O que faz a diferença entre obter sucesso ou fracassar? Será que tem que ver com condições ideais? Será na dependência de você colocar bem mais esforço? Será que pode ser usar uma porção dobrada do seu talento? Ou será que algumas pessoas simplesmente têm o que é preciso e outras não?
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana

Cesar Vasconcellos de Souza
Saúde Mental e Você
O psiquiatra César Vasconcellos assina a coluna Saúde Mental e Você, publicada às quintas, dedicada a apresentar esclarecimentos sobre determinadas questões da saúde psíquica e sua relação no convívio entre outro indivíduos.
Vício é aquilo que se torna um deus para você, domina sua pessoa, seus sentimentos e atitudes. Drogas psicotrópicas (que afetam o cérebro) bloqueiam a percepção consciente de emoções que precisariam ser experimentadas e expressadas. Isto causa repercussão no comportamento e complica as relações do usuário com ele mesmo, com sua vida interior, e com as pessoas ao redor. Um vício isola a pessoa dela mesma.
Procrastinar é o ato de adiar ou atrasar tarefas, às vezes até o prazo final, geralmente porque você pode não gostar da tarefa e a deixa de lado mesmo sabendo que isso produzirá resultados ruins depois.
Você pode adiar um monte de coisas, uma pilha de roupa já lavada que precisa ser dobrada e guardada, arrumar as gavetas do seu guarda-roupa que está uma bagunça ou sua mesa de trabalho cheia de papéis e outros objetos, consertar um problema no carro, pagar uma conta, levar o eletrodoméstico para o conserto.
Com esse título a escritora Kathleen Turner Crilly comenta sobre um texto de Melody Beattie, especialista sobre codependência afetiva. Vou citar parte do texto junto com ideias minhas, para nossa reflexão hoje.
Cerca de 48% das mulheres agredidas dizem que a violência ocorreu em sua residência (Pnad IBGE, 2009). Três em cada cinco mulheres jovens sofreram violência em relacionamentos (Instituto Avon, parceria com Data Popular - nov/2014).
Alguns indivíduos nascem com melhor constituição física e mental do que outros e com habilidade de serem mais assertivos. Desde pequenos enfrentam a vida com mais força. Os problemas não os abalam como abalam outros até da mesma família. Realmente alguns têm lutas interiores que outros não têm metade disto. Por que algumas crianças nascem mais vulneráveis, mais sensíveis emocionalmente? Ou, mudando o lado da moeda, por que algumas crianças nascem mais guerreiras, mais autoprotetoras, com mais vantagens mentais para enfrentar a vida?
É comum ficarmos preocupados com a dependência de drogas como o álcool, a maconha, anfetaminas, cocaína, e não pensarmos no vício em tranquilizantes prescritos por médicos e comprados em farmácias, chamados de “tarja preta”.
A verdade é que os tranquilizantes ou calmantes, cientificamente chamados de “benzodiazepínicos”, podem se tornar danosos para a saúde, se usados de forma abusiva, junto com outras drogas ou na retirada deles.
A cada semana, recebo da Fundação Hazelden, dos Estados Unidos, especializada em atendimento e treinamento em saúde mental, incluindo dependência química, sua newsletter com um texto de reflexão sobre recuperação de alcoolismo e de outras drogas. Compartilho com você um texto recente que inicia com uma frase de Mark Twain, pseudônimo do escritor norte-americano, Samuel L. Clemens, que diz: “Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, não ausência de medo.”
O artigo “Estudo associa o ‘vício em amor’ com a dependência emocional” do escritor sobre assuntos de ciência, Giulio Nigro, foi publicado em 24 de fevereiro de 2025 no site de informações médicas, o Medscape. Vamos pensar sobre isso.
O arqueólogo Rodrigo Silva, em seu livro “Descobertas da Fé” (p.20, 2025) cita John Gillis, historiador norte-americano, professor da Universidade Rutgers, que estudou culturas alemã e britânica e ao pesquisar sobre relações de idade, casamento, culturas da vida familiar europeia e americana, verificou que a partir do século 19 o amor passou a ter duas tendências: autoritária e sentimental.