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Mulher: uma criação especial

quinta-feira, 11 de março de 2021

Na última segunda-feira, 8, celebramos o Dia Internacional da Mulher. Esta obra prima do criador, cheia de graça, de feminilidade e sensibilidade que ajuda o homem a ser mais afetivo. Primeiro a menina, uma florzinha, bela, gentil, que alegra nossa vida. Jeitinho especial de ser, de gesticular, sorrir, brincar e que nos encanta. Depois, a menina-moça, antes com inocência encantadora, hoje maculada por incentivos doentios da sensualidade precoce, ainda com graça encantadora.

Na última segunda-feira, 8, celebramos o Dia Internacional da Mulher. Esta obra prima do criador, cheia de graça, de feminilidade e sensibilidade que ajuda o homem a ser mais afetivo. Primeiro a menina, uma florzinha, bela, gentil, que alegra nossa vida. Jeitinho especial de ser, de gesticular, sorrir, brincar e que nos encanta. Depois, a menina-moça, antes com inocência encantadora, hoje maculada por incentivos doentios da sensualidade precoce, ainda com graça encantadora. Um pé na infância, outro na adolescência, o corpo se molda para o de mulher, interesses se voltam para a estética, a menstruação chega e anuncia a marca endócrina da fêmea, ela cresce. Na adolescência, mais formas femininas, o afeto agora com interesse no sexo oposto, cria amizades, a turbulência das emoções, esta é a graça da filha adolescente.

Início da vida adulta, casamento, estudos, trabalho, aguarda o desenrolar da história que pode levá-la ao seu lar, ser dona de casa, esposa, mãe, lindas possibilidades na existência! Mesmo ficando solteira, a graça feminina, a capacidade profissional, a ajuda humana que pode dar, mostram a importância da vida da mulher adulta.

Que beleza e delicadeza a mulher grávida! Que maravilha do criador ela gerar um bebê e dar à luz um ser! Sublime etapa! Anos adiante, no sofrimento e alegria que todos temos, surge o amadurecimento mais profundo, criando filhos. Depois chega a hora de curtir os netos! Envelhecer é ruim, mas amadurecer é bom. Ela amadurece mais e chega à menopausa, um período normal do ciclo feminino em que não mais precisa procriar. Na terceira idade ela é muito útil aconselhando os mais novos da família, apoiando-os, repreendendo-os. Finalmente, ela necessita ser cuidada por ter as forças, a visão, e a capacidade de trabalho diminuindo. Ajude-a!

Mulher, gostaria de deixar para você alguns conselhos. Talvez lhe ajudará:

1 -  Crie sua filha curtindo a infância com menos coisas artificiais, menos shopping, TV, vídeogame, comida artificial e mais natureza. Evite para seus filhos multi-cursos, como inglês, espanhol, ginástica, música, judô, natação, ufa!!! E o tempo para ser criança e brincar? Evite superproteção por um lado e negligência afetiva por outro. Ofereça carinho combinado com disciplina. Lembre-se que criança não namora.

2 - Crie os filhos sem incentivar o namoro precoce, mas voltado para os estudos. Mantenha o carinho com amor firme e também com limites. Filhos de lares ditatoriais têm problemas parecidos com filhos de lares liberais e eles não se tornam mais felizes quando os pais deixam que façam o que querem ou quando ganham tudo que pedem.

3 - Seus filhos devem sair com quem você conhece e aprova, sabendo aonde eles vão, cumprindo o horário de voltar. Não estimule o uso de roupas sensuais em sua filha. Isto atrai rapazes para o corpo dela. Garotas confundem isto com afeto. Fale sobre a diferença entre amor e atração sexual e doenças sexualmente transmissíveis. Explique que não é “pagar mico” casar virgem, que sexo pré-marital não garante felicidade no casamento, nem afetiva, nem sexualmente, e que o namoro é secundário aos estudos, sendo um tempo de conhecimento da pessoa e não de transar.

4 - Mulher mãe seja um modelo de honestidade, sinceridade, fidelidade, autocontrole emocional, para seus filhos. Não deprecie homens diante deles, ainda que você tenha sofrido com um homem. Não diga: “Homens são todos iguais, não valem nada!”, porque você foi abusada por um homem rude, abusivo. Não é verdade que todos os homens são iguais e que todos não prestam, o mesmo em relação às mulheres. Não jogue sua filha contra o pai dela por você estar aborrecida com ele. Não jogue sua filha contra o marido dela por não ter simpatia pelo genro. Seja a melhor amiga de sua filha. Ela precisa disso mesmo sendo adulta, independente, com sucesso profissional.

5 - Para você mulher que é avó, curta seus netinhos nem que seja por vídeo, celular, internet. Nada como o vovô e a vovó para colocar um pouco de açúcar na vida dos netos, sem violar as regras dos pais deles. Seus netos precisam de sua experiência e de sua flexibilidade. Netos ajudam muito para a alegria da terceira idade.

6 - Você mulher jovem, adulta, idosa, solteira, casada, separada, viúva, não perca a feminilidade sendo “bronca”. Isto destrói a beleza feminina. Seja delicada, mesmo tendo que ser firme. Não diga palavrão, pois isto tira a doçura e é uma deseducação. Você pode ser doce e colocar limites e ser firme. Não “desça o barraco” achando que isto é ser poderosa. É feio. O poder emocional saudável de uma pessoa se mede pelo grau de autocontrole emocional que ela tem. Mantenha sua feminilidade com serenidade.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Como contribuir para a diminuição da violência social?

quinta-feira, 04 de março de 2021

Violência é o uso intencional de força ou poder físico real ou como ameaça, contra uma pessoa ou contra um grupo de pessoas ou comunidade, que resulta ou pode resultar em lesão, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (2002) sobre violência, apresenta recomendações sobre como lidar com esse assunto que está insuportável na sociedade.

