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Cronobiologia – Biorritmos

quinta-feira, 28 de maio de 2020

A ciência está ampliando o conhecimento sobre biorritmos. Sabe-se que para várias funções orgânicas existe o que cientistas chamam de “Ritmo do Sétimo-Dia”. Algo ocorre em nosso corpo em certas circunstâncias no sétimo dia do evento, seja uma cirurgia, transplante ou liberação de hormônios. Precisamos deste tipo de biorritmo.

A ciência está ampliando o conhecimento sobre biorritmos. Sabe-se que para várias funções orgânicas existe o que cientistas chamam de “Ritmo do Sétimo-Dia”. Algo ocorre em nosso corpo em certas circunstâncias no sétimo dia do evento, seja uma cirurgia, transplante ou liberação de hormônios. Precisamos deste tipo de biorritmo.

Dr. Halberg, do Laboratório de Cronobiologia da Universidade de Minesota, nos Estados Unidos, é um líder na pesquisa de biorritmo naquele país. Em colaboração com outros cientistas de várias nações ele documentou o Ritmo do Sétimo-Dia no ser humano. (Halberg F., and E. Halberg. Conceptualization and Validation of a Circaseptenary Clinospectral System. Abstracts, Second International Conference on Immunopharmacology, Sheraton Park, Washington, D.C., July 5-10, 1982, 340-341).

Monitoraram os batimentos cardíacos de um homem durantes vários meses enquanto ele permanecia em um ambiente totalmente isolado com todas as condições controladas e nada do mundo exterior poderia interferir com seus ritmos internos corporais. Quando os dados foram analisados, seu coração mostrou claramente um Ritmo do Sétimo-Dia. (McCluskey, E.S. Light-Dark Cycle Entrainment of Circadian Rhythms in Man. The Biologist 65:17-23, 1983).

Usando-se poderosos métodos de computadores, um grupo de cientistas analisou cuidadosamente modelos de produção de hormônios esteróides coletados da urina de um homem saudável durante um período de 15 anos. Os resultados das análises hormonais mostraram que a excreção destes hormônios também ocorria num Ritmo do Sétimo-Dia. (Halberg, F., M. Engeli, C. Hamburger, et al. Spectral Resolution of Low-Frequency, Small-Amplitude Rhythms in Excreted 17-Ketosteroids; Probably Androgen-inducced Circaseptan Desynchronization. Acta Endocrinológica. Suppl. 103:5-53, 1965).

Outro grupo de pesquisadores estudou mais do que 70 homens jovens que tiveram um ou mais dentes molares extraídos. Cada dia após a cirurgia, suas faces e maxilares foram medidos cuidadosamente. É de se supor que o edema (inchação) na face diminuiria nos próximos dias após a cirurgia para a extração dos dentes. Mas isto não ocorreu. Verificou-se a presença de um Ritmo do Sétimo-Dia quanto à inchação local. (Pollman, L. and G. Hildebrandt. Long-Term Control of Swelling After Maxillo-Facial Surgery: A Study of Circaseptan Reactive Periodicity. Inter. J. Chronobiology, 8:105-114, 1982).

Observou-se também que em várias cirurgias de transplante de rim ocorre este ritmo de sete dias, já que se verificou que a rejeição ocorria após sete dias da operação. (De Vecchi, A., F.Halberg, R.B. Sothern, et al. Circaseptan Rhythmic Aspects of Rejection in Treated Patients with Kidney Transplants. Inter. J. Chronobiology, 5:432, 1978).

Este tipo de biorritmo é chamado de “circaseptano”, também encontrado em macacos, cachorros, ratos e outros organismos. Isto parece revelar que o Ritmo do Sétimo-Dia é um mecanismo normal existente na fisiologia de organismos vivos. Alguns cronobiologistas crêem que este tipo de biorritmo – o do Sétimo-Dia – pode revelar que os organismos precisam de uma certa pausa como um estímulo para seguirem vivendo.

Durante a Revolução Francesa (1789-1799) cientistas seculares tentaram revolucionar a semana de sete dias, instituindo uma semana de dez dias. Foi um caos. O matemático e senador La Place teve um papel importante em restaurar o modelo anterior dos sete dias na semana. Simplesmente não funcionou!

Na Bíblia, em Gênesis capítulo 2 e versículos de 1 a 3 está escrito: Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.

Que paralelo fantástico entre as escrituras sagradas e a moderna ciência! Sabemos hoje que um dos componentes para redução do estresse é um descanso semanal, a ênfase na importância da dimensão espiritual do ser humano e as práticas naturais de saúde. Jesus foi totalmente científico quando disse: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” Marcos 2:27. Ele falava deste biorritmo há dois mil anos atrás. Fonte: Bernell Baldwin, Ph.D.,  foi professor de neurofisiologia e fisiologia aplicada no Wildwood Lifestyle Center and Hospital, pesquisador e articulista do The Journal of Health and Healing.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Seu sistema nervoso e a ansiedade

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Nosso corpo tem vários sistemas, respiratório, imunológico, circulatório ou cardiovascular, digestório, nervoso, e outros. O sistema nervoso se divide em central e periférico. O sistema nervoso central é composto de encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e medula. Já o sistema nervoso periférico é composto dos nervos, dos gânglios e das terminações nervosas.

Nosso corpo tem vários sistemas, respiratório, imunológico, circulatório ou cardiovascular, digestório, nervoso, e outros. O sistema nervoso se divide em central e periférico. O sistema nervoso central é composto de encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e medula. Já o sistema nervoso periférico é composto dos nervos, dos gânglios e das terminações nervosas.

Sob o ponto de vista funcional, o sistema nervoso é dividido em somático e visceral. Na parte visceral existe o sistema nervoso autônomo o qual se subdivide em dois: simpático e parassimpático. Este sistema nervoso autônomo é responsável pelas ações espontâneas em nosso corpo, aquilo que você não precisa controlar, como a respiração, os batimentos do coração, a digestão, o controle da temperatura do corpo, entre outras.

O sistema nervoso simpático é responsável pelas alterações no organismo diante de eventos de estresse ou emergenciais. É ele que prepara a pessoa para o estado de alerta, no qual todo o organismo se prepara para lutar ou fugir. Por outro lado, o sistema nervoso parassimpático é o que atua para fazer o organismo voltar ao estado de serenidade que havia antes da situação estressante ocorrer.

Quando há uma situação de emergência, por exemplo, um cachorro bravo vem em sua direção na rua, o sistema nervoso simpático entra em ação para produzir reações em seu corpo a fim de preparar você para lidar com o problema. Daí poderá ocorrer a liberação de cortisona e adrenalina que aumentam os batimentos do coração e a pressão arterial, causa a contração da musculatura, dilatação da pupila, aumento da frequência respiratória, e outras reações.

Depois que você enfrentou o problema emergencial, o sistema nervoso parassimpático, entre outras funções, faz com que os batimentos cardíacos voltem ao normal, a pressão fica em níveis normais, diminuindo a produção de adrenalina, cortisol e glicose, entre outras funções.

