Brasil se declara livre da gripe aviária após 28 dias sem novos casos em granjas

Brasil é declarado livre da gripe aviária após 28 dias sem novos casos em granjas, diz ministério
quarta-feira, 18 de junho de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Agência Brasil)
(Foto: Agência Brasil)

O Brasil está livre de gripe aviária. A confirmação se deu na tarde de quarta-feira, 18, após ficar 28 dias sem registrar novos casos em granjas, informou o Ministério da Agricultura. O prazo começou a ser contado em 22 de maio, depois do fim da desinfecção da granja de Montenegro (RS), onde houve o primeiro foco da doença em aves comerciais no Brasil, em maio.

O governo comunicou o novo status à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e está notificando os países que compram frango brasileiro. “O marco é importante para que o Brasil possa normalizar as vendas no exterior, que foram alvo de embargos totais ou parciais por cerca de 80 países, desde o caso no Rio Grande do Sul”. O Brasil é o maior exportador do mundo.

Consequências

Agora, o Governo Federal espera que esses compradores retirem os bloqueios ou reduzam a área restrita. Mas isso não deve acontecer de forma imediata. “Não se comemora uma crise, mas é preciso reconhecer a robustez do nosso sistema sanitário, que respondeu com total transparência e eficiência", afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta quarta.

"Seguimos todos os protocolos, contivemos o foco e agora avançamos com responsabilidade para uma retomada gradativa do comércio exterior, mostrando a força do serviço sanitário brasileiro”, acrescentou. Os bloqueios são feitos para evitar a contaminação de granjas em outros países com material contaminado do Brasil, ainda que esta seja uma possibilidade remota.

Por que 28 dias?

No dia seguinte ao término do processo de desinfecção em Montenegro, começou a ocorrer um prazo de 28 dias, chamado de vazio sanitário. Para se declarar livre da gripe aviária, o Brasil não podia registrar novos casos em granjas neste período, seguindo regra estabelecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Segundo o governo, os 28 dias são um tempo essencial para garantir que não haja vestígios do vírus no ambiente antes da retomada das atividades.

Suspeitas descartadas

Antes do caso de Montenegro, registrado em 15 de maio, o país só havia tido casos da doença em aves silvestres e domésticas, que têm pouco efeito sobre as exportações. O Japão foi o único comprador, até agora, a ampliar o embargo à carne de frango por conta de casos em criações domésticas. 

Até a última terça-feira, a restrição valia apenas para Montenegro ; agora, o país inclui mais duas cidades, uma em Goiás e outra no Mato Grosso. O governo divulga os casos confirmados, descartados e as suspeitas de gripe aviária em uma página atualizada três vezes ao dia. Até a tarde desta quarta-feira, investigações estavam em andamento, nenhuma em granjas.

Desde o caso em Montenegro, o ministério investigou seis suspeitas em granjas comerciais e todas foram descartadas. Elas ocorreram em Ipumirim (SC), Aguiarnópolis (TO), Bom Despacho (MG), Anta Gorda (RS), União da Serra (RS) e Westfalia (RS).

Esta última envolveu um frigorífico que recebeu aves vindas de uma granja de Teotônia (RS) com sintomas que poderiam estar ligados ao vírus H5N1, causador da doença. Mas tanto as suspeitas no frigorífico de Westfalia quanto na granja de Teotônia acabaram descartadas.

Além de Montenegro, o Brasil teve outros casos confirmados de gripe aviária nos últimos meses, em aves silvestres ou em criações domésticas. Um deles foi no zoológico de Brasília.

Esses focos fora de granjas vêm sendo registrados no país desde 2023. Até hoje, mais de quatro mil suspeitas foram investigadas e 174 casos foram confirmados, sendo:

  • 168 em aves silvestres;

  • 5 em criações domésticas;

  • 1 em criação comercial (Montenegro).

 

 Fonte: G1

 

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