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Mais uma vez a saúde de Friburgo em evidência, negativamente

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Corroborando o que disse na minha coluna da semana passada, a mamata é muito boa, para a existência de 16 postulantes à vaga de prefeito, no Palácio Barão de Nova Friburgo. O descaso com o dinheiro público, o assalto aos cofres da Secretaria Municipal de Saúde, que gere o bem estar da população, aquela mais carente, que só tem o Sistema Único de Saúde (SUS) como tábua de salvação, é um acinte. A trama é feita muito antes do “ungido” ao cargo mais importante da cidade assumir seu posto.

Corroborando o que disse na minha coluna da semana passada, a mamata é muito boa, para a existência de 16 postulantes à vaga de prefeito, no Palácio Barão de Nova Friburgo. O descaso com o dinheiro público, o assalto aos cofres da Secretaria Municipal de Saúde, que gere o bem estar da população, aquela mais carente, que só tem o Sistema Único de Saúde (SUS) como tábua de salvação, é um acinte. A trama é feita muito antes do “ungido” ao cargo mais importante da cidade assumir seu posto.

 A VOZ DA SERRA em sua edição do último fim de semana noticiou: Apontado como “chefe de esquema”, ex-secretário de Governo teve bens apreendidos. Trata-se de Bruno Villas Boas, que segundo relata a reportagem, “os auditores constataram ilícitos na contratação de empresas fornecedoras de medicamentos, com superfaturamento da ordem de R$ 680 mil de uma amostra analisada de R$ 1,34 milhão. Os fatos investigados são relativos à possível ocorrência de corrupção ativa e passiva, fraude ao caráter competitivo da licitação e peculato”.

O mais grave de tudo é que tal ato ilícito foi tramado antes da posse do atual prefeito, durante a famosa transição, que mais parece um acerto de contas entre o governo que sai e aquele que entra. No caso presente, já existia uma portaria que regulamentaria as compras de medicamentos feitas pela Secretaria de Saúde, conforme informou a reportagem: “Apurações futuras iriam indicar que a determinação do governo no sentido de levar adiante a adesão à Ata de Registro de Preços de Duque de Caxias, em desfavor ao processo licitatório 1077/16, que já se encontrava publicamente apto para o devido seguimento desde 9 de novembro de 2016, foi fator decisivo para o pedido de exoneração do ex-secretário Rodrigo Romito Gonçalves, juntamente a outros fatores que, no futuro, iriam redundar inclusive em CPI”.

Essa ata de preços dispensa licitações escancarando as portas para os ilícitos. Aliás, não me levem a mal, mas Ata de Registro de Preços de Duque de Caxias, não deveria ser levada em consideração. O Estado do Rio de Janeiro não é sério e, muito menos, os municípios da Baixada Fluminense.

O Rio de Janeiro chafurda num lamaçal de corrupção, haja visto termos quatro ex-governadores às voltas com a Justiça, um presidiário confesso e outros três em prisão domiciliar. Some-se a isso o atual governador Wilson Witzel, em processo de impeachment e seu vice, na berlinda, vítima de delações premiadas de Edmar Santos, ex-secretário de saúde do estado. Aliás, falou em falcatruas, as secretarias de saúde, seja municipal ou estadual, estão sempre em evidência. Aqueles que querem agir com honestidade, lisura e seriedade, são obrigados a pedirem para sair, seja por ameaças contra a própria vida ou de algum membro da família, ou por não suportarem a pressão imposta por prefeitos e governadores.

No caso de Friburgo, um dos vereadores que denunciou a tramoia engendrada na Secretaria de Saúde, foi o Professor Pierre, que inclusive teve seu automóvel perfurado por um objeto perfurante, que poderia ser uma bala disparada por uma arma de fogo. Na época de tal atentado, Pierre foi ridicularizado, seus detratores querendo fazer acreditar que ele estava querendo aparecer. Naquela época, o atual processo corria em segredo de Justiça.

Se o Ministério Público investigar a fundo, outros casos que são comentados na cidade, poderiam vir à tona, tendo o Hospital Raul Sertã, como epicentro. O problema é conseguir provas dessas ilicitudes.

Portanto, estamos num mato sem cachorro, pois a escolha do próximo prefeito e vereadores é de suma importância para os destinos da cidade. Se antes de entrar já tramam contra o erário, quando estão por cima da carne seca, sai de baixo. Essa é tônica desse maldito estado, pois a história é a mesma em vários municípios, auxiliados por uma legislação calhorda e eivada de más intenções. No Rio, Eduardo Paes e Marcelo Crivella são candidatos a prefeito, mas contra ambos pesam suspeições de maus feitos; em Teresópolis, Mário Tricano que já foi cassado uma vez, afastado na última legislação, volta como candidato; em Friburgo, um prefeito que em nada contribuiu para a melhoria da qualidade de vida do cidadão, corre o risco de ser reeleito.

Acorde eleitor, deixe de ser joguete nas mãos de espertalhões e exerça seu direito de eleitor de maneira digna e sábia. Não seja leviano.

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Os mensageiros distraídos

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Os ouvintes do culto da Boa Nova discorriam sobre as polêmicas que se travavam incessantemente em torno da fé, nos círculos do farisaísmo de várias escolas, quando o Cristo, dentro da profunda simplicidade que lhe era característica, narrou, tolerante:

Os ouvintes do culto da Boa Nova discorriam sobre as polêmicas que se travavam incessantemente em torno da fé, nos círculos do farisaísmo de várias escolas, quando o Cristo, dentro da profunda simplicidade que lhe era característica, narrou, tolerante:

— Um grande senhor recebeu alarmantes notícias de vasto agrupamento de servos, em zona distante da sede do seu governo, que se viam fustigados por febre maligna, e, desejoso de socorrer os tutelados que sofriam na região remota de seus domínios, enviou-lhes mensageiros de confiança, conduzindo remédios adequados à situação e providências alusivas ao reajustamento geral.

Os emissários saíram do palácio com grandes promessas de trabalho, segurança e eficiência na missão; todavia, assim que se viram fora das portas do senhor, começaram a rixar pela escolha dos caminhos.

Uns reclamavam o atalho, outros a planície sem espinheiros e outros, ainda, pediam a passagem através dos montes.

Longos dias perderam na disputa, até que o grupo se desuniu, cada falange atendendo aos próprios caprichos, com absoluto esquecimento do objetivo fundamental.