Nosso corpo tende a interpretar sinais de estresse como um motivo para ativar o sistema simpático, mesmo que seja algo imaginário, como um medo exagerado, porque ele não sabe distinguir o que é real do que é imaginário, como o caso de uma pessoa muito ansiosa, que se preocupa demais com pagar contas atrasadas, que tem muito estresse conjugal ou no trabalho. Pessoas com vida muito agitada, correria, engarrafamento, consumo de cafeína, prazos curtos demais para realizar um trabalho, isto e muito mais ativa o sistema simpático.

Fatores que ajudam a ativar o sistema parassimpático e, portanto, reduzir o estresse e o impacto dele sobre nosso corpo, incluem: meditação em temas que acalmam, orações espontâneas feitas com fé, massagem, convívio com a natureza, respiração profunda e lenta, brincar com crianças e com animais e a prática de atividades físicas não competitivas.

Na página 81 do livro “Fé – Evidências Científicas”, de George E. Vaillant, psiquiatra de Harvard, explica: “A confiança e a segurança, como as demais emoções positivas, estimulam o nosso sistema nervoso parassimpático, não o simpático. O sistema nervoso simpático é catabólico: a reação de luta ou fuga esgota as reservas do organismo. O sistema nervoso parassimpático é anabólico: fé, esperança e aconchego contribuem para aumentar as reservas do organismo.” (Editora Manole, 2010, itálico do autor).

Assim, o desafio para a redução da ansiedade excessiva, que dispara o sistema simpático e gera vários sintomas em nosso corpo, tem que ver, sob o ponto de vista emocional, com o cultivo de sentimentos de confiança, esperança, fé, aproximação afetiva que gera aconchego. Isto pode ser feito, por exemplo, com oração, crença num Deus criador e bondoso que fornece proteção, leitura e meditação em textos religiosos como a Bíblia, e focar a mente naquilo que promove esperança. Tudo isso pode reduzir a ansiedade para níveis normais.

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A dor do passado pode machucar no presente

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Queixa principal (QP) é o que o paciente comenta como motivo da consulta. Em psiquiatria/psicologia ela pode ser “depressão”, “pânico”, “medo excessivo (fobia)”, “pensamentos obsessivos”, “insônia”, “problemas conjugais”, “problemas com filho”, “abuso de drogas”, “delírios, alucinações, ideias de perseguição” etc.

Queixa principal (QP) é o que o paciente comenta como motivo da consulta. Em psiquiatria/psicologia ela pode ser “depressão”, “pânico”, “medo excessivo (fobia)”, “pensamentos obsessivos”, “insônia”, “problemas conjugais”, “problemas com filho”, “abuso de drogas”, “delírios, alucinações, ideias de perseguição” etc.

A queixa principal na consulta psiquiátrica/psicológica nem sempre revela o essencial do problema da pessoa. Mas é o que ela fala como sendo seu sofrimento atual. O profissional vasculhará isto e procurará formular o “diagnóstico psicodinâmico” que é a história profunda do sofrimento manifestada só pela queixa principal na primeira consulta.

A queixa principal pode ser a ponta do iceberg, a gota d’água que faltava para desencadear o sofrimento que motivou a consulta. Uma pessoa pode relatar ao médico que precisa de ajuda, por exemplo, para o estado depressivo iniciado após o término de um relacionamento. A queixa principal, neste caso, é: “Vim aqui porque estou deprimido.” A causa percebida pela pessoa é: “Estou assim desde que ele/ela me deixou.”

Entretanto, a verdade profunda que explica o sofrimento pode ser a perda afetiva ao longo da infância pela criação com uma mãe ríspida, fria, ou com um pai ausente, agressivo, que afetou o mundo emocional da pessoa. O rompimento do relacionamento foi o fator desencadeante do estado depressivo, mas não o único e talvez não o principal fator causador dele.

Muitos tiveram uma infância numa família complicada, crescendo com “má-nutrição” afetiva, que produz diferentes manifestações em pessoas diferentes. Pessoas que saíram de uma infância turbulenta, por exemplo, com um pai (ou mãe) alcoólico em que havia violência, podem ter na vida adulta problemas diferentes embora o sofrimento tenha sido causado pela mesma história, no caso, um pai/mãe alcoólico violento. Numa mesma família um filho poderá ter alcoolismo, outro pânico, outro depressão, outro nada grave.

Também diferentes histórias de sofrimento infantil produzem o mesmo tipo de transtorno emocional. Numa família pode ter ocorrido abuso sexual, em outra espancamento da criança, em outra a mãe era rejeitadora e fria, em outra ainda havia um pai irritadiço, explosivo. Filhos destas diferentes famílias com estruturas doentias comportamentais diferentes podem apresentar na vida adulta o mesmo diagnóstico, todas podendo ter, por exemplo, depressão, embora o sofrimento da infância tenha sido causado por histórias diferentes.

Uma jovem criada por um pai um tanto ausente e por uma mãe fria que não tinha paciência com ela, engravidou na adolescência e sua mãe não a ajudou e a rejeitou. O pai fez o mesmo, e a jovem foi morar com outro parente, que a acolheu. Felizmente ela não sucumbiu murchando como pessoa devido a esta estrutura emocional com negligência afetiva paterna e materna. Por razões temperamentais e razoável capacidade de lidar com a frustração, ela não se deprimiu, não ficou com alguma manifestação psicológica muito sofrida e limitante até chegar na vida adulta, após o casamento.

Durante um tempo a mente dela conseguiu lidar bem com a falta e necessidade de apoio emocional paterno e materno. Mas no casamento passou a ter ciúmes exagerados do marido. Passou a monitorar a vida dele, ficando obsessiva sobre se ele demonstrava paciência, afeto, atenção, se irritando demais ao não se sentir amada, checando sempre o celular dele. Ela se depreciava e inconscientemente buscava autovalorização num amor idealizado para com o marido. Era como se dissesse para si: “Só tenho valor se ele me amar do jeito que eu quero.”

A queixa principal dela na primeira consulta foi: “Sou muito ciumenta!” A história completa deste ciúme doentio era ligada às perdas da nutrição afetiva ao longo da vida, desde a infância, que começaram a manifestar-se no casamento através do desejo idealizado de receber afeto. Nenhum marido/esposa pode fornecer ao cônjuge todo o afeto desejado pela pessoa porque parte deste desejo geralmente tem que ver com o que faltou na infância com os pais, e/ou com necessidades exageradas da criança de receber afeto. A solução não é, portanto, procurar a pessoa ideal. É aceitar as perdas, valorizar o amor que recebe da pessoa com quem vive, resolver pendências conjugais, e lutar contra a obsessão pelo afeto, obsessão que pode gerar ciúme doentio, o qual gera crises, abusos e até violência. Nosso valor como pessoa não depende do amor de outra pessoa por nós.

