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A VOZ DA SERRA é o trabalho enaltecendo o trabalho!

terça-feira, 02 de maio de 2023

 Tivemos mais um feriado prolongado do jeito que o brasileiro gosta. Há pessoas que até criticam a existência de tanta folga, porém, há datas que não podem passar em brancas nuvens. O Dia do Trabalho (1º de maio) é fruto da luta de muitos trabalhadores e trabalhadoras do passado, a partir de uma greve por direitos trabalhistas, em 1º de maio de 1886, em Chicago. No Brasil, o reconhecimento se deu em 1925 e se aperfeiçoou em 1940, quando foi instituído o salário mínimo, por Getúlio Vargas.

 Tivemos mais um feriado prolongado do jeito que o brasileiro gosta. Há pessoas que até criticam a existência de tanta folga, porém, há datas que não podem passar em brancas nuvens. O Dia do Trabalho (1º de maio) é fruto da luta de muitos trabalhadores e trabalhadoras do passado, a partir de uma greve por direitos trabalhistas, em 1º de maio de 1886, em Chicago. No Brasil, o reconhecimento se deu em 1925 e se aperfeiçoou em 1940, quando foi instituído o salário mínimo, por Getúlio Vargas. Meu pai contava que essa conquista foi um marco na vida dos trabalhadores e as pessoas diziam: “Fulano ganha salário mínimo!”. Era algo vantajoso. Foram muitos avanços, como a criação da Justiça do Trabalho, em 1941 e a Consolidação das Leis Trabalhistas, em 1943.

A mulher saiu do casulo e expandiu seu campo de atuação, além das fronteiras domésticas, passando a ter, inclusive, direito ao voto. Na reportagem  “A batalha diária de milhões de brasileiras”, o Caderno Z nos trouxe uma escalada com episódios muito interessantes e, alguns até escalafobéticos, como em 1827, ano em que as  mulheres foram “liberadas para frequentarem a escola”. Papai dizia que, na roça, não se devia mandar as moças para a escola, pois logo aprenderiam a escrever cartas para namorados. O cartão de crédito, por muito tempo, foi exclusivo para os homens.

Ainda bem que a mulher prosperou, tornando-se senhora de seu destino, conseguindo até driblar “os desafios da tripla jornada”. Wanderson Nogueira nos ajuda a difundir o respeito ao poderio feminino: “Sei que rótulos existem e admiti-los, ajudam a nos prevenirmos deles. Sei que temos uma longa caminhada de conscientização, mas não é porque é longo que não deva ser caminhado. Talvez, seja menor do que ontem. Certamente, ainda é vergonhoso. Sensibilidade para o feminino é apenas um primeiro passo, tanto quanto respeito é dever...”.

Em “Sociais”, eu mando um abraço especial para Myrian Kato que, no auge dos festejos de seus 70 anos, esbanja beleza e simpatia. A ela, que é símbolo da força empreendedora das mulheres, votos de saúde e de mil felicidades. Ser feliz no trabalho é o sonho de muita gente e essa é a realidade de quem trabalha na Stam. A metalúrgica recebeu o certificado “Melhores Empresas Para Trabalhar”. Parabéns, pois a Stam possui as chaves do sucesso, abrindo portas e janelas para o mundo!

A charge de Silvério também homenageou o 1º de maio, felicitando os trabalhadores. O Cão Sentado é simpático ao calendário e acompanha a vida de Nova Friburgo, como se fosse um escoteiro, sempre alerta aos acontecimentos. Na verdade, as homenagens ao trabalho são todas muito bem-vindas, pois é pelo trabalho que se obtém o pão de cada dia, contudo, a manteiga requer mais suor ainda. O pão é a massa, a manteiga, o sabor e os desafios do empreendimento. É o que fazem as empreendedoras do projeto “Mulheres de Sucesso”, pois “se unem para se fortalecerem”.

Da união dessas mulheres veio a força de juntarem sonho, trabalho e empreendedorismo. A reportagem de Christiane Coelho nos levou a um passeio educativo para quem quer entender de negócios, sem perder a sensibilidade lúdica de viver. Do início, quando “Sílvio Montechiari, emprestou as máquinas às costureiras demitidas da Triumph, para começarem suas confecções, muitas se tornaram empreendedoras de empresas, que hoje, são verdadeiras indústrias”. Elas hoje se capacitam, buscam flexibilidade, são inovadoras e sabem que “o sucesso de uma impulsiona muitas”. 

Sonhadoras, realistas, guerreiras, empreendedoras, de tudo um pouco, essas mulheres fazem da vida o pano de fundo onde costuram sonhos, remendam os anseios e alinhavam a esperança, buscando melhorar não apenas a própria vida, mas, consequentemente, o ambiente, onde quer que desenvolvam suas habilidades. A elas dedico uma trova: Na força em que foi moldada / a mulher é colossal: / - muda o rumo, muda a estrada, / mas não perde um ideal! Feliz trabalho para todo dia de trabalho!

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A VOZ DA SERRA, jovem, firme e forte!

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Festejar o dia 22 de abril em dose dupla é um presente. E o Caderno Z nos convidou para um passeio em torno da história da formação do Brasil. A data não remete apenas ao descobrimento, mas ao Dia da Comunidade Luso-Brasileira, que passou a ser lei, por intermédio de um projeto do senador Vasconcellos Torres, a partir de 22 de abril de 1967. Mais adiante, em 22 de abril de 2000, foi assinado o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, conhecido como o “Estatuto de Igualdade”.