Violência é o uso intencional de força ou poder físico real ou como ameaça, contra uma pessoa ou contra um grupo de pessoas ou comunidade, que resulta ou pode resultar em lesão, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (2002) sobre violência, apresenta recomendações sobre como lidar com esse assunto que está insuportável na sociedade. Você pode ver as recomendações em: http://www.who.int/violence_injury_prevention/violence/world_report/en/wrvhrecommendations.pdf

Entretanto, o que está ali é algo que para ser praticado a classe política, a polícia, o judiciário, os pais de família, várias instituições sociais, como associação de moradores, escolas, universidades, igrejas, empresários, mídia, entre outros, precisam dar as mãos para unir os esforços no combate e na prevenção da violência social.

A violência tira a vida de mais de 1,5 milhões de pessoas anualmente: pouco mais de 50%, devido ao suicídio, cerca de 35% devido ao homicídio, e pouco mais de 12%, como resultado direto da guerra ou alguma outra forma de conflito. Mas é possível atuar na prevenção da violência se combatermos suas causas como: pobreza concentrada, inadequação quanto ao salário pago para o trabalhador em função do gênero homem e mulher, uso de bebidas alcoólicas de modo prejudicial, falta de relacionamento entre os filhos e seus pais que forneça segurança, estabilidade e nutrição afetiva, e outros fatores.

Há níveis sociais diferentes que tentam explicar as causas da violência, tais como: 1 - Primeiro nível: idade, educação, salário, hereditariedade, lesões cerebrais, transtornos de personalidade, abuso de substância e relatos de história de pessoas que experimentam, testemunham e praticam comportamentos violentos. 2 - Segundo nível: tem que ver com relacionamentos íntimos, com familiares, amigos. Você tem amigos violentos? Há violência no seu casamento? Ocorre abuso contra um idoso que você tenha notícia produzido pelos cuidadores deles? 3 - Terceiro nível: contexto da comunidade, como escolas, locais de trabalho, vizinhança, pontos de venda de drogas, ausência de redes sociais de apoio, pobreza concentrada. 4 - Quarto nível: fatores sociais maiores que criam um clima que encoraja a violência, como corrupção, hipocrisia e instabilidade política, problemas no sistema judiciário incluindo corrupção, normas que regulam os papéis do homem e da mulher na sociedade, ou relações pais-filhos, que envolve injustiça econômica, afetiva; aceitação social da violência, disponibilidade de armas, exposição da violência pela mídia (TV, rádio, jornal, internet, revistas etc.).

A melhor forma de prevenção da violência tem que ver mesmo com a família. O melhor ensinador, para o bem ou para o mal é o exemplo da pessoa. A criança necessita aprender conceitos de boa moral, valores positivos de conduta. Mas para isso seus pais ou cuidadores precisam ser pessoas de boa moral, de boa conduta. Porque o exemplo fala mais alto. Mas se estes pais são eles mesmos agressivos verbal e/ou fisicamente, se nutrem em sua família o consumo de álcool, vivem assistindo programas de TV cheios de sensualidade, mentiras, violência, agressões e péssimos modelos como em algumas novelas, o que é passado para a criança será algo negativo, que poderá contribuir para gerar comportamento violento. Por isso, o mais significativo fator para reduzir a violência na sociedade tem que ver com guiar a criança desde pequena com disciplina equilibrada, exemplo de boa moral, evitando expor a criança à maldade e modelos de conduta muito alterados como aparece na mídia.

É muito difícil educar filhos na sociedade pós-moderna na qual vivemos para prevenção da violência, mas não é impossível. Tudo começa no lar com o relacionamento entre os pais e os filhos. É ali onde a prevenção da violência tem mais poder. Tenha coragem de ensinar seus filhos pequenos a serem honestos, verdadeiros, a se protegerem de crianças agressivas, a saberem dizer “não” para coisas estranhas para elas que outros possam oferecer, a terem valores éticos mesmo rodeados com abundância da falta de ética.

Ensine a criança a se autocontrolar. Coloque limites para ela quanto aos tipos de “lazer” que são violentos como certos videogames, filmes, encorajando-as e vivendo com ela mais perto da natureza, tendo alimento simples e natural, dormindo cedo, monitorando os estudos dela. Você acha que isso é fora de nossa época? Não mesmo. É possível aprendermos a ser verdadeiros, honestos, sinceros, éticos, numa sociedade apodrecida moralmente, sem nos tornarmos bobos e ingênuos, sabendo nos proteger da maldade.

(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Violence#cite_note-who.int-2).

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Aceitar a impotência alivia

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Não podemos mudar as pessoas. Elas continuarão a ser o que são apesar de nossos esforços para tentar mudá-las. Uma pessoa só muda quando ela quer e decide fazer algo neste sentido. Já é difícil mudar a nós mesmos, não é? Imagine tentar mudar uma outra pessoa! A ideia de que você pode mudar outra pessoa é uma ilusão.

Não podemos mudar as pessoas. Elas continuarão a ser o que são apesar de nossos esforços para tentar mudá-las. Uma pessoa só muda quando ela quer e decide fazer algo neste sentido. Já é difícil mudar a nós mesmos, não é? Imagine tentar mudar uma outra pessoa! A ideia de que você pode mudar outra pessoa é uma ilusão.

Há alguns anos recebi um pedido de ajuda de uma jovem que namorava um rapaz por quem ela se dizia apaixonada. Ela disse que o rapaz era ótimo, mas só tinha um “probleminha”, ele gostava de fumar maconha. Em seguida ela disse que tinha certeza de que o amor dela por ele seria eficaz para mudar o rapaz no sentido dele abandonar o uso desta droga. E me perguntou o que eu achava.

Muita gente boa e inteligente acredita que seu amor é capaz de mudar alguém. Isto é perigoso porque pode chegar à prepotência ou arrogância. Expliquei para a jovem que o que ela chamava de amor pelo rapaz não era suficiente para fazer com que ele deixasse a maconha de lado. Ele só abandonaria a droga se ele quisesse e tomasse uma decisão neste sentido. O sentimento dela por ele não tinha poder para causar esta mudança nele.

Uma das lutas em nossa vida pode ser aceitar nossa impotência diante do comportamento ruim de outra pessoa. Somos impotentes diante do comportamento desagradável de outra pessoa com quem convivemos, diante da corrupção política, e de outras coisas. Pode ser que a pior luta seja em relação a alguém que nos machuca, preocupa, trás problemas, e não quer ajuda. Como ajudar quem não quer ajuda, não é?

