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A VOZ DA SERRA é parceiro das causas nobres

Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
Fechando o quinto mês de ano, o Caderno Z nos trouxe a informação de que 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco, numa campanha abrangente para a conscientização sobre os perigos da prática do tabagismo. Antigamente, as companhias de cigarros eram responsáveis pelas mais belas campanhas publicitárias. Temos uma edição do almanaque Correio da Manhã, de 1943, com um anúncio de página inteira, sobre determinada marca, onde o enunciado induzia o leitor a entender que o fumo dava status social: elegante casal descendo a escadaria de um teatro, o motorista do táxi, impecável, trajando terno. Tudo muito bem delineado, porque era chique fumar. A televisão também mostrava as mais lindas propagandas, com imagens e músicas empolgantes. Entretanto, o tempo passou, os conceitos mudaram e a verdade foi aparecendo por trás das espirais da “feia fumaça”.
Sabe-se hoje que “a fumaça do tabaco contém mais de 7 mil substâncias tóxicas muitas delas prejudiciais às células e com potencial cancerígeno”. “Envelhecimento precoce, lesão pulmonar, doenças respiratórias, cardiovasculares, problemas bucais, lábio, faringe e esôfago” são algumas consequências do uso do tabaco. Para as gerações passadas, em especial, na década de 70, eu percebia, no comportamento dos meus pares, que cigarro era um atrativo que levava os jovens a uma experimentação, só de brincadeirinha, uma espécie de afirmação de uma suposta liberdade da adolescência.
O depoimento do doutor Drauzio Varella, que parou de fumar há mais de 20 anos, nos comove e convence pela sua simplicidade nas confissões. Perdeu pai, irmão e sogro, vítimas do cigarro. Mesmo assim lhe foi custoso o desafio de vencer o vício. Quando se decidiu a parar, sonhava que estava fumando e ainda se pegava, no sonho, dizendo: “Que idiota, voltei a fumar!”. E acrescenta: “Chegava a sonhar com essa cena duas vezes na mesma noite”. Por seus conhecimentos na medicina, doutor Drauzio explica: “A nicotina age no cérebro e altera o metabolismo dos neurônios. É a droga mais difícil de se largar”.
E explica: “por isso ninguém tem o direito de julgar moralmente um fumante. Defendermo-nos da fumaça deles é um dever de todos, mas considerá-los pessoas pusilânimes só porque fumam é demonstração de ignorância da ação farmacológica da nicotina”. Deixar de fumar é um ato de coragem que merece ser comemorado a cada dia. Meu pai, nascido em 1917, por experiência própria, dizia que o fumante não devia se manter longe do cigarro, pois isso causa um desespero quando vem a ânsia de fumar. Bastava saber: o cigarro está aqui, mas depois eu fumo”. Assim, ele resistiu e...venceu.
“O vape pode causar dependência e isso ocorre porque a nicotina presente nos cartuchos desses dispositivos é frequentemente mais concentrada do que no cigarro convencional”. Seu uso, que já foi defendido nas mídias, por “ser menos ofensivo”, já está comprovado como prejudicial, porque “envolve a inalação de um aerossol gerado pelo aquecimento de um líquido que simula a fumaça do cigarro convencional”. Vale tentar de tudo: grupos de apoio, de profissionais de saúde e até uma boa dica está na charge de Silvério: jogando o maço na lixeira. Boa sorte a quem tentar.
Em “Sociais”, uma celebração de aniversários: Marcelo Braune, 27 de maio, o querido Coutinho, na última quinta, 29, e Zuenir Ventura, abrindo o mês de junho. Parabéns!
O espetáculo “Floradas na Serra”, da Companhia de Arte Jane Ayrão, fez sua estreia no sábado, 31, no Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura; sucesso total! Da mesma forma, os Jogos Florais 2025 marcaram o último fim de semana com uma alegria contagiante em toda a sua programação. A VOZ DA SERRA parceiro desde a primeira edição, em 1960, segue apoiando, divulgando, dando vez e voz aos acontecimentos da UBT-Seção Nova Friburgo. Isso é bonito, incentivador e dignificante para a UBT. Grata.
E 1º de junho é uma data significativa, pois comemora-se o Dia da Imprensa. A Voz da Serra, no auge dos seus 80 anos, tem motivos de sobra para se orgulhar de sua credibilidade, sendo fiel ao primor de manter-se responsável, imparcial e verdadeiro.

Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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