Dois idosos, de 79 e 83 anos, foram mortos no último domingo, 22, com facadas no pescoço, na casa onde moravam na localidade rural de São Lourenço, no distrito de Campo do Coelho. O assassino é um homem de 33 anos que atuava como cuidador do casal. Ele foi preso no dia seguinte ao crime por uma equipe do 11ºBPM. Conduzido à 151ªDP, o homem, aparentemente desorientado, revelou ao delegado Heberth Tavares Cardoso, que fez uma “cirurgia” na garganta dos idosos, utilizando uma faca de cozinha.
O 11º BPM informou em suas redes sociais que foi acionado por moradores de São Lourenço, após vizinhos perceberem uma movimentação estranha na residência do casal de idosos. Ao chegarem ao local, os agentes encontraram o suspeito sentado no chão de um dos quaretos, sem roupas da cintura para baixo. Ele foi detido sem resistência.
Os dois idosos foram mortos em quartos diferentes. Ambos apresentavam ferimentos profundos no pescoço. Uma faca com lâmina de aproximadamente 20 centímetros foi encontrada embaixo da pia da cozinha do imóvel.
Segundo a polícia, uma testemunha, que também auxiliava nos cuidados com os idosos, relatou que foi ao local após ser alertada por vizinhos. Ao chegar, encontrou o suspeito com a faca nas mãos. Essa testemunha, retirou a faca do local e entregou-a à polícia.
Investigação
Os policiais gravaram um vídeo do cuidador respondendo uma série de perguntas feitas pelo delegado na 151ªDP. O homem disse que tinha feito uma “cirurgia” nos idosos, mas não apresentou um motivo plausível. Ele repetiu seguidamente "sim, senhor" às perguntas. Ainda segundo a polícia, o suspeito afirmou ter usado o objeto no crime e tentou limpá-lo.
A perícia foi realizada na cena do crime e a faca foi apreendida. O homem foi autuado por duplo homicídio qualificado. Os corpos foram necropsiados no Instituto Médico Legal (IML) e sepultados na segunda-feira, 23 e, nesta terça, 24. A Polícia Civil informou que a real motivação do crime ainda é investigada e o caso está agora sob responsabilidade da Justiça. A inclusão de novos fatos ou provas dependerão de manifestações do Ministério Público no curso da ação judicial.
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