Festejar o dia 22 de abril em dose dupla é um presente. E o Caderno Z nos convidou para um passeio em torno da história da formação do Brasil. A data não remete apenas ao descobrimento, mas ao Dia da Comunidade Luso-Brasileira, que passou a ser lei, por intermédio de um projeto do senador Vasconcellos Torres, a partir de 22 de abril de 1967. Mais adiante, em 22 de abril de 2000, foi assinado o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, conhecido como o “Estatuto de Igualdade”. As duas nações desenvolveram, ao longo do tempo, uma irmandade harmoniosa por todas as afinidades e pela profícua influência de Portugal na formação do nosso povo.

Os festejos em terras friburguenses têm o acréscimo de mais uma data, 11 de junho, quando em 1933 foi fundado o Grêmio Português de Nova Friburgo. Há ainda a festa do Dia de Portugal, em 10 de junho. No auge de seus 90 anos, o Grêmio tem sido, conforme a canção, “uma casa portuguesa, com certeza, pão e vinho sobre mesa” que em suas “quatro paredes caiadas”, se destaca mantendo a cultura lusitana viva, unindo famílias, criando espaço de socialização com a alegria peculiar que emana no ambiente. Agora, sob a presidência da querida Vera Cintra, tudo converge para inúmeras realizações, tendo o alicerce do passado e as janelas para um futuro, cada vez mais promissor. E eu me lembrei da trova do saudoso Antônio Carlos Rodrigues: “Portugal, descobridor, /desta terra, desta gente.../ O Brasil te deve amor / incomensuravelmente!

São muitas datas a celebrar neste mês. A exemplo, 22 de abril, com destaque em “Sociais”, foi o dia do aniversário do estimado Dário Salomão, da Drogaria Globo. Outro aniversariante, no dia 26, é o Luiz Antônio Sobrinho, o querido Louro, um dos mais antigos funcionários do jornal. Ele autua na gráfica, causando sempre as melhores impressões. Parabéns, queridos. Além das homenagens à memória de Tiradentes, celebrou-se em 21 de abril o Dia de Olaria. Embora, “sem muito a comemorar” pelas dificuldades de administração, o bairro mais populoso da cidade tem muita coisa boa: tradição e história, tem jeito de cidade, tem povo acolhedor e uma vista maravilhosa e romântica, como disse Rodolpho Abbud: “Na Olaria, as Catarinas namoram o Imperador!”.

De festejo em festejo, teve ainda o Dia de São Jorge, comemorado em 23 de abril. A data foi escolhida por ter sido anunciada em 23 de abril de 308, a sua sentença de morte, na perseguição aos cristãos pelo Imperador Diocleciano. Tal acontecimento trágico deu-se em virtude de Jorge jamais ter renunciado à sua fé cristã e ainda serviu de incentivo para a conversão de mais pessoas, o que aliás propagou a fé entre o povo palestino. No Estado do Rio de Janeiro, a data passou a ser feriado estadual, o que, facilita em Nova Friburgo, uma série de eventos, como a Cavalgada de São Jorge, comemorando sua 29ª edição. A charge de Silvério ilustrou a capa do jornal do último feriadão, lembrando o dragão da economia. Só cantando com Djavan: “São Jorge por favor me empresta o dragão... Mais fácil aprender japonês em braile...”. Haja coração e oração!

E o dragão do descarte de resíduos têxteis? Christiane Coelho trouxe à luz um problema recorrente, que envolve a educação ambiental. A doutora  Ana Moreira, do  Laboratório de Sustentabilidade da Uerj, explica, entre outras preocupações, que os resíduos têxteis, no aterro sanitário, “não têm valor algum, somente custo”. Fernando Cavalcante, ambientalista, ressaltou a demora da decomposição das linhas noite e fitness que podem levar entre 100 e 300 anos para se decomporem na natureza. Que triste!

Por descuido, somos passíveis de acumular resíduos na mente. Paula Farsoun, em “Mente Sã”, nos alertou: “Muita inutilidade disputando espaço e atenção com o que verdadeiramente importa. Um cabo de guerra que está difícil de ser equilibrado pelo lado da essência da vida. Do que é útil. Do que acrescenta. Do que ensina”. E pergunta: “Estamos empregando nossa energia vital naquilo que é substancial?” Parabéns, Paula!

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A VOZ DA SERRA existe porque só a informação não basta...

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Mais uma comemoração que o Caderno Z não deixou escapar: a celebração do Dia Mundial da Arte – 15 de abril, oficializado em 2019 pela Unesco. A data fora escolhida, não ao acaso, mas para festejar o nascimento de Leonardo Da Vinci. Na propriedade de seu pensamento e agir, Da Vinci constatou:  “A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”. Immanuel Kant considerou que “para produzir uma obra de arte não basta ter conhecimento sobre um determinado assunto – é preciso ter habilidade para fazer”.

Mais uma comemoração que o Caderno Z não deixou escapar: a celebração do Dia Mundial da Arte – 15 de abril, oficializado em 2019 pela Unesco. A data fora escolhida, não ao acaso, mas para festejar o nascimento de Leonardo Da Vinci. Na propriedade de seu pensamento e agir, Da Vinci constatou:  “A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”. Immanuel Kant considerou que “para produzir uma obra de arte não basta ter conhecimento sobre um determinado assunto – é preciso ter habilidade para fazer”. E habilidade é o que não falta em Maurício de Souza, um dos mais importantes cartunistas do Brasil.

