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Diversificação: a estratégia de bons investimentos

sexta-feira, 02 de outubro de 2020

Não é segredo; para começar a investir seu capital no mercado financeiro, é preciso estudar. Costumo dizer – e volto a enfatizar – sobre a necessidade de entender o mínimo (pelo menos os conceitos de rentabilidade, segurança e liquidez) antes de se tornar um investidor. Você não precisa ser um especialista, afinal, pode deixar isso para seu consultor ou assessor de investimentos; mas entender o que será feito com o seu dinheiro é fundamental para manter uma relação saudável entre investidor e investimentos.

Não é segredo; para começar a investir seu capital no mercado financeiro, é preciso estudar. Costumo dizer – e volto a enfatizar – sobre a necessidade de entender o mínimo (pelo menos os conceitos de rentabilidade, segurança e liquidez) antes de se tornar um investidor. Você não precisa ser um especialista, afinal, pode deixar isso para seu consultor ou assessor de investimentos; mas entender o que será feito com o seu dinheiro é fundamental para manter uma relação saudável entre investidor e investimentos.

Contudo, meu assunto hoje vai para aqueles que buscam ir um pouco mais além em seus investimentos. Antes, um passo atrás: vale ressaltar a necessidade de uma carteira de investimentos diversificada, num primeiro momento, entre ativos de renda fixa e renda variável de acordo com o seu perfil. Este ponto é fundamental, pois será responsável pelo seu planejamento orçamentário; considerando reservas, caixa, e boas oportunidades de rentabilidade.

Dando prosseguimento ao plano de carteira, vamos destrinchar, agora, a necessidade de manter a estratégia de diversificação de ativos; contudo, considerando somente a alocação em renda variável: os investimentos via Bolsa de Valores. Existem duas formas de investir em ações: a primeira é optar por bons fundos de investimentos em ações (FIC - FIA), recorrendo a gestoras com bom histórico operacional e com taxas justas de acordo com o serviço oferecido; a segunda opção de investimento em ações é através do home broker de sua corretora e aqui começamos a elaborar nosso planejamento (lembrando que sua assessoria de investimentos – inclusive eu – precisa estar sempre à disposição para elaborar e seguir este planejamento).

Voltando à lei máxima dos investidores (a diversificação), precisamos falar sobre a correlação de ativos, uma relação estatística para metrificar (variando de -1 a 1) a relação entre ativos. Já ouviu falar? Esta correlação pode se dar de quatro maneiras distintas:

• Correlação perfeitamente positiva (índice igual a 1)

• Correlação negativa

• Correlação positiva

• Correlação perfeitamente negativa (índice igual a -1)

As correlações perfeitas são situações ideais e – como tudo que é ideal – impossíveis de acontecer. Contudo vamos estudar as positivas e negativas para entendermos qual é a mais indicada para o seu portfólio de ações.

Basicamente, as correlações positivas se dão quando dois ativos (por haver relação estrita de mercado) fazem movimentos semelhantes entre valorizações e desvalorizações: como exercício, busque comparar os gráficos do barril de petróleo Brent e as ações de Petrobrás e verá a influência da cotação do barril de petróleo sobre uma empresa petrolífera. Por outro lado, há a correlação negativa quando dois ativos se movimentam de maneira graficamente opostas: também, como exercício, compare os gráficos de Dólar e Ibovespa e irá reparar um movimento espelhado entre os ativos; e faz sentido, afinal, quando o Ibovespa está em crescimento há uma tendência de valorização do real perante o dólar.

Ao planejar uma carteira de investimentos é importante saber o papel de cada ativo e como este vai influenciar sua estratégia. Investimentos via Bolsa de Valores são complexos (apesar de bastante intuitivos) e a falta de planejamento esconde grandes riscos. Contudo, vale ressaltar que boas estratégias podem se mostrar a melhor decisão para seus investimentos.

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Broa de milho com legumes crus se torna patrimônio friburguense

quinta-feira, 01 de outubro de 2020

No passado, não faltavam nas propriedades rurais e nos quintais das residências de nossos ancestrais, roças de mandioca e de milho. Este último alimentava homens e animais. Cavalos, mulas, vacas, bois, suínos, ovelhas, patos, gansos, galinhas e perus todos eram alimentados com milho. O gado ganhava “mãos de milho” duas vezes ao dia de seu dono. Os colonos suíços se dedicaram às culturas de batata, feijão, arroz, mamona e notadamente de milho em Nova Friburgo. Havia compradores certos, as tropas de mula pejadas de café que saíam de Cantagalo e seguiam rumo a Porto das Caixas.

No passado, não faltavam nas propriedades rurais e nos quintais das residências de nossos ancestrais, roças de mandioca e de milho. Este último alimentava homens e animais. Cavalos, mulas, vacas, bois, suínos, ovelhas, patos, gansos, galinhas e perus todos eram alimentados com milho. O gado ganhava “mãos de milho” duas vezes ao dia de seu dono. Os colonos suíços se dedicaram às culturas de batata, feijão, arroz, mamona e notadamente de milho em Nova Friburgo. Havia compradores certos, as tropas de mula pejadas de café que saíam de Cantagalo e seguiam rumo a Porto das Caixas.

Transitando por Nova Friburgo adquiriam o excedente do milho produzido na colônia. Com a proibição do tráfico intercontinental de escravos em 1850, os fazendeiros de Cantagalo limitaram sua força produtiva, ou seja, os seus escravos, ao plantio do café. Consequentemente, passaram a consumir mais milho para a alimentação de suas tropas contribuindo com o desenvolvimento do produto cultivado pelos colonos suíços, o milho.

A alimentação quotidiana dos colonos consistia em carne de porco, feijão, batata, pão de milho, leite, ovos, hortaliças e quase todos faziam uso do café mais de uma vez ao dia, nos informa o juiz de direito Cansanção de Sinimbu, em meados do século 19. Teria sido o pão de milho a que se refere Sinimbu, a broa de milho que os seus descendentes fazem nos dias de hoje? Existe um tipo de broa de milho feita pela comunidade rural de Nova Friburgo que leva na sua composição legumes crus.

