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Qualquer que seja a viagem, sempre o melhor roteiro!

terça-feira, 20 de julho de 2021

O Caderno Z do último fim de semana trouxe em sua capa uma foto, que é tão real, que se meu pai estivesse aqui, certamente, vestiria seu guarda pó para vivenciar “a última viagem do trem”. Papai amava contar histórias e se emocionava ao recordar a derradeira passagem da Maria Fumaça pela cidade. E eu sinto essa mesma emoção permeando os relatos da historiadora Vanessa Melnixenco: “Foi assim que no dia 15 de julho de 1964, o governo mandou suspender o serviço...”.  Era essa uma tristeza de papai.

O Caderno Z do último fim de semana trouxe em sua capa uma foto, que é tão real, que se meu pai estivesse aqui, certamente, vestiria seu guarda pó para vivenciar “a última viagem do trem”. Papai amava contar histórias e se emocionava ao recordar a derradeira passagem da Maria Fumaça pela cidade. E eu sinto essa mesma emoção permeando os relatos da historiadora Vanessa Melnixenco: “Foi assim que no dia 15 de julho de 1964, o governo mandou suspender o serviço...”.  Era essa uma tristeza de papai. E Vanessa segue: “Todos ficaram sem palavras quando, dias depois, os dormentes foram destruídos e o trilhos, arrancados...”. 

Renato Henrique Gomes da Silva, membro da diretoria do Clube do Trem Nova Friburgo, fez um passeio pela história, numa narrativa envolvente que culminou na “Viagem dos Sonhos”, no trecho Fazenda da Laje-Sumidouro, onde se plantou a esperança de uma “linha regular de trem, inicialmente turística”, entre Nova Friburgo e Sumidouro. Ainda é sonho, mas tem força para a sua realização futura.

Deborah Cunha, presidente do Clube do Trem, ressalta a “beleza cênica” da região por onde a linha turística está idealizada e destaca: “Seguimos com esse objetivo: obter apoio de investidores que vislumbrem a reconstrução da ferrovia em nossa região que possui fortíssimo potencial turístico e certamente poderá oferecer grande desenvolvimento econômico...”.

Girlan Guilland, que nasceu 11 meses depois da última passagem do trem, em 1964, parece que já nasceu sabendo tudo sobre “as causas ferroviaristas”. Também ele é incentivador da linha turística Fazenda da Laje-Sumidouro, pois, no seu entender, “terá grande e positivo impacto, sobretudo ao criar mais um atrativo turístico, principalmente, pós-pandemia...”. E garante: “é uma das grandes apostas para a retomada econômica...”. Será mesmo um sonho de passeio!

O professor e jornalista Giovanini Faria, que já percorreu, por 11 vezes, o Caminho de Santiago de Compostela, confessa: “as emoções de caminhar pelo antigo leito do trem de nossos antepassados são imbatíveis. É sensação caseira, é flertar com séculos passados...”. Giovanni, se pudesse, “roubaria a canção “Encontros e despedidas”, de Milton e Fernando Brant. Então, meu querido, vamos roubar juntos! Confesso que não é fácil sair dessa viagem que o Caderno Z nos proporcionou, mas saímos com Wanderson Nogueira, em alto estilo: “O tempo só anda para a frente. O passado, para o tempo, é história...”. E a história para o tempo é preciosa.

Falando em tempo, na coluna “Há 50 anos”, A VOZ DA SERRA noticiou em julho de 1971 que o então governador Raymundo Padilha prestigiou a abertura da Exposição Agropecuária de Cordeiro. Agora, passado meio século, o tradicional evento da região recebeu o título de Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Inaugurada em 4 de maio de 1921, pelo presidente da República, Epitácio Pessoa, nada melhor para festejar o seu centenário, do que um título de tamanho reconhecimento. O autor da proposta junto a Alerj é o deputado estadual Felipe Peixoto. Parabéns, Cordeiro, pela conquista!

A procura por doses rotineiras de vacinas para crianças caiu bastante nos últimos tempos. A queda, em parte, se deve ao fato de os pais terem medo de levar os pequenos para os postos durante a pandemia do coronavírus. Entretanto, a pneumopediatra, Renata Salgado, alerta para a importância da vacinação. Ao contrário, para os adultos, a vacinação contra a Covid-19 ganhou mais abrangência com o novo calendário. Até o dia 10 de agosto, espera-se que a vacina já tenha contemplado até os jovens de 18 e 19 anos. Em breve, todos estaremos vacinados. Uma boa notícia para quem não se vacinou ainda e que já tenha passado a sua idade, é pegar a “xepa”, no final do dia, nos postos de vacinação. 

“A VOZ DA SERRA recebe doações para população de rua”, em sua nova sede, no Espaço Arp. Os donativos arrecadados são encaminhados aos grupos de voluntários das campanhas para as devidas entregas. Nas graças da solidariedade, o povo friburguense se une e oferece a ternura de seu calor humano. Que maravilha!

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A VOZ DA SERRA é o jornal nosso de cada dia!

terça-feira, 13 de julho de 2021

Há certos festejos que pedem a glória de uma exibição no Caderno Z, como é o tema -  “Mão na massa, do pão à pizza”. Aposto que muita gente, se não tinha essas iguarias por perto, fez encomendas ao motoboy. É como assistir aquele filme “A  maravilhosa fábrica de chocolate”, sem chocolate em casa. Falar de pão e de pizza é a mesma provocação. A data de 8 de julho  é dedicada ao Dia do Panificador e 10 de julho, o Dia da Pizza. Mas essas gostosuras são pra lá de antigas. Há registros de que o pão existe há mais de 12 mil anos. A pizza, que é mais jovem, tem mais de cinco mil anos.

Há certos festejos que pedem a glória de uma exibição no Caderno Z, como é o tema -  “Mão na massa, do pão à pizza”. Aposto que muita gente, se não tinha essas iguarias por perto, fez encomendas ao motoboy. É como assistir aquele filme “A  maravilhosa fábrica de chocolate”, sem chocolate em casa. Falar de pão e de pizza é a mesma provocação. A data de 8 de julho  é dedicada ao Dia do Panificador e 10 de julho, o Dia da Pizza. Mas essas gostosuras são pra lá de antigas. Há registros de que o pão existe há mais de 12 mil anos. A pizza, que é mais jovem, tem mais de cinco mil anos. A humanidade deve muita gratidão a quem trabalha fabricando essas delícias.