Mas pense bem, aceitar nossa impotência sobre o comportamento de outras pessoas pode realmente nos aliviar de fardos pesados. É muito pesado carregar uma responsabilidade de mudar alguém que talvez não queria mudar, ou não quer neste momento da vida. E a dificuldade envolve sentirmos algum tipo de sofrimento porque o outro continua com comportamento ruim, que mesmo que não nos prejudique diretamente, pode nos deixar tristes porque aquela pessoa sofre com sua postura de não mudança e temos uma ligação afetiva com ela.

Se você tem tentado mudar alguém, desista. Estou falando de pessoas adultas e não de comportamentos disfuncionais de crianças sobre as quais, como pai e mãe, temos a tarefa de educar para corrigir possíveis erros comportamentais. Não gaste seu tempo manipulando pessoas. Abra mão do controle. Controlar o outro é uma ilusão.

Para muitos a ideia de abandonar o controle pode assustar, porque para estas pessoas o sentido da vida tem sido tentar controlar o outro, e abandonando esta postura, pensam elas, “o que vai ser da minha vida?”. O sentido de sua vida é tentar controlar uma pessoa? Viver assim é perder a vida. E o controlador, aquele que não aceita a impotência diante da ideia de mudar alguém, acaba não mudando ninguém e ainda gasta tempo precioso de sua vida, que poderia ser usado para outras coisas produtivas, úteis, de valor, eficazes.

Alguns podem se sentir mal diante da ideia de abandonar a tentativa de controlar o outro porque a ideia de controlar pode estar misturada com a sensação de ajudar. Se parar de tentar controlar, isto significará egoísmo? É egoísmo deixar uma pessoa adulta fazer o que ela quer fazer, mesmo que seja algo ruim para ela e que nos atinge de certa forma? Ou é libertação de um jugo pesado que não precisamos carregar?

Li uma frase que dizia assim: deixe de ser responsável pela pessoa e seja responsável para com ela. Parece igual, mas é diferente. Ser responsável pela pessoa significa assumir as consequências dos erros dela, o que é injusto para quem assume. Ser responsável para com a pessoa, é oferecer ajuda e respeitar as decisões dela sobre aceitar ou rejeitar este oferecimento compassivo e deixar que ela assuma as consequências do que decide fazer.

Temos que ter cuidado para não perder a vida que Deus quer que vivamos por causa de querer controlar a vida de pessoas que não querem mudar para melhor. Deixá-las viverem como elas escolhem não é egoísmo. É respeito por elas e por você mesmo.

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Será que você é mesmo diferente de quem você julga?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Algumas pessoas são duras, ríspidas, autoritárias. Parecem um cacto, expondo os espinhos, os quais, na verdade, servem como defesa, nesta planta e nestas pessoas. Devemos julgá-las? Quem não tem este temperamento, é melhor que elas? O nome “cacto” surgiu há cerca de 300 anos antes de Cristo com o grego Teofrastus. Em seu trabalho Historia Plantarum, ele associa o nome cacto à plantas com fortes espinhos. Todos os cactos florescem, e certas espécies só dão flores após os 80 anos de idade. Depois da primeira floração, todo ano, na mesma época, as flores reaparecem.

Algumas pessoas são duras, ríspidas, autoritárias. Parecem um cacto, expondo os espinhos, os quais, na verdade, servem como defesa, nesta planta e nestas pessoas. Devemos julgá-las? Quem não tem este temperamento, é melhor que elas? O nome “cacto” surgiu há cerca de 300 anos antes de Cristo com o grego Teofrastus. Em seu trabalho Historia Plantarum, ele associa o nome cacto à plantas com fortes espinhos. Todos os cactos florescem, e certas espécies só dão flores após os 80 anos de idade. Depois da primeira floração, todo ano, na mesma época, as flores reaparecem.

Algumas espécies dão frutos comestíveis como o cacto mexicano Opuntia Ficus-indica, que produz o figo-da-índia. Apesar de 92% de sua estrutura ser água, a presença do cacto indica sempre solo pobre e seco. Um dia Jesus disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados.” Mateus 7:1 e 2. Muitos acham ter superior discernimento e assim criticam os motivos das pessoas. Com nossa mente finita e limitada não podemos ler a mente das pessoas. Nossa tendência é julgar pelas aparências e, então, podemos cometer graves erros. Somos imperfeitos, por isso não estamos qualificados para o julgamento de outros.

Os que tendem a criticar e tentam corrigir os outros, frequentemente possuem faltas que podem ser inconscientes para eles mesmos, faltas estas que podem ser piores do que aquelas que eles condenam nas pessoas. Será melhor evitarmos colocar o foco das conversas sobre faltas dos outros pois isto cria uma disposição infeliz.

Já que não podemos ler a mente das pessoas, é melhor não atribuir a elas motivos errados. Nem todos tiveram boa educação. Alguns vieram de lares quebrantados por abusos variados, gerando crianças duras, defensivas, autoritárias, como cactos cheio de espinhos, brotando palavras ríspidas facilmente. Quando crianças talvez copiaram este modelo de algum adulto que exercia forte influência sobre elas. E/ou aprenderam a ter “espinhos” para se defenderem dos abusos reais e do medo deles. Daí, os espinhos passaram a ser parte de seu ser.

Se o amor habita em nosso coração, os sentimentos e palavras serão amáveis para com as pessoas que (ainda) não sabem ser amáveis e dóceis, talvez porque ainda não percebem seus espinhos, não sabem abaixar a guarda e dialogar com serenidade. Talvez nosso amor para com elas seja o único caminho e remédio para que elas possam dar flor, ou seja, serem dóceis.

Comparar nós mesmos com qualquer pessoa não é sabedoria. Se você exige dos outros uma perfeição que você mesmo não possui, não é injusto? Não cria tensão no relacionamento? Muitas vezes julgamos as pessoas por erros que também cometemos ou por comportamentos que também possuímos, só que ainda não percebemos ou disfarçamos.