Verifiquei a sua existência nos distritos do Campo do Coelho, Amparo e Lumiar entre as famílias descendentes de colonos suíços, como os Mozer e alemães como os Schuenck e os Eltz. Além da farinha de milho adicionam legumes como batata doce, chuchu, inhame, cabeça de inhame, cará, abóbora e mandioca, todos ralados crus. O ingrediente básico é a farinha de milho, o fubá, que pode ser branco ou amarelo, ou mesmo ambos. Entra igualmente na composição da broa açúcar, banha de porco, óleo, margarina, farinha de trigo, leite, ovos e fermento.

A massa da broa de milho pode ser envolvida em folhas de bananeira ou de caeté. São assadas em um forno de barro que fica no quintal da residência. Tudo indica que os legumes crus adicionados era uma forma de dar mais rendimento a massa. A broa de milho com legumes crus é uma tradição passada de geração em geração pela comunidade rural de Nova Friburgo, um precioso saber local. Além da singularidade de seus ingredientes e modo de fazer, a exemplo da massa ser envolvida em folhas de bananeira ou caeté e assada em forno de barro, a sociabilidade no momento de sua elaboração é outra importante característica.

Por iniciativa do vereador Joelson José de Almeida Martins, conhecido como Joelson do Pote, a broa de milho com legumes crus foi reconhecida através de lei municipal como patrimônio cultural de Nova Friburgo. Nesse caso, a municipalidade garante a continuidade de expressões culturais referentes à memória e à identidade para o conhecimento das gerações presentes e futuras. Essa guloseima reconhecida como patrimônio cultural ganha um registro no Livro dos Saberes, em razão do conhecimento e modo de fazer enraizados no cotidiano das comunidades rurais de Nova Friburgo.

Existe ainda outro aspecto interessante. Tanto os Mozer como os Schuenck comem a broa com chimirra. Mas o que é chimirra? Trata-se de um queijo resultado do aproveitamento do leite que azedava facilmente no passado. Atualmente com a geladeira, dificilmente o leite azeda e então recorre-se ao vinagre de maçã ou ao limão para que o leite coalhe para a elaboração da chimirra. Três colheres de vinagre ou de suco de limão em um litro de leite realizam o processo e em meia hora já se pode usar o leite talhado para fazer a chimirra. Pode-se escorrer o produto em um pano ou em um escorredor para tirar o soro da “massa”. A essa fase se denomina “colocar a chimirra pra quará.” Acrescenta-se somente sal. Assemelha-se muito ao queijo do tipo cottage.

Quando estive no Cantão de Fribourg em um chalé nos pré alpes, os denominados “chalets d’alpage”, para assistir a elaboração do queijo “gruyère”, os queijeiros fizeram ao final o “sérac” com o leite ralo que sobrou do “gruyère. É um queijo branco e fresco a partir do “petit-lait” e que chamaríamos de leite magro, pois toda a gordura se concentrou no “gruyère”. Quando vi a chimirra na região rural de Nova Friburgo fiz imediatamente a associação com o “sérac” que conheci no Cantão de Fribourg. Seria uma tradição dos colonos suíços? O nome chimirra seria uma corruptela do “sérac” levando ainda um toque do patoá, dialeto no qual falavam alguns colonos suíços? Quem sabe não teremos mais uma manifestação cultural tombada como patrimônio cultural e histórico em Nova Friburgo.

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    A chimirra que se come com a broa de milho (Fotos: Acervo pessoal)

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    Broa de milho em Três Picos feito pela Dona Dodoca

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    Broa de milho feita pelos Mozer

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Saindo do egoísmo para a saúde

quinta-feira, 01 de outubro de 2020

O egoísmo adoece a mente. Egoísmo não é você cuidar bem de si mesmo, mas é cuidar só de você. Doenças mentais podem ser desenvolvidas por causa do egoísmo. Lutar contra o egoísmo é um fator de prevenção e de tratamento do que tem de egocentrismo no sofrimento da pessoa. Nem tudo o que leva uma pessoa a sofrer mentalmente é fruto de egoísmo. Pessoas altruístas também podem ter sofrimentos.

O egoísmo adoece a mente. Egoísmo não é você cuidar bem de si mesmo, mas é cuidar só de você. Doenças mentais podem ser desenvolvidas por causa do egoísmo. Lutar contra o egoísmo é um fator de prevenção e de tratamento do que tem de egocentrismo no sofrimento da pessoa. Nem tudo o que leva uma pessoa a sofrer mentalmente é fruto de egoísmo. Pessoas altruístas também podem ter sofrimentos.

Já reparou que quando fazemos algo bom para alguém, para qualquer pessoa, e não só de nossa família, se fizermos voluntariamente, nos sentimos bem depois? Fazer o bem para outros, faz bem para nós. Certa vez atendi uma mulher casada que vivia para agradar o marido, mas se anulava. Parecia que a vida dela era ele. É isto amor? Não. Ela disse assim numa consulta: “Se eu faço tudo o que ele quer, por que ele não se torna o que eu quero?” Será que neste “eu quero” tinha egoísmo? Tinha. Você não precisa e não deve anular sua vida em busca de afeto dos outros. Viva e deixe viver.

Algumas pessoas que desenvolvem depressão, não todas, se deprimem porque se sentem frustradas por não serem amadas como desejariam. E dizem: “Estou com raiva de mim mesma porque fui gostar de alguém que não gosta de mim como eu desejaria.” E esta raiva voltada contra si as desanima, e pode levar ao pensamento de suicídio.

Nascemos com egoísmo. Ele é um problema espiritual e também psicológico. O pai e a mãe de uma criança, se querem educar bem seus filhos, será importante ensinar esta criança desde bebê a vencer o egoísmo inato. Isto se faz por não superproteger a criança, não colocá-la como um ídolo, e ensiná-la a compartilhar desde pequenina. Este é um grande trabalho de prevenção de complicações emocionais que os pais podem fazer.

Não é possível ser feliz deixando o egoísmo tomar conta de sua vida, de seu comportamento. É preciso resistir a ele e cultivar o altruísmo. Sempre tem alguém aí do seu lado na família nuclear ou na família de origem, na vizinhança, no trabalho, na sua comunidade religiosa que precisa de ajuda, seja uma palavra de conforto, de ânimo, seja alguma comida, remédio, roupa, calçado, ou incentivo espiritual. Ajude-a. Tome a iniciativa de sair da sua zona de conforto para atender alguém em necessidade. Isto é saúde para sua mente e para seu corpo.