Então, pense bem e procure analisar se o que você chama de “minha queixa principal” ou “meu problema mental pior” é realmente isto que você pensa que tem que ver só com o presente, ou se não pode haver raízes dele lá no seu passado e que repercute hoje ainda.

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Ansiedade, solidão, estresse, desespero, pânico, medo, tensão financeira...

quinta-feira, 07 de maio de 2020

Como lidar com isto na pandemia?

Como lidar com isto na pandemia?

Vamos dar uma olhada em mais algumas dicas sobre o que fazer para manter a saúde mental no confinamento neste período de pandemia. Em artigos anteriores comentei sobre isto. Porém, hoje temos algo talvez novo para você. As dicas estão relatadas num artigo publicado no último dia 10 de abril pela Revista de Psiquiatria da Ásia, disponibilizado no site do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, com o título “Covid-19: Impact of Lock-down on Mental Health and Tips to Overcome”( “Covid-19: Impacto do Confinamento sobre a Saúde Mental e Dicas para Vencer”). Acrescentei algumas também.

Ansiedade: reconheça a ansiedade. Não tem como fugir dela. Mas pense que esta sensação ansiosa não prende você no sentido de não poder se comunicar com parentes e amigos. Ao planejar rotinas diárias isto ajuda a adaptar-se ao isolamento e gerenciar a ansiedade. Divida seu tempo de forma clara com horários de trabalho e não trabalho. Veja qual tipo de atividade e hobby produz alívio e até alegria, e pratique. Exercícios respiratórios não só auxiliam seus pulmões a funcionarem no melhor que eles podem, como contribuem na redução da ansiedade especialmente se ao praticá-los você se concentrar na respiração e se desligar do resto em volta de si.

Solidão: se você não tem ainda nenhum grupo de amigos em WhatsApp ou outra rede social virtual, crie um ou peça para entrar em algum já existente onde tem pessoas que você gosta. Seja ativo nestes grupos. Telefone para familiares e amigos. Escolha um novo hobby, aprenda algo novo, mantenha sua mente envolvida com alguma atividade ao invés de ficar parado e pensando em coisas trágicas.

Dificuldade em se concentrar, baixa motivação e um estado de distração: exercite a paciência porque leva um certo tempo para a gente se adaptar numa realidade totalmente nova. Escolha uma atividade física de sua preferência, como exercícios aeróbicos e alongamentos. Use pelo menos uma hora por dia praticando algo para sua saúde física. Meditação melhora a concentração, e você pode meditar em textos espirituais, por exemplo. Pense que como todos estamos no mesmo barco nesta pandemia, isto significa que as outras pessoas não poderão ser tudo o que queremos, porque elas também têm suas lutas emocionais, sua agenda de atividades, sua rotina.

Estresse: a palavra “estresse” popularmente significa que a pessoa está esgotando suas energias, está chegando a um ponto de quebra da resistência. Existe estresse físico, mental e espiritual. A prática de atividades físicas regulares reduz o estresse, pelo menos meia hora por dia de exercício aeróbico, e se você não tem espaço fora de casa para isto porque mora em apartamento ou numa vila de casas geminadas etc., faça no seu apartamento ou casa mesmo, de frente para a janela, pulando corda, flexões, polichinelo, entre outros. Tem aplicativos de celular que ensinam isto gratuitamente. Evite comer coisa pesada de noite. Durma em ambiente escuro e silencioso. Tenha um tempo ao longo do dia para orações e meditações, isto ajuda a baixar o estresse. Não fique procurando ouvir notícias o dia todo, e decida assistir somente um noticiário por dia na TV.

Espirais emocionais negativas: emoções boas e desagradáveis vão e voltam. Mas é possível evitar que as emoções negativas predominem se você não ficar buscando informações sobre a Covid-19 o dia todo, até porque já sabe os sintomas e o que fazer se os tiver. Se ainda tem dúvidas, pergunte ao seu médico ou a alguém confiável, e de fonte segura. Se você não gosta de incomodar os outros, cuidado para não ficar numa amargura desnecessária por não pedir ajuda e orientação. Peça.

Desespero: se você é fumante e consome bebidas alcoólicas com frequência, agora pode ser um bom momento para mudar seus hábitos de fumar e beber. Neste site você encontra ótimo material gratuito que o ajudará a parar de fumar: https://www.adventistas.org/pt/saude/projeto/como-parar-de-fumar/  . Se o problema é com álcool, você achará ajuda importante com o apoio dos AA em www.aa.org.br

Pânico e medo: se você necessita apoio psicológico on line gratuito em horários específicos para cada profissional que está atuando voluntariamente neste período de pandemia, escolha um psicólogo de sua preferencia no site: www.fabricaderelacionamentos.com.br

Tensão financeira: o Governo Federal está procurando auxiliar pessoas e empresas com medidas variadas de apoio econômico. Se informe sobre qual lhe é útil. Algumas empresas privadas e denominações religiosas fraternalmente têm promovido auxílios não só aos seus funcionários e membros, mas compartilhando apoio com alimentos (almoço aos mais pobres), cestas básicas, água potável etc. Também é possível riar uma forma de ganho produzindo algo, desde máscaras caseiras, até bolos saudáveis, comida pronta (marmita) etc. Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7151434/

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Esse desconforto que você está sentindo é luto - Última parte

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Na primeira parte deste tema publicada na última quinta-feira, 23, expliquei que quando uma pessoa sofre uma perda, ela entra no que chamamos de “luto psicológico”, que envolve normalmente tristeza, dúvidas, angústia, raiva, e que isto geralmente passa após algum período. Comentei que, conforme estudos da psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, as pessoas ao viverem o luto passam por cinco estágios, que são a negação, a raiva, a barganha, a depressão e a aceitação. E dei algumas características de cada uma destas fases.

Na primeira parte deste tema publicada na última quinta-feira, 23, expliquei que quando uma pessoa sofre uma perda, ela entra no que chamamos de “luto psicológico”, que envolve normalmente tristeza, dúvidas, angústia, raiva, e que isto geralmente passa após algum período. Comentei que, conforme estudos da psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, as pessoas ao viverem o luto passam por cinco estágios, que são a negação, a raiva, a barganha, a depressão e a aceitação. E dei algumas características de cada uma destas fases.

Agora vamos dar uma olhada no que um estudioso e especialista sobre luto, David Kessler, num trabalho junto com a dra. Elisabeth, explica sobre estas fases e ver as características de um sexto estágio que ele descreveu, chamado de “significado”, após a dra. Elisabeth ter morrido. Kessler concedeu uma entrevista a Scott Berinato, editor da Harvard Business Review (HBR), publicada em 23 de março de 2020 no site da HBR. Vamos ver os pontos principais desta entrevista.

Quanto aos sentimentos gerados pela pandemia atual, ele diz que estamos vivendo lutos ariados. Sentimos que o mundo mudou e que as coisas serão diferentes como ficaram os aeroportos após o ataque às torres gêmeas em 11 de setembro. O luto que vivemos agora se relaciona com a perda da normalidade, o medo do estrago econômico, a perda da conexão, medo da morte. E quanto ao vírus corona, sofremos porque não podemos ver este inimigo, daí há um rompimento do nosso senso de segurança. O luto atual ocorre num nível micro e macro já que no nível micro a pessoa tem medo, e no nível macro o mundo todo tem medo da contaminação e suas consequências.