Nosso caráter é revelado pela maneira como tratamos os outros. Aquele que não sabe que não sabe, pensa que sabe. São os cegados pela malignidade os mais propensos a criticar e condenar. E podem possuir uma rebeldia maldosa em seu caráter. Lembre-se: a sentença que você passar para outros, estará sendo passada sobre você mesmo. Lembre-se também de que aqueles com quem você lida tem sensibilidades tão afiadas quanto as suas. Uma palavra amável, uma mão ajudadora, um braço sobre os ombros com compaixão, podem salvar estes “cactos” da ruína.

Demonstre misericórdia, bondade, simplicidade, paciência, perdão, e amor para com estas pessoas rudes. Algumas não conseguirão florescer nem mesmo depois de 80 anos porque não se interessam por isto, deixando sempre e somente os espinhos à vista e machucando a todos constantemente. Então, temos que nos proteger delas.

Outras aprenderão a abandonar seus espinhos e usar defesas mais adequadas ao se sentirem ameaçadas. Florescerão! Elas precisam de consciência (percepção) e escolha de comportamento melhor, como todos nós. Reflita seriamente sobre este pensamento: “Primeiro de tudo, olhe-se a si mesmo. Depois … olhe-se de novo.”

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Esquizofrenia: a principal psicose

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Psicose é uma alteração mental grave que tira a pessoa da realidade, diferente da neurose que é bem mais branda e não afeta tanto a vida social, familiar e de trabalho do indivíduo. A esquizofrenia é a psicose mais comum dentre as doenças mentais graves. Ela atinge entre 0,3% e 0,7% da população geral, encontrada em todos os povos e em todas as classes sociais e econômicas e raças, e é levemente mais comum nos homens.

Psicose é uma alteração mental grave que tira a pessoa da realidade, diferente da neurose que é bem mais branda e não afeta tanto a vida social, familiar e de trabalho do indivíduo. A esquizofrenia é a psicose mais comum dentre as doenças mentais graves. Ela atinge entre 0,3% e 0,7% da população geral, encontrada em todos os povos e em todas as classes sociais e econômicas e raças, e é levemente mais comum nos homens.

As pessoas sofrendo de esquizofrenia experimentam prejuízo social e ocupacional, porém com o devido tratamento algumas conseguem funcionar bem. Os sintomas surgem geralmente entre o fim da adolescência e antes dos 30 anos de idade. Nos homens é mais comum surgir entre 18 e 25 anos, e nas mulheres há dois picos de início dos sintomas, sendo um entre 25 e um pouco acima dos 30 anos, e outro após os 40 anos.

Existem sintomas positivos e negativos nesta doença. Positivos são os acrescentados à vida mental do esquizofrênico, que não existiam antes da doença se manifestar, como as alucinações (alterações da percepção), os delírios (alterações do conteúdo do pensamento), a fala desorganizada, agitação, catatonia (ficar parado muito tempo numa mesma posição). Os sintomas negativos são os que retiram algo normal da pessoa, como a expressão de sentimentos já que nesta psicose ocorre um bloqueio do sentir as emoções e expressá-las, também ocorrendo a perda da motivação, queda do rendimento escolar e a dificuldade de se manter num trabalho, por exemplo.

A genética tem um papel no surgimento da esquizofrenia, ainda que uma boa parte dos pacientes com esta doença não tenha parentes com esta psicose. Na família de um esquizofrênico há mais risco de surgir alguém com transtorno esquizoafetivo, doença bipolar, depressão e alterações dentro do espectro do autismo.

A genética não explica tudo porque estudos feitos com gêmeos univitelinos, portanto, idênticos, mostraram que um gêmeo desenvolveu esquizofrenia e seu irmão ou irmã idêntica não. Ainda quanto à genética, é possível que exista um gene defeituoso que favoreça esta enfermidade mental.

Uma pesquisa científica de base populacional sugeriu que o estresse grave ocorrendo numa mãe durante o primeiro trimestre da gestação pode alterar o risco de esquizofrenia no filho (Khashan et al., 2008). Estressores graves no ambiente familiar podem ter uma interação com efeitos combinados de múltiplos genes suscetíveis e, portanto, influenciar o neurodesenvolvimento na ligação mãe-bebê ainda na fase intrauterina. (Gabbard, Glen, Psiquiatria Psicodinâmica na Prática Clínica, 2016). E temos que pensar que “a esquizofrenia é uma doença que acontece a uma pessoa com uma constituição psicológica singular.” (Gabbard, op. cit.).

Harry Stack Sullivan, psiquiatra e psicanalista norte-americano, que dedicou sua vida ao tratamento da esquizofrenia, segundo o dr. Glen Gabbard (op.cit) acreditava que a causa da esquizofrenia resultava de dificuldades interpessoais precoces, especialmente na relação pais-criança. Segundo Sullivan (1962), a falha no papel materno produzia uma personalidade com muita ansiedade no bebê, prejudicando a criança ao fazê-la ter suas necessidades afetivas satisfeitas. Uma discípula de Sullivan, Fried Fromm-Reichmann (1950), enfatizou que as pessoas esquizofrênicas não estão felizes com seu estado de retraimento. Elas são, fundamentalmente, pessoas solitárias que não conseguem superar seu medo e desconfiança dos demais por conta de experiências adversas em etapas precoces da vida. (Gabbard, op.cit.).

É comum quem desenvolve a esquizofrenia apresentar sintomas antes da doença se instalar. Dentre eles estão o retraimento social, quando o indivíduo se afasta do convívio com amigos e mesmo parentes, também a perda do interesse no trabalho ou nos estudos, deterioração dos cuidados de higiene pessoal, crises de raiva, entre outros. Nem todos os indivíduos com uma psicose aguda requerem internação hospitalar, mas isto deve ser considerado para aqueles que possuem perigo de lesões em si mesmos e em outros.

O tratamento para a esquizofrenia deve ser orientado por um médico psiquiatra, envolve medicação antipsicótica, também é necessário a psicoterapia que oferece treinamento de habilidade sociais e outras ajudas, sendo importante também haver apoio social. A família será orientada quanto ao que ela pode fazer para ajudar o parente com a doença. Pelo menos 20% dos esquizofrênicos conseguem cura com o tratamento adequado.