O egoísmo mata a pessoa egoísta. Egoístas produzem muitos hormônios do estresse. E o contrário é verdadeiro, ou seja, quando você luta contra o egocentrismo e faz o bem a outros, há uma produção de neurotransmissores que acalmam a mente, ativam o sistema imunológico, e corrige o estado de tristeza e de ansiedade.

Fazer o bem aos outros de forma desinteressada, sem conflito de interesse, dá sentido positivo à existência, prolonga a vida, nos faz dormir melhor, e satisfaz. O egoísta nunca está satisfeito. Ele quer mais, e só para ele. Isto é morte, mesmo que produza um monte de dinheiro.

Jesus Cristo disse que é mais bem-aventurada ou mais feliz dar do que receber. Ao dar de forma voluntária você recebe a alegria de dar. E alegria é boa para nossa saúde. O apóstolo Paulo escreveu na sua carta aos Filipenses no segundo capítulo que Jesus se esvaziou a si mesmo, tomando a forma de servo. Isto é grandioso. Ele não tinha um ego inflado, não tinha “nariz empinado”, nunca usou frases como “sabe com quem está falando?”, embora sendo Deus em forma humana.

Lutar contra seu egoísmo é lutar pela vida que vale à pena viver. Seu corpo e mente agradecerão. Praticando o altruísmo é até possível abandonar alguns remédios porque a saúde brotará. Compartilhe, ajude alguém hoje, saia de si para ir ao encontro de tanta necessidade que há ao seu redor.

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De olho

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Para pensar:
"A justiça é o direito do mais fraco.”
Joseph Joubert

Para refletir:
“Se, por vezes, o juiz deixar vergar a vara da justiça, que não seja sob o peso das ofertas, mas sob o da misericórdia.”
Miguel de Cervantes

De olho

Diz a sabedoria popular que em cidade pequena todo mundo se conhece.

Mas, às vezes, os laços que se cruzam vão além desse estágio, e geram algumas situações, digamos, delicadas.

Para pensar:
"A justiça é o direito do mais fraco.”
Joseph Joubert

Para refletir:
“Se, por vezes, o juiz deixar vergar a vara da justiça, que não seja sob o peso das ofertas, mas sob o da misericórdia.”
Miguel de Cervantes

De olho

Diz a sabedoria popular que em cidade pequena todo mundo se conhece.

Mas, às vezes, os laços que se cruzam vão além desse estágio, e geram algumas situações, digamos, delicadas.

Parece ser esse o caso quando olhamos para a dinâmica da construção parcialmente irregular que ameaça colapsar na Rua Rosa Ribeiro, em Conselheiro Paulino.

Desconforto

Reportagem publicada por A VOZ DA SERRA a esse respeito informa que “um processo será aberto e encaminhado com os laudos para a Procuradoria-Geral do Município”.

Importa, contudo, dar total transparência à tramitação de tal processo dentro da PGM, uma vez que o caminho natural da peça, pelo setor responsável pelas desapropriações e regularizações de obras, apresenta situações que, no entendimento deste colunista, talvez devessem suscitar uma declaração de impedimento, sob pena de lançar dúvidas sobre os desdobramentos, mesmo que todas as partes venham a agir com máxima lisura.

Mulher de César

A coluna está sendo bastante discreta aqui, apenas para que as partes envolvidas e a própria Justiça reflitam a esse respeito.

Afinal, as suspeitas envolvidas neste episódio são muito sérias e representam o tipo de precedente que não pode ser tolerado de forma alguma.

Não é preciso refletir muito para avaliar o tipo de risco a que tantas pessoas são expostas quando existe desrespeito aos procedimentos previstos, e ninguém quer que, ao fim, restem dúvidas quanto à legitimidade da apuração dos fatos e das respostas que venham a ser dadas.

Cenário definido

As últimas peças do tabuleiro eleitoral friburguense foram definidas pouco antes do início do período eleitoral.

Confirmando o que já era esperado, no PRTB Marcelo Sanglard é mesmo o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por André Montechiari, ao passo que no PT o candidato a vice-prefeito é Rogério Rocha dos Santos, na chapa encabeçada por Silvia Faltz.

Por fim, na chapa encabeçada pelo prefeito Renato Bravo, o candidato a vice é Marcos Marins.

Em tempo

E já que abordamos o cenário eleitoral friburguense, a coluna aproveita para corrigir uma informação.

Em nossa edição de 19 de setembro, a matéria que reuniu as informações disponíveis a respeito das chapas que vão disputar a gestão municipal pelos próximos quatro anos atribuiu ao Partido Verde o número 23, quando o correto teria sido 43.

A informação foi devidamente corrigida na versão digital, mas parece justo que a correção se dê também no impresso.

Congestionamento

A eleição para vereadores em Nova Friburgo conta com exatamente 540 candidatos.

É gente demais para alguém dizer que não existem boas opções.

Mas, por outro lado, uma rápida olhada na composição das nominatas indica que podemos ter problemas na próxima legislatura, em razão do voto proporcional.

Tal procedimento faria sentido num ambiente no qual candidatos buscassem partidos em razão de afinidades ideológicas, mas se esvazia de sentido quando escolhem suas siglas justamente em razão de onde terão mais chances de se eleger, ou seguindo a movimentação de algum padrinho, entre outras razões de natureza “prática”.

Como mudar?

Evidentemente não vale para todos.

Felizmente ainda há partidos que, concorde-se ou não, possuem bandeiras claras que não sejam apenas a perpetuação no poder.

O fato é que algo precisa mudar. As bandeiras efetivamente defendidas nos mais de trinta partidos existentes no Brasil caberiam, sem maiores atritos, em cinco ou seis deles.

A grande quantidade de siglas serve unicamente aos interesses dos chamados caciques, e à política do toma-lá-dá-cá, da chantagem, da perpetuação.

O grande problema é que quem tem os meios para mudar este cenário é justamente quem tem interesse em manter tudo como está…

Perspectiva

Enfim, a perspectiva é de que, ainda que o friburguense vote com consciência, o plenário conte, ao longo dos próximos quatro anos, com a presença de algumas pessoas que não tenham muita noção a respeito do que significa ser um bom vereador.