Com sua arte, Maurício criou, entre outras obras, a Turma da Mônica  que agradou em cheio, não apenas o público infantil, mas todas as gerações que o acompanham até hoje. E ele destaca: “Quando comecei a desenhar, minhas referências eram os autores infantis, e Monteiro Lobato era um deles. Então, não tinha contato com os escritos de outros autores modernistas, embora meus pais fossem poetas...” Em entrevista, o cartunista explica: “Posso dizer que personagens como Chico Bento, que até foi atacado por ter falas caipiras e que hoje é visto como preservação de um jeito de viver e Horácio que já falava em ecologia há muitos anos, quando as crianças nem sabiam o que significava, são exemplos de que sempre é preciso ter um olhar próprio de nossa cultura e da leitura do nosso tempo...”.

“Pela arte, pensamentos tomam forma e ideais de culturas e etnias têm a oportunidade de serem apreciados pela sociedade em seu todo”. O filósofo grego, Platão, entendia a música como “o meio mais poderoso do que qualquer outro porque o ritmo e a harmonia têm a sua sede na alma (razão)...”. O pensamento de Platão está mais do que confirmado, pois a arte musical tem sido responsável pela tradução dos sentimentos humanos. Basta “morar” na filosofia do samba de Monsueto e Arnaldo Passos, que o Caderno Z tão bem ilustrou no tema. Interessante é que esse samba é mesmo uma construção filosófica, pleno de metáforas: “botei na balança e você não pesou... botei na peneira e você não passou...”. Então, se a arte está em processo diário de efervescência, de acordo com Maurício, “toda semana pode ser de Arte Moderna”.

Wanderson Nogueira, o artista das letras, colaborou: “De repente, é nesse momento do olhar atento, sem qualquer pretensão de desvende que nasce, por si, novas artes na mesma arte. Apreciador vira também artista...” - pois “somos tão únicos. Únicos como é toda arte e o que se capta dela, naquele instante, igualmente, único...”.

A arte de fazer charges é com Silvério que, sem qualquer palavra, traduz o nosso cotidiano. São as suas criações as intérpretes das situações em pauta; uma cidade pouco iluminada, um celular na mão, por exemplo, são convites ao vandalismo, o que prejudica a arte de fazer turismo e até, simplesmente, a arte de passear pelas ruas. A arte da educação também está afetada pela insegurança, pois muitas escolas estão redobrando equipamentos e ações para mais monitoramento. Quando se pensaria nisso? Em qual estação da humanidade estamos desembarcando, tendo na bagagem o medo de um ataque em ambiente escolar? Por conta disso, as escolas mudam rotina. Enquanto isso, em “Há 50 Anos”,  acontecia um surto em Nova Friburgo, divulgado pelo professor, Amaury Muniz: era o surto de manifestação de arte e cultura em nossa cidade, que fora promovido e estimulado pela Fundação Educacional e Cultural de Nova Friburgo.

Assim, vamos combinar um novo surto de boas ações, de belas artes, porque toda arte é bela!  Um surto solidário, de amor, para forjar o bem. Vamos festejar o Dia da Voz (16 de abril), em todos os dias do calendário. Não somente a saúde da voz que vem da garganta, como na “Campanha da Voz 2023”, mas a saúde da voz que vem de dentro do coração. Aquela voz afinada com a saúde de nossos melhores pensamentos e intenções de praticar o bem. Pode até ser clichê, mas só o amor constrói!

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A VOZ DA SERRA... 78 anos de legado e de renovação!

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Não há mais bela comemoração de aniversário do que fazer 78 anos e estar cada vez mais novo. Não é comum essa proeza, a não ser para A VOZ DA SERRA, que se apresenta sempre bonito em seu papel: confiável no conteúdo, pontual na personalidade, impresso ou digital. É aquela Voz que se expande na era digital, bem traduzida na charge de Silvério. O passar do tempo acrescenta ao seu perfil uma credibilidade irrestrita e, em troca, a fidelidade dos leitores.

Não há mais bela comemoração de aniversário do que fazer 78 anos e estar cada vez mais novo. Não é comum essa proeza, a não ser para A VOZ DA SERRA, que se apresenta sempre bonito em seu papel: confiável no conteúdo, pontual na personalidade, impresso ou digital. É aquela Voz que se expande na era digital, bem traduzida na charge de Silvério. O passar do tempo acrescenta ao seu perfil uma credibilidade irrestrita e, em troca, a fidelidade dos leitores.

Entrelaçando a Semana Santa e as congratulações das “Bodas de Benjoim” do jornal, a edição do último fim de semana foi toda feita de emoção. A colunista Paula Farsoun ofereceu “uma salva de palmas”, lembrando que “além de todas as publicações.... há toda uma engrenagem de bastidores que não podemos imaginar...”. Max Wolosker, colunista renomado, ressaltou as três  premissas para o sucesso de um jornal: “competência, a garra de seus diretores e a confiança e fidelidade de seus leitores...”. Max ainda lembrou: “Américo Ventura, seu fundador, substituído por Laercio Ventura e, nos dias atuais, nas mãos de Adriana Ventura”.

Robério Canto enalteceu o jornal, entre outros fatores: “A apuração dos fatos, a opinião equilibrada, a variedade de assuntos, a coerência entre o que opina e o que informa, a qualidade gráfica, são algumas das razões que levam os leitores a lerem e a confiarem em AVS...”.  Lucas Barros não economizou elogios: “O papel do jornal na sociedade é importantíssimo e seu nome deve ser sinônimo de luta e resistência. A VOZ DA SERRA consegue ao mesmo tempo representar o passado histórico dos vários momentos vividos, presenciando 23 presidentes no poder desse país; o presente, com notícias fresquinhas da nossa cidade; e o futuro com a inovação das tecnologias para que a informação chegue até você, leitor...”.  E chega sempre bem, informando!