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A importância do contato mãe-bebê para o futuro da criança

quinta-feira, 04 de fevereiro de 2021

A infância é um tempo crucial para o desenvolvimento do cérebro. É vital que os bebês e seus pais sejam apoiados durante este tempo para promover o vínculo. Sem haver uma ligação inicial boa, as crianças são menos prováveis de crescerem para serem adultos felizes, independentes e resilientes. A etapa mais importante para o desenvolvimento do cérebro é o começo da vida, iniciando no ventre e então no primeiro ano de vida. Na idade de três anos, o cérebro de uma criança tem atingido quase 90% do tamanho adulto.

A infância é um tempo crucial para o desenvolvimento do cérebro. É vital que os bebês e seus pais sejam apoiados durante este tempo para promover o vínculo. Sem haver uma ligação inicial boa, as crianças são menos prováveis de crescerem para serem adultos felizes, independentes e resilientes. A etapa mais importante para o desenvolvimento do cérebro é o começo da vida, iniciando no ventre e então no primeiro ano de vida. Na idade de três anos, o cérebro de uma criança tem atingido quase 90% do tamanho adulto. Este rápido crescimento cerebral e de circuitos tem sido estimado numa espantosa taxa de 700 a 1.000 conexões de sinapses por segundo neste período da vida. Impressionante, não é? As experiências que o bebê tem com seus cuidadores são cruciais para a rede de neurônios e habilita milhões e milhões de novas conexões no cérebro para serem feitas. Interações e comunicações repetidas com as pessoas próximas ao bebê ajudam memórias e relacionamentos a se formarem. Se experiências positivas não ocorrem entre o bebê e seus pais, os circuitos cerebrais necessários para a vivência de experiências humanas normais podem ser perdidos. Isto é frequentemente referido como um princípio que diz “use-o ou perca-o”, no contexto do que estamos falando, significa: use o cérebro ou perca-o. Estudos de casos trágicos de crianças “selvagens” que sobreviveram com um mínimo de contato humano, ilustra a severa perda da linguagem e do desenvolvimento emocional na ausência de amor, linguagem e atenção. Do mesmo modo, ainda que bebês tenham uma profunda predisposição genética para unirem-se a um pai amoroso ou mãe amorosa, isto pode ser quebrado ou prejudicado se um pai, mãe ou outro cuidador do bebê for negligente, descuidado e inconsistente ou incoerente no lidar com a criança. Por exemplo, um dia a mãe abraça o bebê e o beija com carinho, e horas depois se irrita pelo cansaço e age com frieza com ele. Você faz isso com sua criança? Você descarrega suas frustrações com seu marido sobre seus filhos? Você grita ou bate nos seus filhos mais por causa da desavença com sua esposa do que por erros cometidos por eles? Se você faz isso mamãe, papai, é hora de parar com este abuso para não prejudicar o cérebro destas crianças e para não criar uma base psicológica ou emocional para doenças mentais no futuro. No artigo “Feridas que o tempo não cura. A neurobiologia do abuso na criança”, publicado na revista científica chamada “Cerebrum” no ano 2000, o cientista Teicher relatou as seguintes patologias ou doenças em crianças que sofreram negligência nos primeiros anos de vida: (1) Reduzido crescimento no hemisfério cerebral esquerdo o qual pode levar à aumento associado do risco de depressão. (2) Aumento da sensibilidade no sistema límbico o qual pode favorecer o surgimento de desordens de ansiedade. (3) Redução no crescimento do hipocampo que poderia contribuir para deficiências no aprendizado e na memória. Estes resultados foram confirmados por casos de extrema negligência e resultados de crianças vivendo em orfanatos na Romênia. O médico psiquiatra do Departamento de Psiquiatria da Criança e Adolescência da Universidade de Birmingham, de Londres, Inglaterra, Dr. Rutter e colaboradores, tiveram um artigo publicado em 1985 na revista inglesa de psiquiatria, The British Journal of Psychiatry, que é o resultado de estudos sobre o desenvolvimento de crianças de um orfanato na Romênia adotadas em idades diferentes por famílias amáveis. Quando cada criança tinha 6 anos de idade, os pesquisadores avaliaram que proporção das adotadas funcionavam normalmente. Eles encontraram que 69% das crianças adotadas antes dos seis meses de idade; 43% das adotadas entre sete meses e 2 anos de idade e somente 22% das adotadas entre 2 anos e 3 anos e meio de idade funcionavam normalmente. Este estudo destaca a importância do apoio dos pais para com os bebês nos cruciais primeiros anos de vida. Entretanto, os pais podem se preocupar com coisas que não são tão importantes para o desenvolvimento do cérebro de seus filhos, tais como dar a eles um quarto próprio, comprar muitos brinquedos e levá-los a passeios caros nos feriados. No lugar disto, o presente mais valioso para uma criança é grátis: é o amor, o tempo e o apoio dos pais. Isto não é um sentimento vazio, superficial, sem sentido. A ciência está agora mostrando o por que o cérebro do bebê precisa de amor mais do que qualquer outra coisa.

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O que você pode fazer pela paz?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Quem supervisionou a criação da primeira bomba atômica foi o físico Robert Oppenheimer. Ele se apresentou diante de um Comitê do Congresso nos Estados Unidos e ali o perguntaram se havia alguma defesa contra aquela bomba. Ele respondeu: “... Ela é a paz.” (Compilado por Paul Lee Tan, Enciclopedia of 7.700 Illustrations: Signs of the Times, Rockville, Maryland: Assurance Publishers, 1985, p.989).

Quem supervisionou a criação da primeira bomba atômica foi o físico Robert Oppenheimer. Ele se apresentou diante de um Comitê do Congresso nos Estados Unidos e ali o perguntaram se havia alguma defesa contra aquela bomba. Ele respondeu: “... Ela é a paz.” (Compilado por Paul Lee Tan, Enciclopedia of 7.700 Illustrations: Signs of the Times, Rockville, Maryland: Assurance Publishers, 1985, p.989).