Pra cima deles!

Nos dias 2, 3 e 4 de outubro será realizado o Festival Brasileiro de Kart Indoor em Cotia-SP no KGV-Kartódromo Internacional da Granja Viana.

Nesta edição, dois pilotos da AFK-Associação Friburguense de Kart, Dirley Guaceroni e Kleber Tavares, vão participar na Categoria Graduados e se juntarão a mais 24 pilotos do Estado do Rio.

Aspas

Dirley Guaceroni comentou: “Espero fazer um bom trabalho nas pistas e representar de forma honrosa a associação na qual eu faço parte.”

Kleber Tavares vai participar pelo segundo ano consecutivo: “Em 2019 participei da categoria Novatos e terminei em 23º lugar. Esse ano, já em outra categoria, espero ter um bom resultado final. Claro que, além do prazer de guiar o kart em um dos melhores kartódromos do Brasil, tem o lado do networking com pilotos e representantes do automobilismo nacional, que é fundamental para os planos da AFK em Friburgo.”

Boa sorte!

O colunista, que é amante do esporte a motor e entusiasta de primeira hora do trabalho sério e profissional que vem marcando as atividades do FKC desde sua fundação, torce não apenas por bons resultados dos pilotos friburguenses, mas sobretudo para que avancem bem as tratativas para que tenhamos, também aqui, um kartódromo de nível nacional ou internacional.

O espaço na coluna está sempre aberto a ajudar nesse sentido.

Até breve

A grande quantidade de candidatos a prefeito representa um desafio logístico para a cobertura jornalística.

Para que possa realizar uma sabatina com todos eles, trazendo o máximo de informações ao leitor, A VOZ DA SERRA deixará de publicar esta coluna diariamente pelas próximas semanas.

Mas ninguém precisa se preocupar, ou festejar.

Logo a gente estará de volta.

Foto da galeria
Mulher de César (Foto: Henrique Pinheiro)
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O armário e a nota de duzentos

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

A mãe, que até então vinha se saindo bem, vacilou por alguns demoradíssimos segundos

A mãe, que até então vinha se saindo bem, vacilou por alguns demoradíssimos segundos

Estou na fila, um pouco atrás deles. O menino não para: levanta um refrigerante que está no carrinho, puxa a blusa da mãe, pergunta se pode abrir o pacote de biscoito, pede para ir ao banheiro, tudo isso ao mesmo tempo. Quando há somente um freguês à sua frente, ela começa a abrir a carteira, não sem que o pixote tente puxar uma nota. “É aquela do cachorro?”, pergunta ele, com certeza se referindo à nota de duzentos reais, que ainda não foi vista ao vivo por ninguém, mas já há algum tempo é anunciada na TV como mais uma gloriosa obra do governo para alavancar a economia nacional.

Se bem que não é totalmente verdadeiro dizer que ninguém tenha visto a tal nota, que traz impressa o lobo guará, o qual veio inflacionar a fauna das moedas nacionais. Antecederam-no beija-flores, garças, araras, micos e garoupas. Ou seja, uma bicharada heterogênea, ao mesmo tempo monetária e zoológica. Mas o fato é que o lobo guará não é de todo inédito na mão dos brasileiros. Isso porque a criatividade do nosso povo mais uma vez falou mais alto e se antecipou ao governo. Mal a Casa da Moeda começou a imprimir a nota de duzentos, e a plebe apenas a conhecia pela propaganda oficial, e já os falsários trabalhavam para abastecer o mercado, fabricando dinheiro com a serenidade de quem imprime santinhos para distribuir nas igrejas.

Posta em circulação, a esmerada produção caseira não contou com a simpatia da polícia, que logo começou a recolher a grana e a perseguir seus criadores.  Foi uma verdadeira caçada ao pobre do lobo guará. Aqueles patriotas, que apenas desejavam auxiliar o governo na dura tarefa de colocar milhões de reais em circulação, não tiveram sua boa intenção compreendida e recolheram as impressoras, aguardando um momento mais oportuno para voltar à ativa. Talvez também tenham desanimado do meritoso trabalho que realizavam ao perceber que o povão preferia que o arisco lobo guará fosse substituído pelo seu primo pobre, o simpático vira-lata, o mais nacional de todos os cachorros, talvez o mais brasileiro dentre todos os nossos bichos.

Pois não é que a nova nota me desviou do que, de verdade, me chamou a atenção no diálogo do menino com a mãe? Ela, pacientemente, ia respondendo e contendo o filho, enquanto tirava as mercadorias do carrinho. Só mesmo mãe para fazer essas três coisas ao mesmo tempo! E o que mais me fez alongar as orelhas foi o anjinho ter perguntado, em voz bem alta, se era verdade que o tio fulano tinha saído do armário. Tem coisas que atrapalham até mesmo as mães mais experientes.

— Qual armário que ele tava, mãe? Aquele grandão do quarto, mãe? Deve ser, do jeito que titio é gordo! Ele tava fazendo o quê dentro do armário, mãe? Por que que ele saiu do armário, mãe? Aquele moço que anda com ele ajudou ele a sair do armário, mãe? Eles tavam brincando de quê, mãe? De esconde-esconde, mãe? Gente grande também brinca de esconde-esconde, mãe?

Eis que não apenas eu, mas também a funcionária do caixa e um freguês do outro lado tinham alongado as orelhas.  Todos queriam saber como a jovem mãe ia responder a tantas e tão embaraçosas perguntas. Porque, apesar de atualmente tanta gente estar saindo do armário, o assunto ainda é delicado, principalmente quando levantado por uma criança, na fila do supermercado, e tendo um tio como personagem central.

A mãe, que até então vinha se saindo bem, vacilou por alguns demoradíssimos segundos, enquanto o moleque olhava para cima e a puxava pela manga. Mas ela logo se recuperou e deu uma resposta bastante sensata e quase verdadeira.

— Seu tio estava consertando o armário. É isso aí, filho. Aí seu tio ficou preso lá dentro, entendeu? Aí o amigo dele foi ajudar e ele saiu do armário. Entendeu? Agora para de fazer pergunta e me ajuda a tirar as compras do carrinho!