A pizza veio para o Brasil com os imigrantes italianos e logo se deu bem entre os brasileiros, numa grande variedade de sabores e formatos. A “massa versátil”, que tanto serve para pão quanto para a pizza, é bem provocante e convida a arregaçar as mangas para uma boa aventura gastronômica. Com trigo, água, fermento biológico, um pouquinho de óleo, duas colheres de açúcar e uma pitada de sal, a experiência pode despertar o pizzaiolo adormecido em muita gente. O panificador Juan Bertoni, renomado chef uruguaio, atualmente morando no Brasil, é também especialista em pães artesanais e nos apresentou uma receita, nada complicada, de focaccia de alecrim. Joia!

Wanderson Nogueira nos chamou para o “Pão da Vida” e disse: “Somos massa e alma. Somos recheio e ar. Somos fermento e propósito...”. E o resultado: “somos cada um de nós, único, inimitável, inigualável. Somos mais diversos que os pães expostos nas prateleiras das mais inusitadas padarias de todo o mundo...”. Nosso filósofo/poeta avalia o ser humano e assim como o pão, “vamos apanhar para crescer e vamos precisar de fermento para prosperar...”. Como o pão, precisaremos “descansar”. Que beleza!

Cheios de ideias para incrementar nossas receitas, deixamos o Caderno Z e passamos ao calor humano que permeia o inverno. A solidariedade atinge as altas temperaturas do amor e o resultado se reverte em várias campanhas em prol das pessoas carentes, por intermédio de instituições que fazem coletas de agasalhos e de mantimentos. A VOZ DA SERRA se solidarizou e já está recebendo doações de agasalhos, água mineral, cobertores, kits de higiene pessoal e similares, em sua nova sede, no Espaço Arp, na Avenida Conselheiro Julius Arp, 80, bloco 10, salas 108 e 110. As doações serão encaminhadas aos grupos de voluntários para as devidas distribuições.

Os animais de estimação também sofrem com o frio e precisam de cuidados especiais. O doutor Luiz Fernando Bonin Freitas, veterinário, alerta sobre doenças respiratórias e articulares como artrose, em animais idosos. Cuidados simples como cobertores, panos velhos ou papelão sobre o piso, onde os bichanos dormem, ajudam a isolar a friagem. No mais, é calor humano mesmo que eles querem!

No caso das crianças, o alerta vai para o aumento de casos de miopia na infância e os estudos comprovam que o uso excessivo de telas eletrônicas tem sido o grande dilema dos pais com a criançada. A “quarentena” tem sua parte de culpa em razão de manter as crianças em casa. Aliás, a pandemia modificou a vida de todos nós, além de já ter feito estragos irreparáveis nas famílias pelas perdas humanas. Embora os dados indiquem que “as mortes caíram 80% em Nova Friburgo”, até a última sexta-feira, 9, o total era de 693 óbitos. Com a vacinação, agora, mais acelerada, há esperanças. Tomara!

Esperança, no entanto, é o que não falta na bela escultura do movimento “Rio de Mãos Dadas pela sua cidade”, que ficará exposta na Praça Dermeval Barbosa Moreira até o próximo dia 24.  Resultado de parceria Fecomércio e Sincomércio, a escultura traz a mensagem de “esperança na superação da pandemia do coronavírus...”, como ressaltou, entre outros objetivos, o presidente do Sincomércio de Nova Friburgo, Braulio Rezende. Assim, sigamos a escultura! Vamos, de mãos dadas, plantando as esperanças, pois, no futuro próximo, haverá uma boa colheita de uma cidade ainda melhor, em dias de muita evolução para todos nós!

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A VOZ DA SERRA tem sempre um clima de esperança para todos nós!

terça-feira, 06 de julho de 2021

Quem diz que o inverno só é bom para ficar em casa, debaixo das cobertas, assistindo filmes, está redondamente enganado. O Caderno Z do último fim de semana nos trouxe um excelente panorama de como “sair do cobertor”. Em Nova Friburgo, o tempo frio é uma oportunidade para aquecer as turbinas, pois, as opções de esporte e lazer são super atraentes. A começar pelas montanhas que oferecem trilhas e mirantes para boas aventuras.

Quem diz que o inverno só é bom para ficar em casa, debaixo das cobertas, assistindo filmes, está redondamente enganado. O Caderno Z do último fim de semana nos trouxe um excelente panorama de como “sair do cobertor”. Em Nova Friburgo, o tempo frio é uma oportunidade para aquecer as turbinas, pois, as opções de esporte e lazer são super atraentes. A começar pelas montanhas que oferecem trilhas e mirantes para boas aventuras. Contudo, é bom sempre seguir as dicas da reportagem: “Se você está a fim de fazer curtas ou longas caminhadas, ou mesmo tentar escaladas, convém se cercar de pessoas com experiência e/ou guias”. Todo cuidado é garantia de sucesso.

Em nossa cidade estão concentradas 17 Reservas Particulares do Patrimônio Natural reconhecidas pelo Inea, o Instituto Estadual do Ambiente. São ‘paraísos naturais’ em propriedades privadas com permissão para atividades de educação ambiental, turismo e pesquisa cientifica. Tal reconhecimento de reserva “é para sempre e acompanha a vida da propriedade”. Em âmbito estadual, o Rio de Janeiro, com seus 92 municípios, oferece um vasto atrativo, tanto para a prática de esportes como para bons passeios. Entre os ecossistemas estão “a floresta tropical úmida, manguezais, campos de altitude e um grande conjunto de formações florestais”. Há riqueza natural em abundância na fauna e flora e uma vida animal de intensa diversidade. O inverno tem ainda a vantagem de oferecer todos esses atrativos com tempo firme, ideal para as andanças a céu aberto.

E falando em céu, Wanderson Nogueira destacou os céus de inverno, numa verdadeira declaração de amor para Nova Friburgo: “E você sempre surpreende a cada anoitecer e você sempre se supera a cada amanhecer. No inverno e nas outras estações, porque, de todos os céus de todas as estações, o seu é o mais bonito...”. Que lindo!