As dificuldades, porém, não foram solucionadas com decisão. Criados os roteiros diferentes, como que se dilataram os conflitos. Reduzidas agora, numericamente, as expedições sofreram, com mais rigor, os golpes esterilizantes das opiniões pessoais.

Os viajantes não cuidavam senão de inventar novos motivos para o atrito inútil. Entre os que marchavam pelo trilho mais curto, pela vargem e pela serra lavraram discussões improdutivas, contundentes e intermináveis. Dias e noites preciosos eram desprendidos em comentários ruidosos quanto à febre, quanto à condição dos enfermos ou quanto às paisagens em torno. Horas difíceis de amargura e desarmonia, de momento a momento, interrompiam a viagem, sendo a muito custo evitadas as cenas de pugilato e homicídio.

Surgiram as contendas, a propósito de mínimas questões, com pleno desperdício da oportunidade, e, em razão disso, tanto se atrasaram os viajores do atalho, quanto os da planície e do monte, de vez que se encontraram no vale da peste a um só tempo, com enorme e irremediável desapontamento para todos, porquanto, à míngua do prometido recurso, não sobrara nenhum doente vivo na carne.

 A morte devorara-os, um a um, enquanto os mensageiros discutidores matavam o tempo, através da viagem.

O Mestre fixou nos aprendizes o olhar muito lúcido e aduziu:                                    

— Neste símbolo, temos o mundo atacado pela peste da maldade e da descrença e vemos o retrato dos portadores da medicação celeste, que são os religiosos de todos os matizes, que falam na Terra, em nome do pai. Os homens iluminados pela sabedoria da fé, entretanto, apesar de haverem recebido valiosos recursos do céu para os que sofrem e choram, em conseqüência da ignorância e da aflição dominantes no mundo, olvidam as obrigações que lhes assinalam a vida e, sobrepondo os próprios caprichos aos propósitos do supremo Senhor, se desmandam em desvarios verbais de toda espécie. Enquanto alimentam o distúrbio, levianos e distraídos, os necessitados de luz e socorro desfalecem à falta de assistência e dedicação.

E afagando uma das crianças presentes, qual se concentrasse todas as esperanças no sublime futuro, finalizou, sorridente e calmo:

— A discussão, por mais proveitosa, nunca deve distrair-nos do serviço que o Senhor nos deu a fazer.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br      
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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Vai vendo

terça-feira, 29 de setembro de 2020

 

Para pensar:
"A primeira igualdade é a justiça.”
Victor Hugo

Para refletir:
“Não há ordem sem justiça.”
Albert Camus

Vai vendo

Ao tratar daquele que foi certamente o personagem mais controverso da atual gestão municipal, o ex-secretário de Governo e da Casa Civil, Bruno Villas Bôas, a coluna da última sexta-feira, 25, naturalmente repercutiu bastante.

 

Para pensar:
"A primeira igualdade é a justiça.”
Victor Hugo

Para refletir:
“Não há ordem sem justiça.”
Albert Camus

Vai vendo

Ao tratar daquele que foi certamente o personagem mais controverso da atual gestão municipal, o ex-secretário de Governo e da Casa Civil, Bruno Villas Bôas, a coluna da última sexta-feira, 25, naturalmente repercutiu bastante.

Logo pela manhã as informações já estavam sendo reproduzidas em várias, páginas de notícias, grupos e sites e, de alguma forma que o jornalismo não explica, começou a agregar declarações fantasiosas como a de que um dos dois carros apreendidos pela Polícia Federal seria, vejam só, uma Lamborghini.

Bombardeio

Teria sido fácil fazer uma consulta para observar que, na verdade, se tratavam de um Jeep Compass e de uma Chevrolet S10.

O episódio ilustra bem o quanto estamos sujeitos atualmente ao bombardeio e à influência de informações inverídicas, e o quanto a população precisa escolher bem suas fontes, caso deseje formar opinião com bases reais.

Tanto mais em meio a uma corrida eleitoral tão curta e congestionada.

Para que inventar?

E é curioso que alegações falsas brotem justamente onde existiria um monte de informações verdadeiras a serem acrescentadas.

Alguém poderia ter lembrado, por exemplo, do episódio em que Ângelo Jaquel, que fez excelente trabalho à frente da Secretaria de Infraestrutura e Logística, foi repreendido publicamente - vejam só! - por ter salvado parte de um processo licitatório e, com isso, preservado o erário de dano ainda maior.

Na linha do trem

Ou então que se não tivesse pedido exoneração em 2018, sob a alegação de ter recebido convite da iniciativa privada, Villas Bôas teria sido alvo do procurador-geral da época, Sávio Rodrigues, o qual já havia inclusive manifestado por entrevista a este jornal, logo depois de assinados os Termos de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público Federal e do Trabalho, que a revisão de inúmeros contratos dos gestores municipais exigido pelos TAC´s seria iniciado justamente pela Ata de Duque de Caxias que - oh surpresa! - jamais havia passado pela análise da Procuradoria do Município.

Piuíiii

Sem esquecer, é claro, que o procurador-geral à época também teve a postura elogiável de cancelar o PL 430/18, episódio em que ficou publicamente constatado que o ex-secretário de Governo também havia contornado o PGM em esforço para ver aprovada pela Câmara a prorrogação do improrrogável contrato do município com a empresa de ônibus Faol.

Ou seja: se não tivesse pedido para sair, ia sair de qualquer jeito.

Esterilizando

E já que estamos falando sobre controvérsias, eis que a semana começou com mais um desdobramento de operação legislativa “Mãos de Sangue”, protocolada no fim de 2017.

Após três anos de investigações o Ministério Público Federal (MPF) denunciou as ex-secretárias municipais de Saúde, Suzane Oliveira de Menezes e Michelle Silvares Duarte de Oliveira por fraude na contratação emergencial da Bioxxi Serviços de Esterilização Ltda para prestação de serviços no Hospital Maternidade Dr. Mario Dutra de Castro e no Hospital Municipal Raul Sertã, como detalha reportagem na página 3 desta edição.

Questão de tempo

Também foram denunciados Paulo Eduardo de Souza, ex-servidor da SMS, Marcus Vinícius Negri Pereira, diretor médico da Bioxxi, e Diego Guimarães da Silva Pinto, sócio-administrador da empresa.