Nunca conseguiremos paz no mundo? Desde que a história da humanidade passou a ser registrada, calcula-se que o mundo esteve completamente em paz apenas cerca de 8% do tempo. Pelo menos oito mil tratados de paz foram violados. Durante os 50 anos seguintes ao fim de Primeira Guerra Mundial, aquela que poderia ter acabado com todas as guerras, houve apenas dois minutos de paz para cada ano de guerra em nosso planeta.

Em 1895, Alfred Nobel, o inventor da dinamite, estabeleceu um fundo para criar um prêmio para indivíduos que dessem uma contribuição extraordinária à paz. Porém, nas últimas décadas, até alguns ganhadores do Nobel da Paz estiveram envolvidos em conflitos violentos. (“O nobre Príncipe da Paz”, Lição da Escola Sabatina - professor, 23 de janeiro 2021, p. 64, Casa Publicadora Brasileira).

Será que temos que matar as pessoas que matam outras para ensinar à sociedade que não se deve matar? Você pode não matar fisicamente uma pessoa, mas pode matar emocionalmente, desprezando-a, usando-a como um objeto de satisfação pessoal seja na busca de prazeres sexuais, seja para construir um império econômico.

Lá por 2005 havia uma série de pequenas lojas, incluindo um pequeno supermercado perto de onde eu morava, no Estado da Georgia, perto da fronteira com o Tennessee, nos Estados Unidos. Então, a maior rede de supermercados daquele país cheio de paradoxos, começou a construir mais uma filial ali pertinho. Conclusão: acabou com o pequeno negócio do humilde supermercado local. Por que donos de empresas bilionárias não saciam com o que já possuem e destroem a paz dos pequenos comerciantes?

Países são prejudicados devido à corrupção. Como vivem as pessoas dos países que possuem menos ladroagem dos seus governantes? Quando milhões de reais são desviados por governantes para fins pessoais, a população sofre desnecessariamente. Perde-se a paz e o progresso que poderia existir naquele município, estado, país.

Outra maneira de se destruir a paz é pela fofoca, falsas notícias, conhecidas hoje por fake news. Existem fake news disseminadas apenas por maldade pura, como os e-mails que chegam ao nosso computador que simulam ser de empresas conhecidas, e se você clicar onde é dito para fazer isso, seu computador irá adquirir algum vírus. E existem as fake news que servem para enganar a população, servem aos conflitos de interesses de uma minoria no poder, praticados tanto por indivíduos quanto por corporações.

Hoje você pode promover a paz. Como? Sendo verdadeiro. Não lançando fofocas por aí. Auxiliando algum necessitado de qualquer coisa. Cultivando gratidão. Abra a torneira da pia de sua cozinha. Sai água? Já pensou o que significa ter água nas torneiras de sua casa? Já pensou em que milhões de pessoas não possuem água encanada e tem que buscá-la com latas e galões muitas vezes em longas distâncias indo à pé? Tem muita coisa em nossa vida para sermos gratos, mesmo em meio à conflitos.

Você pode contribuir para a paz jogando o lixo no lixo, lendo algo educativo, cedendo a vez no trânsito, compartilhando alimentos e roupas, tomando decisões honestas em sua empresa, no uso de seu poder público, em seu negócio. Não vamos ter prefeita paz neste mundo antes do seu fim em breve. Mas hoje você e eu podemos cooperar para aliviar o sofrimento de alguém, de você mesmo também. Façamos isso.

 

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Corrupção e sua saúde mental

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Estudos científicos têm mostrado que quando uma pessoa se envolve em atitudes corruptas, ela tem um aumento do nível de estresse em seu corpo e mente. Há um excesso de produção dos hormônios do estresse, como a adrenalina e a cortisona. E este excesso lesa órgãos vitais de nosso organismo, e quando o estresse se torna repetitivo, ele conduz à doenças variadas, desde depressão até câncer.

Estudos científicos têm mostrado que quando uma pessoa se envolve em atitudes corruptas, ela tem um aumento do nível de estresse em seu corpo e mente. Há um excesso de produção dos hormônios do estresse, como a adrenalina e a cortisona. E este excesso lesa órgãos vitais de nosso organismo, e quando o estresse se torna repetitivo, ele conduz à doenças variadas, desde depressão até câncer.

Quando você está envolvido em atividades corruptas, está destruindo a si mesmo. Acúmulo obsessivo de bens materiais, seja pelo trabalho honesto ou pela fraude, não promove saúde. Produz patrimônio, mas não saúde. Não é a presença de uma doença mental no indivíduo que o faz corrupto. Mas será que corruptos possuem defeitos de personalidade possíveis de serem mensurados pela ciência? O que conduz às atitudes corruptas são as fragilidades de caráter ligadas ao interesse da pessoa de estar numa posição na qual pode obter benefícios pessoais.

A lesão no caráter chega num ponto em que corruptos praticam atos ilegais, geralmente em grupo, criando um conceito para eles de que a violação da honestidade é justa. Você deve se lembrar da absurda hipocrisia de parlamentares religiosos no Brasil envolvidos em propinas fazerem uma oração agradecendo a Deus pelo dinheiro ilícito obtido.

O poder não corrompe necessariamente, mas revela tendências comportamentais pré-existentes no indivíduo. Os que desde sempre se preocupam em ser corretos e éticos, que sempre pensam em ajudar a aliviar o sofrimento das pessoas da comunidade, ao assumirem o poder mantêm atitude honesta. E o contrário é verdadeiro, os que sempre se comportam sem ética, mesmo em pequenas coisas, assumindo o poder farão o mesmo.

O dr. John R. Schafer é analista comportamental do FBI, polícia secreta norte-americana. Em seu artigo “A Psicopatologia da Corrupção” – psicopatologia é o estudo das doenças mentais – publicado em 2 de agosto de 2018 na revista Psychology Today (Psicologia Hoje), ele afirmou que a corrupção serve como uma "máscara de poder" para esconder inseguranças pessoais. Explica que pessoas corruptas e suscetíveis à corrupção não são felizes e que a corrupção serve como forma de obter felicidade por meio do poder.

