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Tendências

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Para pensar:
"Subestimar os outros é sintoma de quem não crê em si. Trocar a coragem alheia pelo seu reflexo é típico dos covardes.”
Agni Shakti

Para refletir:
“Aquele que tenta subestimar o adversário, e se vangloria julgando-se vencedor de uma batalha, antes do tempo, perde, na soberba do ato o direito de ser vitorioso.”
Sebastião Barros Travassos

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Para pensar:
"Subestimar os outros é sintoma de quem não crê em si. Trocar a coragem alheia pelo seu reflexo é típico dos covardes.”
Agni Shakti

Para refletir:
“Aquele que tenta subestimar o adversário, e se vangloria julgando-se vencedor de uma batalha, antes do tempo, perde, na soberba do ato o direito de ser vitorioso.”
Sebastião Barros Travassos

Tendências

O enorme número de pré-candidatos em Nova Friburgo no atual ciclo eleitoral representa um grande desafio para a imprensa em sua missão de dar visibilidade e voz a todas as opções, de modo a ajudar a população a fazer sua escolha de maneira mais qualificada e embasada.

Debates televisivos, a sabatina aqui no jornal impresso… Tudo isso terá de ser compactado a fim de dividir os espaços disponíveis entre todas as candidaturas.

Não vai ser fácil para nenhum dos lados.

Convenções

Em meio a tantas frentes, a coluna se esforçou por fazer um apanhado das próximas convenções, antecipando, quando possível, as tendências para as respectivas deliberações.

Hoje, 11, o PSD deve confirmar a pré-candidatura de Juvenal Condack.

Já no sábado, 12, o PRTB deve confirmar a pré-candidatura de André Montechiari, enquanto PSC, PL e PSDB devem confirmar pré-candidatura e apoio a Sérgio Louback.

No mesmo dia o Podemos também realizará sua convenção, mas por lá o cenário parece um pouco mais aberto. Existe a possibilidade do partido confirmar a pré-candidatura de Adriano Pequeno, ou de deixar a ata em aberto, uma vez que não parece descartada a possibilidade de que o partido venha a apoiar a candidatura de outra sigla.

Segue

Já no domingo, 13, Patriota e PSL devem indicar e apoiar a pré-candidatura de Danielle Bessa.

No dia seguinte será a vez do PT realizar sua convenção. Em relação a ela, a expectativa manifestada por diversas fontes consultadas pela coluna é em torno da confirmação da pré-candidatura de SÍlvia Klein Faltz, da associação de moradores de Lumiar, ainda que a possibilidade de apoio a uma pré-candidatura externa não esteja completamente descartada.

Anota aí

Em seguida, no dia 15, o PV deve confirmar a pré-candidatura de Cacau Rezende, enquanto Psol e PCB devem confirmar pré-candidatura e apoio a Cláudio Damião.

Também no dia 15, PP e MDB realizam suas convenções, e aí o cenário é mais difícil de antecipar. O plano original obviamente seria a tentativa de reeleição do prefeito Renato Bravo, mas ainda não está claro o tamanho do impacto que a reprovação das contas de 2018 terá sobre essas ambições.

Calma que tem mais

No dia 16, Pros e PTB (com a possibilidade de ainda um terceiro partido) devem confirmar pré-candidatura e apoio ao vereador  Luis Fernando.

Também no dia 16, PDT e PSB devem formalizar pré-candidatura e apoio a Wanderson Nogueira.

E, ainda no mesmo dia, Cidadania, DEM e Solidariedade devem confirmar pré-candidatura e apoio a Alexandre Cruz.

E aí?

Perderam as contas?

Tio Massimo ajuda.

Lembrando que as pré-candidaturas de Arthur Mattar, Hugo Moreno e Johnny Maycon já foram confirmadas por seus respectivos partidos, podemos chegar ao fim da próxima semana com 13, 14 ou 15 pré-candidaturas confirmadas, a depender dos posicionamentos de Podemos e PT.

E esse número ainda tem espaço para aumentar.

Em tempo

Aos partidos que não foram citados, fica mais uma vez o convite para que enviem suas informações.

Baixando o nível

Naturalmente, a variedade de opções não seria um problema se todos estivessem empenhados em manter a qualidade dos debates, e os eleitores estivessem dispostos a (ou com tempo para) aprofundar a pesquisa em torno de cada plano de governo.

Infelizmente, sabemos que não é o caso.

Atalhos

Ao contrário, parece cada vez mais evidente que tem muita gente apostando em atalhos reducionistas para a conquista de votos, tirando proveito da simplificação típica de momentos de maior polarização.

Para estes, a construção de personagens tão estereotipados quanto fictícios parece ser a melhor aposta em meio ao caos, à desinformação e ao vácuo de lideranças, sobretudo apelando para a federalização do pleito municipal.

Forma e conteúdo

De repente, parece que apoiar ou rejeitar o presidente da República se tornou mais importante do que apresentar planos concretos e soluções viáveis para nosso futuro no médio prazo.

A coluna, contudo, parte do princípio que quem ainda lê jornais conserva algum respeito pela própria opinião, e busca se informar antes de se convencer sobre o que quer que seja.

Pois bem, a quem ainda conserva a lucidez em meio a tantas reações sentimentais cuidadosamente antecipadas e induzidas, não custa lembrar que quem subestima a população durante a campanha fatalmente o fará durante o exercício do mandato.

O teor da campanha, tanto quanto seu conteúdo, sinaliza o que vem pela frente.

O que se quer?

Cabe, portanto, a cada um responder o que deseja.

Frases feitas e vazias, poses estudadas, posicionamentos sobre temas polarizadores e de âmbito alheio ao municipal?
Ir às redes sociais cantar cegamente a vitória no “nós contra eles” enquanto outros festejam o sucesso da estratégia de convencimento livre de compromissos?

Ou alguém ainda cobra propostas, compromissos e a devida transparência quanto à composição dos respectivos grupos?

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Boas notícias?

