Biodiversidade significa a variedade de vida e engloba a riqueza das espécies, dos genes que contém e dos ecossistemas que constituem o meio ambiente. Inicialmente, o conceito era conhecido por Diversidade Biológica, até que, a partir da década de 80, ficou mais comum utilizar Biodiversidade como sinônimo para o termo. A definição mais conhecida de biodiversidade foi definida pela Convenção sobre a Diversidade Biológica, assinada no Brasil, durante a Rio-92.
Significando: "A variabilidade de organismos vivos de todas as origens; compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; e compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas".
Atualmente, a biodiversidade é considerada em três níveis:
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Diversidade de espécies — É a riqueza de espécies existentes, e inclui todos os organismos da Terra, dos mais simples aos mais complexos;
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Diversidade genética — É a diversidade de genes entre os indivíduos de uma espécie;
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Diversidade de ecossistemas — É a diversidade de ecossistemas nos quais as comunidades biológicas habitam e interagem.
Todos os níveis são fundamentais para a sobrevivência das espécies, incluindo da espécie humana. Os ambientes mais ricos em quantidade de espécies no planeta são, as florestas tropicais, os recifes de corais, os grandes lagos tropicais e as profundezas do mar.
No Brasil
A biodiversidade brasileira é uma das mais ricas do planeta, e os números da nossa fauna e flora impressionam. São:
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5.000 espécies de fungos filamentosos e leveduras > 10% da diversidade mundial;
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22% da diversidade de briófitas do mundo;
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cerca de 1.400 espécies de pteridófitas > 12% da diversidade mundial;
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maior diversidade de plantas angiospermas do mundo, estima-se mais de 45 mil espécies;
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entre 90 a 120 mil espécies de insetos > 10% da diversidade mundial;
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maior diversidade de peixes do mundo, mais de 3.500 espécies;
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a fauna mais rica do mundo para o grupo dos anfíbios;
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cerca de 1.800 espécies de aves;
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mais de 650 espécies de mamíferos.
Amazônia — É a região do planeta com maior biodiversidade. Apesar disso, acredita-se que muitas espécies ainda nem foram conhecidas e descritas pela ciência. Acredita-se que a região possua quase 60% de todas as formas de vida do planeta, porém, apenas 30% delas são conhecidas. Para se ter uma ideia, podem ser encontradas de 40 a 300 espécies de árvores diferentes por hectare. Na América do Norte, esse número varia entre 4 a 25. Os insetos constituem a maior parte dos animais da Amazônia. Grande parte das espécies encontradas na região amazônica são endêmicas, ou seja, só ocorrem lá.
Mata Atlântica — É uma floresta tropical rica em espécies. Estima-se que até 8% das espécies do planeta habitem essa área. Ao mesmo tempo, com a intensa destruição é também considerada como um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo. Ainda assim, a região abriga mais de 20 mil espécies de plantas. Existem ainda, 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e 350 espécies de peixes.
Cerrado — Esse bioma é um dos locais com maior biodiversidade do planeta. É reconhecido como uma das savanas mais ricas do mundo. Acredita-se que possua mais de 6 mil espécies de árvores e 800 espécies de aves. Apresenta, ainda, muitas espécies endêmicas. Alguns estudos sugerem que a região do Cerrado abrigue cerca de 5% da fauna mundial.
Riqueza inigualável
“De acordo com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), são mais de 103.870 espécies animais e 43.020 espécies vegetais conhecidas pela ciência, e essa variedade de seres vivos e ecossistemas deve-se a fatores como clima e extensão territorial do nosso país. No Brasil, as regiões da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica destacam-se nesse sentido.
Outras regiões do planeta não apresentam uma biodiversidade tão rica quanto a nossa, sendo esse o caso dos desertos. Uma das razões para a pouca biodiversidade é a baixa quantidade de chuvas. Outra região que apresenta baixa biodiversidade é o bioma Tundra, relacionado, entre outros fatores, com a baixa temperatura.
No que diz respeito à importância ecológica, os motivos são claros: cada espécie do planeta apresenta uma papel no ecossistema. As plantas, por exemplo, são a base de toda a cadeia alimentar, além de servirem de moradia para algumas espécies e fornecerem oxigênio no processo de fotossíntese. Quando uma espécie entra em extinção, todo o ecossistema local é impactado.
Há ainda a importante relação econômica. Como sabemos, os seres vivos são importante matéria-prima na fabricação de alimentos, medicamentos, cosméticos, vestimentas e até habitação. Preservar é garantir, portanto, que esses recursos não faltem no futuro e que o meio ambiente permaneça em equilíbrio.
Apesar de saber da importância da biodiversidade, o ser humano ainda é responsável pela sua destruição. A poluição, o desmatamento e a exploração exagerada são algumas ações responsáveis pela redução da biodiversidade do planeta."
(Fontes: ICMBio e todamateria.com.br)
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