Em “Há 50 Anos”, um final feliz para o funcionamento das padarias às segundas-feiras. A causa era justa, mas o povo sofreria um baque sem um pãozinho fresco para começar a semana. Agora em pleno 2021, quando a pandemia continua nos afetando, na marca de mais de 680 mortes por Covid-19, as padarias estão aí dando conta do pão nosso de cada dia. Em “Sociais”, duas queridas festejam idade nova: Adinéia Cordeiro na última sexta, 2, que está esplendorosa na foto ao lado do marido, o nosso amigo Roosevelt Cordeiro. A outra querida é a Cora Ventura Spinelli, pessoa linda, que festejará a nova idade na próxima sexta, 9. Parabéns, queridas!

O inverno chegou congelando as temperaturas e dói saber que em nossa cidade há 38 pessoas dormindo ao relento, pois, se dentro de casa, em meio aos cobertores, a gente não dá conta da friagem, já pensou ao relento? Quem poderá dar solução para o problema que, inclusive, não é de hoje? Há muitas campanhas em andamento e a solidariedade tem sido intensa. Mesmo assim, a demanda de ajuda é grande. 

Adriana Oliveira entrevistou o novo comandante do 11º BPM (Batalhão Tiradentes), o tenente-coronel Flávio Henrique Pires, que assumiu o cargo em 23 de março. Com 28 anos de experiência em vários batalhões do Estado do Rio de Janeiro e um currículo de atuação apreciável, nosso novo comandante seja bem-vindo e que nós possamos, como é o seu desejo, juntos, “melhorar cada vez mais a segurança de Nova Friburgo. Que assim seja pelo bem da comunidade friburguense.

É emocionante a curta existência terrena de Guido Shaffer, o primeiro candidato a santo do Rio de Janeiro. Sua biografia nos foi apresentada por Christiane Coelho, em especial para A VOZ DA SERRA. Guido, carioca, surfista e médico, passava férias aqui na cidade. Falecido em 2009, aos 34 anos, é de sua mãe o trecho de um depoimento sobre seus momentos aqui: “Nova Friburgo dá essa possibilidade dos exercícios inacabados, o silêncio, a contemplação da natureza. Ele fazia jejum das palavras, se era para falar algo, que fosse apenas de Deus”. Que beleza o jejum de Padre Guido! Será que a gente consegue falar apenas sobre o que é relevante? Vamos tentar?

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Bem-vindo A VOZ DA SERRA ao Espaço Arp! “Por onde for quero ser seu par”!

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Com o tema “O fogo sagrado de São João”, o Caderno Z do último fim de semana abriu um arraial de emoções em suas páginas e não há dúvidas de que a fogueira da saudade se acendeu no coração de muita gente. Ana Borges foi a cicerone que nos explica as origens das festas dos santos do mês de junho – João, Antônio e Pedro. Interessante saber que “a origem das festas juninas é pagã” e não cristã.  Na Idade Média festejava-se, no Hemisfério Norte, a chegada do verão, em homenagem aos deuses da natureza e da fertilidade.

Com o tema “O fogo sagrado de São João”, o Caderno Z do último fim de semana abriu um arraial de emoções em suas páginas e não há dúvidas de que a fogueira da saudade se acendeu no coração de muita gente. Ana Borges foi a cicerone que nos explica as origens das festas dos santos do mês de junho – João, Antônio e Pedro. Interessante saber que “a origem das festas juninas é pagã” e não cristã.  Na Idade Média festejava-se, no Hemisfério Norte, a chegada do verão, em homenagem aos deuses da natureza e da fertilidade.

Não há tradição festiva que não tenha suas guloseimas típicas e o frio de junho pede quentão, vinho quente, bolo de fubá, pé de moleque, canjica, batata doce assada, cachorro-quente, chocolate e muito mais. Contudo, se a festa pagã passou a ser religiosa, nos tempos atuais, passou a ser também uma mistura de sertanejo com forro e funk com as inovações eletrônicas. A internet abriu um leque de modalidades artísticas e a pandemia deu espaço para o sucesso de apresentações virtuais. E, tudo junto e misturado, bem se vê que há público para todos os ritmos.

O Caderno Z ainda nos trouxe uma excelente narrativa sobre a biográfica de Luís Câmara Cascudo, um grande pesquisador da cultura popular brasileira. Também pudera! Seu primeiro banho ao nascer, em Natal, no Rio Grande do Norte, foi com “água morna temperada com vinho do Porto e um patacão de prata do Império...”, isso para nunca lhe faltar dinheiro.   

A folclorista Laura Della Mônica destaca que “respeitar as festas e orações dedicadas a cada um dos três santos de junho, segundo a tradição, é dever de todos nós, pelo menos culturalmente”. Em se tratando de oração, Wanderson Nogueira escreveu uma prece a São João para que abençoe a nossa cidade: “João, que o anjo que anunciou seu nascimento, anuncie nosso renascimento para uma cidade mais justa, mais solidária, mais humana...”.

Tomara que as orações a São João alcancem os céus do interior humano e possamos realmente edificar uma cidade cada vez melhor para todos.

Adriana Oliveira nos trouxe um panorama da situação caótica em termos de aumento da criminalidade. Em Nova Friburgo, os crimes de estelionato “crescem 87% em relação ao ano passado. Em âmbito estadual, a violência tem índices de aumento em relação ao ano passado. E a gente achando que a pandemia faria o mundo melhor!

Mas não dá para generalizar. Há muita gente fazendo o bem. A exemplo, a princesinha Beatriz Hess de Mello completa 10 aninhos nesta quarta, 30. Ela não terá festa presencial, mas quer festejar a data com uma campanha de doações em dinheiro para ajudar a Confraria dos Miados e Latidos. Que amor! Outro realce do bem é o projeto “Temos Fome”, que neste mês beneficiou 55 famílias dos bairros Granja Spinelli e Rui Sanglard. Há registros de que nossa cidade tenha “mais de sete mil famílias em situação de extrema pobreza”. A pandemia tem contribuído para as mais variadas perdas, porém, as mais drásticas e irreparáveis são, sem dúvida, as perdas humanas. Em nossa cidade agora são mais de 670 mortes. E a vida, para muitos, parece seguir na mais perfeita “harmonia”. Infelizmente, muita “cara de paisagem” nas ruas.