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Não, infelizmente não trago as boas novas que almejo. Na verdade é uma pergunta. O que temos de bom para contar à nossa sociedade no dia de hoje? Bem, para os próximos anos, meses, dias, horas, minutos, segundos, desejo boas notícias. De todos os lados. Que seu telefone toque para que alguém lhe conceda uma boa nova. Que as capas de jornais e revistas ostentem novidades que agreguem, façam crescer e te arranque sorrisos. Que aquela velha expectativa por algum resultado, ceda espaço para um desfecho positivo.

Não, infelizmente não trago as boas novas que almejo. Na verdade é uma pergunta. O que temos de bom para contar à nossa sociedade no dia de hoje? Bem, para os próximos anos, meses, dias, horas, minutos, segundos, desejo boas notícias. De todos os lados. Que seu telefone toque para que alguém lhe conceda uma boa nova. Que as capas de jornais e revistas ostentem novidades que agreguem, façam crescer e te arranque sorrisos. Que aquela velha expectativa por algum resultado, ceda espaço para um desfecho positivo. E sim, que venham as vacinas, os tratamentos, a cura e com eles o reencontros, os abraços, o calor humano nosso de cada dia.

Queremos chuvas de notícias boas, de estatísticas que correspondam com a realidade e que a verdade dos fatos seja cada vez melhor. Que nos deparemos com gráficos que denotem queda dos índices de violência, da fome, do desemprego. E que essas informações sejam o real reflexo das vidas das pessoas.

Desejo que não nos acostumemos com os dados sobre mortes por Covid, que jamais nos esqueçamos que os números não são números, e sim pessoas, famílias, dores. Que não banalizemos os fatos de termos tanta gente morrendo, tanta gente sem emprego, tanta gente sem perspectiva alguma. Que não percamos o discernimento, a empatia e a capacidade de lutar com ética, honestidade e união por dias melhores.

Seria ótimo precisarmos cada vez menos de algum canal para fugirmos de uma realidade que nos desconecte com o que está acontecendo, que não cheguemos aos limites do que é suportável e que cá onde estamos possamos nos deparar com a divulgação de bons e construtivos feitos. Menos bandalheira. Sem roubalheira. Mais oportunidades. Mais arte. Melhor acesso às estruturas do serviço de saúde, viagens mais tranquilas pelas estradas, mais paz e liberdade verdadeira no ir e vir.

Seria ótimo amanhecermos com notícias boas sobre a vacina, com projetos construtivos saindo do papel, com estatísticas de cura, de inclusão, de acesso ao básico do básico para que a dignidade humana seja preservada. Como deve ser. Estamos fartos de corrupção, de desemprego, de empresas sobrecarregadas sobrecarregando seus trabalhadores, esse ciclo vicioso em que todos perdem.

Cansamos das trágicas notícias de que pessoas são baleadas quando erram o caminho; que os funcionários dos hospitais não recebem salários; que pessoas morrem nas filas de espera por atendimento médico; que os pobres estão cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos nessa realidade de desigualdade social abissal; que as verbas para a educação não chegam ao seu destino; que as cidades não estão ainda preparadas para receber chuvas; que o número de desempregados é alarmante; que os bancos nunca lucraram tanto e as famílias estão cada vez mais endividadas; que as prerrogativas dos cidadãos estão sendo mitigadas pelos próprios legisladores.

 Adoraria que você – e eu – recebêssemos mais notícias sobre cura, inclusão, emprego, amor, tolerância religiosa, liberdade, compaixão, respeito e arte. Adoraria, aliás, que a arte estampasse mais os noticiários do que a corrupção, a violência e o desemprego. Não por ilusão ou por cerceamento da liberdade de informação. Jamais. Mas porque finalmente fomentaríamos a esperança, a elevação do espírito por meio do belo, o lazer e a fraternidade por caminhos mais prazerosos e menos tortuosos. Porque de fato, precisaríamos falar menos de dados e fatos negativos justamente porque aconteceriam em menor escala. Seria a realização de um sonho coletivo não termos notícias sobre vítimas de Covid que morreram sem assistência médica para transmitir a ninguém. Seria, sim, a libertação.

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Os riscos de investimentos fraudulentos

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Já escrevi sobre o tema há alguns meses, mas quando o assunto faz parte da segurança financeira dos leitores e clientes acho válido reafirmar a ideia quantas vezes forem necessárias. Sabe aquele investimento de curto prazo, com altíssima rentabilidade e seguro que algum conhecido te indicou? Não existe! E afirmo isso com total convicção.

Já escrevi sobre o tema há alguns meses, mas quando o assunto faz parte da segurança financeira dos leitores e clientes acho válido reafirmar a ideia quantas vezes forem necessárias. Sabe aquele investimento de curto prazo, com altíssima rentabilidade e seguro que algum conhecido te indicou? Não existe! E afirmo isso com total convicção.

São três os parâmetros básicos ao analisar um produto de investimento: liquidez (o período de tempo entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não), rentabilidade e risco. Quase via de regra, rentabilidade costuma ser diretamente proporcional ao risco do investimento; e conforme menor a liquidez, maior é o risco para compensar a alta rentabilidade.

Viu como essas promessas absurdas são inviáveis? Pois infelizmente, algumas pessoas – por falta de educação financeira e um pouco de ganância – acabam caindo em golpes de investimentos fraudulentos. É o que aponta uma pesquisa divulgada em dezembro do ano passado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com o estudo, 11% dos brasileiros já perderam dinheiro em algum esquema fraudulento de investimentos; destes, 62% não conseguiram recuperar o valor perdido.

Já ouviu falar em esquemas de pirâmide financeira? Este é definido como crime contra a economia popular e é o caso mais comum entre os golpes de investimentos fraudulentos; dentre os 11% dos brasileiros lesados por esquemas fraudulentos, 55% já se envolveram em esquemas de pirâmides. A maioria dos casos acontece devido as promessas de alta rentabilidade, seguidos pela garantia da não necessidade de conhecimento acerca de investimentos e de baixo risco. Isso também é educação financeira: conhecer os produtos financeiros, seus parâmetros e limitações.

Um investimento (não considere os produtos fraudulentos) de curto prazo e alta rentabilidade envolve riscos que devem ser considerados. Dependendo do seu conhecimento acerca do investimento em questão, é possível, sim, alocar parte do seu capital. Porém, deve ser uma alocação devidamente calculada; afinal, não é inteligente arriscar todo o seu capital de investimento em algo que pode condená-lo.

