Desde o último dia 1º, todos os radares das rodovias federais brasileiras foram desligados por falta de recursos para manter o Programa Nacional de Controle de Velocidade (PNCV), afetando equipamentos instalados ao longo de 47 mil quilômetros de estradas pelo Brasil afora. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) explica que o orçamento caiu 88%, de R$ 364 milhões para R$ 43,3 milhões, valor insuficiente para manter o sistema até o fim do ano.
No Estado do Rio de Janeiro, os radares de diversas rodovias estaduais, inclusive a RJ-116, principal acesso à Nova Friburgo, também foram desligados, desde o mês passado. O órgão responsável pela malha viária fluminense, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) aguarda a realização de nova licitação para contratação da empresa que ficará responsável pela manutenção dos equipamentos de fiscalização de velocidade
Nesta semana, a Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Tráfego (Abeetrans) alertou que poderá recorrer à Justiça para religar os radares, essenciais para conter o excesso de velocidade nas rodovias, principal causa de mortes no trânsito, segundo estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O desligamento dos radares ameaça a meta de reduzir em 50% as mortes no trânsito brasileiro até 2030, prevista no Plano Nacional de Mortes e Lesões no Trânsito. Somente no ano passado, o Brasil registrou 34 mil mortes em rodovias, o que gerou prejuízos de R$ 22,6 bilhões, segundo o Governo Federal. Além de prevenir acidentes causados pelo abuso da velocidade, os radares geram R$ 1,1 bilhão em multas, mas esse montante acabou redirecionado para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), prejudicando a manutenção do PNCV.
(Fonte: Vox PB)
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