Cá entre nós, era apenas uma questão de tempo para isso acontecer, como também é questão de tempo para que surjam desdobramentos de muitas outras linhas de investigação a respeito de procedimentos extremamente questionáveis ocorridos durante o mandato atual.

Escandaloso

Esse episódio da esterilização foi escandaloso sob todos os aspectos, em especial quando a Secretaria de Saúde determinou a continuidade da realização de cirurgias eletivas mesmo quando já estava evidente que a esterilização estava sendo muito deficiente, e ainda orientou pacientes a processarem médicos que se recusassem a operar.

A coluna jamais vai esquecer disso, porque no dia anterior, antes de publicar qualquer palavra sobre o tema, telefonou para a prefeitura e comunicou a situação, disposta a não publicar nada caso medidas fossem tomadas.

Direcionamento

Os denunciados vão responder pelos crimes de dispensa ilegal de licitação e peculato.

“O que aparentava ser uma providência administrativa formalmente legítima para evitar o fechamento das três salas de cirurgia do HMRS, encobria, entretanto, prévio acerto criminoso entre os agentes públicos e os particulares denunciados para conceder à empresa Bioxxi Ltda contratos de serviço de esterilização das unidades hospitalares da SMS”, relata na denúncia o procurador da República João Felipe Villa do Miu.

Sem surpresa

Com autorização da Justiça Federal, a quebra de sigilo dos e-mails revelou que, antes mesmo da interdição da CME do Hospital Raul Sertã, os denunciados deram início às tratativas para a contratação da Bioxxi, comprovando o conluio entre os agentes públicos e os representantes da empresa contratada por dispensa de licitação.

A Bioxxi foi a única a apresentar proposta, iniciando as tratativas em data anterior à instauração do procedimento administrativo para a contratação, e as investigações revelaram que Suzane, Michelle e Paulo dolosamente dificultaram a apresentação de uma segunda proposta pela empresa Oxetil. Também não foi realizada ampla pesquisa de mercado para a contratação do serviço.

Até o fim

Não custa lembrar, no entanto, que o valor de seis meses do serviço contratado - e que nem ao menos era prestado devidamente, sendo fartos os registros de material devolvido sujo de sangue - custaria mais de 20 vezes o valor que se revelou necessário para recuperar a CME…

Ainda hoje este colunista ainda fica indignado com tudo o que viu naqueles dias, e por isso parabeniza ao Ministério Público Federal por mais esta ação.

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AVS comunica bem em todas as linguagens!

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Está mais do que provado que em tudo no mundo pode haver uma dualidade – o bom e o mau. A internet não passaria longe dessa armadilha, muito menos estaria livre de contaminação pelas fake news. O Caderno Z aborda o assunto, trazendo à luz a combinação de redes sociais e notícias falsas. A mentira sempre existiu, porém ganhou rapidez e alcances extraordinários. Mais do que nunca, com a aproximação das eleições, é preciso muito cuidado. O criador do Fakepedia, Anderson Cordeiro, alerta: “Só se combate fake news armando as pessoas com informações”.

Está mais do que provado que em tudo no mundo pode haver uma dualidade – o bom e o mau. A internet não passaria longe dessa armadilha, muito menos estaria livre de contaminação pelas fake news. O Caderno Z aborda o assunto, trazendo à luz a combinação de redes sociais e notícias falsas. A mentira sempre existiu, porém ganhou rapidez e alcances extraordinários. Mais do que nunca, com a aproximação das eleições, é preciso muito cuidado. O criador do Fakepedia, Anderson Cordeiro, alerta: “Só se combate fake news armando as pessoas com informações”. Para comprovar a veracidade de uma notícia, Anderson destaca: “É preciso verificar a fonte, ver se a notícia vem de um veículo confiável”. E mais: “Tem que ler a notícia toda. Tem gente que só lê o título...”. Ninguém se deixe enganar, pois “as notícias falsas são feitas para chocar...”.

Se para os eleitores está cada vez mais difícil acreditar em campanhas, para os candidatos a dificuldade também não faz por menos. Sem os comícios presenciais por conta da pandemia, os estreantes, em especial, terão desafios em dobro. Os mais conhecidos contam com a vantagem do nome, porém, podem ter o desprestígio, caso não tenham desempenhado bem as funções de outrora. Como muita gente não assiste propaganda eleitoral, ou, às vezes, assiste para “se divertir”, se é que isso é diversão, é bom saber que a Justiça Eleitoral estará vigilante para impedir ações mirabolantes que venham a ocorrer. O fato é que se eleitor se sente indeciso ou descrente, os candidatos, alguns, certamente, estão pisando em ovos. Entretanto, nem tudo está perdido, pois, como eleitores, podemos contar com a ajuda da imprensa para clarear a nossa mente.

Não é de surpreender que em “Há 50 anos” falava-se do assunto eleições, sobre a programação gratuita de rádio, que alcançava “índices dos mais gozativos”, já que muitos candidatos não possuíam “a mínima condição para falas”, sendo que até “coisitas comezinhas” recebiam o “pomposo título de plano piloto”. A coluna lembra ainda o Galeria Bar, “o centro das conversações e das grandes decisões de nossa política”. Outra coisa bem lembrada: “O senhor Emílio Kramer, com 55 anos de serviços prestados à Fábrica de Rendas Arp, foi escolhido Operário Padrão de 1970”. Quem conseguiria alcançar reconhecimento assim nestes nossos tempos de modernidade líquida?

Lixo com descarte irregular! E a gente pensando que as pessoas vão melhorar o comportamento. Algumas, sim, com certeza. Carnaval na berlinda e a pandemia só avançando.  Sem medidas de restrições eficazes, aglomerações, ruas noturnas cheias, sem vacina, sem responsabilidade com a vida humana, o cenário é ameaçador, sob o comando da bandeira amarela. O Drive-in Live Show, caso se realize, será mais uma atração para quem deseja sair de casa para se distrair. Trata-se de um evento para a  Via Expressa, em que a plateia permanecerá dentro de seus carros, no máximo quatro pessoas por veículo, com uma série de exigências, tanto para o público quanto para os organizadores.