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Mais uma vez a saúde de Friburgo em evidência, negativamente

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Corroborando o que disse na minha coluna da semana passada, a mamata é muito boa, para a existência de 16 postulantes à vaga de prefeito, no Palácio Barão de Nova Friburgo. O descaso com o dinheiro público, o assalto aos cofres da Secretaria Municipal de Saúde, que gere o bem estar da população, aquela mais carente, que só tem o Sistema Único de Saúde (SUS) como tábua de salvação, é um acinte. A trama é feita muito antes do “ungido” ao cargo mais importante da cidade assumir seu posto.

Corroborando o que disse na minha coluna da semana passada, a mamata é muito boa, para a existência de 16 postulantes à vaga de prefeito, no Palácio Barão de Nova Friburgo. O descaso com o dinheiro público, o assalto aos cofres da Secretaria Municipal de Saúde, que gere o bem estar da população, aquela mais carente, que só tem o Sistema Único de Saúde (SUS) como tábua de salvação, é um acinte. A trama é feita muito antes do “ungido” ao cargo mais importante da cidade assumir seu posto.

 A VOZ DA SERRA em sua edição do último fim de semana noticiou: Apontado como “chefe de esquema”, ex-secretário de Governo teve bens apreendidos. Trata-se de Bruno Villas Boas, que segundo relata a reportagem, “os auditores constataram ilícitos na contratação de empresas fornecedoras de medicamentos, com superfaturamento da ordem de R$ 680 mil de uma amostra analisada de R$ 1,34 milhão. Os fatos investigados são relativos à possível ocorrência de corrupção ativa e passiva, fraude ao caráter competitivo da licitação e peculato”.

O mais grave de tudo é que tal ato ilícito foi tramado antes da posse do atual prefeito, durante a famosa transição, que mais parece um acerto de contas entre o governo que sai e aquele que entra. No caso presente, já existia uma portaria que regulamentaria as compras de medicamentos feitas pela Secretaria de Saúde, conforme informou a reportagem: “Apurações futuras iriam indicar que a determinação do governo no sentido de levar adiante a adesão à Ata de Registro de Preços de Duque de Caxias, em desfavor ao processo licitatório 1077/16, que já se encontrava publicamente apto para o devido seguimento desde 9 de novembro de 2016, foi fator decisivo para o pedido de exoneração do ex-secretário Rodrigo Romito Gonçalves, juntamente a outros fatores que, no futuro, iriam redundar inclusive em CPI”.

Essa ata de preços dispensa licitações escancarando as portas para os ilícitos. Aliás, não me levem a mal, mas Ata de Registro de Preços de Duque de Caxias, não deveria ser levada em consideração. O Estado do Rio de Janeiro não é sério e, muito menos, os municípios da Baixada Fluminense.

O Rio de Janeiro chafurda num lamaçal de corrupção, haja visto termos quatro ex-governadores às voltas com a Justiça, um presidiário confesso e outros três em prisão domiciliar. Some-se a isso o atual governador Wilson Witzel, em processo de impeachment e seu vice, na berlinda, vítima de delações premiadas de Edmar Santos, ex-secretário de saúde do estado. Aliás, falou em falcatruas, as secretarias de saúde, seja municipal ou estadual, estão sempre em evidência. Aqueles que querem agir com honestidade, lisura e seriedade, são obrigados a pedirem para sair, seja por ameaças contra a própria vida ou de algum membro da família, ou por não suportarem a pressão imposta por prefeitos e governadores.

No caso de Friburgo, um dos vereadores que denunciou a tramoia engendrada na Secretaria de Saúde, foi o Professor Pierre, que inclusive teve seu automóvel perfurado por um objeto perfurante, que poderia ser uma bala disparada por uma arma de fogo. Na época de tal atentado, Pierre foi ridicularizado, seus detratores querendo fazer acreditar que ele estava querendo aparecer. Naquela época, o atual processo corria em segredo de Justiça.

Se o Ministério Público investigar a fundo, outros casos que são comentados na cidade, poderiam vir à tona, tendo o Hospital Raul Sertã, como epicentro. O problema é conseguir provas dessas ilicitudes.

Portanto, estamos num mato sem cachorro, pois a escolha do próximo prefeito e vereadores é de suma importância para os destinos da cidade. Se antes de entrar já tramam contra o erário, quando estão por cima da carne seca, sai de baixo. Essa é tônica desse maldito estado, pois a história é a mesma em vários municípios, auxiliados por uma legislação calhorda e eivada de más intenções. No Rio, Eduardo Paes e Marcelo Crivella são candidatos a prefeito, mas contra ambos pesam suspeições de maus feitos; em Teresópolis, Mário Tricano que já foi cassado uma vez, afastado na última legislação, volta como candidato; em Friburgo, um prefeito que em nada contribuiu para a melhoria da qualidade de vida do cidadão, corre o risco de ser reeleito.

Acorde eleitor, deixe de ser joguete nas mãos de espertalhões e exerça seu direito de eleitor de maneira digna e sábia. Não seja leviano.

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Os mensageiros distraídos

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Os ouvintes do culto da Boa Nova discorriam sobre as polêmicas que se travavam incessantemente em torno da fé, nos círculos do farisaísmo de várias escolas, quando o Cristo, dentro da profunda simplicidade que lhe era característica, narrou, tolerante:

Os ouvintes do culto da Boa Nova discorriam sobre as polêmicas que se travavam incessantemente em torno da fé, nos círculos do farisaísmo de várias escolas, quando o Cristo, dentro da profunda simplicidade que lhe era característica, narrou, tolerante:

— Um grande senhor recebeu alarmantes notícias de vasto agrupamento de servos, em zona distante da sede do seu governo, que se viam fustigados por febre maligna, e, desejoso de socorrer os tutelados que sofriam na região remota de seus domínios, enviou-lhes mensageiros de confiança, conduzindo remédios adequados à situação e providências alusivas ao reajustamento geral.

Os emissários saíram do palácio com grandes promessas de trabalho, segurança e eficiência na missão; todavia, assim que se viram fora das portas do senhor, começaram a rixar pela escolha dos caminhos.

Uns reclamavam o atalho, outros a planície sem espinheiros e outros, ainda, pediam a passagem através dos montes.