Se você ver a primeira parte deste assunto, encontrará a informação detalhada de cada um dos cinco estágios que passamos quando vivemos um luto, uma perda. Expliquei que estas fases não ocorrem necessariamente nesta ordem. Na negação podemos pensar que este vírus não vai nos afetar. A raiva pode ser expressa assim: “Vocês estão nos fazendo ficar em casa e tirando nossas atividades!”. A barganha diz: “Ok, se estabelecemos o distanciamento social por duas semanas, tudo vai melhorar, não é?”. Depois tem a tristeza: “Não sei quando isto vai terminar.” E finalmente vem a aceitação: “Isto está acontecendo, descobri como lidar com isso.”

Depois de passarmos por estas quatro primeiras fases, ao chegarmos na última, a aceitação, é quando podemos encontrar algum controle, pois podemos lavar bem as mãos, manter distância segura, higienizar os produtos ou compras que chegam da rua, usar máscara e álcool em gel, evitar aglomeração de pessoas, aprender a trabalhar virtualmente.

Scott Berinato perguntou a Kessler se existem técnicas para lidar com a dor física e a mente acelerada que podemos ter diante deste luto da pandemia. Kessler explica sobre “luto antecipado” que é um luto não saudável porque é uma ansiedade exagerada. Esta ansiedade exagerada pode criar em nossa mente imagens ruins, como nossos pais ou outras pessoas queridas adoecendo, e outros cenários desagradáveis.

A meta neste caso não é ignorar estas imagens, até porque nossa mente não permitirá isso. O objetivo é encontrar o equilíbrio nas coisas que você está pensando. Se sua mente criou uma imagem ruim, procure pensar também numa imagem melhor. Pense que talvez nem você e nenhum dos seus parentes e amigos irão morrer, já que estamos praticando o que é o certo.

Luto antecipado é a mente indo para o futuro e imaginando o pior. Até já surgiu uma frase por aí dizendo que ansiedade exagerada é excesso de futuro. Mas pare, pense, respire fundo. Veja que no momento presente nada do que você tinha antecipado aconteceu. Neste momento, você está bem. Você tem comida. Você não está doente. Use seus sentidos e pense sobre o que eles sentem. A mesa é dura. O cobertor é macio. Eu consigo sentir o ar com meu nariz. Isto realmente funciona para diminuir um pouco a dor, a ansiedade, o medo.

Kessler explica que você também pode pensar sobre como abrir mão do que você não tem controle. O que seu vizinho está fazendo está fora do seu controle. O que está no seu controle é ficar pelo menos a um metro de distância deles, usando máscara e lavar suas mãos. Foque sua mente nisso.

E nesta situação que vivemos emergencialmente é um bom momento para estocar compaixão. Todo mundo vai ter níveis diferentes de medo e luto e isso se manifesta de diferentes jeitos. Kessler comentou na entrevista que uma pessoa com quem ele trabalha havia ficado muito rude com ele e ele pensou: “Isso não parece esta pessoa; isso tem que ver como a pessoa está lidando com esta situação. Estou percebendo seu medo e ansiedade”. Ao notar isto é possível, então, ser paciente com o outro e pensar sobre quem geralmente a pessoa é, e não quem ela parece ser neste momento. Você dá um desconto. Isto significa exercer compaixão por ela.

Kessler diz que se sentiu honrado pela família da psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, falecida em agosto de 2004, por ter dado a ele permissão para acrescentar um sexto estágio do luto: o significado. Ele afirma que quando ele mesmo experimentava alguma perda e vivia os cinco estágios do luto, não queria parar no último, na aceitação. Ele queria um significado naquelas horas mais difíceis. Então, ele acredita que as pessoas estão encontrando um significado neste isolamento da pandemia, porque podem usar meios de comunicação para suas conexões além de outras coisas, e encontrarão significado também quando isto terminar.

Se você está sofrendo mesmo aprendendo estas informações sobre os estágios do luto, continue tentando lidar com sua dor. Vem um choro? Deixe ele sair. Não finja não estar triste. Mas também não faça propaganda disto nas redes sociais. Kessler diz que “emoções precisam de movimento”. Reconheça os sentimentos que você está passando. Tente dar um nome para eles. É tristeza? Raiva? Medo? Ansiedade? Não se ataque dizendo: “Eu não deveria sentir isso, outras pessoas estão pior!”. Pare no sentimento atual. Dê uma olhada nele, expresse-o, experimente-o sem fugir para um medicamento, ou bebida alcoólica, comida, ou outra coisa.

Kessler explica que se, por exemplo, você está sentindo tristeza, então diga a si mesmo: “Vou me deixar sentir triste por cinco minutos pelo menos.” Sua tarefa neste momento é sentir a tristeza, ou outro sentimento que surgir, como o medo, a raiva, não importando o que os outros estejam sentindo naquele momento, não como desprezo pelo sentimento do outro, mas porque este sentimento é seu. Lutar contra isso não funciona porque é o seu corpo-mente que está produzindo o sentimento. Ao permitirmos que o sentimento esteja aqui, o vivenciamos, expressamos, e ele será resolvido. Não seremos vítimas.

Me lembro que muitas vezes ao perguntar a um paciente meu na consulta sobre o que ele ou ela estava sentindo naquele momento ao comentar algo doloroso comigo, a pessoa dizia: “Ah! Um monte de sentimentos!”. Daí eu insistia: “Qual é o principal?”. Ficar dizendo para si mesmo e para os outros que o que você sente é um monte de sentimentos pode ser uma defesa para fugir de sentir o que precisa sentir com consciência e pensar neste sentimento único mais importante. A imaginação ou o medo da pessoa pode ser achar que se permitir identificar o sentimento e vivê-lo, ele nunca irá embora. Mas irá sim. Agora é um momento de sentirmos luto com esta pandemia. Então, temos que vivê-lo e seguir adiante. O que é bom passa, mas o que é ruim também passa.

Fonte: https://hbr.org/2020/03/that-discomfort-youre-feeling-is-grief?fbclid=IwAR15Krt5K5ft7Z68YGc3UupWufU0vazApv5JZibt0Qk-SZt7fsTxH53kHdA#comment-section

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Esse desconforto que você está sentindo é luto (Parte 1)

quinta-feira, 23 de abril de 2020

O isolamento social produzido pela pandemia causa uma reação emocional em todos nós. Estamos numa perda. Vivemos temporariamente num luto pela perda do contato com pessoas queridas, pelo medo de contaminação e complicações que a doença Covid-19 pode produzir.

Luto psicológico é o estado emocional que vivemos diante de alguma perda. É normal. Seria anormal sentir alegria, bem estar, ausência de tristeza e de ansiedade vivendo em isolamento social e com dúvidas sobre ser infectado e poder morrer.