Mas vejam só quem eu encontro na página 9 da edição do último fim de semana:   uma verdadeira surpresa de viagem: meu primo Ordilei Alves da Costa em “A literatura em tempos difíceis”. Os tempos estão dificílimos mesmo, mas a verve literária de Ordilei agiu com a maior facilidade para homenagear os “anônimos heróis”, destacando uma plêiade de profissionais que se expõe no enfrentamento da pandemia, para dar suporte a tanta gente que precisa de auxílio no isolamento. O texto flui reverenciando todos os heróis, com destaque de um soneto – “O motoboy”. Muito bonito e merecido, por sinal.

A linguagem literária traduz muito do que se quer dizer e que, às vezes, não se sabe expressar. Tudo se comunica! Há sempre um modo de se expressar os sentimentos. Seja no olhar ou nos gestos, não é sem razão que a Língua Brasileira de Sinais conquista, cada vez mais, espaços na comunicação. A psicóloga e professora em Libras, Luciana Ruiz, destaca a importância dos sinais para as próximas eleições. Em todo tempo e lugar, a “janela dos sinais” abre portas para o mundo dos conhecimentos e isso é maravilhoso!

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Mais um ano de casados

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Mais um ano de casados

Ontem, 28, o casal da foto Adinéia Silva Cordeiro e Roosevelt de Carvalho Cordeiro completou, com grande orgulho, 52 anos de união matrimonial, algo muito especial para seus filhos, genros, noras, netos, demais familiares e uma legião de amigos, entre os quais este colunista se inclui com muita honra e alegria.

Parabéns pelas "Bodas de Argila" com votos de continuas felicidades a este queridíssimo casal.

Independência com 33 anos

Mais um ano de casados

Ontem, 28, o casal da foto Adinéia Silva Cordeiro e Roosevelt de Carvalho Cordeiro completou, com grande orgulho, 52 anos de união matrimonial, algo muito especial para seus filhos, genros, noras, netos, demais familiares e uma legião de amigos, entre os quais este colunista se inclui com muita honra e alegria.

Parabéns pelas "Bodas de Argila" com votos de continuas felicidades a este queridíssimo casal.

Independência com 33 anos

Ontem, 28, também foi dia de celebração para a augusta e respeitável Loja Maçônica Independência de Nova Friburgo, que tem sua sede bem próxima da Apae, em Conselheiro Paulino, chegou a uma significativa marca de 33 anos de existência.

A loja maçônica Independência teve em sua primeira diretoria a dedicação dos mestres maçons Artur Karl Schmidt (presidente), Arnoldo Madureira Neves (1° vice-presidente), Jorge Pinheiro das Neves (2° vice-presidente), Amaranto Cezário Leal de Freitas (orador), Ivo França de Carvalho (secretário), Adeilto Pereira de Almeida (Tesoureiro) e José de Anchieta de Abreu Pacheco (chanceler), alguns deles, já falecidos.  

Atualmente, a diretoria da Independência é composta por Eunaize de Oliveira (presidente), Danton Heloécio Tinoco (1° vice-presidente), Gustavo Cariello Ynouê (2° vice-presidente), Ericksem Gomes de Souza (orador), Leandro da Silveira Ferreira (secretário), Paulo Kaustcher Filho (tesoureiro) e Leônidas Christino (chanceler).

Doação do Rotary Olaria

Semana passada durante mais uma de suas reuniões, o Rotary Clube Olaria fez a entrega para a presidente do Rotaract Nova Friburgo, a jovem Camila Teles Dimas Guimarães, de 60 garrafas com lacres de latinhas de refrigerantes e cervejas para reforçar a brilhante campanha que resulta na aquisição de cadeiras de rodas para pessoas necessitadas.

Na foto, o presidente do Rotary Clube Nova Friburgo Olaria Carlos Eduardo Avelar Cortez com Camila Teles Dimas Guimarães e Heraldo Klein.

Festa no clã Aguilera

Os corações da querida família Aguilera, tendo a frente o ex-vereador e conceituado contador Mário Aguilera Campos estiveram a mil no último domingo, 27, com muitas expectativas e depois, uma verdadeira explosão de alegrias.

É que a linda Giovana Aguilera, com incrível talento musical, mandou super bem no The Voice Kids, como detalha a reportagem aí ao lado. Segura a emoção, vovô Aguilera!

Riograndina em festa

O distrito de Riograndina estará em festa da próxima sexta-feira, 2 de outubro, até o próximo dia 12 por conta de sua padroeira, Nossa Senhora do Rosário.

O padre Roberto José Pinto avisa que a programação contará com celebrações de missas às 18h, Noite do Pastel, no próximo domingo, 4, com retirada na modalidade delivery, missa às 10h, almoço (retirada na cantina) a partir das 11h e às 18h live oracional Mariana pelo Facebook.

No próximo dia 5, às 19h30, missa com o padre Luiz Cláudio de Mendonça, da Paróquia de N. S. das Graças e no dia 6 também às 19h30, missa com o padre Romivaldo José Azevedo, da Paróquia de São Sebastião de Lumiar. No dia 7, dia da padroeira de Riograndina, às 8h e às 18h, haverá recitações do rosário; às 19h, missa em louvor a Nossa Senhora do Rosário, em seguida peregrinação com a imagem pelas ruas centrais do distrito.  

Já no dia 8, terá adoração ao Santíssimo Sacramento; dia 9, novena; dia 10, missa às 18h, seguida de live oracional, yakisoba (delivery ou drive thru); dia 11, missa às 7h na capela São João Maria, 9h na matriz e 18h na capela de São Domingos e por fim, no dia 12, às 18h, missa em louvor a Nossa Senhora Aparecida.

Dia de Santa Teresinha

As atividades do querido bispo diocesano Dom Luís Antônio Lopes Ricci vai começar cedinho na próxima quinta-feira, 1°, e consequentemente ao longo do mês de outubro.

É que às 8h ele vai celebrar missa solene em Conselheiro Paulino em louvor ao Dia de Santa Teresinha. À noite, após nova missa, haverá carreata em louvor a padroeira do distrito até a Praça Marcilio Dias com retorno a Conselheiro.

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A ciência do autoconhecimento

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Luz, caminho e cura!

Luz, caminho e cura!