O friburguense Bruno Schelb também está fazendo a diferença com sua caminhada, a pé, até Brasília, em protesto contra as mais de 500 mil mortes decorrentes do coronavírus em nosso país. Bruno espera concluir o percurso em agosto. Seu objetivo é conscientizar as pessoas sobre o valor da vida, incentivando os cuidados na pandemia e a importância de se tomar a vacina. Que bacana! Se a gente puder imitar a sua atitude, até mesmo caminhando aqui na cidade, o gesto estará de bom tamanho.   

A grande novidade, que muito nos orgulha, é a nova sede de A VOZ DA SERRA no Espaço Arp. O novo endereço é um presente para todos nós, pois o local é “coisa de primeiro mundo” e a presença do jornal por lá também soma valor ao espaço. Parabéns para a nossa Voz por mais esta conquista, pelo ideal empreendedor que não se deixa vencer pelos desafios, fazendo deles uma ponte para o seu crescimento!

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AVS é uma viagem no tempo - passado, presente e futuro!

segunda-feira, 21 de junho de 2021

O Caderno Z é sempre um banho de emoções para a nossa alma. Como diz o ditado, para bom entendedor meia palavra bastaria para entendermos a imigração japonesa. Entretanto, um caderno inteiro de narrativas é algo assim extraordinário. Não é sem razão que Nova Friburgo recebeu de braços abertos a chegada dos japoneses. Povo amável e de cultura incomparável, o Japão se faz presente no desenvolvimento de nosso município, em vários setores, além da agricultura. Assim como semearam as cerejeiras, eles plantaram amor em todas as suas habilidades e modos de viver.

O Caderno Z é sempre um banho de emoções para a nossa alma. Como diz o ditado, para bom entendedor meia palavra bastaria para entendermos a imigração japonesa. Entretanto, um caderno inteiro de narrativas é algo assim extraordinário. Não é sem razão que Nova Friburgo recebeu de braços abertos a chegada dos japoneses. Povo amável e de cultura incomparável, o Japão se faz presente no desenvolvimento de nosso município, em vários setores, além da agricultura. Assim como semearam as cerejeiras, eles plantaram amor em todas as suas habilidades e modos de viver.

Basta uma leitura no texto “A história de meu pai (uma pequena parte dela...)” em que Guilherme Kato faz uma bela homenagem ao seu pai, e a emoção nos salta aos olhos. Não fui aluna do professor Hideo Kato, mas ele foi o primeiro ídolo de meu irmão, que teve a chance de tê-lo como “mestre” na Usabra. Eu garanto que essa narrativa mexeu com as emoções de muita gente. Que belo exemplo de força de vontade. De vendedor de caquis, o professor Kato é agora o próprio “vendedor de sonhos”, pois nos inspira motivação e a busca pelo melhor de nosso âmago. Parabéns aos seus filhos por perpetuarem uma história tão empolgante e verdadeira. É como se brotasse no coração da gente um espelho para a contemplação de novos ideais.

Tamanha emoção trouxe a indústria cinematográfica japonesa que eu não me contive nas lembranças do herói National Kid que povoou o mundo sobrenatural da minha infância. Há um quê de cerejeiras no Caderno Z e Wanderson Nogueira nos inspira: “A flor da cerejeira nos dá como lição algo que carregamos, desapercebidamente, dentro de nós mesmos: é preciso  aproveitar cada momento. O tempo escapa velozmente, e se apenas passamos pelas horas como os ponteiros de um relógio, sequer, experimentamos as estações...”. Cada estação tem seus ensinamentos!

Das cerejeiras passamos para as cerejas do bolo histórico de Nova Friburgo. Conforme diz Girlan Guilland, nossa cidade tem datas relevantes que merecem celebrações o ano inteiro. Só na presente edição do jornal, dois destaques importantes. A Associação Comercial Industrial e Agrícola de Nova Friburgo festeja os 90 anos de sua sede, na Avenida Alberto Braune. Para bons ouvintes, as paredes falam sim. Por si só, elas registram a história que passa diante de sua bela e conservada arquitetura e, da mesma forma, abriga a memória da relevante atuação da Acianf na cidade. Parabéns!

Outro marco importante é a celebração dos 100 anos da Sociedade Esportiva Friburguense, o clube de história imponente, fundado em 18 de junho de 1921. Com trajeto glorioso a partir de sua criação como Sociedade Alemã de Escola e Culto, a nossa SEF chega ao centenário trazendo, em seu legado, muito da cultura alemã e do empenho de abnegadas diretorias e sócios de todos os tempos. Gerações e mais gerações desfrutaram de suas atividades, no esporte e lazer, dos tradicionais bailes da Musa dos Jogos Florais, das domingueiras dançantes na década de 70 e muito mais. Reconhecido de utilidade pública em setembro de 79, o clube está firme, forte e atuante. Salve!

Enquanto ficamos no aguardo do desenrolar da notícia da derrubada de  12.560 metros de área de Mata Atlântica para a construção de condomínio entre os bairros Tingly e Suíço, vamos nos alarmando com as variantes do coronavírus. A infectologista Patricia Hottz alertou sobre a importância da vacinação, ressaltando que “não importa a vacina”, pois todas são eficazes para a sonhada “imunização de rebanho”. O perigo e os cuidados continuam e já somamos mais de 650 mortes no município. Que desolação!

E o inverno, oficialmente, chega colocando as manguinhas de fora. Cerejeiras em exuberância, céu azul intenso, chocolate quente, sopas saborosas e massas são algumas delícias da estação. A elegância se sobressai com botas, casacos, luvas, cachecóis e tudo o mais que se tiver direito. Mesmo havendo dias muito frios ainda pela frente, para mim, o pior já passou, pois o inverno é prenúncio de primavera!

