A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta terça-feira, 6, o 2º levantamento da safra brasileira de café, que indica que produção do grão deve apresentar crescimento, em 2025, ano de bienalidade negativa, totalizando 55,67 milhões de sacas. Esse quantitativo corresponde a um aumento de 2,7% em comparação com a safra de 2024 (54,21 milhões de sacas). Essa maior produção acende a esperança do consumidor em voltar a pagar mais barato pela bebida tão popular entre os brasileiros e que está com o preço nas alturas. Nos supermercados de Nova Friburgo, o pacote com 500 gramas de café varia de R$ 34,90 a R$ 38,90, em média.
Já a área total destinada à cafeicultura deverá registrar um aumento de 0,8%, chegando a 2,25 milhões de hectares. A área em produção deve registrar uma queda de 1,4%, estimada em 1,86 milhão de hectares, enquanto a área em formação tende a apresentar um incremento de 12,3%.
De acordo com o órgão, o bom resultado estimado na safra total de café é influenciado principalmente pela recuperação de 28,3% nas produtividades médias das lavouras de café conilon — uma espécie de café que possui um sabor mais intenso e amargo.
A expectativa de produção para esta espécie está estimada em 18,7 milhões de sacas. Este bom resultado se deve, sobretudo, à regularidade climática durante as fases mais críticas das lavouras, que beneficiaram floradas positivas, e a boa quantidade de frutos por rosetas.
O crescimento na produção do café também é esperado nos maiores produtores do grão no país. No Espírito Santo, maior produtor de conilon, é esperada uma produção de 13,1 milhões de sacas. Já na Bahia, a Conab também espera uma recuperação nas lavouras de conilon de 28,2%, estimada em 2,5 milhões de sacas, recolocando o estado baiano como o segundo maior produtor da espécie.
Para o café arábica, espécie mais afetada pela bienalidade, o órgão prevê uma redução de 6,6% na colheita, com previsão de uma safra em torno de 37 milhões de sacas. Em Minas Gerais, estado com maior área destinada para a produção de arábica, é esperada uma colheita de 25,65 milhões de sacas.
* Reportagem da estagiária Laís Lima baseada em informações do portal G1. Supervisão de Henrique Amorim
Deixe o seu comentário