Escritas assim, palavras soltas em uma exclamação fora de contexto, resumindo um parágrafo inteiro, parecem pertencer a mais um texto amador com intuitos de autoajuda. Mas para um bom leitor, indispensável é a paciência atenta diante de textos que só revelam sua perspicácia no conjunto, no seu todo. Daí meu pedido clemente: leia até o fim sem pré-juízos, se lhe for possível. Caso não seja, não há problema, pois geralmente nossos pré-juízos são destruídos ao fim de cada processo de conhecimento. Proponho-lhe, então, abertura resoluta de mente e coração.

Sócrates, na antiga Grécia, lançou as bases para todo processo de autoconhecimento e qualquer espécie de ciência voltada para o ser humano quando repetia para os seus concidadãos o adágio “conhece-te a ti mesmo”. Ele mesmo definiu seu pensamento e estilo de vida nessa dinâmica a tal ponto que julgava nada saber para poder se debruçar diante do conhecimento de algo. Assim, com essa humildade e honestidade intelectual, ele conseguia colocar os seus interlocutores em dificuldade diante do que pensavam conhecer.

Quando julgamos saber algo devemos questionar nosso saber para que ele cresça sempre mais. Pois o conhecimento que adquirimos será sempre limitado e, por isso mesmo, deve ser questionado a fim de poder crescer. O saber, sendo ilimitado, possui a capacidade de reciclar nossa disposição e abertura para novas aprendizagens. O conhecimento é infinito e infinita também deve ser nossa capacidade de rever o que pensamos saber. Ainda mais quando se trata de nós mesmos, daquilo que se passa dentro do coração: o saber sobre nosso temperamento, nossos gostos, nossos defeitos predominantes e nossas qualidades. Tal saber ganhou grande ajuda através das ciências psicológicas e psiquiátricas.

Falo do autoconhecimento. Por isso, o que vou dizer desejo que seja edificante no seu processo de autoconhecimento e descoberta da experiência maravilhosa de uma vida que, quando consegue mergulhar em sua interioridade, sempre vem à tona com novidades e não se fecha ao conhecimento e a novas formas de ver o mundo e a si mesmo.

Não é critério único, mas também é importante o que os outros pensam sobre você. Sim! Há luz, caminho e cura nessa descoberta. Todavia, o que sempre ouço é diferente e soa um tanto quanto altivo: “não importa o que pensam sobre você, seja autêntico e livre de opiniões alheias”. Até parece que somos uma ilha solitária num imenso oceano. Nós somos feitos de “nós mesmos e nossos compostos e estruturas”. Ou seja, esse é o modo de funcionarmos no mundo complexo de tudo o que nos compõe. E, portanto, não podemos negar: precisamos de um mundo onde pessoas importantes para nós pensem algo a nosso respeito.  

A humanidade parece concordar em uma opinião comum a respeito da tristeza: ela surge de um coração solitário, onde ninguém e nada habitam. “Falem mal, mas falem de mim” parece ser não só um ditado corrente, porém uma necessidade estrutural que faz a pessoa sentir que não está na solidão de suas atitudes, que alguém pensou nela e até se equivocou na interpretação de uma boa ação sua. Conhecendo-nos um pouco mais, descobriremos que em certa medida devemos ser livres de opiniões alheias, concordando com o ditado acima criticado, mas que, geralmente, a maioria das opiniões alheias são verdades criadas em nossos pensamentos e em nenhum outro lugar. Daí concluir que devemos nos libertar mais de nossos pensamentos viciados do que do pensamento dos outros.

Peço-lhe, mais uma vez, caro leitor, a pachorra de procurar entender. Em nossa criação, o que os pais e outras pessoas relevantes pensavam sobre nós sempre foi determinante para uma elevada autoestima. Tal estrutura se fixa tanto na interioridade do viver como na exterioridade do agir. Por um lado, o que as pessoas pensam sobre você ajuda você a ser quem você é. Contudo, é o que você formula no seu pensamento sobre a opinião dos outros a seu respeito que geralmente se transforma em um monstro, alimentado rapidamente por terríveis hipóteses que crescem na medida em que você dá a elas alimentos, os quais existem somente em seus pensamentos e não nos fatos.

Concluindo, se o que os outros pensam a nosso respeito nos faz bem por um lado (e a quem não faz bem ser reconhecido?), por outro, não devem e não podem determinar totalmente quem somos e o que pensamos sobre nós.

Padre Celso Henrique Macedo Diniz é vigário paroquial da Catedral Diocesana São João Batista. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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Caderno de anotações

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

 

Acabando de ler a biografia da Hebe Camargo, logo mergulhei na de
Leonardo da Vinci, escrita por Walter Isaacson, o mesmo biógrafo de Steve
Jobs. É enriquecedor conhecer a vidas das pessoas, saber quem foram, o que
fizeram e como mudaram a história. Leonardo deixou contribuições
significativas para diversas áreas do conhecimento, como a medicina, a
aviação, a engenharia. Foi um grande amigo da humanidade ao criar bases
científicas para o futuro e obras de arte com perfeição.

 

Acabando de ler a biografia da Hebe Camargo, logo mergulhei na de
Leonardo da Vinci, escrita por Walter Isaacson, o mesmo biógrafo de Steve
Jobs. É enriquecedor conhecer a vidas das pessoas, saber quem foram, o que
fizeram e como mudaram a história. Leonardo deixou contribuições
significativas para diversas áreas do conhecimento, como a medicina, a
aviação, a engenharia. Foi um grande amigo da humanidade ao criar bases
científicas para o futuro e obras de arte com perfeição.


Não poderia deixar de falar da sua beleza e porte físico, generosidade e
capacidade de se relacionar com pessoas, desde as autoridades de Milão aos
atores de teatro, desde arquitetos renomados de Florença aos militares. Era
um homem encantador e encantado com as formas, movimentos e fenômenos
da natureza, como o voo dos pássaros. A pesquisa para a descoberta do
conhecimento lhe era maravilhosa e tomou conta da sua vida.


Ao longo da leitura pude saber que ele registrou seus estudos em mais de
7.000 páginas. Como nos séculos XV e XVI o papel era raro e custoso, ele
aproveitava ao máximo os espaços das folhas e, em muitas, misturava poesia
com astronomia, pintura com engenharia e tantos mais registros, que se
tornaram verdadeiras enciclopédias. Bill Gates adquiriu por US$ 30,8 milhões
de dólares um manuscrito de Leonardo, uma vez que se sente por ele
inspirado, dado a tenacidade de Da Vinci para investigar, mesmo sem ter sido
reconhecido em vida como artista e cientista. Tanto é que consta em sua última
página o registro da frase “A sopa está esfriando.”