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A VOZ DA SERRA é como o amor, sempre no ar e atento!

terça-feira, 15 de junho de 2021

“O amor está no ar”! Assim o mês de junho espalha o elixir dos enamorados, essa substância mágica e restauradora que faz brotar o riso na alma. O Caderno Z não deixaria a data passar em brancas nuvens e nos trouxe depoimentos que são verdadeiros estimulantes para o florescimento amoroso. Basta dizer que a emoção começa com versos de Vinícius de Moraes: “De tudo, ao meu amor serei atento / Antes e com tal zelo e sempre e tanto / que mesmo em face do maior encanto/ dele se encante mais meu pensamento...”.

“O amor está no ar”! Assim o mês de junho espalha o elixir dos enamorados, essa substância mágica e restauradora que faz brotar o riso na alma. O Caderno Z não deixaria a data passar em brancas nuvens e nos trouxe depoimentos que são verdadeiros estimulantes para o florescimento amoroso. Basta dizer que a emoção começa com versos de Vinícius de Moraes: “De tudo, ao meu amor serei atento / Antes e com tal zelo e sempre e tanto / que mesmo em face do maior encanto/ dele se encante mais meu pensamento...”.

Na relação de Renata Lobo e Marcela Souza, a gente sente esse amor saindo pelos poros do cotidiano e mais ainda, suas famílias se uniram tanto “e com tal zelo”, que ambas recebem o mesmo grau de parentesco de um lado e de outro. Que bonito esse acolhimento familiar, conjugando o verbo amor em todos os tempos!

Para Vania Lucia e Marco Macedo, o amor surgiu depois de “décadas de amizade” entre os dois. Adriana Oliveira conversou com eles, que “toparam a brincadeira de responder às perguntas”, sem que um soubesse a resposta do outro. E deu certinho, porque o casal está na sintonia do amor que veio, inclusive, “na pandemia”. Na pergunta: “Se tivessem a chance de voltar no tempo, o que fariam diferente?” – Marco não titubeou: “Eu iria propor iniciar este relacionamento 30 anos atrás”. Vania, que nada mudaria: “Absolutamente nada. A vida se encarregou de ser perfeita”. E para deixar o “Z” no mesmo clima, com Wanderson Nogueira mais romantismo sobre os amores que “são para serem admirados, respeitados, difundidos, consagrados, compartilhados para além dos livros, poemas e canções...”. O amor é tudo mesmo!

Enquanto o amor romântico atravessa as fronteiras das coisas impossíveis, ainda há comportamentos que precisam ser combatidos e aniquilados do meio humano. Pode soar contraditório, mas 12 de junho, além dos namorados, é também o Dia de Combate ao Trabalho Infantil. Em Nova Friburgo, na última sexta-feira, 11, várias instituições que cuidam dos direitos da criança e do adolescente promoveram um ato de alerta sobre a exploração indevida do trabalho infantil. A campanha tem o tema – “Tia, compra uma bala?”, chamando atenção para o fato de que ao se comprar a bala, a exploração ganha força e cabe a todos nós auxiliar no combate, denunciando a irregularidade.

Até a próxima quinta-feira, 17, a Acianf promove a Semana do Turismo. O evento acontece no formato online e abrange o público do setor turístico, mas a comunidade em geral é muito bem-vinda. Já o Sebrae Rio promove a “Maratona de vendas, também online, até a sexta-feira, 18, sempre a partir das 17h. A pandemia trouxe muitas modalidades virtuais para a reinvenção do convívio à distância e as compras online são a vantagem de o consumidor comprar sem sair de casa.

A coluna “Sociais” do último fim de semana veio recheada de ilustres. Nasser Ramadan Coutinho está nos Estados Unidos, se preparando para curso superior de enfermagem. Que beleza! José Mota, em Portugal, honrando a família na inauguração da galeria de fotos dos ex-comandantes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários. Os aniversariantes, todos queridos. Adriana Oliveira, nossa musa linda. Joel de Sá Martins completando 70. Teleco Ventura, talento em tudo o que faz. Meu primo Juca Bravo, uma verdadeira enciclopédia das histórias de Nova Friburgo. E ainda Girlan Guilland, a herança que Sérgio Madureira me deixou. A todos, muita saúde, paz e amor.

A Região Serrana está em bandeira amarela, na classificação do Governo do Estado, indicando “risco baixo de contágio” pelo coronavírus. Bem se vê que essa classificação de bandeira não se adequa ao nosso município, pois tivemos um aumento de 143 casos e um óbito em apenas um dia. Máscara, álcool em gel e distanciamento continuam em alta. Ninguém deve relaxar!

Contudo, a boa notícia é que, finalmente, os profissionais da educação e os rodoviários começam a ser vacinados. Ufa! É um grande acontecimento, esperado desde o ano passado. A vacina tornou-se um grande triunfo e que ela seja uma celebração de vitória para todos!

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Não importa a condução, nós vamos de AVS!

segunda-feira, 07 de junho de 2021

Dizem que um dos maiores prazeres da vida é comer e até há o ditado – “Comer e coçar é só começar”. Talvez, quando pensaram essas coisas, não imaginaram que o feitiço viraria contra o feiticeiro, pois, abusar desse prazer é engordar a lista de problemas. O Caderno Z do último fim de semana nos trouxe o tema para elucidar muitas de nossas dúvidas. Entretanto, se comer demais não é bom, não comer também é grave. A nutricionista, doutora Joana Badini, em entrevista ao jornal, explicou tanto o excesso quanto a falta de alimentação, ressaltando as diferenças entre anorexia e bulimia.

Dizem que um dos maiores prazeres da vida é comer e até há o ditado – “Comer e coçar é só começar”. Talvez, quando pensaram essas coisas, não imaginaram que o feitiço viraria contra o feiticeiro, pois, abusar desse prazer é engordar a lista de problemas. O Caderno Z do último fim de semana nos trouxe o tema para elucidar muitas de nossas dúvidas. Entretanto, se comer demais não é bom, não comer também é grave. A nutricionista, doutora Joana Badini, em entrevista ao jornal, explicou tanto o excesso quanto a falta de alimentação, ressaltando as diferenças entre anorexia e bulimia. Tanto uma como a outra são casos para o acompanhamento nutricional de um especialista.