O isolamento social produzido pela pandemia causa uma reação emocional em todos nós. Estamos numa perda. Vivemos temporariamente num luto pela perda do contato com pessoas queridas, pelo medo de contaminação e complicações que a doença Covid-19 pode produzir.

Luto psicológico é o estado emocional que vivemos diante de alguma perda. É normal. Seria anormal sentir alegria, bem estar, ausência de tristeza e de ansiedade vivendo em isolamento social e com dúvidas sobre ser infectado e poder morrer.

A psiquiatra norte-americana já falecida, dra. Elisabeth Kübler-Ross estudou profundamente o que ocorre em nossas emoções quando vivemos uma perda, um luto psicológico. Ela descreveu cinco estágios ou fases que a pessoa passa quando está vivendo a perda. Pode ser pela morte de um ente querido, ou por receber um diagnóstico grave de doença, ou estar na fase terminal de um câncer, ou outra perda. Estes estágios são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Vamos analisar cada um.

A negação nos ajuda a sobreviver na perda. Você recebe uma notícia ruim, trágica, e o mundo de repente se torna sem sentido e esmagador. Parece que a vida perdeu o sentido. A negação é um estágio de choque. Podemos usar frases como: “Não é possível, isto não é verdade!”, “Estão me dando a notícia errada, não ocorreu isto!”. A negação é para alguns autores um amortecedor da dor. Ela nos auxilia a nos prepararmos para a realidade da perda. É um recurso que nossa mente lança mão para nos ajudar a aguentar o máximo que podemos. Na medida em que vamos tendo que parar com a negação, e ver a realidade, começamos a fazer perguntas. Por quê? Por que comigo? Quem é o culpado disso? Saindo da negação surgem algumas emoções que foram produzidas pela perda e que estavam sob a superfície.

Em seguida vem a raiva. Ela é necessária no processo de cura. Deixe a raiva sair, mesmo que ela parece sem fim. Senti-la é a forma dela ir embora. Há outras emoções por debaixo da raiva que precisam vir, por isso, sinta a raiva, porque quanto mais senti-la, mais ela será dissipada e mais você será curado. Diante de uma perda a raiva pode ser dirigida para o cônjuge (no caso de uma traição por exemplo), para o médico (no caso da morte de um parente), para Deus (no caso de um acidente grave), para si mesmo (“Por que não fiz isso ... ou aquilo ...?”). Abaixo da raiva está a dor, sua dor. No começo da perda quando se vive ainda a negação é como estar perdido num oceano, sem conexão com ninguém.

Quando surge a raiva e a negação vai indo embora, então você se torna raivoso em relação a alguém, a algo. Agora você passa a ter uma estrutura porque é um sentimento (raiva) em relação a alguém ou algo. Esta raiva é uma ponte sobre o mar aberto que conecta você a alguém de quem você sente raiva.

Agora surge a barganha. Se seu luto tem que ver com, por exemplo, o descobrimento de uma doença terminal numa pessoa querida sua, surgirá em sua mente um pensamento de que você dará tudo para que esta pessoa seja poupada da morte. Daí você barganha, negocia. Pode ser com Deus, dizendo: “Por favor Deus, nunca mais ficarei com raiva de meu marido se o Senhor o mantiver vivo!”. Ou prometendo: “Irei devotar o resto de minha vida para ajudar outras pessoas!”

No estágio de barganha vivido numa perda ou num luto psicológico desejamos que a vida retorne ao que ela era. Queremos voltar no tempo, e descobrir o tumor na fase inicial. Pensamos em dar três passos para trás e esperar dez segundos e, assim, evitar o acidente trágico. Geralmente a culpa surge junto da fase da barganha. E importante entender que nem sempre estes estágios seguem linearmente, um atrás do outro direitinho. Podemos sentir raiva, depois voltar um pouco na negação, depois ir para a depressão, retornar à barganha. É assim. Cada um vive a dor do luto como pode.

O penúltimo estágio diante do luto é o estado depressivo. O pesar nos atinge de forma pesada. Parece que não vai passar. Esta fase depressiva não é uma doença mental. Ela é apropriada diante da perda. É o momento quando a pessoa em luto se afasta, se isola, sente profunda tristeza. Pergunte a si mesmo se a situação que você está vivendo agora é de fato depressora. Sentir-se deprimido diante da morte de uma pessoa querida é uma reação normal de nossa mente. Seria preocupante não sentir tristeza num momento assim! Apesar de que algumas pessoas irão se sentir deprimidas mas só mais tarde, mesmo só alguns meses à frente. É o jeito delas de lidar com a dor.

Finalmente, surge a aceitação. Isto não significa que está tudo bem. Uma boa parte das pessoas não sentirá nunca mais que está tudo bem após a morte de uma pessoa amada. Este estágio de aceitação significa que você passa aceitar a realidade de que a perda levou para sempre a pessoa, no caso de um luto por morte, e que esta realidade é a que fica. Aprendemos a viver com isto. Tentamos viver num mundo onde nosso querido, querida está faltando. Precisamos de um reajuste, reorganizar papéis que vivemos. Ao encontrar a aceitação podemos ter mais dias bons do que maus.

Alguns sentem que após a aceitação, quando se sentem mais aliviados, e recomeçam a desfrutar a vida, é como se isso fosse errado, é como se estivessem traindo a pessoa amada que se foi. Mas pense: não é possível substituir o que perdemos, mas é possível fazer novas conexões, novos relacionamentos significantes, e novas interdependências. Deus lhe dá o direito de reconstruir sua vida e ser feliz. Na aceitação bem experimentada a pessoa passa a viver novamente.

David Kessler, palestrante, especialista no estudo do luto, trabalhou junto com a dra. Elisabeth Kübler-Ross sendo co-autor com ela do livro “Sobre o luto e o pesar: encontrando o significado do luto através de cinco estágios de perda”. Ele trabalhou por uma década num sistema hospitalar em Los Angeles, e com equipe de risco biológico, também junto de equipe da Cruz Vermelha. Lançou um novo livro “The Sixth Stage of Grief” (“O sexto estágio do pesar”).

Kessler descreveu um sexto estágio do luto que é o significado. Vamos ver sobre isto no artigo que será publicado aqui na próxima quinta-feira, 30, e entender como tudo isto tem que ver com nossa situação diante desta pandemia causada por imprudência humana.

Fonte: https://grief.com/the-five-stages-of-grief/

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A confiança em Deus alivia o medo

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Na Bíblia existe o livro de Isaías que no capítulo 26 e versículo 3 diz: “Tu Deus conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.” Que é mente firme? É a que se mantém centrada num objetivo. Segundo este texto a concentração da mente em Deus, produz paz. Paz não necessariamente com ausência de momentos de angústia ou tristeza, inevitáveis nessa existência. Quando você desenvolve, com a ajuda de Deus, uma mente firme em Deus, você aprende a não ter medo do medo, nem medo da angústia, nem da tristeza que, vez ou outra, nos perturbam.