Diz ele que o poder coloca uma pessoa ou grupo acima de outra pessoa ou grupo, criando uma ilusão de felicidade por meio do controle. Dominar as pessoas não pode trazer felicidade. A corrupção apenas mascara as inseguranças. A “máscara de poder”, quando retirada, revela inseguranças pessoais. A pessoa ou grupo corrompido procura manter ou aumentar o controle do poder para manter a ilusão de felicidade.

Dr. Schafer afirma que “membros de grupos corrompidos juram lealdade a seus grupos, ignorando seu dever para com a comunidade em geral. Os valores pessoais substituem os valores da comunidade.” E ele continua: “A maneira mais rápida das pessoas inseguras se sentirem bem consigo mesmas é colocar-se acima dos outros. Tanto no governo quanto no setor privado, o poder é a maneira mais rápida de elevar uma pessoa acima de outra. Enquanto pessoas inseguras permanecerem no poder, elas podem se esconder atrás da "máscara de poder". Líderes inseguros não aceitam novas ideias porque outra pessoa pode obter o reconhecimento e usurpar o poder dos grupos corruptos. Pessoas que apresentam novas ideias ameaçam líderes inseguros. ... Como uma droga viciante, o poder anseia por um poder cada vez maior. Líderes inseguros muitas vezes não têm as habilidades necessárias para se sobressair, por isso recorrem à corrupção para manter e ganhar mais poder. Líderes inseguros não podem abrir mão do poder, pois fazer isso exporia suas inseguranças.”

Uma boa liderança ligada ao bem impede a corrupção. Com boa liderança, as pessoas respeitam seus líderes e recebem respeito em troca. A boa liderança cria um ambiente onde as pessoas se sentem bem consigo mesmas e com o grupo ao qual pertencem.  Mas a malignidade conduz pessoas a serem doentiamente ambiciosas quanto ao dinheiro, a quererem ser os primeiros de uma forma orgulhosa que os leva a ficarem obsessivos pelo posto mais alto, e também conduz indivíduos a ficarem murmurando e reclamando de tudo, deixando a gratidão de lado. Estas pessoas ainda são escravas da corrupção. Não sabem o que é liberdade.

O poder da bondade precisa ser recebido a cada dia, caso contrário cairemos na corrupção em quaisquer de suas formas. O eu não tem capacidade para administrar bem o eu nos caminhos do bem. Somente a bondade pode nos fazer pessoas de caráter nobre, não corruptas, e, assim, nos tornamos úteis à sociedade. 

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Será que não estou percebendo algumas coisas?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Na hora do almoço Maria abre a embalagem de molho de tomate para colocar no macarrão e deixa a parte do pacote cortado na pia até o fim da tarde, a menos que seu marido veja e coloque no lixo antes disso. Ela não viu aquele pedaço de embalagem em cima da pia? João acaba de tomar banho de manhã e deixa a toalha embolada e úmida no banheiro até a hora do almoço, a não ser que sua esposa pegue a toalha e a estenda no varal logo após o banho dele. Será que ele não pensou que tinha usado a toalha e que ela precisa ser estendida no varal?

Na hora do almoço Maria abre a embalagem de molho de tomate para colocar no macarrão e deixa a parte do pacote cortado na pia até o fim da tarde, a menos que seu marido veja e coloque no lixo antes disso. Ela não viu aquele pedaço de embalagem em cima da pia? João acaba de tomar banho de manhã e deixa a toalha embolada e úmida no banheiro até a hora do almoço, a não ser que sua esposa pegue a toalha e a estenda no varal logo após o banho dele. Será que ele não pensou que tinha usado a toalha e que ela precisa ser estendida no varal?

Joana abre a geladeira, pega a última azeitona do vidro e o deixa vazio só com o líquido. Ela não percebeu que seria adequado tirar o vidro de lá já que não tinha mais azeitonas? Augusto acaba de almoçar, pega o prato e os talheres que usou para sua refeição, coloca dentro da pia e não os lava, sendo que não há empregada em sua casa, onde vive só ele e sua esposa. Será que ele sente que ela é empregada dele?

Na geladeira tem um pedaço de queijo que já mofou e Rita só vai perceber isto três semanas depois que ela colocou o queijo ali. Como ela esqueceu do queijo mesmo tomando café da manhã todos estes 21 dias? Rodrigo grita lá da garagem de sua casa para sua esposa que está ocupada atendendo alguém ao telefone, berrando: “Onde está a chave do meu carro?” E ainda fica irritado porque ela demorou cinco segundos para responder porque ela estava engolindo a saliva! O carro é dele e ele havia colocado a chave em algum lugar. Será que ele acha que sua esposa é mordoma dele?

Angélica quer tudo mastigado em suas mãos. Não faz nada útil na vida, vive visitando redes sociais, fazendo fofocas, assistindo novelas, comendo besteira mesmo não tendo saúde boa, não ajuda ninguém, e fica mandando seu marido comprar o que ela quer ao invés dela fazer isso. Mateus é também descansado, vive na zona de conforto, quer mandar em todo mundo, em casa e no trabalho, de forma autoritária. Será que ele acha que as pessoas estão aí na vida para servi-lo como se ele fosse um rei?

Casamento é uma união de duas pessoas diferentes. Diferentes. As pessoas têm percepções diferentes. Viviane abre seu imenso guarda-roupas lotado de vestidos, blusas, saias, casacos, e grita para o marido que está compenetrado num cálculo de despesas familiares: “Onde está aquele vestido cor de rosa que você me deu no Natal?” O vestido está um pouco para a direita dos olhos dela. Mas ela não o viu. Não viu e nem pensa que o marido pode estar ocupado. É isto ser uma pessoa folgada, espaçosa?

Autoritários vivem como se fossem reis e todos ao redor tivessem que prestar serviço a elas. Parece mais difícil um autoritário admitir que tem problemas de comportamento do que as pessoas mais mansas. Será que o homem mandão e a mulher mandona acreditam que se admitirem suas falhas deixarão de ter valor como pessoa? Você se casou para ter um companheiro, uma companheira ou querendo um empregado ou empregada?

