A massa de ar polar continua derrubando as temperaturas no Sul e no Sudeste do Brasil. No Estado do Rio, a Região Serrana continua registrando as menores temperaturas. Em Nova Friburgo, depois da temperatura negativa (-2,9 graus no Pico do Caledônia) na última quinta-feira, 12, a sexta-feira, 13, foi também de muito frio.
No centro da cidade, pouco antes das 8h, o relógio digital da Avenida Alberto Braune marcava 5 graus, o que obrigou os friburguenses a saírem de casa com agasalhos reforçados. Gorros, toucas, cachecóis e casacos de lã foram itens indispensáveis no vestuário.
Essas peças continuarão sendo obrigatórias neste fim de semana, pois as temperaturas na cidade deverão oscilar entre 9 e 17 graus, neste sábado, 14, e entre 11 e 18 graus, no domingo, 18.
Número de casos de síndrome respiratória é o maior em dois anos
O boletim semanal InfoGripe - divulgado na última quinta-feira, 12, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro - alerta que este ano o total de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país tem sido maior do que o registrado nos últimos dois anos. Com a queda brusca nas temperaturas nos últimos dias em Nova Friburgo, tanto a central de urgência do Hospital Raul Sertã, como a UPA de Conselheiro Paulino, em Nova Friburgo têm registrado aumento significativo de casos de SRAG, principalmente em crianças.
Em quatro semanas, o número de casos de SRAG quase dobrou em todo o Brasil em relação ao mesmo período do ano passado, registrando aumento de 91%. Essa alta atípica de ocorrências se concentra principalmente nos estados das regiões centro-sul. A influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) têm causado o maior número de hospitalizações por SRAG em grande parte do país.
Apenas em alguns estados - Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo e no Distrito Federal - o estudo já verifica interrupção do crescimento ou início de diminuição de casos. No entanto, a incidência de hospitalizações por SRAG nessas regiões continua muito elevada. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 23, que compreende o período entre 1º e 7 de junho.
Impacto nos idosos
Tatiana Portella, pesquisadora do InfoGripe, avalia que o vírus Influenza A tem causado o maior número de casos de SRAG no país, afetando todas as faixas etárias, mas com maior impacto nos idosos. Além disso, o VSR tem contribuído para a alta de casos de SRAG, sendo a principal causa de hospitalização de crianças.
“Por isso, reforçamos a importância da vacinação contra a gripe. Essa é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos. Com uma boa cobertura vacinal, conseguimos diminuir esse número de hospitalizações no país”, enfatiza a pesquisadora. Tatiana também recomenda, que, em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, seja recomendado o uso de máscaras dentro de postos de saúde e locais fechados com muita aglomeração.
Ainda de acordo com o boletim InfoGripe, os casos de SRAG em crianças pequenas, associados ao VSR, continuam em crescimento na maior parte do país. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 40% para influenza A; 0,8% para influenza B; 45,5% para vírus sincicial respiratório; 16,6% para rinovírus; e 1,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Óbitos: mais de 75% causados pelo vírus Influenza
Entre os óbitos, a presença desses vírus foi de 75,4% para influenza A; 1% para influenza B; 12,5% para VSR; 8,7% para rinovírus; e 4,4% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Por isso, a importância da vacinação.
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