Longos dias perderam na disputa, até que o grupo se desuniu, cada falange atendendo aos próprios caprichos, com absoluto esquecimento do objetivo fundamental.

As dificuldades, porém, não foram solucionadas com decisão. Criados os roteiros diferentes, como que se dilataram os conflitos. Reduzidas agora, numericamente, as expedições sofreram, com mais rigor, os golpes esterilizantes das opiniões pessoais.

Os viajantes não cuidavam senão de inventar novos motivos para o atrito inútil. Entre os que marchavam pelo trilho mais curto, pela vargem e pela serra lavraram discussões improdutivas, contundentes e intermináveis. Dias e noites preciosos eram desprendidos em comentários ruidosos quanto à febre, quanto à condição dos enfermos ou quanto às paisagens em torno. Horas difíceis de amargura e desarmonia, de momento a momento, interrompiam a viagem, sendo a muito custo evitadas as cenas de pugilato e homicídio.

Surgiram as contendas, a propósito de mínimas questões, com pleno desperdício da oportunidade, e, em razão disso, tanto se atrasaram os viajores do atalho, quanto os da planície e do monte, de vez que se encontraram no vale da peste a um só tempo, com enorme e irremediável desapontamento para todos, porquanto, à míngua do prometido recurso, não sobrara nenhum doente vivo na carne.

 A morte devorara-os, um a um, enquanto os mensageiros discutidores matavam o tempo, através da viagem.

O Mestre fixou nos aprendizes o olhar muito lúcido e aduziu:                                    

— Neste símbolo, temos o mundo atacado pela peste da maldade e da descrença e vemos o retrato dos portadores da medicação celeste, que são os religiosos de todos os matizes, que falam na Terra, em nome do pai. Os homens iluminados pela sabedoria da fé, entretanto, apesar de haverem recebido valiosos recursos do céu para os que sofrem e choram, em conseqüência da ignorância e da aflição dominantes no mundo, olvidam as obrigações que lhes assinalam a vida e, sobrepondo os próprios caprichos aos propósitos do supremo Senhor, se desmandam em desvarios verbais de toda espécie. Enquanto alimentam o distúrbio, levianos e distraídos, os necessitados de luz e socorro desfalecem à falta de assistência e dedicação.

E afagando uma das crianças presentes, qual se concentrasse todas as esperanças no sublime futuro, finalizou, sorridente e calmo:

— A discussão, por mais proveitosa, nunca deve distrair-nos do serviço que o Senhor nos deu a fazer.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br      
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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Vai vendo

terça-feira, 29 de setembro de 2020

 

Para pensar:
"A primeira igualdade é a justiça.”
Victor Hugo

Para refletir:
“Não há ordem sem justiça.”
Albert Camus

Vai vendo

Ao tratar daquele que foi certamente o personagem mais controverso da atual gestão municipal, o ex-secretário de Governo e da Casa Civil, Bruno Villas Bôas, a coluna da última sexta-feira, 25, naturalmente repercutiu bastante.

 

Para pensar:
"A primeira igualdade é a justiça.”
Victor Hugo

Para refletir:
“Não há ordem sem justiça.”
Albert Camus

Vai vendo

Ao tratar daquele que foi certamente o personagem mais controverso da atual gestão municipal, o ex-secretário de Governo e da Casa Civil, Bruno Villas Bôas, a coluna da última sexta-feira, 25, naturalmente repercutiu bastante.

Logo pela manhã as informações já estavam sendo reproduzidas em várias, páginas de notícias, grupos e sites e, de alguma forma que o jornalismo não explica, começou a agregar declarações fantasiosas como a de que um dos dois carros apreendidos pela Polícia Federal seria, vejam só, uma Lamborghini.

Bombardeio

Teria sido fácil fazer uma consulta para observar que, na verdade, se tratavam de um Jeep Compass e de uma Chevrolet S10.

O episódio ilustra bem o quanto estamos sujeitos atualmente ao bombardeio e à influência de informações inverídicas, e o quanto a população precisa escolher bem suas fontes, caso deseje formar opinião com bases reais.

Tanto mais em meio a uma corrida eleitoral tão curta e congestionada.

Para que inventar?

E é curioso que alegações falsas brotem justamente onde existiria um monte de informações verdadeiras a serem acrescentadas.

Alguém poderia ter lembrado, por exemplo, do episódio em que Ângelo Jaquel, que fez excelente trabalho à frente da Secretaria de Infraestrutura e Logística, foi repreendido publicamente - vejam só! - por ter salvado parte de um processo licitatório e, com isso, preservado o erário de dano ainda maior.

Na linha do trem

Ou então que se não tivesse pedido exoneração em 2018, sob a alegação de ter recebido convite da iniciativa privada, Villas Bôas teria sido alvo do procurador-geral da época, Sávio Rodrigues, o qual já havia inclusive manifestado por entrevista a este jornal, logo depois de assinados os Termos de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público Federal e do Trabalho, que a revisão de inúmeros contratos dos gestores municipais exigido pelos TAC´s seria iniciado justamente pela Ata de Duque de Caxias que - oh surpresa! - jamais havia passado pela análise da Procuradoria do Município.

Piuíiii

Sem esquecer, é claro, que o procurador-geral à época também teve a postura elogiável de cancelar o PL 430/18, episódio em que ficou publicamente constatado que o ex-secretário de Governo também havia contornado o PGM em esforço para ver aprovada pela Câmara a prorrogação do improrrogável contrato do município com a empresa de ônibus Faol.

Ou seja: se não tivesse pedido para sair, ia sair de qualquer jeito.

Esterilizando

E já que estamos falando sobre controvérsias, eis que a semana começou com mais um desdobramento de operação legislativa “Mãos de Sangue”, protocolada no fim de 2017.

Após três anos de investigações o Ministério Público Federal (MPF) denunciou as ex-secretárias municipais de Saúde, Suzane Oliveira de Menezes e Michelle Silvares Duarte de Oliveira por fraude na contratação emergencial da Bioxxi Serviços de Esterilização Ltda para prestação de serviços no Hospital Maternidade Dr. Mario Dutra de Castro e no Hospital Municipal Raul Sertã, como detalha reportagem na página 3 desta edição.