Não somos iguais. Gêmeos idênticos agem de forma diferente. Um pode ser explosivo, e outro sereno. Geralmente nos casamentos pessoas de temperamentos diferentes se unem. Um quer sexo três vezes por semana, e outro a cada 15 dias. Um quer cinco filhos e outro no máximo um. Um gosta de férias na praia e outro numa fazenda. Um é sentimental demais e outro é racional. Um fala alto, e outro fala baixo. Um quer parentes e amigos em casa com frequência, e o outro só quer os que vivem ali no lar.

Conseguimos ver falhas nos outros e ficamos meio que cegos para nossos defeitos de comportamento e de caráter. É difícil olhar para nós mesmos e ver nossos erros, não é? Geralmente temos uma desculpa ou justificação para eles. Isto começou no Éden, quando Adão disse a Deus que havia sido Eva que o induzira a comer a maçã. E Eva disse que foi a serpente que fez isso com ela. A escada rolante da vida e dos relacionamentos precisa parar em algum momento para você ver melhor, especialmente a si mesmo.

Crescimento pessoal, melhora em relacionamentos no lar, no trabalho, na comunidade religiosa onde você congrega, entre seus amigos e outros parentes, só ocorre se cada um der uma olhada para si, ver onde está falhando e machucando as pessoas, mesmo aquelas que são mais íntimas e que você diz que ama, e decidir lutar para vencer o que hoje, neste momento da sua vida, você já consegue perceber como sendo falhas suas. E tem mais coisas para serem percebidas por você sobre sua conduta.

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Comece o novo ano com iluminação

quinta-feira, 07 de janeiro de 2021

Nosso cérebro é atrofiado. O encéfalo humano, conhecido como cérebro, num adulto pesa cerca de um quilo e meio. Quando Deus criou Adão, ele tinha quase quatro metros de altura, as pessoas viviam em média 900 anos. Imagina o cérebro de Adão! Não se gabe de sua inteligência. Também não a deprecie. Seja humilde o suficiente para admitir que somos atrofiados, encolhidos, lesados, mesmo sendo você uma pessoa brilhante em termos de aquisições culturais, financeiras, espirituais.

Nosso cérebro é atrofiado. O encéfalo humano, conhecido como cérebro, num adulto pesa cerca de um quilo e meio. Quando Deus criou Adão, ele tinha quase quatro metros de altura, as pessoas viviam em média 900 anos. Imagina o cérebro de Adão! Não se gabe de sua inteligência. Também não a deprecie. Seja humilde o suficiente para admitir que somos atrofiados, encolhidos, lesados, mesmo sendo você uma pessoa brilhante em termos de aquisições culturais, financeiras, espirituais.

Quando começamos um novo ano, zeramos o calendário e iniciamos a contagem dos dias e meses novamente. Janeiro, Fevereiro, Março, até Dezembro. E a experiência dos anos vividos? O que tem acontecido em nossa mente com o passar dos anos? Estamos mais iluminados para compreender melhor detalhes do sentido da vida? Ou continuamos, ano após ano, com uma visão tacanha, materialista, consumista, egoísta?

Se você amadurece ao longo do tempo, com certeza surge em seu caráter humildade como contrário de arrogância, misericórdia em lugar de rigidez e agressividade, prontidão para perdoar ao invés de condenar, desapego material como oposto de ganância e outras coisas bonitas da Luz.

A aquisição de iluminação para uma qualidade de existir proveitosa é um milagre. Não vem por um mestrado, doutorado ou pós-doutorado. A compreensão intelectual não é suficiente para a iluminação chegar em nosso cérebro. Parafraseando o segundo passo dos doze sugeridos pelos Alcoólicos Anônimos e outros grupos de ajuda mútua, viemos a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos poderia nos conduzir para a sanidade.

Não há luz inerente em nossa mente produzida ou gerada por nós mesmos. Impossível. Se você quer começar um novo ano com iluminação para que sua vida melhore e seja mais frutífera do que nos anos passados, é preciso acreditar e pedir esta luz ao Poder Superior que eu chamo de Deus Criador do Universo. Só assim, na luz, é possível qualquer político, empresário, clérigo, leigo, magistrado agir em benefício da comunidade. Sem isso só existe conflito de interesses pessoais e corrupção.

Analisando seus pacientes cardíacos o dr. Dean Ornish, ligado à Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, verificou que faltava luz neles para que seus problemas cardíacos pudessem ser curados. Ele percebeu, em seus estudos, que era necessário algo mais além de uma dieta vegetariana, prática de atividades físicas, redução do colesterol e do estresse também para haver melhora da função cardiovascular. Ele começou a entender a importância dos aspectos emocionais e espirituais para a pessoa. Por isso teve sucesso com seus pacientes.

Quando ele, como cardiologista e pesquisador, colocou um grupo de pacientes com doença cardíaca na qual artérias coronárias estavam entupidas em graus diferentes, em um programa de reabilitação que envolvia exercícios físicos, dieta vegetariana, grupo de apoio para lidar com o estresse, redução do colesterol, aprendizado sobre como lidar com as emoções e desenvolvimento espiritual, houve uma redução das placas de ateroma (gordura) nas artérias coronárias! Sabe lá o que é isso? Imagina que maravilha é uma pessoa poder evitar ter que se submeter a uma cirurgia cardíaca usando método assim, simples, não invasivo?

Dr. Ornish, em seu importante livro “Amor e Sobrevivência - A Base Científica para o Poder Curativo da Intimidade”, colocou este texto: “Comecei a compreender que a escolha não está entre trabalhar ou não trabalhar, realizar ou não realizar, mas é a intenção por trás da ação, não a ação propriamente dita, que determina se o trabalho conduz à cura e à alegria ou ao sofrimento e à doença. Um dos meus provérbios zen favoritos diz: ‘Antes da iluminação, corte lenha, carregue água; depois da iluminação, corte lenha, carregue água.’ As ações parecem iguais, o trabalho pode ser pesado, mas a motivação é completamente diferente.” Completamente diferente.

Sugestão para você ter uma vida útil, produtiva, eficaz para seu bem e o das pessoas: procure a iluminação. Vai fazer toda a diferença entre uma vida que vale à pena para si e para sua comunidade e uma vida medíocre, vergonhosa e corrupta.

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