De fato, não é de hoje o desejo do ser humano pelo enriquecimento rápido e isso pode se tornar um grande inimigo das suas finanças: a ganância. Diferente de ambição, a ganância é um sentimento excessivo de possuir, bens materiais abrindo espaço para grandes possibilidades de golpes.

Um bom investidor, por outro lado, tem um grande aliado: o tempo. Aproveite-o para aprender o que puder, o conhecimento será sua principal blindagem antifraude e o garantirá as melhores escolhas. “Você deposita o dinheiro na minha conta, eu boto para girar e te pago uma rentabilidade mensal de 2%”. Parece uma proposta comum? Isso é crime! Você não precisa ser especialista em investimentos para desenvolver senso crítico. Pense nisso.

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Uber e afins

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Para pensar:
"Segure um verdadeiro amigo com ambas as mãos.”
Provérbio nigeriano

Para refletir:
“Quem comprar o que não precisa, venderá o que precisa.”
Provérbio árabe

Uber e afins

Para pensar:
"Segure um verdadeiro amigo com ambas as mãos.”
Provérbio nigeriano

Para refletir:
“Quem comprar o que não precisa, venderá o que precisa.”
Provérbio árabe

Uber e afins

A Câmara Municipal deve apreciar na sessão de hoje, 10, em primeira discussão, o projeto de lei ordinária 451 de 2018, do Executivo Municipal, que pretende regulamentar “o serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros por meio de aplicativo ou outras plataformas de comunicação em rede”.

Origem suspeita (1)

A redação original é bastante grande e pormenorizada.

Uns diriam até mesmo cansativa.

Mas nada disso chamaria a atenção se não fosse pela origem do projeto, que remete a uma indicação legislativa apresentada por um gabinete assumidamente representativo de rodoviários, e com um histórico de atuação que nem de longe atesta qualquer escrúpulo quanto à elaboração externa deste tipo de projeto, a partir, por exemplo, de uma parte diretamente interessada em dificultar este tipo de atividade.

Origem suspeita (2)

Digamos que, no mínimo, é uma origem suspeita.

E será interessante observar como o plenário vai abordar a matéria.

Legislação polêmica

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Friburgo (Sinsenf) recebeu inúmeros questionamentos acerca da lei municipal 4.743/2020 que “autoriza o Poder Executivo a suspender por 120 dias, o valor das mensalidades dos empréstimos consignados dos servidores ativos e inativos do município de Nova Friburgo”, e entrou em contato com a coluna para se manifestar sobre o tema, que tem gerado debates acalorados nos bastidores de nossa política.

Aspas (1)

“Inicialmente deve-se destacar que se trata de crédito pessoal aberto de forma voluntária pelo servidor. De modo que ele autoriza os descontos e sua folha de pagamento, justamente para ter acesso ao dinheiro solicitado. Desta forma trata-se de um ato jurídico perfeito.

Seguindo essa linha, não há notícia ou evidência que o município tenha cortado drasticamente os salários de todos os servidores, ou que pelo menos há uma classe de servidores severamente abalados. O caos é mundial, contudo, não houve decréscimo que justificasse um empobrecimento repentino dos servidores. Nesse ponto, o Sinsenf salienta que entende sim pela perda de poder aquisitivo os servidores municipais ao longo dos últimos anos, todavia tal fato não está atrelado à pandemia do coronavírus. Muito pelo contrário, está atrelado às más gestões que o município passou e ainda vem passando ao longo desses anos.”

Aspas (2)

“Por fim, destaca que a competência para legislar sobre Direito Civil e Política de Crédito é exclusiva da União Federal, não cabendo a estados e municípios fazê-lo e, embora haja uma lei (ainda não confrontada no STF) em plena vigência no município de Nova Friburgo, trata-se de lei inconstitucional. O sindicato defende os direitos dos servidores municipais que, porventura, estejam sendo violados. Mas na presente situação não é o que se observa na indagação feita por muitos servidores.

Outrossim, estimulá-los a demandar judicialmente em face às instituições bancárias a fim de suspender descontos feitos licitamente pelos bancos seria advogar de maneira temerária, podendo no fim trazer muito mais prejuízo do que qualquer outro resultado aos servidores.”

Confirmando

Aos poucos o que parecia improvável vai se confirmando.

Aquele cenário de absoluta pulverização eleitoral, com quase 20 pré-candidaturas e prefeito, não afunilou tanto quanto se esperava e segue confirmando a formação de chapas que, em muitos casos, vão disputar fatias muito próximas do eleitorado.

Desde a última vez que tocamos no assunto o Republicanos confirmou as pré-candidaturas do vereador Johnny Maycon a prefeito, e do empresário Mário Sérgio Abreu (Serginho) a vice.

Espaço aberto

Amanhã, 11, o PSD realiza sua convenção, durante a qual deve confirmar a pré-candidatura de Juvenal Condack à cadeira nº 1 do Palácio Barão de Nova Friburgo.

A coluna aproveita e reforça o convite aos diretórios municipais para que façam uso deste espaço para divulgar informações devidamente consolidadas a respeito do cenário eleitoral.

Palpitação

Cada vez que surge uma nova denúncia sobre suspeitas de corrupção envolvendo o Sesc/RJ tem gente por aqui que chega a tontear.

E não é para menos, pois quando se observa os motivos pelos quais o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal cumpriram, nesta quarta-feira, 9, 50 mandados de busca e apreensão, bem como a lista de personagens envolvidos, fica difícil não identificar parentescos com o que se passou em Nova Friburgo nos últimos anos.

Detalhes

Ao longo do dia a operação “E$quema S”, deflagrada em paralelo ao início do trâmite de uma ação penal contra 26 pessoas, incluindo o ex-governador Sérgio Cabral e a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, atuou em endereços residenciais, escritórios de advocacia e outras empresas investigadas pelo possível desvio de aproximadamente R$ 355 milhões das seções fluminenses do Serviço Social do Comércio (Sesc Rio), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/RJ) e da Federação do Comércio (Fecomércio/RJ), entre 2012 e 2018.