Questão de tempo

Também foram denunciados Paulo Eduardo de Souza, ex-servidor da SMS, Marcus Vinícius Negri Pereira, diretor médico da Bioxxi, e Diego Guimarães da Silva Pinto, sócio-administrador da empresa.

Cá entre nós, era apenas uma questão de tempo para isso acontecer, como também é questão de tempo para que surjam desdobramentos de muitas outras linhas de investigação a respeito de procedimentos extremamente questionáveis ocorridos durante o mandato atual.

Escandaloso

Esse episódio da esterilização foi escandaloso sob todos os aspectos, em especial quando a Secretaria de Saúde determinou a continuidade da realização de cirurgias eletivas mesmo quando já estava evidente que a esterilização estava sendo muito deficiente, e ainda orientou pacientes a processarem médicos que se recusassem a operar.

A coluna jamais vai esquecer disso, porque no dia anterior, antes de publicar qualquer palavra sobre o tema, telefonou para a prefeitura e comunicou a situação, disposta a não publicar nada caso medidas fossem tomadas.

Direcionamento

Os denunciados vão responder pelos crimes de dispensa ilegal de licitação e peculato.

“O que aparentava ser uma providência administrativa formalmente legítima para evitar o fechamento das três salas de cirurgia do HMRS, encobria, entretanto, prévio acerto criminoso entre os agentes públicos e os particulares denunciados para conceder à empresa Bioxxi Ltda contratos de serviço de esterilização das unidades hospitalares da SMS”, relata na denúncia o procurador da República João Felipe Villa do Miu.

Sem surpresa

Com autorização da Justiça Federal, a quebra de sigilo dos e-mails revelou que, antes mesmo da interdição da CME do Hospital Raul Sertã, os denunciados deram início às tratativas para a contratação da Bioxxi, comprovando o conluio entre os agentes públicos e os representantes da empresa contratada por dispensa de licitação.

A Bioxxi foi a única a apresentar proposta, iniciando as tratativas em data anterior à instauração do procedimento administrativo para a contratação, e as investigações revelaram que Suzane, Michelle e Paulo dolosamente dificultaram a apresentação de uma segunda proposta pela empresa Oxetil. Também não foi realizada ampla pesquisa de mercado para a contratação do serviço.

Até o fim

Não custa lembrar, no entanto, que o valor de seis meses do serviço contratado - e que nem ao menos era prestado devidamente, sendo fartos os registros de material devolvido sujo de sangue - custaria mais de 20 vezes o valor que se revelou necessário para recuperar a CME…

Ainda hoje este colunista ainda fica indignado com tudo o que viu naqueles dias, e por isso parabeniza ao Ministério Público Federal por mais esta ação.

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AVS comunica bem em todas as linguagens!

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Está mais do que provado que em tudo no mundo pode haver uma dualidade – o bom e o mau. A internet não passaria longe dessa armadilha, muito menos estaria livre de contaminação pelas fake news. O Caderno Z aborda o assunto, trazendo à luz a combinação de redes sociais e notícias falsas. A mentira sempre existiu, porém ganhou rapidez e alcances extraordinários. Mais do que nunca, com a aproximação das eleições, é preciso muito cuidado. O criador do Fakepedia, Anderson Cordeiro, alerta: “Só se combate fake news armando as pessoas com informações”.

Está mais do que provado que em tudo no mundo pode haver uma dualidade – o bom e o mau. A internet não passaria longe dessa armadilha, muito menos estaria livre de contaminação pelas fake news. O Caderno Z aborda o assunto, trazendo à luz a combinação de redes sociais e notícias falsas. A mentira sempre existiu, porém ganhou rapidez e alcances extraordinários. Mais do que nunca, com a aproximação das eleições, é preciso muito cuidado. O criador do Fakepedia, Anderson Cordeiro, alerta: “Só se combate fake news armando as pessoas com informações”. Para comprovar a veracidade de uma notícia, Anderson destaca: “É preciso verificar a fonte, ver se a notícia vem de um veículo confiável”. E mais: “Tem que ler a notícia toda. Tem gente que só lê o título...”. Ninguém se deixe enganar, pois “as notícias falsas são feitas para chocar...”.

Se para os eleitores está cada vez mais difícil acreditar em campanhas, para os candidatos a dificuldade também não faz por menos. Sem os comícios presenciais por conta da pandemia, os estreantes, em especial, terão desafios em dobro. Os mais conhecidos contam com a vantagem do nome, porém, podem ter o desprestígio, caso não tenham desempenhado bem as funções de outrora. Como muita gente não assiste propaganda eleitoral, ou, às vezes, assiste para “se divertir”, se é que isso é diversão, é bom saber que a Justiça Eleitoral estará vigilante para impedir ações mirabolantes que venham a ocorrer. O fato é que se eleitor se sente indeciso ou descrente, os candidatos, alguns, certamente, estão pisando em ovos. Entretanto, nem tudo está perdido, pois, como eleitores, podemos contar com a ajuda da imprensa para clarear a nossa mente.

Não é de surpreender que em “Há 50 anos” falava-se do assunto eleições, sobre a programação gratuita de rádio, que alcançava “índices dos mais gozativos”, já que muitos candidatos não possuíam “a mínima condição para falas”, sendo que até “coisitas comezinhas” recebiam o “pomposo título de plano piloto”. A coluna lembra ainda o Galeria Bar, “o centro das conversações e das grandes decisões de nossa política”. Outra coisa bem lembrada: “O senhor Emílio Kramer, com 55 anos de serviços prestados à Fábrica de Rendas Arp, foi escolhido Operário Padrão de 1970”. Quem conseguiria alcançar reconhecimento assim nestes nossos tempos de modernidade líquida?

Lixo com descarte irregular! E a gente pensando que as pessoas vão melhorar o comportamento. Algumas, sim, com certeza. Carnaval na berlinda e a pandemia só avançando.  Sem medidas de restrições eficazes, aglomerações, ruas noturnas cheias, sem vacina, sem responsabilidade com a vida humana, o cenário é ameaçador, sob o comando da bandeira amarela. O Drive-in Live Show, caso se realize, será mais uma atração para quem deseja sair de casa para se distrair. Trata-se de um evento para a  Via Expressa, em que a plateia permanecerá dentro de seus carros, no máximo quatro pessoas por veículo, com uma série de exigências, tanto para o público quanto para os organizadores.

