ou serviços com carga de desvalorização e despesas com o passar do tempo.

CDB: Certificado de Depósito Bancário são títulos emitidos por instituições financeiras. Na prática, ao adquirir um destes títulos, o investidor está emprestando dinheiro em troca de uma rentabilidade predefinida.

CDI: Certificado de Depósito Interbancário é um dos principais indexadores (taxas de reajustes) dos ativos existentes no mercado financeiro. Taxa de referência para a realização de operações de empréstimos interbancários.

FGC: Fundo Garantidor de Crédito é uma “entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras”. É o FGC, o garantidor dos investimentos em renda fixa.

Ibovespa: é a carteira teórica da Bolsa de Valores brasileira, a B3. Composta por cerca de 70 das maiores empresas do Brasil, esta carteira representa o índice de referência da bolsa brasileira e serve como base para as análises de investidores.

IGPM: Índice Geral de Preços do Mercado é indicador de inflação e incide sobre a correção de valores contratuais (como, por exemplo, o aluguel).

IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é o índice oficial do Governo Federal para medir inflação e incide sobre a correção salarial.

Liquidez: o período de tempo entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não.

PIB: o Produto Interno Bruto é um indicador de valor para soma de todos os bens e serviços finais produzidos por uma região em determinado período de tempo. O PIB per capta é este valor dividido pelo número de habitantes da região.

Selic: o Sistema Especial de Liquidação e Custódia representa o sistema responsável pelo controle de emissão, compra e venda de títulos públicos federais; fazendo desta taxa, a principal ferramenta de controle inflacionário e outras medidas econômicas.

Tesouro Direto: o Tesouro Direto é um título público emitido pelo Tesouro Nacional – órgão responsável, também, pela gestão da dívida pública. Ao comprar estes títulos, o investidor está emprestando dinheiro para o Governo Federal em troca de recebimento de juros (geralmente indexados ao IPCA e a Selic).

Ao longo de cada ano, busco trazer este texto algumas vezes, em momentos diferentes, a fim de democratizar cada vez mais o acesso a conceitos básicos amplamente usados no mundo das finanças. Assim, consigo alcançar cada vez mais pessoas com estas informações. Espero que tenha te ajudado!

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