Ele tinha o hábito de portar um pequeno caderno pendurado na cintura
em que fazia as anotações. Leonardo era um exímio observador, chegando ao
ponto de perceber o movimento das quatro asas da libélula; quando duas se
abaixavam, as outras se elevavam. Walter Isacsoon considerou que a
genialidade de Leonardo era consequência da curiosidade incessante, da
persistente capacidade de observar os detalhes, do seu árduo trabalho de
pesquisar e registrar os fenômenos e fatos da natureza, como da anatomia
humana e animal, da mecânica e do universo. Da vontade obsessiva para

propor soluções aos problemas com os quais se deparava. Nada ficava
despercebido ao seu olhar, como o cenário de uma apresentação teatral em
que criou mecanismo para os atores voarem durante a apresentação.
Eis que a biografia de Leonardo nos oferece grandes aprendizados.

Um
deles é observar, o outro é anotar. Quantas fatos, palavras e frases nos tocam
e, rapidamente, caminham para o esquecimento? O que podemos falar
daquele momento em que acordamos e uma ideia nos transborda, mas a
perdemos imediatamente? Ah!, nunca mais a resgatamos.


A inteligência é feita de ideias. As melhores surgem de repente e
desaparecem no ar. Eu, particularmente, sou mestre em perdê-las. Acredito
que se as registrasse, minha memória seria mais colorida e rica em detalhes.
Quem sabe, cuidando de um bloco de anotações, poderei ser uma escritora
melhor.

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MDB define candidaturas a prefeito: Álvaro de Almeida, Joel Jonas e Laura Milheiros de Freitas

sábado, 26 de setembro de 2020

Edição de 26 e 27 de setembro de 1970

Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

Edição de 26 e 27 de setembro de 1970

Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

  • Definidas as candidaturas do MDB friburguense à sucessão municipal - Em poder da Justiça Eleitoral, toda a documentação exigida pela legislação eleitoral. Três sub-legendas integram a chapa do MDB do nosso município: 1º Álvaro de Almeida – 2º Joel Batista Jonas – 3º Dona Laura Milheiros de Freitas.
  • Dr. Dermeval Barbosa Moreira - O ilustre e querido médico reitera estar integrado no esquema do MDB à sucessão de Amâncio Azevedo e decidido a participar da campanha que levará Álvaro de Almeida à vitória nas urnas em 15 de novembro e, consequentemente, ao bastão do Executivo Municipal da terra friburguense. As gravações feitas por dr. Dermeval Barbosa Moreira e seus filhos, Vanor e Maurício, nas quais os prestigiados líderes políticos declaram apoiar a candidatura de Álvaro de Almeida à prefeito de Friburgo, ecoaram de modo positivo em todas as camadas sociais do nosso município.
  • Padilha não quer improvisações - Uma selecionada equipe de técnicos está estudando os problemas administrativos do Estado, colhendo elementos para uma perfeita implantação de novos e modernos sistemas, notadamente no que se refere ao processamento dos pagamentos.
  • Infraestrutura: energia e comunicações - Estado dispenderá um bilhão e meio de cruzeiros - Para suportar o desenvolvimento industrial que o Estado do Rio pretende alcançar, o tesouro está carreando recursos para uma infraestrutura de energia e comunicações, tendo a Celf divulgado que algumas das principais obras estão praticarnente concluídas. Toda a região norte do Estado do Rio será beneficiada com os investimentos estaduais no campo da eletrificação
  • Próximas etapas - Com a complementação do sistema que eletrificará o norte do Estado do Rio, ficará também completa a infraestrutura necessária ao desenvolvimento do parque industrial daquela área, que já conta com um sistema de comunicações rodoviárias, interligando a região aos principais mercados do país. 
  • Debutantes 1970 - A diretoria do aristocrático Nova Friburgo Country Clube já está preparando a tradicional festa anual das debutantes. Como invariavelmente acontece, a festa polariza a atenção geral, sendo considerada a maior promoção social da famosa agremiação do Parque São Clemente.

Pílulas

  • As "plataformas" dos candidatos locais, expostas no programa gratuito de rádio garantido pela Justiça Eleitoral, está alcançando índices dos mais gozativos. Parece mentira, mas acontece realmente, que haja candidatos que não desconfiam e não possuem a mínima condição para “falas”. Imagine que, até ‘coisitas comesinhas’ de simplória administração estão recebendo o pomposo título de plano piloto. E viva os corajosos.
  • O Galeria Bar é de fato e realmente o centro das conversações e das grandes decisões de nossa política. Em todos os  lugares existem os "Galerias '. Foi assim no Santa Cruz e nas Barcas, em Niterói, no Hig Life, em Campos, no Belas Artes e na Colombo, no Rio de Janeiro, para não citar outros. Aqui mesmo em Friburgo, qual o antigo politico que não se lembra dos "colóquios" das farmácias Braunes e Central? Desde o Império, mesmo nas pequenas povoações, havia sempre uma farmácia, um bar, uma estação ou mesmo uma vendinha, onde se discutiam os maiores assuntos comunitários. Aqueles que, não frequentam ou abandonaram os citados "centros das conversações politicas", garantimos, estão na direção da aspiral ao fracasso de carreira. É só esperar.
  • O senhor Emílio Kramer, com 55 anos de serviços prestados à Fábrica de Rendas Arp foi escolhido Operário Padrão de 1970. Com boa atuação como empregado do eleito para receber o honroso laurel, ele trabalha desde garoto fazendo jus às constantes promoções. Chegou a Mestre Geral da mais importante seção da indústria criada pelo inesquecível Julius Arp, a mesma indústria que teve como sua grande razão em prosperidade técnica-administrativa o diretor-gerente, Richard Hugo Otto Inhs.

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Eliza Maria Miranda e Eduardo Moreira (27); Emília Castro Costa e Richard Inhs (28); Renato Arnaldo da Silveira Lopes, Ronaldo Kato e Odílio Quintaes (29); Anísia Barcellos Lopes, Leonor Spinelli Marques, Luiz Humberto Hottz e Tasso Rocha Freire (30); Lucy Ann Martinez (1º de outubro); Admário Braune (2 de outubro); Helen de Almeida e Marise Coutinho (3 de outubro).