Cesar Vasconcellos, o colunista da saúde mental, se juntou às congratulações: “Parabéns para a família Ventura que vem tocando este jornal em nossa cidade com informações importantes para nossa comunidade. Entendo que são três gerações na direção deste noticiário, o que mostra uma influência familiar positiva no seguimento de uma empresa de sucesso na área jornalística. Wanderson Nogueira realçou: “A Voz da Serra permanece e permanecerá... Não à-toa, por boa coincidência, o dia do jornalista é também a data em que nasceu A Voz da Serra – 7 de abril. E um está para o outro como A Voz da Serra está para Nova Friburgo...”. E como eu disse: “Setenta e oito de luz, de um trabalho de excelência, que desde o início fez jus a ser nossa referência”.

Vinicius Gastin, em “Esportes”, fez a sua homenagem: “No auge de seus 78 anos, A VOZ DA SERRA é tradição e modernidade, é credibilidade e referência. É Nova Friburgo reportada em textos e fotos, com fôlego para muito mais...”. O tempo é de felicitações e nossa diretora, Adriana Ventura, recebeu  o diploma comemorativo do aniversário do jornal oferecido pelo Rotary Suspiro. O ex-presidente do Rotary Suspiro, o cirurgião José Antônio Verbicário Carim, fez um resumo da trajetória do jornal, desde a fundação, enaltecendo sua trajetória. Parabéns, Adriana, guerreira, e sua equipe!

Outro festejo em destaque, ocorrido em 26 de março, foi o aniversário do “Seu Enéas Jácome”, considerado “um dos mais friburguenses dos cariocas, que completou 96 anos feliz da vida.  Aliás, Seu Enéas, atualmente, é o mais antigo assinante de A VOZ DA SERRA. Leitor assíduo, leia-nos e receba o abraço da nossa coluna. Vivas!

Excepcionalmente, encerramos a viagem na plataforma de embarque, o Caderno Z, que nos trouxe conhecimentos sobre o simbolismo da Páscoa em vários países e religiões. Em “Há 50 anos”, festejava-se os 28 anos da nossa Voz. Com Wanderson Nogueira fechamos a viagem: “Renascer é aprender a dar adeus para conceitos cultivados e às tantas razões que teimamos em achar que são nossas. Renascer é perdoar as próprias vaidades e dizer: vão embora, eu as deixo ir sem olhar para trás!...”. Vamos renascer, pois a Páscoa é uma celebração que deve se repetir dentro do coração! 

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AVS - 78 anos!

sexta-feira, 07 de abril de 2023

A VOZ DA SERRA... Que glória!

Pois, no empenho taumaturgo,

tornou-se na trajetória

a Voz de Nova Friburgo...

 

São as Bodas de Benjoim

no enlace de amor profundo...

A Voz que se fez, enfim,

a nossa voz para o mundo...

 

Setenta e Oito de luz,

de um trabalho de excelência,

que desde o início fez jus

a ser nossa referência...

 

Desde Américo Ventura,

"combatendo o bom combate",

mantém-se honrada a postura,

aberta para o debate...

 

A VOZ DA SERRA... Que glória!

Pois, no empenho taumaturgo,

tornou-se na trajetória

a Voz de Nova Friburgo...

 

São as Bodas de Benjoim

no enlace de amor profundo...

A Voz que se fez, enfim,

a nossa voz para o mundo...

 

Setenta e Oito de luz,

de um trabalho de excelência,

que desde o início fez jus

a ser nossa referência...

 

Desde Américo Ventura,

"combatendo o bom combate",

mantém-se honrada a postura,

aberta para o debate...

 

De Laercio e Adriana,

na herança de pai e filha,

faz-se a história soberana

por onde a verdade trilha!

 

Abraços! Feliz Jornal para todos nós! 

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AVS informa, instrui e acontece na vida friburguense!

segunda-feira, 03 de abril de 2023

Embarcamos no Caderno Z do último fim de semana e quem nos orientou durante uma preciosa viagem foi a jornalista Christiane Coelho, marcando uma data muito importante – o Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo, celebrado no último domingo, 2. Com uma excelente dinâmica, a reportagem especial nos levou ao mundo do TEA -  Transtorno do Espectro Autista, que é “caracterizado por um atraso do neurodesenvolvimento, que não se apresenta por sinais físicos, mas sim comportamentais”.

Embarcamos no Caderno Z do último fim de semana e quem nos orientou durante uma preciosa viagem foi a jornalista Christiane Coelho, marcando uma data muito importante – o Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo, celebrado no último domingo, 2. Com uma excelente dinâmica, a reportagem especial nos levou ao mundo do TEA -  Transtorno do Espectro Autista, que é “caracterizado por um atraso do neurodesenvolvimento, que não se apresenta por sinais físicos, mas sim comportamentais”. A  começar pelas famílias, que se dedicam a conhecer todas as possibilidades de cuidados, a informação é a base para o tratamento e acolhimento de forma abrangente.

A jornalista Isabella Stutz, mãe de Enzo, 4 anos de idade, destacou: “Tudo o que fazemos temos que pensar se será positivo, se ele vai se adaptar, se não será estressante. Um simples ato de ir a um restaurante ou aniversário tem que ser muito bem pensado”. E lembra três verbos: “esperar, proteger e acalmar”.

A professora Paula Azevedo, mãe de João, hoje com 15  anos, comentou sobre preconceito: “Até 10 anos, ele era miudinho. Todos o olhavam como uma criancinha, sem tanto preconceito. Mas, agora, na adolescência dele, tenho sentido muito. Quem olha de fora não consegue ver que é autista...”. Sem conhecimento, os olhares são diferentes. E, Paula desabafa: “O que mais dói é que parece que vai mudando o rótulo: vai mudando de autista para maluco”. E isso no conceito de quem desconhece a situação.