Mas vejam só quem eu encontro na página 9 da edição do último fim de semana:   uma verdadeira surpresa de viagem: meu primo Ordilei Alves da Costa em “A literatura em tempos difíceis”. Os tempos estão dificílimos mesmo, mas a verve literária de Ordilei agiu com a maior facilidade para homenagear os “anônimos heróis”, destacando uma plêiade de profissionais que se expõe no enfrentamento da pandemia, para dar suporte a tanta gente que precisa de auxílio no isolamento. O texto flui reverenciando todos os heróis, com destaque de um soneto – “O motoboy”. Muito bonito e merecido, por sinal.

A linguagem literária traduz muito do que se quer dizer e que, às vezes, não se sabe expressar. Tudo se comunica! Há sempre um modo de se expressar os sentimentos. Seja no olhar ou nos gestos, não é sem razão que a Língua Brasileira de Sinais conquista, cada vez mais, espaços na comunicação. A psicóloga e professora em Libras, Luciana Ruiz, destaca a importância dos sinais para as próximas eleições. Em todo tempo e lugar, a “janela dos sinais” abre portas para o mundo dos conhecimentos e isso é maravilhoso!

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Mais um ano de casados

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Mais um ano de casados

Ontem, 28, o casal da foto Adinéia Silva Cordeiro e Roosevelt de Carvalho Cordeiro completou, com grande orgulho, 52 anos de união matrimonial, algo muito especial para seus filhos, genros, noras, netos, demais familiares e uma legião de amigos, entre os quais este colunista se inclui com muita honra e alegria.

Parabéns pelas "Bodas de Argila" com votos de continuas felicidades a este queridíssimo casal.

Independência com 33 anos

Mais um ano de casados

Ontem, 28, o casal da foto Adinéia Silva Cordeiro e Roosevelt de Carvalho Cordeiro completou, com grande orgulho, 52 anos de união matrimonial, algo muito especial para seus filhos, genros, noras, netos, demais familiares e uma legião de amigos, entre os quais este colunista se inclui com muita honra e alegria.

Parabéns pelas "Bodas de Argila" com votos de continuas felicidades a este queridíssimo casal.

Independência com 33 anos

Ontem, 28, também foi dia de celebração para a augusta e respeitável Loja Maçônica Independência de Nova Friburgo, que tem sua sede bem próxima da Apae, em Conselheiro Paulino, chegou a uma significativa marca de 33 anos de existência.

A loja maçônica Independência teve em sua primeira diretoria a dedicação dos mestres maçons Artur Karl Schmidt (presidente), Arnoldo Madureira Neves (1° vice-presidente), Jorge Pinheiro das Neves (2° vice-presidente), Amaranto Cezário Leal de Freitas (orador), Ivo França de Carvalho (secretário), Adeilto Pereira de Almeida (Tesoureiro) e José de Anchieta de Abreu Pacheco (chanceler), alguns deles, já falecidos.  

Atualmente, a diretoria da Independência é composta por Eunaize de Oliveira (presidente), Danton Heloécio Tinoco (1° vice-presidente), Gustavo Cariello Ynouê (2° vice-presidente), Ericksem Gomes de Souza (orador), Leandro da Silveira Ferreira (secretário), Paulo Kaustcher Filho (tesoureiro) e Leônidas Christino (chanceler).

Doação do Rotary Olaria

Semana passada durante mais uma de suas reuniões, o Rotary Clube Olaria fez a entrega para a presidente do Rotaract Nova Friburgo, a jovem Camila Teles Dimas Guimarães, de 60 garrafas com lacres de latinhas de refrigerantes e cervejas para reforçar a brilhante campanha que resulta na aquisição de cadeiras de rodas para pessoas necessitadas.

Na foto, o presidente do Rotary Clube Nova Friburgo Olaria Carlos Eduardo Avelar Cortez com Camila Teles Dimas Guimarães e Heraldo Klein.

Festa no clã Aguilera

Os corações da querida família Aguilera, tendo a frente o ex-vereador e conceituado contador Mário Aguilera Campos estiveram a mil no último domingo, 27, com muitas expectativas e depois, uma verdadeira explosão de alegrias.

É que a linda Giovana Aguilera, com incrível talento musical, mandou super bem no The Voice Kids, como detalha a reportagem aí ao lado. Segura a emoção, vovô Aguilera!

Riograndina em festa

O distrito de Riograndina estará em festa da próxima sexta-feira, 2 de outubro, até o próximo dia 12 por conta de sua padroeira, Nossa Senhora do Rosário.

O padre Roberto José Pinto avisa que a programação contará com celebrações de missas às 18h, Noite do Pastel, no próximo domingo, 4, com retirada na modalidade delivery, missa às 10h, almoço (retirada na cantina) a partir das 11h e às 18h live oracional Mariana pelo Facebook.

No próximo dia 5, às 19h30, missa com o padre Luiz Cláudio de Mendonça, da Paróquia de N. S. das Graças e no dia 6 também às 19h30, missa com o padre Romivaldo José Azevedo, da Paróquia de São Sebastião de Lumiar. No dia 7, dia da padroeira de Riograndina, às 8h e às 18h, haverá recitações do rosário; às 19h, missa em louvor a Nossa Senhora do Rosário, em seguida peregrinação com a imagem pelas ruas centrais do distrito.  

Já no dia 8, terá adoração ao Santíssimo Sacramento; dia 9, novena; dia 10, missa às 18h, seguida de live oracional, yakisoba (delivery ou drive thru); dia 11, missa às 7h na capela São João Maria, 9h na matriz e 18h na capela de São Domingos e por fim, no dia 12, às 18h, missa em louvor a Nossa Senhora Aparecida.

Dia de Santa Teresinha

As atividades do querido bispo diocesano Dom Luís Antônio Lopes Ricci vai começar cedinho na próxima quinta-feira, 1°, e consequentemente ao longo do mês de outubro.

É que às 8h ele vai celebrar missa solene em Conselheiro Paulino em louvor ao Dia de Santa Teresinha. À noite, após nova missa, haverá carreata em louvor a padroeira do distrito até a Praça Marcilio Dias com retorno a Conselheiro.

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