Amizade: uma aliada poderosa da saúde mental

Especialista explica como vínculos afetivos ajudam a prevenir transtornos como depressão e ansiedade
sexta-feira, 18 de julho de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Dra. Claudia Saraiva)
(Foto: Dra. Claudia Saraiva)

Você já parou para pensar como se sente depois de uma boa conversa com um amigo? Aqueles momentos de riso, escuta e acolhimento vão muito além do prazer do encontro: eles são aliados poderosos da saúde mental.

Num mundo onde os casos de ansiedade e depressão crescem a cada ano, a presença de amigos verdadeiros pode ser um dos mais eficazes remédios para a alma. É o que afirma a psicóloga Cláudia Saraiva. Segundo ela, o amor, o respeito, a consideração e, sobretudo, a amizade são pilares importantes para o bem-estar emocional, e devem ser valorizados.

“Ter amigos e ser amigo ajuda muito em qualquer situação que vivenciamos. Pessoas com vínculos afetivos positivos se recuperam mais facilmente de problemas emocionais”, enfatiza.

A solidão adoece

A psicóloga alerta que a solidão pode agravar quadros de sofrimento psíquico, como depressão e crises de ansiedade. Essa realidade ficou ainda mais evidente durante o isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19.

“A solidão intensifica qualquer tipo de problema emocional. Durante a pandemia, isso ficou tremendamente evidente. Milhares de pessoas desencadearam problemas emocionais graves por estarem sozinhas. Ter alguém para ouvir, acolher e dividir os sentimentos é essencial “, explica.

Quando a amizade deixa de ser saudável

Por outro lado, nem toda amizade é saudável. A psicóloga observa que relações tóxicas também podem existir entre amigos e costumam ser marcadas por controle excessivo, ciúmes e invasão de privacidade.

“Hoje é sabido que relacionamentos tóxicos não acontecem somente entre casais. Eles também aparecem em amizades. Existem pessoas que se acham donas das outras, e isso pode ser extremamente prejudicial. Nesses casos, a pessoa se anula, vive em função do outro e perde sua autonomia emocional. É preciso estar atento a esses sinais”, reforça.

Terapia e ajuda profissional

Apesar do poder curativo da amizade, Cláudia reforça que, em casos de sofrimento psicológico, é essencial procurar ajuda profissional. “Amizade ajuda, mas não substitui a terapia. Diante de quadros de ansiedade e depressão, buscar um psicólogo é fundamental. Em muitos casos, inclusive, a medicação também pode ser necessária para dar o suporte inicial. O acompanhamento adequado salva vidas”, destaca.

O valor do afeto presencial

As redes sociais, aplicativos de mensagens e jogos online se tornaram ferramentas populares para manter contato com amigos. No entanto, Cláudia faz um alerta: “O contato virtual pode ser libertador, principalmente quando aproxima quem está distante. Mas nada substitui o olho no olho, o abraço apertado, o escutar o pulsar do coração, o afago. O contato físico afetuoso tem um poder enorme de cura”, garante a psicóloga. 

 

* Reportagem da estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim

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