Sem defesa

Salvo alguma atualização de última hora, o Instituto unir Saúde continua sem defesa na ação civil pública do Ministério Público do Trabalho.

A coluna só pode interpretar tal situação como um sintoma evidente de que a situação da Organização Social (OS) neste caso específico é muito complexa.

Uma conclusão que torna ainda mais questionável o procedimento da prefeitura friburguense, ao optar por transferir R$ 5,2 milhões à organização, quando teve a oportunidade de direcionar os recursos para o pagamento das rescisões dos ex-funcionários da UPA de Conselheiro Paulino.

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O café: subidor de montanhas e destruidor de florestas (Parte 3 )

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

A hecatombe da Mata Atlântica

A hecatombe da Mata Atlântica

A serra fluminense foi mantida até o século 19 como uma das mais selvagens e desconhecidas regiões, ainda que próxima do litoral. Mas floresta era um obstáculo a ser superado, um entrave no caminho da civilização, ou mais precisamente do seu modelo civilizatório. Naquele momento, a ideia de civilização passa a ser confundida com a necessidade de conquista e sujeição da natureza. Remover a floresta significava uma espécie de símbolo da construção do mundo civilizado. Para o colonizador português preparar o solo para a lavoura significava derrubar toda a floresta, abrindo espaço para a implantação de culturas em campo aberto.

Depois da extração do ouro de aluvião nos afluentes dos rios Grande, Negro e Macuco seguido do plantio de alimentos, iniciaram-se as primeiras experiências com o plantio do café na serra fluminense, já na primeira década do século 19. A presença de florestas tropicais com solos cobertos de humos era considerada como um indicador de fertilidade para os terrenos, o que tornava viável a produção cafeeira. Latifúndios se estenderam pelas vargens, chapadas, socavões e montanhas. Sobre toda a imensidão da mata, picadas retalharam os latifúndios e os lavradores atiraram-se à derrubada da floresta. Foi penosa e lenta a infiltração nesse meio montanhoso e enflorestado.

Para a derrubada da mata, o colono português aprendeu com o índio o método da coivara. Tratava-se de uma técnica de cultivo dos povos ameríndios caracterizada pela queima da mata, mas em pequena escala, conhecida como agricultura de coivara. Porém, foi apropriada indevidamente pelos lavradores que queimavam grandes extensões da mata de seus latifúndios. Este método predatório estava associado à ideia da eterna existência de uma nova fronteira agrícola a ser aberta.

A queimada era uma tarefa perigosa e demandava técnica e conhecimento. Saber o momento oportuno exigia experiência, para que não fosse feita com muita ou pouca antecedência em relação às chuvas. Não poderia ser intensa demais para que não chamuscasse a camada rasa e fértil de humos, mas que não fosse tão superficial que não produzisse cinzas suficientes para neutralizar o solo ou que o deixasse ileso dos insetos. Nos meses frios de maio, junho e julho perto do fim da estação seca, camaradas eram contratados para a derrubada da mata. Com o machado em uma das mãos e o tição na outra, trabalhando de baixo para cima a partir da base da montanha, brandiam os machados sucessivamente contra cada árvore talhando até que o tronco, ainda inteiro, tremulasse com a iminência de sua queda.

Os trabalhadores iam subindo, cortando um e depois outro tronco, cada vez mais acima, até que se chegasse ao cume da montanha. O capataz experiente decidia qual a árvore mestra, a gigante, que seria cortada até o fim arrastando consigo todas as outras. Se fosse bem sucedido, o sopé inteiro desabava com uma tremenda explosão levantando uma nuvem de fragmentos, de bandos de papagaios, de tucanos e de aves canoras. Os trabalhadores festejavam, pois se o capataz errasse e apenas umas poucas árvores caíssem, teriam de descer entre as árvores cambaleantes e derrubá-las uma a uma.

Nesta tarefa de abatê-las individualmente ocorriam geralmente muitos acidentes fatais. Por isso, os escravos eram poupados desta atividade já que os proprietários temiam perder as suas “peças”. Uma faixa de floresta, um hectare mais ou menos, era cortada e deixada secar, e, por meio de machados, retirava-se o anel da casca dos troncos das árvores maiores. Um pouco antes da chegada das chuvas, todo o amontoado de floresta derrubada era incendiado. A vegetação ressecada saltava em labaredas com rugido e espocar, soando como disparos de espingarda. Subia um turbilhão de fumaça para o céu fazendo com que a enorme quantidade de nutrientes da biomassa caísse sobre a terra na forma de cinzas. O fogo ardia durante dias e depois fumegava por muitos outros.

Chegavam, por fim, as chuvas, que adicionavam ao esterco gorduroso do humos e do solo os nutrientes liberados do rico leito das cinzas. As chuvas drenavam os nutrientes para o interior do solo, neutralizando-o e ao mesmo tempo fertilizando-o. O vale do Paraíba parecia infernal ao final das estações secas, com centenas de incêndios nos latifúndios. Na metade do século, à medida que se acelerava a derrubada da Mata Atlântica para o plantio de arbustos de café, uma nuvem amarelada pairava sobre a serra fluminense durante as queimadas, obscurecendo o sol de dia e apagando as estrelas à noite.

Os viajantes ficavam surpresos diante da bruma que limitava a visibilidade dos topos das montanhas e que encurtava o fôlego, provocando uma sensação de fadiga. As mais preciosas madeiras incineravam numa hecatombe da fauna e da flora devoradas pelas chamas. Este procedimento, a que denominavam de “rotina” poderia ter sido evitado, como veremos na última parte da próxima semana.

  • Foto da galeria

    A mata foi substituída por uma única espécie, o arbusto de café (Koenig Warthausen)

  • Foto da galeria

    A queimada da mata poderia ter sido evitada (Litografia de Rugendas)

  • Foto da galeria

    Mata reduzida a carvão. Félix Taunay, década de 1830

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Como e quando procurar ajuda profissional. Psicólogo ou psiquiatra?

