Finalmente conseguira superar os obstáculos que por tanto tempo haviam impedido aquele abraço tão longamente planejado.
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana

Robério Canto
Escrevivendo
No estilo “caminhando contra o vento”, o professor Robério Canto vai “vivendo e Escrevivendo” causos cotidianos, com uma generosa pitada de bom humor. Membro da Academia Friburguense de Letras, imortal desde criancinha.
Em 1984, o Instituto Félix Pacheco registrava a existência de quatro Placidina Maria de Jesus e duas Minervina de Silva Lima
Morimoto adianta que não faz sexo, não carrega peso, não discute
Estava escrito no mural: “O trabalho enobrece o homem”. Alguém, mais realista, ou mais pessimista, corrigiu por cima: “emagrece”. São duas maneiras de se encarar a questão, cada uma delas deve ter algum fundamento, que pouca coisa neste mundo ─ provavelmente nada neste mundo ─ é absolutamente preto ou branco (basta olhar a cara dos brasileiros!).
Melhor seria se houvesse uma lei proibindo os filhos de escreverem sobre suas mães
Nas crianças, aí mesmo é que a beleza chega a ser um exagero de Deus
Um outrora famoso humorista brasileiro, já nas últimas curvas da estrada que leva aos noventa anos (e depois leva sabe-se lá para onde) submeteu-se àquela reforma eufemisticamente conhecida como harmonização facial. Não sei bem que cara ele tinha antes, mas pelas fotos que vi, não acredito que a reforma tenha harmonizado grandes coisas. Pode ser que agora ele esteja de fato um pouco mais bonito, até porque pior do que estava era difícil ficar.
─ Olha lá! Olha lá! Será que é ele mesmo, Astrênio?
─ É ele sim, Dalvinéia! Ele já tá até rascunhando as dedicatórias!
─ Ainda bem que a gente chegou na frente... Meio cedo, mas também assim a gente evita a filona que vai ter daqui a pouco.
─ É, esse prédio tem entrada, porta e escada pra tudo quanto é lado. Se a gente não chega cedo, ia mais era se perder. Capaz que nem chegasse a tempo.
─ Ainda bem que a gente comprou o livro antes. Vamos lá, aproveita que ele tá sozinho.
─ Com licença... Boa noite, professor. A gente já trouxe o livro, professor.
A cada texto meu na coluna Escrevivendo, constato que tanto as pessoas mais cultas, que têm o hábito de leitura, quanto as de modesta escolaridade, tomam conhecimento do que publiquei. Um comentário, uma palavra, às vezes apenas um gesto, e eu me certifico de que ali está um leitor de A VOZ DA SERRA.
E essa é apenas uma das formas pelas quais percebo a repercussão que o jornal alcança nos diferentes estratos da sociedade friburguense, e como grande parte da população nele se baseia para saber o que está acontecendo, para clarear as ideias, para formar opinião.