Na Bíblia existe o livro de Isaías que no capítulo 26 e versículo 3 diz: “Tu Deus conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.” Que é mente firme? É a que se mantém centrada num objetivo. Segundo este texto a concentração da mente em Deus, produz paz. Paz não necessariamente com ausência de momentos de angústia ou tristeza, inevitáveis nessa existência. Quando você desenvolve, com a ajuda de Deus, uma mente firme em Deus, você aprende a não ter medo do medo, nem medo da angústia, nem da tristeza que, vez ou outra, nos perturbam. E pode nos perturbar mais ainda em momentos desafiadores como agora nesta pandemia.

Na Bíblia, o Deus criador dos seres humanos proibiu que se comessem animais chamados de “impuros”, para que as pessoas não corressem risco de contaminações e doenças complicadas. A lista destes animais impróprios para consumo está no Antigo Testamento, no livro de Levítico, no capítulo 11. E estas leis de saúde não são como aquelas leis cerimoniais exclusivas dos judeus nos séculos antes de Cristo que foram abolidas, porque o que fazia mal naquela época para nossa saúde, continua fazendo mal hoje. Portanto, as leis higiênicas e alimentares dadas por Deus para nós na Bíblia, permanecem atuais e vigentes.

Mas existem povos que comem destes animais impuros, como o rato, o morcego, e um dos resultados é esta pandemia. Por isso, Deus não tem culpa deste sofrimento que agora atinge o mundo todo. Ele advertiu!

Exercite em sua mente a crença num Deus bom. Veja este texto bíblico: “Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor, e os salvará” Isto está no Salmo 145 versículos 18 e 19.

Uma escritora inspirada escreveu assim: “Todos os poderes terrestres estão sob o domínio do ser infinito. Ao mais poderoso governador, ao mais cruel opressor, diz ele: ‘Até aqui virás, e não mais adiante’ (Jó 38:11). O poder de Deus é constantemente exercido para contrariar as forças do mal. Ele está sempre em ação entre os homens, não para os destruir, mas para corrigi-los e preservá-los.” (E. G. White, Patriarcas e Profetas, p. 511). Que interessante, não é? A ação de Deus nos seres humanos, todos eles, e em nossa vida particular é para nos ajudar a corrigir nossos defeitos de caráter e para preservar nossa vida!

Estudos científicos têm mostrado que a qualidade de nossos pensamentos e sentimentos tem efeitos grandes sobre o funcionamento de nosso corpo. Dr. Uldemann, do Departamento de Estudos e Pesquisas sobre Estresse na Universidade do Arizona, estudando sobre estresse e suas repercussões no organismo humano, verificou que algumas pessoas que viviam juntas por 40, 50 anos ou mais, quando um deles morria, o outro adoecia rapidamente. E foi observado que o sistema imune destas pessoas que ficaram deprimidas pela morte do parente com quem viveram muitos anos juntos, ficou deficiente após o falecimento do familiar, facilitando, assim, o surgimento de infeções complicadas e até morte antecipada.

A tristeza destas pessoas produziu redução da potência de certas células de defesa que só retornou ao normal quando o estado depressivo foi vencido. Então, a maneira como você sente, como lida com suas emoções, afeta seu corpo. As pesquisas do Dr. Uldeman e colaboradores, provaram que algumas células de defesa, como as células matadoras naturais, linfócitos T e B, podem ficar reduzidas ou pouco ativas em seu trabalho de combater vírus e bactérias porque a tristeza os afeta.

Por isso é importante que você cultive fé, esperança, manifeste verbalmente gratidão com frequência, olhe mais para o que funciona, para as vitórias que Deus lhe tem dado, e não para o lado sombrio. Alimente sua mente com pensamentos bons. Olhe para o lado alegre da vida, para a beleza da natureza, para o fato de que você está vivo. Não é para fingir que está tudo maravilhoso e que não há problemas, porque na vida de todos nós há lutas. Aceite a limitação que a doença Covid-19 está criando na sociedade por um tempo procurando evitar ficar irritado, revoltado e sem confiar em Deus.

Cultivar uma mente otimista facilita o viver. Ajuda o corpo a reagir e combater a doença. Ajuda a mente a sair do estado depressivo ou não entrar nele. Reduz a ansiedade excessiva. A confiança na soberania e poder de Deus é remédio eficaz que conduz para a serenidade a qual auxilia a imunidade inata.

Comunique-se sempre com Deus pela oração espontânea, usando suas palavras como falando a um amigo, crendo que ele atende você. Ao orar faça seus pedidos mas também expresse gratidão pelo que ele tem feito em sua vida. Leia a Bíblia cada dia meditando nos textos que você lê, buscando nela a orientação para a sua vida. Deixo este texto de Salmo 119 versículo 50 para você pensar e se acalmar: “O que me consola em minha angústia é que a tua palavra me vivifica.”

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Vivendo em família 24 horas por dia em quarentena

quinta-feira, 09 de abril de 2020

Última parte

Última parte

No artigo anterior comentei que muitas famílias estão vivendo em alto estresse porque foram pegas de surpresa com o isolamento social devido à pandemia viral. Expliquei que traria algo prático na segunda parte do artigo, mas que cada membro da família, marido, esposa, ou outro adulto dentro do mesmo convívio, tomasse a decisão inicial de lutar consigo para ter autocontrole emocional e não perturbar o outro em casa. Isto já seria um grande passo. Vejamos agora dicas práticas para que o comportamento familiar neste momento de quarentena seja vivido com o mínimo de tensão, briga, e desarmonia possível.

1 - Evite atitudes de crítica

Agora não é o momento de ficar apontando falhas do outro. Na verdade, isto deve ser evitado em qualquer momento, mas principalmente nesta emergência que vivemos. Se você evitar críticas, isto previne estresse, tristeza, irritação. Agora é hora de apreciação, valorizar, elogiar o outro para criar um clima calmo. Não critique seu marido porque ele não arruma a louça como você. Não critique sua esposa porque ela não cozinha tão bem como sua mãe.

Agradeça seu marido por colocar o lixo fora, coisa que talvez ele nunca fazia. Agradeça sua esposa por ela ter ficado com as crianças sem a babá ou a vovó enquanto você trabalhava home office, se isolando num cômodo da casa. Antes de dormir você pode dizer para seu cônjuge três coisas que apreciou nele/nela naquele dia. Não se pode conviver juntos em paz sendo críticos. Seja gentil um com o outro.

2 - Procure ser mais curioso do que furioso

Se perceber que seu marido/sua esposa está irritada num certo momento, não se irrite também. Procure saber o que está ocorrendo com desejo de ajudar. Incentive a pessoa a falar e expressar sua contrariedade e não traga aquilo como algo pessoal. Claro, a pessoa precisará falar sem atacar você ou outro membro da família. Quando as pessoas estão estressadas é perigoso o que elas dirão, e é também difícil ouvirem. Fale, sem agredir o outro, e escute o desabafo do outro com respeito.