 

Foto da galeria
Edição de 26 e 27 de setembro de 1970
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Justiça

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Para pensar:
"A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento é a aplicação da justiça.”
Aristóteles

Para refletir:
“O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis.”
Platão

Justiça

Tornou-se um aforismo, em alguns casos um hábito preguiçoso, dizer que o Brasil é o país da impunidade.

Para pensar:
"A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento é a aplicação da justiça.”
Aristóteles

Para refletir:
“O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis.”
Platão

Justiça

Tornou-se um aforismo, em alguns casos um hábito preguiçoso, dizer que o Brasil é o país da impunidade.

Mas, como acontece tantas vezes, a generalização termina por ir além da conta e perder a razão que, numa abordagem mais moderada, continuaria lá.

Ora, existe impunidade no Brasil? Claro que sim, e muita. E, quando se trata da gestão pública, esta impunidade é certamente mais acentuada na esfera municipal.

Mas definitivamente não se pode generalizar, sob pena de sermos nós mesmos os injustos.

Sem alarde

Porque muitas vezes a Justiça age de maneira silenciosa e longe dos holofotes.

Por vezes lenta, como o ponteiro da hora, que ao observador parece estar parado, mas em seu ritmo discreto gira 1º a cada dois minutos.

Pois bem, dia desses uma fonte deste espaço saiu em busca de determinadas informações e acabou encontrando algumas pepitas pelo caminho, que francamente não esperava encontrar.

Mirou no que viu, e acertou no que não viu.

Desde então a coluna tem processado um volume grande de informações, que começa divulgar na edição de hoje.

Relembrando

Os leitores habituais devem se lembrar que no dia 24 de outubro de 2017 foi protocolada pelos vereadores Professor Pierre, Zezinho do Caminhão, Johnny Maycon, Wellington Moreira e Marcinho Alves a Operação Legislativa “Mãos de Sangue”, e também aberto inquérito no MPF.

Em dezembro daquele  ano, ocorreu a primeira operação da PF, intitulada "Esterilização".

As investigações pelo MPF, todavia, seguiram seu curso.

Aprofundamento

Em setembro de 2019, o vereador Professor Pierre apresentou isoladamente uma segunda representação, denominada suboperação legislativa "Juízo Final", na qual apontou superfaturamento da Ata de Preços de Duque de Caxias, aferida pelo município em 2017, em projeções diversas que indicaram patamares entre 50% e 60%.

Tais projeções foram obtidas a partir de detalhada quantificação de valores reunidos em meio a extensiva análise do banco de dados do Ministério da Saúde (BPS - Banco de Preços em Saúde) e as licitações do Município.

Efeitos

Como dito, a representação do vereador foi encaminhada à PF e ao MPF em setembro.

Pouco depois, no dia 27 de novembro de 2019, o Ministério Público Federal impetrou ação na Justiça Federal, solicitando deferimento do juízo competente para operações.

Em processo já conclusivo, o MPF reproduziu em sua petição exemplos de tabelas constantes da suboperação Juízo Final.

E fez comprovar em suas apurações as ligações telefônicas estabelecidas entre o ex-secretário de Governo e empresários.

Abaixo, alguns trechos da manifestação do MPF, assinada pelos procuradores da República João Felipe Villa do Miu e Felipe Almeida Bogado Leite.

Aspas (1)

“Em novembro de 2017, o Ministério Público Federal recebeu substanciosa representação formulada por vereadores de Nova Friburgo dando conta de graves crimes praticados em contratações feitas pela Secretaria Municipal de Saúde ao longo de 2017. Os desvios de conduta reportados são graves e têm relação direta com a deterioração dos serviços de saúde pública no município, no ano de 2017 em diante, que vem afetando milhares de pessoas usuárias do SUS em Nova Friburgo e região circunvizinha.”

Aspas (2)

“O aprofundamento da investigação do evento ‘Carona Caxias’ e o afastamento dos sigilos forneceram quadro probatório consistente da existência de esquema criminoso articulado para a prática de delitos de associação criminosa, fraude ao caráter competitivo de licitação e peculato, além de indícios de corrupção ativa e passiva.

Em síntese, a investigação do MPF reuniu provas de atuação criminosa de agentes públicos e empresários de distribuidoras de medicamentos para desvio de verbas da saúde municipal.”

Sem sutilezas

Na peça, Bruno Villas Bôas, que foi coordenador de campanha de Renato Bravo à prefeitura em 2016, coordenador da transição de governo e ex-secretário municipal de Governo e da Casa Civil durante a primeira metade da atual gestão municipal, é descrito sem meias palavras como “chefe do esquema”.

Outros quatro ex-servidores também tiveram suas atuações identificadas na ação.

Entre eles estão as ex-secretárias municipais de Saúde Suzane Oliveira de Menezes e Michelle Silvares Duarte de Oliveira.

Aspas (3)

“Na mesma linha da constatação feita pela CGU, a representação [Juízo Final] apresentou dados de que o valor total das notas fiscais emitidas pelas empresas investigadas (...) superava o valor total liquidado e pago às empresas pela Prefeitura de Nova Friburgo, indicando que, mesmo após dois anos da entrega dos medicamentos, a referidas empresas não foram pagas — nem reclamaram — o crédito perante o município. O MPF submeteu as tabelas comparativas objeto da representação a escrutínio da perícia técnica do parquet. No parecer (...) a expert do MPF ratificou os números apresentados no método de comparação BPS, ressalvando pequenas inconsistências.”

Aspas (4)

“Dados do Sittel colhidos a partir da quebra de sigilo telefônico dão conta que Bruno Villas Bôas travou contatos diretos e frequentes com os sócios da empresa Telemedic Ltda (...) ao longo de 2017, antes e durante o processo ARP Caxias, sem que semelhante padrão de comunicação tenha se repetido em relação a outros fornecedores de medicamentos da prefeitura. A frequência e intensidade das comunicações demonstram o vínculo formado pelos principais agentes do esquema criminoso.”

Medidas cautelares

A coluna poderia continuar reproduzindo trechos indefinidamente, mas o leitor certamente já percebeu que o Ministério Público Federal utilizou termos muito mais incisivos do que esta coluna, ainda que tivéssemos, há muito tempo, conhecimento acerca da maioria das informações ali reunidas, e que terminaram por redundar no pedido feito ao Juízo Federal sobre a necessidade de medidas cautelares, que a seguir foram deferidas pelo juiz federal da 1ª Vara Federal de Nova Friburgo, Artur Emílio de Carvalho Pinto - substituto, o qual determinou as ações constantes de sua decisão em 5 de dezembro de 2019.