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

No livro de Provérbios na Bíblia tem vários textos que falam sobre a importância e a sabedoria de procurarmos aconselhamento. Quando isto é apropriado? Quando devemos procurar ajuda com um conselheiro? Quem será este conselheiro?

No livro de Provérbios na Bíblia tem vários textos que falam sobre a importância e a sabedoria de procurarmos aconselhamento. Quando isto é apropriado? Quando devemos procurar ajuda com um conselheiro? Quem será este conselheiro?

Primeiro, a pessoa que está sofrendo emocionalmente, seja com ansiedade excessiva, tristeza profunda, medos fortes, compulsões, pode procurar ajuda com um conselheiro da comunidade religiosa que frequenta, aconselhamento este que deve funcionar de forma ética, e deve ser com quem tem experiência em aconselhamento. O conselheiro precisa ser humilde e reconhecer que certos casos ele não saberá o que fazer, e, por isso, será bom ter uma lista de nomes de psicólogos e psiquiatras para encaminhar aquela pessoa.

A pessoa necessitará procurar ajuda profissional com psicólogo ou psiquiatra quando o aconselhamento com o conselheiro não funciona porque o conselheiro pode não ter conhecimento técnico para lidar com aquele problema que a pessoa apresenta. Ela precisará buscar consulta com um profissional em saúde mental quando sentir que não consegue resolver seu conflito, seja pessoal, seja conjugal, com filhos ou com outros parentes e amigos. Ela precisa atendimento profissional quando sua vida está ficando travada devido ao transtorno mental que está tendo, quando ela percebe que não consegue se controlar, quando não está funcionando bem no trabalho e isto se arrasta por semanas, e especialmente quando a pessoa pensa em suicídio, ou quando começa a usar algum tipo de droga que pode ser o álcool, ou alguma droga ilícita.

Mas ela deve buscar um psicólogo ou um psiquiatra? Psicólogo se forma numa Faculdade de Psicologia e o psiquiatra se forma numa Faculdade de Medicina. O psiquiatra é médico e por isso pode medicar uma pessoa, pode interná-la num hospital. O psicólogo não pode prescrever remédios e muito menos internar alguém numa clínica ou hospital porque não foi treinado para isto e não tem licença para estas práticas.

Se o sofrimento da pessoa não está forte, não está travando a vida dela, se ela consegue trabalhar, estudar, fazer o serviço de casa, mas está com problemas emocionais que o conselheiro não foi capaz de ajudar, ela irá procurar, então, um psicólogo clínico de boa referência.

Se o sofrimento da pessoa está num nível grave, exemplos: está deprimida e não quer sair da cama, não quer tomar banho, não quer se alimentar, ou se a pessoa está com alucinações, delírios, agitação, ou se ela passou a consumir bebidas alcoólicas sem controle, ou está usando alguma droga ilícita, ou com insônia rebelde, ansiedade que produz crises de pânico, então ela precisa de uma consulta com um psiquiatra. Dependendo do caso, o psiquiatra poderá prescrever algum medicamento e indicar uma psicoterapia para o paciente se submeter com um psicólogo. Psicoterapia é um tratamento para sofrimentos mentais no qual se usa a palavra. Pode ser individual ou de grupo. A psicoterapia, conhecida também como “terapia”, busca ajudar a pessoa a entender as causas de seu sofrimento e encontrar maneiras de sair dele ou lidar com ele de melhor forma.

Existem psiquiatras que também oferecem o tratamento psicoterápico porque fizeram um curso de formação em psicoterapia. Mas uma boa parte, talvez a maioria, trabalha com orientação medicamentosa e encaminha a pessoa para um psicólogo para fazer a psicoterapia.

Muitos têm dúvidas sobre a diferença entre o papel de um psiquiatra e de um neurologista clínico quanto às doenças que cada um trata. Veja alguns exemplos de doenças tratadas pelo médico psiquiatra: transtornos de ansiedade (crise de pânico, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo e outros); depressão; transtorno afetivo bipolar; esquizofrenia; alcoolismo e outras dependências químicas; transtornos alimentares (anorexia nervosa, bulimia nervosa, comer compulsivo), entre outras.

Já o médico neurologista trata doenças como tumor cerebral; epilepsia, acidente vascular cerebral, doença de Alzheimer; doença de Parkinson; paralisias; neurites, entre outras.

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A caridade desconhecida

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

A conversação em casa de Pedro versava, nessa noite, sobre a prática do bem, com a viva colaboração verbal de todos. Como expressar a compaixão, sem dinheiro? Por que meios incentivar a beneficência, sem recursos monetários?

 Com essas interrogativas, grandes nomes da fortuna material eram invocados e a maioria inclinava-se a admitir que somente os poderosos da Terra se encontravam à altura de estimular a piedade ativa, quando o Mestre interferiu, opinando, bondoso:

A conversação em casa de Pedro versava, nessa noite, sobre a prática do bem, com a viva colaboração verbal de todos. Como expressar a compaixão, sem dinheiro? Por que meios incentivar a beneficência, sem recursos monetários?

 Com essas interrogativas, grandes nomes da fortuna material eram invocados e a maioria inclinava-se a admitir que somente os poderosos da Terra se encontravam à altura de estimular a piedade ativa, quando o Mestre interferiu, opinando, bondoso:

 — Um sincero devoto da lei foi exortado por determinações do céu ao exercício da beneficência; entretanto, vivia em pobreza extrema e não podia, de modo algum, retirar a mínima parcela de seu salário para o socorro aos semelhantes. Em verdade, dava de si mesmo, quanto possível, em boas palavras e gestos pessoais de conforto e estímulo a quantos se achavam em sofrimento e dificuldade; porém, magoava-lhe o coração a impossibilidade de distribuir agasalho e pão com os andrajosos e famintos à margem de sua estrada.

 Rodeado de filhinhos pequeninos, era escravo do lar que lhe absorvia o suor. Reconheceu, todavia, que, se lhe era vedado o esforço na caridade pública, podia perfeitamente guerrear o mal, em todas as circunstâncias de sua marcha pela Terra.