A pandemia também tem sido a causa do aumento de transtornos na alimentação, em decorrência do isolamento social e da ansiedade provocada pelas incertezas do momento. A falta de convívio social afeta ainda a saúde mental e o psiquiatra Vicente Ramatis, da Unimed Vitória, alertou sobre a automedicação e orientou para que ninguém fique “padecendo sozinho”. E destacou: “O tratamento facilita a vida do paciente por seus benefícios rápidos. A gente vive em coletividade, ninguém vive sem depender do outro, e isso se aplica à saúde mental...”.

Saímos do Z com Wanderson Nogueira que nos perguntou: “Você é de aventuras?” Bem, de minha parte, se for para me equilibrar no slackline, estou fora, pois mal me equilibro nas linhas divisórias da ciclovia na Galdino do Vale. Mas, nosso jovem filósofo aconselha: “Para não cair, a leveza é mais importante que a força e é da soma de ambas que o equilíbrio se faz vigente”. Que bonito, que sábio, parabéns!

De certa forma, já estamos na corda bamba e manter o equilíbrio é a tônica do momento. Neste mês de junho que se apresenta, mais uma vez, sem os festejos juninos, abrimos espaço para celebrar o meio ambiente e a Usina Cultural Energisa inaugurou em maio, em homenagem ao mês de Nova Friburgo, a exposição virtual de fotos “Recantos e Encantos de Salinas”, com fotografias de Regina Lo Bianco. É lindo, gente!

O Posto de Perícia Médico-Legal de Nova Friburgo realizará entre os próximos dias 14 a 18, uma campanha de coleta de DNA de familiares de desaparecidos. O exame de DNA é mais conhecido para identificar paternidade ou na solução de crimes, mas o recurso apresenta êxito na localização de desaparecidos até no exterior. A busca se faz, com sucesso, por meio de objetos de uso pessoal do desaparecido, como escovas de dentes, aparelhos ortodônticos ou amostras como dente de leite e cordão umbilical.

A Associação Comercial (Acianf) vai promover entre os dias 14 e 17, a Semana do Turismo 2021, evento online, gratuito, no tema central, o turismo pós-pandemia. A programação se destina aos segmentos turísticos e aos profissionais do setor, mas, com abertura para a comunidade. Há de ser uma oportunidade e tanto para se inteirar do assunto, pois cada pessoa tem um potencial turístico nas veias, até quando recebe visitas em sua casa.

Na edição de 25 de abril de 2020, A VOZ DA SERRA publicou uma entrevista em que, de acordo com previsão em âmbito estadual, havia uma estimativa de 400 mortes por Covid-19 em Nova Friburgo. Ficamos impactados por ser a previsão até “otimista”, como citado na matéria. Agora são 620 mortes registradas no último boletim.

O conceituado médicor Renato Abi-Ramia chama atenção sobre o fato de nossa cidade “ter mais mortes em relação ao Brasil, proporcionalmente à população”. O doutor, que vem desde o ano passado, alertando sobre a pandemia, pede um posicionamento concreto das autoridades e ressalta o fato como “muito triste e inaceitável, que precisa ser divulgado, investigado e rapidamente corrigido”. A voz de sua experiencia precisa ser ouvida. Frear a taxa de mortalidade é questão de amor ao nosso povo. Enquanto isso, mais flexibilizações, mais escolas retornando, professores sem vacinação, bandeira laranja no Estado do Rio, como se a vida estivesse voltando à sua “normalidade”. Aliás, já tem gente até dizendo que a pandemia está acabando. Por mais otimista que se queira ser, o coronavírus está aí, infelizmente!

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Nas incertezas do cotidiano, A VOZ DA SERRA é a informação concisa!

terça-feira, 01 de junho de 2021

O Caderno Z abriu o nosso apetite, pois a ideia do tema não é quebrar dietas ou deixar o leitor com alguns quilinhos a mais. O assunto abrange a história do hambúrguer, que ganhou status mundial, mas que existe, em registros, desde os anos 1880. Na minha infância, comíamos pão com carne, folhas de alface e tomate, sem que tivéssemos noção de sua importância nutricional, pois nem se permitia substituir o almoço ou o jantar por um sanduíche. E nos passeios promovidos pela escola, era comum levar pão com carne assada, já que não “azedaria” na lancheira. Tempo bom, sem conservantes!

O Caderno Z abriu o nosso apetite, pois a ideia do tema não é quebrar dietas ou deixar o leitor com alguns quilinhos a mais. O assunto abrange a história do hambúrguer, que ganhou status mundial, mas que existe, em registros, desde os anos 1880. Na minha infância, comíamos pão com carne, folhas de alface e tomate, sem que tivéssemos noção de sua importância nutricional, pois nem se permitia substituir o almoço ou o jantar por um sanduíche. E nos passeios promovidos pela escola, era comum levar pão com carne assada, já que não “azedaria” na lancheira. Tempo bom, sem conservantes!

Contudo, como dizia meu pai, os bons tempos são agora, quando temos de tudo e nada como um “X-tudo” para saciar o prazer de comer até sair pelos olhos. Em entrevista com Alan Andrade, Jaqueline e Victor, do Scavarda´s, contam sobre “um sonho que se tornou a casa dos amantes de burgers”. Numa trajetória de altos e baixos, o casal se dedicou a “compor seus variados e inovadores burgers, revestindo-os de uma personalidade forte e singular”. E não é sem razão que destacam: “A gente acredita que a perfeição vem dos mínimos detalhes”. Além do mais, existe ainda um segredinho declarado na essência do Scavarda´s: “coragem para sonhar e amor pelo que se faz”. Essa composição de sentimentos e ingredientes tem um nome – sucesso!

Saímos do Caderno Z em paz com os desejos de saborear um hambúrguer, sem o trivial pecado da gula, afinal, um “scavarda” é uma “conjunção de astros, molhos e blends” formando uma constelação de sabores. E vamos ao “Palavreando” que a fome tem pressa e Wanderson Nogueira não dispensa uma boa filosofia: “Evoluir não é pendurar diplomas na parede. O letramento não está apenas nas academias científicas. As ruas estão repletas de professores, os encontros são verdadeiras universidades...”.