Carona de Duque

A seguir, no dia 22 de janeiro de 2020, como desdobramento de tudo que foi descrito aqui, foi deflagrada a Operação "Carona de Duque", amplamente noticiada no Brasil inteiro.

Fruto de atuação conjunta por parte do Ministério Público Federal (por ação dos procuradores da República João Felipe Villa do Miu e Felipe Almeida Bogado Leite); da 

Polícia Federal (sob o comando do chefe do departamento em Macaé, delegado Alexandre do Nascimento), e da Controladoria Geral da União.

Aspas (5)

Em consequência dessa operação, até mesmo veículos de Bruno Villas Bôas foram apreendidos e colocados à disposição da Polícia Federal “eis que inexiste qualquer elemento nos autos que indicasse, ainda que minimamente, a origem lícita dos veículos apreendidos. Note-se que o ônus de comprovar a licitude da origem do bem apreendido é do suposto proprietário, o que não ocorreu no caso em comento”.

“Conquanto a defesa alegue que os dois veículos possuiriam origem lícita, o MPF logrou êxito em detalhar dúvidas razoáveis sobre a origem supostamente lícita daqueles bens.” 

Resumo

A história é longa, e nosso espaço é curto.

Em resumo, o ex-secretário tentou recorrer em 2ª instância, mas não logrou êxito no Tribunal.

A rigor, a Procuradora Regional da República, em uma das manifestações ao Tribunal, foi tão enfática quanto o foram as declarações que reproduzimos acima.

O processo judicial está parcialmente disponibilizado ao acesso, ainda contando com partes sob sigilo.

Naturalmente isso significa que as investigações não cessaram.

Exemplo e vergonha

A respeito de todo este episódio, a coluna não pode deixar de enfatizar a efetividade alcançada quando órgãos como o Poder Legislativo, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a CGU operam de maneira coordenada e em harmonia.

Nem tampouco pode deixar de se dirigir a todos aqueles que, ao longo dos últimos anos, por razões de conveniência medíocre, ironizaram todas as denúncias apresentadas no plenário da Câmara e neste espaço, reduzindo tudo a “politicagem” enquanto demonstravam confiar em “blindagens” por influência de padrinhos cujas identidades, em meio a ironias, nem ao menos faziam questão de disfarçar.

Desabafo

Ainda existe sim gente séria na Justiça, na imprensa, na política, nos quadros de servidores municipais, e em todas as instituições.

Gente que não se vende e não se cala.

Aos leitores, a coluna pede perdão pelo desabafo.

Foto da galeria
Aspas (4) : Bruno Villas Boas (Foto: Henrique Pinheiro)
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Do pó à luz

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Tudo estava empoeirado. Parecia não existir ninguém ali, aliás, parecia que ninguém trabalhava, conversava, tomava uma xícara de café ou lia um livro naquele ambiente. Era até difícil imaginar o tanto de decisões que poderiam ter sido tomadas naquela sala de reuniões ou a troca de olhares entre os anfitriões. Nas caixas havia sinais de que alguém passara por ali; havia folhas brancas, novas, entre as amareladas e gastas pelo tempo. Nas prateleiras, tesouros em forma de livros novos dividiam espaço com as “relíquias” do século passado.

Tudo estava empoeirado. Parecia não existir ninguém ali, aliás, parecia que ninguém trabalhava, conversava, tomava uma xícara de café ou lia um livro naquele ambiente. Era até difícil imaginar o tanto de decisões que poderiam ter sido tomadas naquela sala de reuniões ou a troca de olhares entre os anfitriões. Nas caixas havia sinais de que alguém passara por ali; havia folhas brancas, novas, entre as amareladas e gastas pelo tempo. Nas prateleiras, tesouros em forma de livros novos dividiam espaço com as “relíquias” do século passado. Sim, o século passado estava logo ali – deu-se conta de que ele próprio já era uma antiguidade de outra época.

Tomado por uma curiosidade de entender aquele local, prosseguiu, afinal de contas, passaria lá todos os seus dias, quando não algumas noites. Avistou um computador que chamaria de seu muito em breve. Imaginou se teria internet, acesso aos programas dos quais precisava para trabalhar e lembrou-se da necessidade de abrir sua caixa de e-mail. Aproximou-se, viu uma luz acesa no equipamento abaixo e respirou aliviado por não ser o único por ali.

Percebeu, então, a escuridão a que estava submerso. Sentiu a energia presa, uma angústia no peito, a sensação de que aquilo era estranho, feio, sem vida. Pôs-se a refletir em como mudar, recomeçar, dar novo sentido e reescrever aquela história. Sabia que o trabalho seria grandioso, mas não havia como fugir, vez que aceitara a missão e era homem de palavra. E mais, queria realmente fazer da lagarta a borboleta e ser o promotor daquela metamorfose antinatural.

Luz! Era isso. Queria que a luz entrasse e fizesse morada por entre aquelas prateleiras, passando pelas janelas que percebeu serem bem grandes e se instalando por ali como o dono de tudo. Que simples. Correu para o interruptor e acendeu as luzes, algo que tragado pela energia sombria do local esquecera-se completamente de fazer. Ufa, melhorou. Abriu as janelas, deixou o vento circular e recebeu da natureza uma brisa especial. Providenciou uma limpeza de tudo. Contou com ajuda, mas arregaçou as mangas e propôs-se a promovê-la. Foi um processo lindo.

Enquanto limpava tudo aquilo, percebeu que purificava ao mesmo tempo a sua própria alma. Colocou flores por todos os cantos, fez um café tão caprichado que seu cheiro espalhou-se por tudo. Os livros em ordem. Poltronas prontas a convidar o próximo leitor. O chão com o brilho que merecia. Viu beleza naquele lugar. Sentiu desejo de ali ficar, motivou-se a trabalhar, quis receber pessoas, recomeçar. Sentiu que a transformação se deu também em seu interior. Recomeçaria em outro nível, com outra energia e daria seu melhor com menos esforço e mais alegria. Pronto. A luz entrou.

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