3 - Permita que seu familiar em casa se sinta mal ou bem quanto à esta crise da pandemia

Otimistas poderão se sentir melhor, sem tanto medo e ansiedade. Não a critique porque ela não está ansiosa como você. Outros mais preocupados e sensíveis poderão com mais frequência se sentir mal, impacientes, com medo. Neste caso, não critique a pessoa que é mais medrosa e preocupada. Cada um lida emocionalmente com esta pandemia da maneira que consegue, e isto não tem que ser igual para todos.

Ao lidar com um familiar que fica muito ansioso neste momento, basta ser empático, ou seja, escutar a pessoa falar do medo, das preocupações, e você pode até ir além de oferecer ouvidos atentos, repetir para ela o que ela está expressando para mostrar que você está entendendo o sofrimento dela. Você pode dizer após a pessoa falar que está tensa com medo de contaminação pelo vírus corona e começar a chorar: “Puxa, que chato este seu medo. Chorar pode aliviar. Mas procure evitar ficar pensando em coisas trágicas.” Veja que nesta frase você oferece compreensão, não critica a pessoa porque ela chorou, e deixa uma ideia positiva para ela lidar com os pensamentos de medo.

4 - Negocie o tempo em casa

Você, seu marido ou sua esposa podem querer estar algum tempo sozinho, sozinha, sem as crianças por perto. Ofereça ficar com as crianças num certo período do dia e depois vocês trocam, o outro fica com as crianças para você fazer algo sozinho que desejar ou precisar. Então, vai ter momento para cada um ficar só, outro para todos ficarem juntos, outro para o casal conversar a sós sem as crianças perto, e outro momento para as crianças brincarem sozinhas ou fazer alguma tarefa escolar. Não é nem todo mundo junto o tempo todo e nem todo mundo separado o tempo todo, se não houver complicações clínicas com ninguém.

5 - Planeje seu dia, mas sem rigidez

Dividam as tarefas em casa. Colocar lixo no lixo, ração para o cachorro e limpar as sujeiras dele, ajudar na cozinha no preparo do alimento, cada um cuidar de sua roupa, da sua cama, da sua toalha de banho. Cada um assumir tarefas escolares e do trabalho feitas agora em casa. Claro, crianças pequenas não podem assumir coisas difíceis, mas dependendo da idade já podem cooperar com tarefinhas simples.

6 - Surgiu uma tensão difícil que agitou os sentimentos?

Respire fundo. Conte até 50. Vá tomar um banho. Deixe o sangue esfriar. Pense. Evite soltar os cachorros imediatamente. Deixe passar pelo menos meia hora para você ter tempo de refletir, acalmar as emoções para depois falar com serenidade. Mas evite deixar isto para o dia seguinte. Conversem pensando em resolver o impasse, o problema, e não para criar mais tensão. Seja honesto e pense: No que estou errando? O que é culpa minha? Como falar de forma respeitosa? Seus filhos não querem ver os pais brigando. Eles sofrem com isso. Portanto, procurem resolver a situação tensa que surgiu da melhor maneira possível.

7 - Respeite os limites

Se seu marido ou sua esposa está isolada num cômodo trabalhando, respeite, não deixe as crianças interromperem o trabalho batendo na porta, gritando, ou chamando o pai ou a mãe. Combinem uma hora em que será a hora do trabalho e que só poderá se interrompida se ocorrer alguma emergência. Explique para as crianças que papai/mamãe está trabalhando ali no quarto ou no escritório da casa e que daqui há pouco ele/ela sairá para tomar a refeição juntos e conversar.

8 - Seja claro ao fazer um pedido ao seu esposo ou esposa

 Algumas pessoas têm dificuldade de pedir ajuda e por isso se sobrecarregam de tarefas. Então, especialmente agora com todo mundo junto o tempo todo em casa, peça ajuda, mas de forma clara, com humildade e sem manipular. Isto é importante porque o outro pode não perceber que você está com uma carga pesada de tarefas. Daí ser importante pedir ajuda.

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Vivendo em Família 24 horas por dia em quarentena - Parte 1

quinta-feira, 02 de abril de 2020

Muitas famílias estão num alto estresse por precisarem estar em casa o tempo todo em isolamento devido à pandemia do vírus corona. O que está ocorrendo? Perdeu-se o amor de uns pelos outros? Será que não mais existia amor e cada um empurrava o relacionamento com a barriga? E agora que marido e mulher têm de estar juntos o tempo todo surge a necessidade de ajustar os afetos do casal?

Muitas famílias estão num alto estresse por precisarem estar em casa o tempo todo em isolamento devido à pandemia do vírus corona. O que está ocorrendo? Perdeu-se o amor de uns pelos outros? Será que não mais existia amor e cada um empurrava o relacionamento com a barriga? E agora que marido e mulher têm de estar juntos o tempo todo surge a necessidade de ajustar os afetos do casal?

Agora precisamos encontrar maneiras de lidar com esta situação inesperada de tensão familiar. Claro, é mais tenso e conflituoso quanto maior era o desajuste já existente  entre o casal e os filhos. Quando escuto que algumas mães comentam que estão ficando loucas com seus filhos em casa neste momento de quarentena, me pergunto: Será que estas crianças são realmente terríveis? Será que estas mães deixavam seus filhos com babás, eletrônicos, TV, escola integral, avós, e agora não sabem como lidar com eles?

As crianças em isolamento social também sofrem. Podem ter medo, ansiedade, dúvidas, insegurança. Agora é hora de acolher seus filhos, orientá-los, deixá-los fazer perguntas e responder com cautela, verdade, carinho, e não com grosseria, impaciência e nervoso. Se seu filho ou filha está com medo, pare com tudo, deixe o celular de lado, desligue a TV, apague o fogo no fogão para não queimar a comida, e dê uns minutos de atenção para ele ou ela. Olhe nos olhos da criança, pergunte o que ela quer saber, o que está sentido. Deixe ela falar. Repito, deixe ela falar. Ela precisa e tem o direito de expressar medo, ansiedade, insegurança, e você, pai, você mãe, tem que estar ali para dar acolhimento para este pequenino, pequenina ou para este jovem. Esta é sua função como pai e como mãe.

Quando você orientar seu filho com o que ele quer saber, sem muitos detalhes, sem enfocar tragédias, sendo objetivo e usando linguagem que ele entenda, isto promoverá na criança proteção, segurança, e diminuirá a ansiedade dela. Se ela chorar e falar que está com medo, deixe ela chorar um pouquinho. Coloque-a no seu colo, faça um carinho nela, e diga que tudo vai ficar bem, que papai está ali, mamãe também, e que Deus nos ajuda e protege. Isto trará grande alívio para a criança. A criança tem sentimentos de angústia sim! Ela sabe que algo está ocorrendo e que não é bobagem, porque ela não está indo na escola, não está brincando com os amiguinhos no playground, na pracinha, no quintal de casa, ou mesmo na calçada. Então, dando acolhimento e orientação simples e verdadeira para ela, ela conseguirá lidar com este momento difícil para ela também.

