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A VOZ DA SERRA é uma concentração de credibilidades

Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
O Caderno Z é sempre o arauto das grandes datas e o Dia das Mães jamais passaria em brancas páginas. É gostoso abrir o caderno e sentir o amor exalando os melhores sentimentos que enaltecem aquela que se multiplica em vários seres para ser a essencial na vida dos próprios seres. Confesso que eu não tinha a menor aptidão para assumir a maternidade; era muito em mim, tudo meu em primeiro lugar. Entretanto, bastou um exame de laboratório acusar – “positivo” e minha cabeça mudou. Eu comecei a me descobrir capaz de exercer a minha multiplicidade. E tanto que, quando minha segunda filha nasceu, recebi uma visita que me vendo cuidar das duas meninas ao mesmo tempo, fez o comentário: “Nunca que eu poderia ter outra criança, porque eu não sei dividir amor!”. No mesmo instante, respondi: mas quem disse que a gente tem que dividir amor?
A gente não tira o amor de um filho para o outro; a gente multiplica o amor!
A passagem do tempo mudou muitos padrões e deu margem para a formação de novos modelos na construção familiar, pois o instinto materno é algo que se desenvolve nos seres e isso abre um leque de possibilidades na união de casais homoafetivos. Solteiras criam seus filhos sem embaraços e a maternidade se expande, não importando como essa expansão aconteça. Inclusive, o “Z” destaca: “A mãe do século 21 ensina o filho a ser ‘humano’, acima de tudo, com seu exemplo forte e sensível. Ela erra, assume, aprende sobre a vida junto com os filhos, ama e dá a volta por cima”.
Contudo, essa volta, às vezes, não é tão simples. A mulher ainda enfrenta desafios para dar conta do recado, pois estudos revelam que “mulheres com filhos ainda são penalizadas na carreira”. Pode parecer absurdo, mas esses estudos se confirmam mediante a afirmativa da pesquisadora da Universidade de São Paulo, Lívia Jorge, especialista no tema: “Quando o homem se torna pai, é visto como o profissional que sustenta a família; já a mulher é vista como alguém que tem que se dividir entre trabalho e filhos”.
O Dia das Mães remonta à Grécia Antiga, mas é na modernidade que se firmou em nosso calendário e promove os mais incríveis preparativos, desde a compra do presente aos comes e bebes e o aonde a família vai se reunir. Toda a forma de ser mãe precisa ser reverenciada. Mães-coragem, mães-solo, “mães da barriga”, do coração, do sonho, de tudo o que se chama amor. A mãe é infinitamente preciosa!
E o mês de maio, com tantas comemorações importantes, de uma forma que não gostaríamos que fosse, é o “Maio Laranja”, que tem no dia 18, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescente. O Cão Sentado, na charge de Silvério, é o retrato da indignação, detonando a repulsa de ainda termos essa pedra no sapato da civilização. O surgimento da data de 18 de maio lembra um episódio sórdido, ocorrido em 1973, que deu, em 1991, absolvição aos três réus. Releiam a matéria. Pesquisem e se espantem com o parvo desenrolar do crime.
“Três em cada dez brasileiros com idade entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais, ou seja, não sabem ler e escrever ou sabem tão pouco que não conseguem compreender frases simples, interpretar recados identificar preços ou números de telefone”. A constatação está em destaque na matéria de Liz Tamane em “Especial para A VOZ DA SERRA”. A gravidade do tema se prende ainda ao fato de que há índices preocupantes de analfabetismo entre a juventude. Com tantos avanços, é incompreensível esse estancamento na educação de base no território brasileiro.
O friburguense Laerte Vargas passou 30 anos fora de nossa cidade e retorna com uma novidade empolgante. Trata-se da criação da livraria Tangolomango, na Galeria União, na Praça Getúlio Vargas. A galeria, que já foi palco e concentração de antigos carnavais, onde os foliões se reuniam na maior animação, agora ganha vida nova com uma sala de leitura e livraria dedicada especialmente ao público jovem. Com certeza, o público em geral vai amar, a começar por mim que já vou lá conhecer essa magia!

Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
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