Sabrina Berbat, administradora, é mãe de Maitê e passa pelos mesmos desafios: “A informação de qualidade é o caminho para a quebra de estereótipos. Uma pessoa no TEA é, antes de tudo, uma pessoa. Minha filha é amorosa, divertida, que gosta de cantar e dançar, adora aconchego, acorda sorrindo, e só ela é assim!...”.

A psicóloga e pedagoga, Monara Eler, esclareceu: “De fato, autismo não é moda. É uma realidade que está cada vez mais visível por conta dos números que tanto crescem em pesquisas de instituições sérias, nas escolas e outros cenários...”. Conhecer o TEA, procurando interação com profissionais e grupos da mesma vivência são práticas que ajudam os envolvidos. “Não há uma receita pronta ou protocolo de ação que sirva para todas as pessoas... pois, “quando se fala de um transtorno caracterizado pelo atraso no desenvolvimento, o tempo faz toda a diferença”.

Vamos seguindo adiante estrada literária afora. Com a chegada do outono, já sentimos o ar mais fresco da serra, nas noites de Nova Friburgo. Sobre as doenças respiratórias, a doutora Renata Salgado, pneumopediatra, destacou alguns cuidados com as crianças, como, aumentar a ingestão de líquidos, alimentação balanceada, repouso em casa e esperar o organismo da criança reagir. Eu penso que serve também para nós, os adultos.  Em “Esportes”, a boa nova de Vinicius Gastin foi o retorno do friburguense Marlon Moraes aos brilhos do MMA. E voltando com estilo, em Las Vegas, nos EUA

A concessionária Águas de Nova Friburgo, na última sexta-feira, 31 de março, entregou os prêmios da 11ª edição do projeto Amigos da Água, em alusão ao Dia Mundial da Água, celebrado no último 22 de março. Foram premiados cinco alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental em cerimônia no Nova Friburgo Country Clube, envolvendo, além da concessionária, a Secretaria Municipal de Educação e professores. Parabéns!

“Onças pardas flagradas no Parque Estadual dos Três Picos”. É sinal de que o ambiente é apropriado para elas, pois favorece até a boa alimentação da espécie. Bela foto de Henrique Pinheiro, exibindo um belo panorama de São Pedro da Serra, o distrito que festejou 36 anos de emancipação. O local guarda  histórias incríveis e possui um sino de bronze, doado por D. Pedro II, motivo de a vila ter recebido o nome do imperador. Para fechar com “charge de ouro”, Silvério retratou o susto do calendário, com o 1º de abril que não é brincadeira: “Preços dos remédios sobem até 5,6%”. E dizem: o que não tem remédio, remediado está. Mais uma mentirinha para confortar e iludir a gente, pois, nem sempre, o que é remediado fica bom! Feliz mês de abril, minha gente!

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A VOZ DA SERRA é Nova Friburgo percorrendo o mundo!

segunda-feira, 27 de março de 2023

Nas águas finais de março, em alto estilo, o Caderno Z é todo uma ternura só para abordar um tema delicioso – “Avós, Versão 2.0”. Quando vi o assunto, pensei logo na minha condição de avó de Júlia. Porém, antes de tudo, fui neta de vovó Mariana, de quem guardo lindas lembranças. É mesmo “um vínculo especial” e, de minha vovó, me chega o aroma inconfundível do macarrão com galinha, aos domingos. O doce de figo no Natal e os bolos de aniversário com recheio de goiabada, cobertos de suspiro com raspinhas de limão eram algumas de suas habilidades imperdíveis.

Nas águas finais de março, em alto estilo, o Caderno Z é todo uma ternura só para abordar um tema delicioso – “Avós, Versão 2.0”. Quando vi o assunto, pensei logo na minha condição de avó de Júlia. Porém, antes de tudo, fui neta de vovó Mariana, de quem guardo lindas lembranças. É mesmo “um vínculo especial” e, de minha vovó, me chega o aroma inconfundível do macarrão com galinha, aos domingos. O doce de figo no Natal e os bolos de aniversário com recheio de goiabada, cobertos de suspiro com raspinhas de limão eram algumas de suas habilidades imperdíveis. Eu era a sua “Betizinha” e a brandura do seu falar é a “música ao longe” que toca em meus ouvidos. Os tempos mudaram e pode até ser que as vovós não façam mais o macarrão com galinha e que os vovôs não estejam de pijama depois das seis. Entretanto, o afeto é o mesmo e a modernidade trouxe novas formas de vivências, até mesmo, à distância.

“A arte de ser avó” é um texto prazeroso de se ler, é a alma branda e amável de Raquel de Queiroz a nos dizer: “Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade...”. Embora uma nova pesquisa europeia aponte que “cuidar dos netos não faz os avós se sentirem mais jovens”, há uma gama de benefícios fluindo nessa relação: menor risco de depressão, problemas atenuados, aprendizagem mútua e única e, em especial, os avós tendem a se sentir mais saudáveis.

Pais, filhos, netos e avós, tudo é valioso na constelação familiar. E o que dizer dos amigos, das pessoas com as quais partilhamos nossa existência? O que dizer sobre a oportunidade de lermos Wanderson Nogueira no “Z”? Seja em dias de chuva ou de sol, há sempre luzes faiscando de sua alma de poeta: "Dias nublados apenas escondem o sol. Ele está lá, acima das nuvens. Pode ser que não o vejamos, que não o sintamos. Mas ele segue lá, clareando o dia, permitindo a fotossíntese, regulando mares e alimentando a vida. Nuvens se dissipam pelo vento ou em chuva. Se ventar demais – voe. Se chover - lave a alma! Ou apenas observe o ciclo. O tempo vai abrir... ". Palavreando, que lindo!

