Sexualidade madura ainda é tabu

Dados recentes mostram aumento nos casos de HIV/Aids em mulheres com 60 anos ou mais
sexta-feira, 08 de agosto de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
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Embora temas relacionados à sexualidade sejam tratados com mais naturalidade hoje, grande parte das mulheres mais velhas cresceu em contextos conservadores, com pouco espaço para falar sobre desejos e práticas sexuais. Isso contribui para a vulnerabilidade dessa faixa etária diante de infecções sexualmente transmissíveis. “Muitas não utilizam a forma mais simples de prevenção, o preservativo. Sentem vergonha de sugerir o uso e, muitas vezes, não se sentem à vontade para conversar sobre o assunto com seus parceiros”, avaliam especialistas.

Até mesmo profissionais de saúde carregam esse estigma, o que limita o acesso a orientações adequadas. “Não é vergonha nenhuma o profissional não saber de tudo. Mas é necessário, pelo menos, tocar no assunto e encaminhar para quem está capacitado para prestar o atendimento.” 

Dados recentes mostram um aumento nos casos de HIV/Aids em mulheres com 60 anos ou mais. Esse aumento é preocupante e pode estar relacionado a fatores como estigma em torno da sexualidade na velhice, falta de campanhas de prevenção direcionadas a idosos, diagnóstico tardio e aumento da atividade sexual nessa faixa etária sem o uso de proteção. 

Fatores que contribuem

  • Estigma e preconceito A sexualidade na terceira idade ainda é tabu, o que pode dificultar o acesso a informações e serviços de saúde, além de impedir a busca por tratamento. 
  • Falta de campanhas direcionadas — As campanhas de prevenção geralmente não são direcionadas a idosos, o que pode levar à falta de informação sobre riscos e métodos de prevenção. 
  • Diagnóstico tardio — O diagnóstico tardio da doença em idosos é comum, pois os sintomas podem ser confundidos com outras doenças típicas da idade, e o estigma dificulta a busca por ajuda. 
  • Mais atividade sexual — Muitos idosos estão mais ativos sexualmente e podem não usar preservativos, aumentando o risco de infecção. 
  • Mudanças no sistema imunológico — O envelhecimento pode levar a mudanças no sistema imunológico, tornando os idosos mais vulneráveis a infecções. 
  • Qualidade de vida — O HIV/Aids pode afetar a qualidade de vida dos idosos, causando complicações de saúde e impactando suas relações sociais. 
  • Aumento da mortalidade — O diagnóstico tardio e a falta de tratamento podem levar a um aumento na mortalidade relacionada à Aids nessa faixa etária. ​

Medidas necessárias

  • Campanhas de prevenção direcionadas — É fundamental criar campanhas de conscientização e prevenção específicas para idosos, abordando a sexualidade na terceira idade e a importância do uso de preservativos. 
  • Acesso facilitado aos serviços de saúde — É preciso garantir que os idosos tenham acesso fácil a serviços de saúde, incluindo testes e tratamento da doença. 
  • Combate ao estigma — É necessário trabalhar para reduzir o estigma associado à Aids na terceira idade, para que as pessoas se sintam mais à vontade para buscar ajuda. 
  • É importante ressaltar que o aumento de casos de HIV/Aids em idosos é um problema complexo, que exige atenção e ações coordenadas de diversos setores da sociedade. 

 

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