Voltando à questão dos casais agora em confinamento em casa por causa da pandemia, este é um momento em que é possível cada um pensar no que está pendente no relacionamento, no que precisa conversar, ajustar, corrigir, entender, perdoar, e usar parte do tempo para conversar sobre isto. Agora é um tempo de oportunidade de não mais adiar o que está engasgado na vida conjugal. É boa hora de conversar para encontrar soluções e saídas para uma melhor qualidade de vida familiar.

Mas é verdade que os casais que já estavam pelas pontas em termos de brigas, talvez alguns em vias de separação, que já viviam distantes afetivamente, agora tendo que conviver o dia todo no mesmo ambiente, não é fácil, e pode sair muita faísca, e piorar tudo. Mas existe a opção de cada um, marido e esposa, parar e pensar consigo mesmo, decidindo que precisa fazer sua parte para lidar com esta situação não só de isolamento devido à uma pandemia, mas porque a situação conjugal precisa de soluções.

É também verdade que nos lares onde existia abusos, gritarias, violência, e agora talvez mais tenso devido a problemas financeiros, a situação fica agravada e necessita ajuda.

Vamos ver na coluna Saúde Mental e você da próxima quinta-feira, 9, algumas ideias do que fazer para minimizar, resolver, ou evitar conflitos em casa diante deste isolamento devido à Covid-19. Um grande e primeiro passo é cada um decidir, escolher lutar consigo mesmo para se controlar, e começar a pensar sozinho o que é necessário fazer da sua parte para evitar discussões, agressividade, ironia, críticas. Agora é hora de um ajudar o outro. Agora é hora de apoio e não de crítica. Agora é hora de se humilhar e deixar o orgulho de lado e reconhecer que todos estamos no mesmo barco. Não somos melhores e nem piores que ninguém. Pense nisso. Comece com isso. Respeite esta pessoa que está aí em sua casa.

Na segunda parte deste artigo trarei dicas práticas para um melhor convívio em casa neste momento de medo, insegurança, dúvidas, ansiedade e incerteza. Mas comece agora, decida agora ajudar a si e a todos se controlando emocionalmente para não perturbar ninguém dentro de casa.

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Lidando dia a dia com a incerteza da Covid-19

quinta-feira, 26 de março de 2020

Estamos atualmente vivendo num mundo de muita incerteza com a situação de evolução rápida da Covid-19. Não sabendo o que ocorrerá adiante ou temendo se nós ou um dos membros de nossa família poderá adoecer, é cabível surgir ansiedade e medo. 

Devemos agora adaptar nossas rotinas diárias para incluir distância social, trabalhar em casa e para muitos limitar o contato direto com aqueles que amamos. Em função deste momento de isolamento, queremos prover a você algumas dicas para ajudá-lo a lidar, prestando atenção particular à sua saúde emocional e bem estar. 

Estamos atualmente vivendo num mundo de muita incerteza com a situação de evolução rápida da Covid-19. Não sabendo o que ocorrerá adiante ou temendo se nós ou um dos membros de nossa família poderá adoecer, é cabível surgir ansiedade e medo. 

Devemos agora adaptar nossas rotinas diárias para incluir distância social, trabalhar em casa e para muitos limitar o contato direto com aqueles que amamos. Em função deste momento de isolamento, queremos prover a você algumas dicas para ajudá-lo a lidar, prestando atenção particular à sua saúde emocional e bem estar. 

Seja você um paciente, cuidador, membro do staff do hospital ou de família recentemente enlutada, estas dicas podem ajudar a administrar a incerteza, a ansiedade e o medo.  

Crie uma rotina – isto provê uma estrutura para seu dia e aumenta seu senso de controle. Tenha como alvo levantar-se cada dia no mesmo horário. Planeje seu dia com “pedaços” de tempo – para as refeições, trabalho, estudo, exercício, trabalho doméstico e conexão on line com amigos e familiares. Escreva diariamente uma lista dos “para fazer” e assinale como “feito” na medida em que você completa a tarefa.

Permaneça conectado – isto é especialmente importante já que agora temos que limitar nosso contato pessoal com os outros. Aumente o uso de tecnologia para ficar em contato com aqueles que você veria pessoalmente. Use recursos on line com modalidades de vídeos porque ver outros realmente aumenta a sensação de conexão. Comece um chat (conversa) com um grupo familiar, de amigos ou com seus vizinhos como uma forma de entrar em conexão. Convide seus amigos para uma reunião social on line. Procure se comunicar mais regularmente pelo telefone ou por texto com aqueles que estão mais isolados, como os idosos ou pessoas que vivem sozinhas. 

Coloque atenção no seu autocuidado – isto é ainda mais importante em tempos de aumentado estresse e vulnerabilidade. Pratique maior higiene, especialmente lavar as mãos com sabão. Atente para uma boa nutrição na medida em que o estresse causa impacto no seu desejo de comer. Ouça música. Faça algo criativo. Exercite sua mente e aprenda algo novo. Tente usar um aplicativo sobre relaxamento. Comece uma lista de gratidão escrevendo cada dia sobre o que você é grato hoje.

Limite sua exposição à mídia – isto é uma coisa que você pode controlar. Se prenda a fontes confiáveis de informações sobre a Covid-19, tais como a Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde ou agências governamentais locais. Limite a quantidade de tempo que você ouve e vê as notícias cada dia – especialmente se existem crianças em sua casa. Tente restringir a observação de notícias para um horário regular agendado do seu dia. Somente encaminhe informação para outros que venham de uma fonte confiável. 

Verifique seu pensar – o modo como pensamos afeta a maneira como sentimos e nos comportamos. Examine seu pensar fazendo a si mesmo algumas perguntas simples: Está meu modo de pensar contribuindo para minha ansiedade ou estresse? Que pensamentos estão me deixando mais estressado? Como mudar meu modo de pensar para meu bem estar? Escreva seus pensamentos preocupantes e suas respostas para as perguntas acima e tente se ater aos fatos, e faça este exercício conversando com alguém. 

Aproxime-se – não sinta medo sozinho. Telefone para um amigo. Telefone para um serviço comunitário de ajuda. Tente falar com um conselheiro pelo telefone. Procure informações de organizações confiáveis sobre suas preocupações particulares, por exemplo, como falar com crianças ou pais idosos sobre a Covid-19.

Este documento é somente para fins de informação. O conteúdo não tem a intenção de substituir um conselho, diagnóstico e tratamento de profissional médico. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro qualificado prestador de serviço de saúde com qualquer pergunta que você possa ter quanto à condição médica. 

Obs.: O texto acima é de um psicólogo do Departamento Psicossocial de Oncologia e Cuidado Paliativo do Instituto do Câncer Dana-Faber, da rede de hospitais da Universidade de Harvard, nos EUA. É uma tradução livre editada que fiz e as recomendações são do documento original.

 

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