 Assim é que passou a extinguir, com incessante atenção, todos os pensamentos inferiores que lhe eram sugeridos; quando em contato com pessoas interessadas na maledicência, retraía-se, cortês, e, em respondendo a alguma interpelação direta, recordava essa ou aquela pequena virtude da vítima ausente; se alguém, diante dele, dava pasto à cólera fácil, considerava a ira como enfermidade digna de tratamento e recolhia-se à quietude; insultos alheios batiam-lhe no espírito à maneira de calhaus em barril de mel, porquanto, além de não reagir, prosseguia tratando o ofensor com a fraternidade habitual; a calúnia não encontrava acesso em sua alma, de vez que toda denúncia torpe se perdia, inútil, em seu grande silêncio; reparando ameaças sobre a tranqüilidade de alguém, tentava desfazer as nuvens da incompreensão, sem alarde, antes que assumissem feição tempestuosa; se alguma sentença condenatória bailava em torno do próximo, mobilizava, espontâneo, todas as possibilidades ao seu alcance na defesa delicada e imperceptível; seu zelo contra a incursão e a extensão do mal era tão fortemente minucioso que chegava a retirar detritos e pedras da via pública, para que não oferecessem perigo aos transeuntes.

Adotando essas diretrizes, chegou ao termo da jornada humana, incapaz de atender às sugestões da beneficência que o mundo conhece. Jamais pudera estender uma tigela de sopa ou ofertar uma pele de carneiro aos irmãos necessitados.

Nessa posição, a morte buscou-o ao tribunal divino, onde o servidor humilde compareceu receoso e desalentado. Temia o julgamento das autoridades celestes, quando, de improviso, foi aureolado por brilhante diadema, e, porque indagasse, em lágrimas, a razão do inesperado prêmio, foi informado de que a sublime recompensa se referia à sua triunfante posição na guerra contra o mal, em que se fizera valoroso empreiteiro. Fixou o Mestre nos aprendizes o olhar percuciente e calmo e concluiu, em tom amigo:

— Distribuamos o pão e a cobertura, acendamos luz para a ignorância e intensifiquemos a fraternidade aniquilando a discórdia, mas não nos esqueçamos do combate metódico e sereno contra o mal, em esforço diário, convictos de que, nessa batalha santificante, conquistaremos a divina coroa da caridade desconhecida.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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Exemplo

quarta-feira, 09 de setembro de 2020

Para pensar:
"Apenas um amigo verdadeiro te dirá frente a frente o que outros estão dizendo pelas suas costas.”
Autor desconhecido

Para refletir:
“Alegrias são dádivas do destino, que demonstram seu valor no presente. Sofrimentos, ao contrário, são fontes do conhecimento cujo significado se mostra no futuro.”
Rudolf Steiner

Exemplo

Nada melhor do que começar os trabalhos da semana com uma boa notícia.

Para pensar:
"Apenas um amigo verdadeiro te dirá frente a frente o que outros estão dizendo pelas suas costas.”
Autor desconhecido

Para refletir:
“Alegrias são dádivas do destino, que demonstram seu valor no presente. Sofrimentos, ao contrário, são fontes do conhecimento cujo significado se mostra no futuro.”
Rudolf Steiner

Exemplo

Nada melhor do que começar os trabalhos da semana com uma boa notícia.

Pois bem, aqui vai uma: no dia 21 de agosto o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) reconheceu cinco novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) no Estado do Rio de Janeiro.

E duas delas, vejam só, estão aqui em Nova Friburgo.

Somadas, as reservas vão garantir a proteção de 39 hectares de Mata Atlântica.

Aspas (1)

“O reconhecimento simultâneo de cinco novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural é um feito inédito do Instituto Estadual do Ambiente que consolida a parceria do poder público com a sociedade para a proteção e a conservação da Mata Atlântica fluminense”, celebrou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Altineu Côrtes.

Legado

Uma das novas RPPNs de Nova Friburgo havia sido antecipada por esta coluna há muitos anos.

Ela ocupa 7,37 hectares aos pés da Pedra Riscada, em Lumiar, e representa mais um grande legado deste cidadão excepcional chamado César Raibert, que já fez muito pela preservação histórica das imigrações suíças e alemãs, e agora conseguiu transformar um terreno adquirido à custa de muito trabalho num santuário ecológico que será protegido mesmo quando nossa geração já não estiver mais por aqui.

Que possa servir de exemplo para iniciativas semelhantes.

Aspas (2)

"Tenho o prazer de informá-los que o Inea finalizou o processo para reconhecimento da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). O nome Raibert é para homenagear meu pentavô Johann Karl Reibert, que chegou em 3 de maio de 1824 a Nova Friburgo, para criar a 1° colônia alemã do Brasil.”

Vergonha

As palavras de César nos recordam do quanto ele tentou dar o nome de seu pentavô a um logradouro público em nossa cidade, e do tanto de burocracia e empecilhos que encontrou em suas tentativas.

O colunista se sente profundamente envergonhado pelo tratamento reservado a uma pessoa que tanto fez e faz por Nova Friburgo.

Muito obrigado, César! E perdão pela falta de visão e gratidão de uns poucos.

Em tempo

Ainda como incentivo a iniciativas semelhantes, cabe salientar que os avanços na conservação de terras privadas vêm ocorrendo no âmbito do Programa Estadual de Apoio às RPPNs, instituído pelo decreto estadual 40.909/2007.

Por meio do programa, o Inea oferece suporte técnico e orientações aos proprietários interessados.

Nas RPPNs, as atividades permitidas são de educação ambiental, de turismo e de pesquisa científica. O reconhecimento de reserva é perpétuo e acompanha a vida da propriedade.

Mau exemplo

Ao bom exemplo dado por César Raibert se contrapõem alguns registros que também precisamos fazer.

Ao longo do fim de semana e do feriado da Independência o Brasil inteiro registrou imagens chocantes de aglomerações evitáveis e inaceitáveis, e por aqui não foi diferente.

Citando apenas dois entre muitos exemplos, a Rua Monte Líbano, no Centro, lotou em alguns momentos a ponto de tornar difícil a passagem de veículos, da mesma forma como ocorreu em Lumiar, em diversos locais e horários.