E o tempo sempre abre para quem segue em busca de um sonho, como tem feito a jovem atleta Lívia Melo, destaque no futebol feminino de Nova Friburgo. Agora, aos 18 anos, Lívia começou a jogar futebol aos 11 anos de idade, numa trajetória que culmina com a oportunidade de jogar no Maricá Futebol Clube. Líder com a bola nos pés, Lívia entra em campo para driblar “os percalços e desafios”, correndo atrás das condições financeiras para cobrir as despesas de locomoção e alimentação no período dos treinos, durante três meses, até uma possível contratação. Vamos ajudar!

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou a redução do preço do diesel, e admitiu sobre a gasolina: “Sempre que pudermos vender mais barato, vamos fazê-lo”.  Que outros setores façam o mesmo! Com a baixa da pandemia, o modo de trabalho home office ainda é uma opção, mas nem todos se adaptaram ao sistema, preferindo o trabalho fora. A propósito, dizem alguns líderes de empresas que “metade das reuniões é inútil” já que os assuntos “poderiam ser resumidos a um e-mail”.

O Cão Sentado, na charge de Silvério, esbraveja: “Maus-tratos contra animais é crime”. Nova Friburgo assim cai no conceito: “três prisões e 60 boletins de ocorrência em um ano”. A terceira cidade com maior número de agressões a pets do Estado do Rio de Janeiro. E muitas das ocorrências foram praticadas por seus “donos”. Que triste!

O Dia do Grafite, 27 de março, não poderia passar em branco! A exemplo, o Espaço Arp, que tem sido palco de lindas criações, cada vez mais nos brinda com maravilhosos murais de arte urbana. Thais Morete, deixando sua arte no local, destaca: “É importante reforçar que a arte urbana é totalmente diferente do vandalismo...”. Sem dúvida alguma, é um presente que põe brilho na alma da gente. Cores, vida e talentos!

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AVS não é um clássico de Verdi. Mas, é a “marcha triunfal” do impresso!

segunda-feira, 20 de março de 2023

O outono está, lindamente, nas páginas do Caderno Z do último fim de semana, com apenas uma diferença: as folhas não caem! Os livros da minha infância classificavam o outono como a estação das folhas caindo. Era o básico que a gente sabia. Contudo, pelos estudos de meus pais, eu fui aprendendo que era muito mais. Apesar de ver os dias outonais ficando mais curtos, há uma série de eventos naturais que encantam a alma da gente. E o Z veio recheado de conhecimentos, com um belo texto de apresentação, assinado por Ana Borges.

O outono está, lindamente, nas páginas do Caderno Z do último fim de semana, com apenas uma diferença: as folhas não caem! Os livros da minha infância classificavam o outono como a estação das folhas caindo. Era o básico que a gente sabia. Contudo, pelos estudos de meus pais, eu fui aprendendo que era muito mais. Apesar de ver os dias outonais ficando mais curtos, há uma série de eventos naturais que encantam a alma da gente. E o Z veio recheado de conhecimentos, com um belo texto de apresentação, assinado por Ana Borges. Pelo movimento de translação, a Terra, ao redor do Sol, no hemisfério Sul, recebe menos luz, por isso, os dias menores. Tudo é tão perfeito que nosso planeta recebe exatamente a quantidade de luz e calor ideais para a vida humana. É mágico!

E as frutas dessa época?! O caqui, por exemplo, é o verdadeiro manjar dos deuses. O abacate me lembra infância, quando vovó partia ao meio: uma parte para mim, outra, para o meu irmão. E a gente comia na própria casa, com açúcar e com afeto, como na canção de Chico Buarque. E o La Niña chegou ao fim! Em compensação, o El Niño poderá alterar o regime de chuvas no segundo semestre de 2023.

As suculentas deram um show de charme no Caderno Z. São dóceis para o cultivo e não exigem grandes cuidados. Wanderson Nogueira viajou da Pedra do Arpoador para os mais longínquos mares da inspiração: “Somos como as estações. E, mesmo sem os cataclismos de El Niño ou El Niña, determinamos os modos do tempo que temos. Se o Sol vai sair e se sair o quanto pesará os ombros ou trará leveza para as vistas. Se colheremos minutos nas horas e como serão esses frutos que plantamos...” Que lindo!

Saindo da Pedra do Arpoador, fomos Christiane Coelho tentar entendermos que história é essa de “três ambulâncias ao relento no pátio do Teatro Municipal Laercio Ventura.  Ficou explicado que “a prefeitura está aguardando a documentação dos veículos” e ainda espera definir os trâmites necessários para a habilitação do serviço do Samu em nosso município. O Projeto Samu 100% RJ do Governo do Estado do Rio de Janeiro vai disponibilizar 249 veículos entre os 92 municípios fluminenses. Mesmo com alguma amarração no caso, o Cão Sentado, na charge de Silvério, não sei se dorme em paz ou se sonha com a implantação do serviço.

Enquanto o verão se despede com a chegada do outono, no ciclo pontual da natureza, muito se tem feito para que os cuidados com o meio ambiente sejam cada vez mais intensos, por intermédio de ações educativas. O Governo do Estado do Rio de Janeiro, no projeto Ambiente Jovem, realizou a formatura de 900 alunos no programa de educação ambiental que é considerado o maior do Brasil.

