Este sábado, 28, é reconhecido mundialmente como o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. A data celebra a diversidade e reforça a luta histórica contra o preconceito e pela garantia de direitos à população lésbica, gay, bissexual, trans, queer, intersexo, assexual, pansexual, não binária e demais identidades de gênero e orientações afetivas.
Origem da data
O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ (criado originalmente como Dia Internacional do Orgulho Gay) é celebrado em 28 de junho em homenagem a um dos episódios mais marcantes da luta da comunidade gay pelos seus direitos: a Rebelião de Stonewall.
Em 1969, esta data marcou a revolta da comunidade gay contra uma série de invasões da polícia de Nova York aos bares que eram frequentados por homossexuais – nas quais os homossexuais eram presos e sofriam represálias por parte das forças policiais.
A partir deste acontecimento, foram organizados vários protestos em favor dos direitos dos homossexuais, em várias cidades dos Estados Unidos e pelo mundo afora. A 1ª Parada do Orgulho Gay foi organizada no ano seguinte (1970), para lembrar e fortalecer o movimento de luta contra o preconceito. A Rebelião de Stonewall é tida como o marco zero do movimento de igualdade civil dos homossexuais no século 20.
No Brasil
No Brasil, o movimento LGBTI+ começou a ganhar força no final dos anos 1970, com a formação do grupo Somos em São Paulo, focado em discutir questões de sexualidade e homossexualidade. Posteriormente, surgiram o Grupo Gay da Bahia e o grupo Triângulo Rosa no Rio de Janeiro, ambos voltados para a luta por direitos civis e políticas públicas.
Dados alarmantes
O Brasil registrou 291 mortes violentas de pessoas LGBT+ ou movidas por LGBTfobia no ano passado, o que representa aumento de mais de 8% em relação a 2023. Os dados fazem parte do relatório anual da Organização Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga da América Latina.
De acordo com o levantamento, o país segue como líder desse tipo de crime entre as nações que realizam estudos sobre o tema. Os dados relativos a 2024 representam um óbito violento a cada 30 horas. A maioria das mortes violentas de LGBT+ em 2024 foi classificada como homicídio (239 casos), seguida por latrocínio (30 casos), suicídio (18 casos) e outras causas (4).
Celebração pelo mundo
Atualmente, o Dia do Orgulho é celebrado de diferentes formas em todos os continentes. As Paradas do Orgulho, como são conhecidas, reúnem milhões de pessoas em cidades como Nova York, Londres, Madri, Toronto e São Paulo, misturando festa, ativismo e reivindicações sociais.
Entre os símbolos mais reconhecidos do movimento está a bandeira do arco-íris, criada por Gilbert Baker em 1978. Cada cor representa um valor essencial da diversidade e tornou-se um ícone global de orgulho e pertencimento.
Além das paradas, muitas cidades promovem campanhas de conscientização, debates, exibições culturais e ações afirmativas em escolas, empresas e instituições públicas. A presença da comunidade em diferentes esferas tem crescido, mas ainda é marcada por contradições e desafios.
Ações em Nova Friburgo
Nesta sexta-feira, 27,em comemoração ao mês do orgulho, acontecerá a partir das 18h na Câmara Municipal (Rua Farinha Filho, 50) o Dia de Ativismo LGBTQIAPN+. A iniciativa faz parte do Centro de Cidadania Hanna Suzart junto com a vereadora Maiara Felicio (PT). De acordo com a organização o evento será um momento de troca, escuta e afirmação das existências que seguem resistindo mesmo diante de tantas violências.
* Reportagem da estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim
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