Em “Sociais”, dois ícones aniversariando, um fechando maio, o outro, abrindo o mês de junho. No último sábado, 29 de maio, doutor Gustavo Ventura, que chefia o setor de cirurgia cardíaca do Hospital São Lucas, completou mais um ciclo de vida e gloriosamente, na pessoa brilhante que se tornou em nossa cidade. Neste 1º de junho, os parabéns são para o querido jornalista e escritor Zuenir Ventura, no esplendor de seus 90 anos, bem vividos. Como destaca a coluna, “mineiro de nascimento e friburguense de coração”. Zuenir é referência e preferência nacional! Parabéns aos aniversariantes!

Em “Há 50 anos”, A VOZ DA SERRA destacou, mais uma vez, os festejos dos 153 anos de nossa cidade. A foto publicada mostra bem “os ecos do desfile de 16 de maio de 1971”, evento tradicional. De repente, bateu uma saudade, porque, em apenas dois anos de suspensão das festas, sentimos um distanciamento enorme das alegrias do povo, das escolas, das agremiações. Mais um mês de maio se passou inerte nas incertezas do coronavírus.

O Ministério da Saúde, finalmente, programa a vacinação do “pessoal da Educação”. O retorno escolar continua gerando debates entre os prós e contras da volta às aulas presenciais. Uma coisa é certa: desde a infância somos seres afetivos, gostamos de abraços, de partilhar merendas, de trocar materiais, de aglomerar e tudo o mais que nos possa aproximar. É bonito especificar os protocolos de segurança, mas cumpri-los requer vigilância constante. A vacina é única esperança de um retorno seguro. E a pandemia continua avançando. Agora passou de 600 o número de mortes na cidade. Permanecemos na bandeira laranja, segundo a classificação do Governo do Estado do Rio, com “risco moderado de contágio”. Pode isso?

Em caráter emergencial, pelo período de 12 meses, a empresa Itapemirim vai assumir as linhas urbanas de ônibus de nossa cidade, após ter apresentado  a documentação necessária para tanto, além das melhores condições para a prestação do serviço, segundo a prefeitura. Vamos torcer para que tudo dê certo. Experiência no ramo a empresa tem, pois, a Itapemirim foi fundada em julho de 1953, no Espírito Santo. Assim, na carona da charge de Silvério, com trevo de quatro folhas, figa e ferradura, que os bons espíritos ajudem para que tudo dê certo, na certeza de um bom transporte para todos nós!

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A VOZ DA SERRA é o canteiro das nossas reflexões!

terça-feira, 25 de maio de 2021

A viagem de hoje está mais doce do que nunca! E a razão de tanta doçura é o convite, que o caderno Z do último fim de semana nos fez, para entramos no “mundo das abelhas”, que existe “há cerca de 125 milhões de anos”. Tão antigas e atuais, essas doces criaturas produzem o néctar da vida. Eliane Orsine, do Sítio Meliponário Doce Manhã, que se voltou para a produção de “geoprópolis” – uma mistura de argila e seiva produzidas pelas abelhas, destaca: “Esse produto é um santo remédio, com vários benefícios para a saúde, principalmente, para o sistema respiratório”.

A viagem de hoje está mais doce do que nunca! E a razão de tanta doçura é o convite, que o caderno Z do último fim de semana nos fez, para entramos no “mundo das abelhas”, que existe “há cerca de 125 milhões de anos”. Tão antigas e atuais, essas doces criaturas produzem o néctar da vida. Eliane Orsine, do Sítio Meliponário Doce Manhã, que se voltou para a produção de “geoprópolis” – uma mistura de argila e seiva produzidas pelas abelhas, destaca: “Esse produto é um santo remédio, com vários benefícios para a saúde, principalmente, para o sistema respiratório”. E mais: tem um “alto poder cicatrizante, aumenta a imunidade e seu mel tem 40% menos açúcares”. Sua criação de abelhas nativas, sem ferrão, em sua propriedade, já conta com 40 colmeias, em três anos de trabalho intenso.

E você sabia que “aqui em Friburgo existe um lugar onde todas as abelhas são rainhas”? Pois é muito bom conhecer esse reino encantado, tendo como guia Luís Moraes, apicultor, do Apiário Amigos da Terra. É ele quem nos alerta que o papel mais importante da abelha não é a produção de mel, mas, sim, a polinização. O mel é apenas o alimento que produz e é comercializado. E acrescenta:  esse “bichinho que pesa menos de um grama é capaz de produzir toneladas de mel”. E eu fico pensando que o ser humano, bicho da Terra, com todo o seu tamanho, bem que poderia produzir toneladas de amor, diariamente, e acabar com grande parte dos problemas do mundo!

Vamos sair do Caderno Z, com Wanderson Nogueira, entendendo que “todo fim de amor é infinito”. Wanderson, cada vez mais, esbanja seu espírito filosófico e destaca: “Antes de as coisas existirem, muitas outras existiam. Talvez seja essa a sacada do universo, de algum lugar partimos para essa aventura de bilhões e bilhões de anos...”.

Em “Há 50 anos”, um destaque que vai aguçar muitas lembranças, não é Girlan Guilland? Em maio de 1971, a talentosa e querida mestra Darita Verbicário dos Santos Agre foi nomeada e tomou posse no alto cargo de inspetora do ensino estadual da 8º Região Escolar, sediada em Friburgo. A indicação para o cargo partiu, diretamente, do então governador do Rio de Janeiro, Raimundo Padilha. Que orgulho para nós!

Sobre a troca das placas de identificação de ruas no centro da cidade, que beleza, pois algumas careciam de atenção. E, realmente, houve um tempo em que as placas tinham além do nome, a informação sobre a pessoa e isso é uma forma de se eternizar a história da cidade. Durante um bom período, nossa “estrela” Dalva Ventura manteve, no jornal, a coluna “As Ruas de Nova Friburgo”. Deu saudade! Eu me lembrei também de um texto meu, quando, plagiando João do Rio, escrevi sobre a “A alma encantadora das ruas de Nova Friburgo”. As ruas têm alma e compõem a alma da cidade!

