Biometria será obrigatória para receber benefícios sociais

Por isso, Governo Federal vai acelerar a emissão da nova Carteira de Identidade Nacional, a CIN
sexta-feira, 08 de agosto de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)
Com a obrigatoriedade do cadastro biométrico para acesso a benefícios sociais, o Governo Federal quer acelerar a emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN). O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentou as novas medidas sobre a governança de dados no país e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que regulamenta o uso da biometria na concessão, renovação e manutenção dos benefícios sociais.

No Estado do Rio, a nova identidade é emitida pelo Detran
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, explicou que essa cobrança será feita de forma responsável para garantir os direitos de quem precisa. “A implementação será gradual, começando com as novas concessões. Para quem já tem o benefício o prazo para se adequar será um pouco maior”, disse, explicando que há exceções para a obrigatoriedade como pessoas com mais de 80 anos e dificuldade de mobilidade.

Para promover essa inclusão digital dos cidadãos, o governo assinou uma parceria com a Caixa Econômica Federal para que a coleta biométrica da CIN seja feita aproveitando a capilaridade do banco no atendimento a comunidades remotas e vulneráveis. Como grande pagador do Bolsa Família, por exemplo, a Caixa já tem a biometria de mais de 90% dos beneficiários do programa. Um projeto-piloto será implementado no Rio Grande do Norte para acelerar essa Infraestrutura Pública Digital de Identificação Civil com os estados.

A obrigatoriedade da biometria para acesso a benefícios sociais está prevista na lei federal 15.077/2024 e tem o objetivo de dar às políticas assistenciais mais segurança e conveniência para as pessoas, facilitando o acesso a diferentes políticas públicas. E a CNI, hoje, é o principal alicerce biométrico e biográfico do governo para a identificação dos cidadãos.

Identidade nacional

O documento que substitui o atual RG tem o número de inscrição do cidadão no CPF.  Para emit-lo é coletada automaticamente a biometria do cidadão. “A CIN e o habilitador do cidadão para o mundo digital”, disse´, nesta semana, o secretário de Governo Digital do MGI, Rogério Mascarenhas. Ele explicou, por exemplo, que a CNI já confere o selo ouro no Gov.br, a plataforma de serviços do Governo Federal. O acesso a funções do sistema é dividido por selos de confiabilidade – bronze, prata e ouro.

Lançada em 2022, a CNI é emitida pelas secretarias de Segurança dos estados, prevê a coleta das digitais e da biometria facial dos cidadãos e utiliza o CPF como número único de identificação. Hoje, diferentes bases biométricas já contemplam dados de 150 milhões de pessoas, como do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e da Polícia Federal. No Estado do Rio, a CIN é emitida pelo Detran-RJ com agendamento prévio através do site www.detran.rj.gov.br .

O uso da biometria para acesso a benefícios sociais será gradual, a partir da capacidade dos estados de emitirem a CIN e de um cronograma que ainda será definido em portaria do MGI. “Temos que avançar na digitalização mas não podemos excluir as pessoas”, disse Mascarenhas. “Enquanto não tivermos um cadastro amplo da carteira de identidade, essa orquestração de bases de dados vai garantir o acesso a direitos”, explicou o secretário.

De acordo com a ministra Esther, será pactuado com estados um calendário para emissão da CIN com base em um incentivo financeiro do Governo Federal. Hoje, os estados têm capacidade de emitir 1,8 milhão de carteiras por mês e o governo quer aumentar esse volume com a destinação de mais recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública para a emissão do documento. Até o momento, já foram emitidas cerca de 30 milhões de unidades da CNI. O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou também o aplicativo de validação da CNI, por meio do QR Code do documento.

Para o secretário Mascarenhas, é preciso tratar os dados como um ativo estratégico e não como uma mera questão operacional. “Onde estão esses dados? O quadro da geopolítica tem se agravado, temos um risco associado a essa questão de dados. Estão todos de olho nos dados e temos que ter a preocupação sobre como esse tratamento está acontecendo”, disse. (Agência Brasil) 

 

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