Surreal

Como se não bastasse o absurdo da situação num contexto em que tantos estão sofrendo e se sacrificando no enfrentamento à Covid-19, ainda nos cabe registrar mais uma vez a observância de brigas e a utilização de fogos com forte estampido em meio a madrugadas.

Por volta das 2h de domingo, por exemplo, foram oito detonações, se este colunista não perdeu alguma.

Cigano

Falamos sobre o enfrentamento da Covid, e isso nos leva a mais um registro que não nos alegra ter de fazer.

O ex-vereador Cigano, que não será candidato neste ano e que vem lutando contra a Covid-19 há alguns dias, foi vítima de notícias falsas que levaram sua família a dar uma declaração esclarecendo os fatos.

A nota pode ser lida abaixo, na íntegra.

Aspas (3)

“O ex-vereador Grimaldino Narcizo (Cigano) encontra-se internado no Hospital Unimed de Nova Friburgo. Testou positivo para Covid-19 no dia 24 de agosto e foi encaminhado para tratamento em isolamento domiciliar. Como não apresentou melhora, foi internado na madrugada do último dia 31.

Desde a última quarta-feira, 2, o quadro do paciente se agravou devido a complicações pulmonares, tendo sido transferido para o CTI, onde vem recebendo total assistência da equipe médica. 

A família agradece todo o apoio e o carinho recebido e segue com fé na sua total recuperação”.

Votos

A coluna se une à família no desejo de que Cigano possa se recuperar plenamente, e o quanto antes.

Fala, leitor!

“Dias atrás li neste espaço sobre as demissões de médicos no Hospital Raul Sertã por falta de condições de trabalho e isto vem de encontro ao que presenciei recentemente no posto de saúde Sílvio Henrique Braune.

Sou responsável por um paciente que retira seus medicamentos mensalmente na farmácia do posto, remédios estes que o ajudam a evitar a rejeição de um transplante.

E como já virou rotina, sou obrigado a ficar mais de quatro horas aguardando atendimento.”

Sobrecarga

“Sei que os funcionários estão dando o seu melhor, inclusive conversei com uma das farmacêuticas e ela disse que está muito difícil o trabalho, pois eles estão com poucos funcionários, em função também de afastamentos de servidores. Mas, na sexta-feira,  28 de agosto, às 9h, mais de 60 pessoas já estavam com senha, bem como havia uma fila gigante de outros pacientes para retirar seus medicamentos para pressão e etc…”

Dramas

“Durante o tempo que lá estive pude testemunhar dois dramas.

Por um lado o servidor está totalmente sobrecarregado, visto que inclusive o espaço da farmácia não comporta mais o volume de atendimentos. Sei da qualidade do serviço mas está muito difícil ver esta situação e continuar calado.

Já o segundo drama é dos pacientes, que ficam aglomerados, todos misturados. Pacientes que saíram da UPA e do Raul Sertã e vão buscar medicamentos nesta mesma farmácia… Muitos com sintomas gripais. Eu estou saudável e represento meu familiar, mas vi que muitos não têm esta sorte e se arriscam todo mês quando vão buscar seus imunossupressores, medicamentos para aids, para hemodiálise e outros medicamentos da farmácia do estado.”

Questionamentos

Quais foram as ações administrativas (criação de fluxo, protocolos de atendimento?) para reduzir a exposição dos trabalhadores da saúde e dos pacientes que todo mês vão ao posto do Suspiro? Quais foram as medidas de controle ambiental adotadas no posto? (Escala de limpeza? Desinfecção das áreas, periodicidade da limpeza, organização do ambiente de trabalho dos servidores?)

No tempo em que estive lá, não vi nenhum funcionário limpando. O fluxo de pessoas é muito grande, e para piorar tem um alambrado atrás da farmácia porque os testes de Covid são feitos ali, a poucos metros dos pacientes transplantados, com aids, da hemodiálise!

Vi todos com EPI's, mas a Secretaria de Saúde acha que só fornecer EPI's é suficiente?”

O depoimento é assinado pelo leitor Pedro Lima.

Espaço aberto

A coluna entende que o relato do leitor seja representativo de outras pessoas que também têm enviado mensagens, e oportuno para que a Secretaria de Saúde possa prestar contas a respeito do que tem feito nas áreas citadas.

O espaço, como sempre, está aberto às suas manifestações.

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Como bem disse Alan Andrade: vida fácil só existe em Hitchcock!

quarta-feira, 09 de setembro de 2020

Conduzidos por Ana Borges, abrimos o roteiro da viagem com o passaporte para o tema “A difícil tarefa de alfabetizar à distância”. O Caderno Z destaca: “A Educação não pode parar  - Alfabetizar é prioridade”. Está mais do que provado que “a escola é o melhor lugar para a criança”. Contudo, em tempos de pandemia, as instituições educacionais se reinventaram no processo de ensino à distância. O prazer de alfabetizar o próximo quando ele está próximo é algo mágico, mas, neste ano de 2020, o desafio da alfabetização mexeu não somente com os professores, mas, como toda a estrutura familiar.

Conduzidos por Ana Borges, abrimos o roteiro da viagem com o passaporte para o tema “A difícil tarefa de alfabetizar à distância”. O Caderno Z destaca: “A Educação não pode parar  - Alfabetizar é prioridade”. Está mais do que provado que “a escola é o melhor lugar para a criança”. Contudo, em tempos de pandemia, as instituições educacionais se reinventaram no processo de ensino à distância. O prazer de alfabetizar o próximo quando ele está próximo é algo mágico, mas, neste ano de 2020, o desafio da alfabetização mexeu não somente com os professores, mas, como toda a estrutura familiar.

A professora Paula Ramos Miranda Tavares nos conta ter sido alfabetizada em casa por sua mãe e que é possível êxito no atual processo: “A presença da família é fundamental nesse período, eles são minhas mãos e os olhos do outro lado da telinha”. A educadora Mara Mansine ressalta que as famílias precisam de orientação e não há como cobrar em casa, o mesmo tempo de estudo da sala de aula.