Outra ação relevante que, em breve, será instalado no Sesc de Nova Friburgo é o equipamento “Retorna Machine” com a finalidade de recolher material reciclável. Na prefeitura e ao lado, na antiga Rodoviária Leopoldina, foram instalados coletores de óleo de cozinha, para uso da coletividade. O produto, reciclado, será transformado em sabão e doado para entidades assistenciais. O projeto será ampliado para outras localidades.

Mais um jornal encerrou sua versão impressa no estado do Rio e a impressão que nos dá é a de que está ficando cada vez mais estreito o espaço de circulação para os jornais impressos. Esse estreitamento se deve, em parte, ao mundo digital, que veio facilitar a comunicação, na instantaneidade de um piscar dos olhos. O jornal O Fluminense, fundado em Niterói, em 1878, e o mais antigo do Estado do Rio de Janeiro, após mais de 140 anos, no início deste mês, entre as águas de março, fechou as portas para a sua circulação impressa.

Literalmente, seu papel marcou a história da informação, noticiando o dia a dia dos acontecimentos. Passou pela Abolição e, da República aos dias atuais, o jornal viu de tudo. Ilustres, desde Alberto Torres, Euclides da Cunha, Bilac e tantos mais, imortais da Academia Brasileira de Letras, passaram pelas suas páginas. Agora, a impressão que fica é aquela de mais uma página de saudade na história do jornalismo brasileiro.

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AVS tem sempre um achado que inspira poesia

segunda-feira, 13 de março de 2023

O Caderno Z, sob a regência de Ana Borges, não deixaria escapar os festejos do nascimento do poeta Castro Alves, 14 de março, que se tornou o Dia Nacional da Poesia. Nascido em 1847, na Bahia, na Vila de Curralinho, hoje cidade Castro Alves. Com uma vida terrena de apenas 24 anos, Castro Alves viajou em seu Navio Negreiro pelos mares bravios das lutas abolicionistas. Foi amigo de Rui Barbosa e no Rio de Janeiro conheceu Machado de Assis. O espaço estreito de sua existência foi suficiente para nos deixar uma obra literária de riquíssima importância, que o mantém vivo.

O Caderno Z, sob a regência de Ana Borges, não deixaria escapar os festejos do nascimento do poeta Castro Alves, 14 de março, que se tornou o Dia Nacional da Poesia. Nascido em 1847, na Bahia, na Vila de Curralinho, hoje cidade Castro Alves. Com uma vida terrena de apenas 24 anos, Castro Alves viajou em seu Navio Negreiro pelos mares bravios das lutas abolicionistas. Foi amigo de Rui Barbosa e no Rio de Janeiro conheceu Machado de Assis. O espaço estreito de sua existência foi suficiente para nos deixar uma obra literária de riquíssima importância, que o mantém vivo.

Ana Borges também nos trouxe um leque de informações que refresca o calor que o assunto provoca em nossa alma. É fascinante penetrar no mundo dos versos, das estrofes e do ritmo. Conhecer a métrica e a extensão do pensamento poético que, muitas vezes, não se limita em contagens silábicas para ganhar o mundo das inovações, abusando das sátiras, das metáforas e de todos os recursos que o nosso idioma dispõe para o enriquecimento literário. Manuel Bandeira, na Semana de Arte Moderna de 1922, viu sua obra “Os sapos”, na interpretação de Ronald de Carvalho, entre vaias e gritos ante o furor da plateia. No ritmo gostoso da redondilha menor, “Clame a saparia / em críticas céticas / não há mais poesia / mas há artes poéticas...”. Viva o sapo cururu!

Wanderson Nogueira diz: “Estou à procura de achados que ainda não encontrei.” – Mas isso soa incoerente, meu filósofo moderno, pois, mais adiante, “no meio da poesia”, eu acho sempre os seus achados: “Não sei quem é mais poeta. Se o autor que escreve ou se aquele que lê e entende até mesmo quando diz não compreender...”. De minha parte, eu acho que é possível, sim, “surpreender pensamentos que vivem nas luas de Saturno...”. Cecilia Meireles, Cora Coralina, Ana Cristina César, Elisa Lucinda, Adélia Prado, todas no “Z” num show de encantamento. E eu estou entre essas riquezas. Que honra de oportunidade! E minhas avencas “regianas” na foto? Elas nasceram pelo fundo da jardineira, lembrando José Régio: "...Ah, que ninguém me dê piedosas intenções, / Ninguém me peça definições! Ninguém me diga: "vem por aqui...".

Linda e poética também é a nossa Praça Getúlio Vargas, agora “Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou, na última quinta-feira, 9, o projeto de lei, de 2018, de autoria do ex-deputado estadual Wanderson Nogueira. É uma história que se preserva, além do espaço físico encantador. Outro bem que precisa de preservação é o casarão da Vila Amélia. Na foto do exemplar Henrique Pinheiro, para os corações sensíveis é possível até imaginar o quanto as paredes guardam vivências, quantas histórias atravessaram as suas portas e hoje suas janelas se abrem e, nelas, apenas, a saudade se debruça para espiar o futuro incerto que lhe caberá. A charge de Silvério é um convite ao bom senso.

O 5º Festival Sesi de Robótica que acontecerá em Brasília, nos dias 15 a 18, terá a participação da Equipe Tucanus formada por 12 alunos do Senai-Sesi de Nova Friburgo. Os competidores entre 9 e 19 anos receberam instruções durante vários meses sobre programação e construção de robôs. Sucesso! Em “Sociais”, dois amigos fazem a festa: nesta segunda, 13, o aniversário de Vitor José, que trabalha na gráfica do nosso jornal. Na quarta-feira, 15, o gênio da charge, nosso ilustre Silvério, que nos abrilhanta com sua arte nas capas de A VOZ DA SERRA todas as quintas, sextas e sábados. Felicidades!