A pandemia está de mal a pior. Conforme divulgado pela prefeitura, na última sexta-feira, 21, foram contabilizados mais 174 casos em apenas um dia. Nesse boletim, estão registradas 590 mortes por Covid-19. Com toda a gravidade pandêmica, o município entrou no estágio de bandeira laranja, indicando "situação de risco médio de contágio". É vida que segue, no dizer dos indiferentes. Entretanto, a tristeza está aí estampada nas famílias dilaceradas pelas perdas de seus entes. Tudo se recupera, menos a vida humana. Ainda bem que foi iniciado o cadastro para a vacina dos profissionais da educação, pois, não se pode conceber um retorno às aulas sem vacinação para a classe. E que seja urgente!

Na última terça-feira, 18, foi celebrado o Dia da Luta Antimanicomial e Christiane Coelho conversou com quem entende do assunto, sobre os prós e os contras da própria luta. A dra. Bárbara Breder Machado, do Núcleo de Saúde Mental da UFF e a coordenadora de enfermagem da Clínica Santa Lúcia, Marlene Marcondes dos Santos, emitiram depoimentos valiosos. Pela complexidade do tema, cabe-nos ler e reler a matéria para nos darmos conta sobre o que é da lei e o que é da prática. O lema antimanicomial “trancar não é tratar” torna-se “um processo de construção com o próprio paciente”.  Nossa condição de leigos requer responsabilidade até para opinar!

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Salve as brenhas do Morro Queimado!

terça-feira, 18 de maio de 2021

Eis que a nossa “Princesa dos Órgãos, gentil, completou 203 anos no último domingo, 16, e ainda tão jovem e cheia de responsabilidades. O Caderno Z é um colar de pérolas adornado pelas joias da natureza. Regina Lo Bianco ilustra a capa, “nesta plaga onde o amor e a poesia, são como as flores nativas também”. É evidente que sentimos falta de um 16 de maio na Avenida Alberto Braune em meio aos festejos: desfiles, bandas, bandeiras, escolas, agremiações, colônias e muita alegria naquelas manhãs azuladas de um ventinho soprando nas orelhas.

Eis que a nossa “Princesa dos Órgãos, gentil, completou 203 anos no último domingo, 16, e ainda tão jovem e cheia de responsabilidades. O Caderno Z é um colar de pérolas adornado pelas joias da natureza. Regina Lo Bianco ilustra a capa, “nesta plaga onde o amor e a poesia, são como as flores nativas também”. É evidente que sentimos falta de um 16 de maio na Avenida Alberto Braune em meio aos festejos: desfiles, bandas, bandeiras, escolas, agremiações, colônias e muita alegria naquelas manhãs azuladas de um ventinho soprando nas orelhas. Basta “um olhar sobre a cidade”, como no texto de Daniela Mendes, que entendemos as mudanças decorrentes dos tempos e seus desígnios.

Em “Flagrantes das ruas de Nova Friburgo”, as fotos irradiam um pouco do cotidiano friburguense e as máscaras são o elemento comum em todas as fotografias, até nas estátuas. A pandemia mudou a cara de todos nós, mas a natureza mostra suas faces. O céu azul, as montanhas, riachos e roupa no varal emolduram o “doce anelo de nossa esperança....”

A história de uma cidade se consolida no prêmio das mentes iluminadas, e Carlos Jayme Jaccoud pertence a essa plêiade de ilustres historiadores. A reprodução de sua narrativa sobre a gripe espanhola em 1918, documentada pela Fundação D. João VI é um precioso documento. No registro: “com a rapidez com que a gripe chegou ela se foi”. Houve missa “pelo término da terrível epidemia”. Que chegue, então, o nosso tempo de ação de graças pelo fim da Covid-19. Saindo do Z, vamos com Wanderson Nogueira, em “confissões de um sonhador: “Com união da nossa história com o presente, o futuro e todos aqueles que reconhecem a necessidade de ousar...”.

Na edição comemorativa dos 203 anos de nossa cidade, muitas felicitações de renomadas empresas friburguenses falam por todos nós. São votos de força e de esperança, tudo o que precisamos para vencer o momento tenebroso da pandemia do coronavírus. Ao contrário do atual cenário, em 16 de maio de 1971, a coluna “Há 50 anos” nos mostrou como era comemorado, com pompa e circunstância, o 153º aniversário do município.

Movidos por sentimentos de pesar, fechamos a semana com 566 mortos, um índice muito alto, que nos assusta. O cotidiano tem que prosseguir com suas demandas e coisa alguma nos garante uma segurança 100% eficaz. Protocolos são experimentações e até mesmo a ciência ainda busca soluções mais definidas. Na reportagem de Christiane Coelho, o historiador Edson Lisboa relata episódios de enfrentamentos em outras epidemias e um dado curioso sobre “um remédio caseiro” para a gripe espanhola em 1918: “cachaça com limão e mel”, o que fez surgir a famosa “caipirinha”.

Com a bandeira vermelha, indicadora de risco alto, as aulas presencias voltam gradativamente em algumas escolas municipais. E, por enquanto, não se programa a vacinação dos professores e demais profissionais da educação. Vamos batendo nessa tecla até que haja prioridade para os guerreiros do setor educacional. E por falar em guerreiros, um viva para os assistentes sociais que celebram sua data festiva em 15 de maio. Na reportagem de Christiane Coelho, a assistente Ana Olivia Verly ressalta: “Não atendemos somente a classe mais vulnerável no que é pertinente à renda, qualquer pessoa pode estar vivenciando uma situação de vulnerabilidade”.

A VOZ DA SERRA nos trouxe uma edição lindíssima, com todas as páginas ilustradas por fotos trabalhadas pela nossa chefe da diagramação, Deise Silva. Que primor apaixonante! Eu adorei. Que beleza também encontrar o artista plástico Mário Moreira, meu professor por tabela, que nos apresentou “Praça Getúlio Vargas ontem e hoje...”, possibilitando “uma visão das mudanças dos espaços urbanos ao longo da história”. Lindo demais! E com Girlan Guilland, vamos “por um olhar de futuro”, pois, “nossos problemas não podem suplantar a poderosa força de sermos criativos, de nos superarmos e tentarmos sempre avançar”. Como na charge de Silvério: Força, Coragem e Esperança! “Salve as brenhas do Morro Queimado...”.  Parabéns, Nova Friburgo!

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