O Dia do Trabalhador, celebrado nesta quinta-feira, 1º, feriado nacional, é mais que uma data no calendário: é um convite à reflexão e à mobilização. Entre conquistas e novos desafios, os sindicatos seguem como peça fundamental na defesa dos direitos dos trabalhadores. Para os bancários do município e região, por exemplo, representados pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Nova Friburgo e Região (Seeb), a data reforça o compromisso de luta permanente por melhores condições de trabalho, atendimento digno à população e o engajamento das novas gerações na luta sindical.
Essa é a avaliação de José Eduardo Marchetti Alvarez, diretor de imprensa do Seeb. Em entrevista, ele destacou os desafios enfrentados pela categoria e a importância de manter viva a mobilização sindical.
“Estamos vendo um número cada vez maior de agências fechando e filas enormes para atendimento. Isso impacta não só os trabalhadores do setor bancário, mas toda a população, especialmente os idosos, que ficam horas esperando. Estamos em contato direto com os departamentos de recursos humanos dos bancos para tentar garantir mais contratações e melhorar a qualidade do atendimento”, afirma Alvarez.
Para além da luta por salários e estabilidade, o sindicato também atua em defesa do lado social do trabalho. A preocupação com o atendimento digno à população caminha lado a lado com a proteção aos empregos e à saúde dos trabalhadores bancários, que seguem sob pressão, mesmo após o auge da pandemia de Covid-19.
Apesar do cenário adverso, há motivos para reconhecer avanços. Segundo o dirigente sindical, após o período crítico da pandemia, houve aumento no número de contratações, um indicativo de recuperação. “Temos visto em todas as categorias um pequeno respiro. Isso é resultado também da articulação conjunta com outros sindicatos parceiros”, diz.
Mas a mobilização não é automática, principalmente entre os mais jovens. “Hoje, a maior parte dos trabalhadores bancários é composta por jovens que não vivenciaram as batalhas sindicais que conquistaram o 13º salário, o vale-alimentação, o plano de saúde, entre outras conquistas. Muitos vivem como se esses direitos sempre tivessem existido, mas não foi nada dado de graça”, alerta Alvarez.
Consciente da distância entre o sindicato e as novas gerações, a entidade tem buscado se reinventar. A presença nas redes sociais — como Instagram, Facebook, X (antigo Twitter) e até TikTok — é uma tentativa de estreitar o diálogo.
“O jovem está mais introspectivo, então usamos essas plataformas para mostrar que os direitos que eles têm hoje são fruto de muita luta. Precisamos manter essa consciência ativa”, ressalta.
Para os sindicatos, o desafio é duplo: pressionar por melhorias no sistema e, ao mesmo tempo, mostrar à juventude que a proteção social precisa ser construída desde já.
Neste Dia do Trabalhador, a mensagem do Sindicato dos Bancários é clara: união e participação continuam sendo os caminhos mais eficazes para garantir direitos e avançar em novas conquistas. “Sozinhos não conseguimos nada. Precisamos que os trabalhadores estejam ao nosso lado, fortalecendo o movimento, para que possamos seguir avançando”, conclui Alvarez.
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