Enquanto se pensa em robótica, com máquinas quase humanas, há humanos programados para a violência. Em entrevista exclusiva, a delegada titular da Deam, Paula Loureiro, informou que o setor registrou 290 casos de agressões contra as mulheres só neste ano. Leis e mais leis são criadas e parece que coisa alguma intimida a intenção dos agressores. Quem sabe se a prática de artes marciais não vai dar bom resultado? O professor de muay thai, Vitor Paulo, aconselha: “Toda mulher deveria praticar uma luta”. Além das lutas diárias, mais essa para nós, meninas! Que luta!

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Na linha de raciocínio, A VOZ DA SERRA não perde o fio da meada!

segunda-feira, 06 de março de 2023

Novamente, o Caderno Z do último fim de semana, me trouxe lembranças do meu pai que, de modo espiritual, vem me acompanhar nesta viagem. Papai nasceu em 1917, no Sana, distrito de Macaé. Eram muitas as suas histórias e eu creio que a mais bizarra era motivo de sua indignação. E dizia ele: “Lá na roça, era melhor que as moças não fossem para a escola, pois logo aprenderiam a escrever cartas para os namorados!”.

Novamente, o Caderno Z do último fim de semana, me trouxe lembranças do meu pai que, de modo espiritual, vem me acompanhar nesta viagem. Papai nasceu em 1917, no Sana, distrito de Macaé. Eram muitas as suas histórias e eu creio que a mais bizarra era motivo de sua indignação. E dizia ele: “Lá na roça, era melhor que as moças não fossem para a escola, pois logo aprenderiam a escrever cartas para os namorados!”. Das bizarrices de antigamente aos avanços de agora, a linha do empoderamento feminino ainda é muito tênue e requer a criação de leis para garantir direitos que deveriam ser naturais.

A filósofa Hannah Arendt, pensadora do século 20, destacou em seu trabalho em prol das igualdades: “A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos”. Desde que a mulher começou a sair de seu casulo doméstico, as lutas são incansáveis e assim continuarão, pois há uma projeção feita pelo Fórum Econômico Mundial de 2018 que “serão necessários mais de dois séculos para haver igualdade de gênero no mercado de trabalho e que as desigualdades, em outros segmentos, precisarão de mais de 100 anos para chegarem ao fim”. Tomara que a projeção esteja equivocada.

Elizabete de Souza Siqueira, presidente da comissão Mulher, da 9ª Subseção da OAB Nova Friburgo, ressalta: “Não podemos ficar presas ao tempo, contudo precisamos ter consciência de que a luta deve ser diária e contínua...”. Ainda em seu texto, Elizabete enfatiza: “precisamos seguir em frente e ter em mente que é proibido desistir...”. Exemplos de lutadoras não faltam. Em cada uma de nós tem um pouco de Nísia Floresta, Leonilda Daltro, Bertha Lutz e Almerinda Gama. Enquanto lutamos, pensamos coisas boas para a coletividade. Nosso pensar é cheio de propósitos e não se perde no vazio das superficialidades.

Se a vida é frenesi, como destacou Wanderson Nogueira, “por  que querer a eternidade se na finitude que temos perdemos tempo com bobagens?”. Feliz Dia Internacional da Mulher em todos os dias do ano!

O Cão Sentado, na charge de Silvério, se vestiu com o “Março Lilás” para lembrar que é o mês de conscientização e combate ao câncer de colo de útero. A Prefeitura de Nova Friburgo, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde realiza várias ações em conjunto com as celebrações do mês da mulher. Roda de conversas e palestras com profissionais da área fazem parte da programação.

Ainda em defesa da mulher, a Câmara Municipal aprovou o projeto de lei do vereador Cláudio Leandro, que instituiu em Nova Friburgo o “Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho” em que a mulher pode pedir socorro traçando um “xis” na palma da mão. A lei entrará em vigor, a partir de sua regulamentação pelo Executivo, em até 180 dias.

O programa de destinação do óleo de cozinha, desenvolvido pela concessionária Águas de Nova Friburgo, só no Carnaval, recolheu 70 litros do produto descartado pelos barraqueiros que trabalharam com alimentação nos dias de Momo. Em casa, o programa pode ser realizado juntando-se o óleo usado em uma garrafa que poderá ser entregue em um dos postos de recolhimento. Mais informações no site “Trata Óleo”.

Em “Há 50 anos”, a célebre edição de 3 e 4 de março de 1973 -  “Tomba um homem: A morte de Américo Ventura Filho”. É um deleite ler os depoimentos sobre a sua pessoa. Mesmo quem não teve o prazer de conhecê-lo, classe onde me incluo, é possível avaliar o quanto o sr. Américo “foi um autodidata, mas, tivessem as circunstâncias o favorecido, seria um mestre em qualquer especialidade, pois, fibra, determinação e curiosidade jamais lhe faltaram...”.

Muitos foram os depoimentos em sua honra, como bem Nelson Kemp o definiu: “Américo Ventura Filho vinha de uma época em que a palavra valia mais do que qualquer documento assinado. Ventura tombou – por glória de tudo o que ele foi – nos braços da história de Nova Friburgo. Venturinha: Um exemplo a seguir...”. “Um homem do tempo antigo”, tão moderno para antigamente e tão necessário hoje. Quem deixa legado de honra é honrado eternamente!

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