A Secretaria estadual de Saúde (SES-RJ) confirmou na noite de quarta-feira, 21, mais duas mortes por Febre do Oropouche no Estado do Rio de Janeiro. As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) que constatou a causa dos óbitos. As vítimas são duas mulheres: uma moradora de Macaé com 34 anos, e outra de Paraty, com 23 anos. Ambas tiveram os primeiros sintomas em março deste ano, foram internadas, mas morreram dias depois.
Com essas duas mortes já são três óbitos registrados no Estado do Rio este ano pela doença que é transmitida pelo mosquito Maruim. A primeira vítima era um morador de Cachoeiras de Macacu, de 64 anos. A SES informou ainda que todos esses casos são considerados isolados. “Reforçamos a importância da vigilância contínua e das medidas preventivas adotadas pela população e pelos gestores municipais. Desde o ano passado, com a introdução do vírus no estado, nossos especialistas têm aperfeiçoado os protocolos de Vigilância Epidemiológica e aprimorado a assistência aos pacientes”, ressalta a secretária estadual de Saúde, Claudia Mello.
Sintomas e panorama da doença
Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue. O período de incubação é de quatro e oito dias. No início, o paciente geralmente apresenta febre, dor de cabeça, dor nas articulações, dor muscular, calafrios e, às vezes, náuseas e vômitos persistentes por até cinco a sete dias.
Até o momento são 1.581 casos da doença no estado. Cachoeiras de Macacu lidera com 649 casos; Macaé (502); Angra dos Reis (320); Guapimirim (168) e Paraty (131).
Conforme A VOZ DA SERRA noticiou na edição de quarta-feira, 21, Cachoeiras de Macacu apresenta características ambientais que favorecem a proliferação do vetor: áreas silvestres preservadas, 92 cachoeiras catalogadas, atividade agrícola intensa, principalmente de banana e goiaba. Essas condições criam um cenário ideal para o Maruim: um mosquito minúsculo, que costuma estar presente especialmente em ambientes rurais ou próximos à vegetação densa.
Segundo o subsecretário estadual de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sergio Ribeiro, “o Maruim é corriqueiro em locais silvestres e áreas de mata. Por isso, a recomendação é usar roupas que cubram a maior parte do corpo, passar repelente nas áreas expostas da pele, limpar terrenos e locais de criação de animais, recolher folhas e frutos que caem no solo, e instalar telas de malha fina em portas e janelas”, alertou. (Com informações de O Globo)
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