Por todas as dificuldades e desafios, a professora Rosania Grativol alerta que o momento “é de aprendizagem para todos”. Apesar dos transtornos e das demandas exigidas no modelo virtual, a suspensão das aulas presenciais trouxe uma participação maior da família, que andava meio afastada do aprendizado dos filhos e com isso, os responsáveis “perceberam a necessidade de conhecerem melhor o material didático e as metodologias adotadas”. Como bem se vê, sempre há um ganho, por mais desafiador que o estudo longe da escola possa ser. Por conta do Dia Mundial da Alfabetização, celebrado nesta terça-feira, 8, que todo nós possamos ler nos olhos das crianças o quanto elas anseiam pelo aprendizado e como aprendem com muita facilidade. Parabéns aos alfabetizadores!

Falando em alfabetização, em “Há 50 Anos”, era inaugurado pelo presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, o Mobral - Movimento Brasileiro de Alfabetização de jovens e adultos e Nova Friburgo tratou logo de formar uma Comissão Municipal para gerir o projeto em nossa cidade. Era o início da luta pelo fim do analfabetismo no país.

Uma emocionante crônica de Alan Andrade nos levou ao mundo mágico que, infelizmente, fechou suas portas. “O homem que alugava sonhos” homenageia Guinga, dono da já inesquecível locadora Disk Vídeo, da Rua Portugal. Uma bela homenagem a altura dos 25 anos da loja, um verdadeiro Oscar em todas as categorias. Diz Alan: “O homem que sabia demais de filmes também sabia que vida fácil só existe em Hitchcock”. 

Vinicius Gastin, em “mínimos detalhes”, nos trouxe uma narrativa impecável sobre os protocolos de segurança que o Friburguense vai seguir para a atuação dos atletas do Sub-20. Eu digo que o futebol é uma das coisas mais organizadas do Brasil. O gerente de futebol do clube, José Siqueira, explica que o protocolo estabelecido pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro “é algo que precisa ser seguido, embora seja muito caro”.

O Programa Câmara Verde, instituído pelo Legislativo de Nova Friburgo, tem visão de futuro muito sustentável, com a adoção de práticas ecologicamente corretas. Com abrangência total para a preservação do meio ambiente, o programa se compõe ainda de 17 ações que englobam o uso de papel e outros materiais reciclados, estímulo ao uso de bicicletas e posto de coleta de pilhas e baterias e muito mais. Sucesso para todos!

Enquanto os usuários de transporte público aguardam a redução das passagens urbanas para R$ 3,95, a cidade movimenta-se até indevidamente, como exposto em “Massimo”. O colunista registrou a queixa de moradores do Centro, com relatos de brigas e discussões durante as madrugadas de 29, 30 e 31 de agosto. Realmente é “desanimador” que ainda haja gente com disposição para badernas, sem qualquer compromisso com a cidadania, como se não bastasse a pandemia, com o aumento de Covid-19, ultrapassando a marca de 2.613 casos e 106 mortes. E a bandeira amarela segue tremulando por mais 20 dias, no entendimento das autoridades, “com risco baixo de contágio da população pelo coronavírus”. Se isso é risco baixo, que me perdoem: perdi o bom senso!

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Chegou para encantar!

quarta-feira, 09 de setembro de 2020

O jovem casal Gabriela e Dr. Rodrigo Balbi estão radiantes de felicidades e não é para menos. É que para encher de amor, luz e alegrias seu lar, assim como também a vida dos avós paternos Teresa e Domênico e maternos, João e Karla, nasceu no último dia 3 a princesinha Sofia Jacob Balbi, já cheia de charme aí na foto.

Parabéns aos pais e avós corujas, assim como um mundo de felicidades para a fofíssima Sofia.

Vivas a CDL!

O jovem casal Gabriela e Dr. Rodrigo Balbi estão radiantes de felicidades e não é para menos. É que para encher de amor, luz e alegrias seu lar, assim como também a vida dos avós paternos Teresa e Domênico e maternos, João e Karla, nasceu no último dia 3 a princesinha Sofia Jacob Balbi, já cheia de charme aí na foto.

Parabéns aos pais e avós corujas, assim como um mundo de felicidades para a fofíssima Sofia.

Vivas a CDL!

Abraços de congratulações ao Braulio Rezende Filho e todos os comerciantes da cidade.... isso por que ontem, 8, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Nova Friburgo (CDL) completou seu 56° ano de fundação.

Super Meressi com 7.5

Nesta quinta-feira, 10, o dia será do gente boa, figura das mais simpáticas da cidade e antigo assinante de A VOZ DA SERRA, Rogério Meressi (foto) receber os cumprimentos pelos 75 anos bem vividos.

 Ao estimado aniversariante rubro-negro, querido também por demais junto a Vilage no Samba, Banda Euterpe Friburguense e que marcou época como craque do futebol do passado atuando pelo antigo Friburgo F.C., entre outros times, nossos parabéns com votos de saúde e paz.

Felicidades ao Gustavo

Nossos abraços vão também para outro amigo gente boa que somou mais um ano de vida no último dia 4: o conceituado contador Gustavo Rocha (foto). Desejamos a ele total felicidade e congratulações junto aos familiares e amigos.  Parabéns e tudo de bom, amigo!

Setembro Amarelo

Dentro em breve, inserido no movimento Setembro Amarelo que promove ações de conscientização e prevenção ao suicídio, a psicóloga clínica Selda Vasconcellos e o psiquiatra Danilo Cassane vão promover uma live com muitos esclarecimentos sobre o delicado tema. A iniciativa tem o apoio da clínica Memória Saúde e Educação.

A data da transmissão on-line ainda está sendo definida e, desde já, quem desejar participar com perguntas, já pode enviá-las para o WhatsApp (22) 9 9865-5820.

Com idade nova

No último sábado, 5, o simpático Cláudio Hernandes Vila - na foto bem acompanhado da namorada Márcia Lopes, completou 40 anos de idade.

A ele, enviamos os nossos parabéns com votos de mais felicidades ao grande Cláudio desejando saúde, felicidades e realizações na vida.

  • Foto da galeria

    Chegou para encantar!

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    Super Meressi com 7.5

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    Felicidades ao Gustavo

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    Com idade nova (Cláudio Hernandes Vila, bem acompanhado da namorada Márcia Lopes)

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