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Lucas com 1° aninho hoje!

terça-feira, 24 de março de 2020

Lucas com 1° aninho hoje!

O dia 24 de março passou a ser, especialmente de um ano para cá, uma data significativa e importante na vida do médico Marcelo Ventura Figueira e sua esposa Lindiner de Castro Coelho. Isso, por que Deus em sua infinita sabedoria e generosidade para com aqueles que merecem, proporcionou já numa época da vida deles que possivelmente não esperavam por tamanha felicidade e grandeza de ter um filho. E o Lucas de Castro Ventura Figueira chegou se tornando a razão de viver do casal. Aí, o pimpolho aparece sozinho e junto aos pais corujas.

Lucas com 1° aninho hoje!

O dia 24 de março passou a ser, especialmente de um ano para cá, uma data significativa e importante na vida do médico Marcelo Ventura Figueira e sua esposa Lindiner de Castro Coelho. Isso, por que Deus em sua infinita sabedoria e generosidade para com aqueles que merecem, proporcionou já numa época da vida deles que possivelmente não esperavam por tamanha felicidade e grandeza de ter um filho. E o Lucas de Castro Ventura Figueira chegou se tornando a razão de viver do casal. Aí, o pimpolho aparece sozinho e junto aos pais corujas.

Desejamos ao casal os sinceros votos de um mundo de felicidades para o Lucas e toda a família. Parabéns.

Sem eleições e com ajudas

Independentemente do que pode acontecer a mais e infelizmente, a respeito das extremas dificuldades que pessoas jurídicas e físicas enfrentarão, fora a expectativa de que as eleições deste ano sejam adiadas, há muitos que comungam da ideia de que o pleito seja transferido de outubro próximo para outubro de 2022 e que o astronômico Fundo Eleitoral Partidário seja revertido para a saúde e se possível ainda, para de se injetar na melhoria da economia do nosso país.

Friburguense sucesso no Youtube

Que Nova Friburgo é a Cidade da Música, possuindo dezenas de valorosos talentos no segmento, e em diferentes tendências da atividade artística, não resta a menor dúvida. Principalmente com as novas mídias proporcionadas pela tecnologia, jovens friburguenses também se destacam no universo da internet.

Mais um exemplo disso é o cantor e compositor OJhon (foto), que faz sucesso com a música ‘Relação Bandida’, lançada no YouTube, em janeiro, e em vários canais de funk, nos quais já ultrapassou a marca de 100 mil visualizações. Além desses, o número mais expressivo é do canal de Tiago Silvestre, somente no qual a composição atingiu 96 mil visualizações em apenas um mês. No Spotify, em 15 dias, a música chegou a mais de 30 mil acessos.

‘Relação Bandida’ é de autoria do próprio OJhon, com produção do DJ 2F da CDD (Cidade de Deus), hoje um dos maiores nomes do país, com várias de suas produções no topo das plataformas musicais de streaming, com quase 60 milhões de visualizações no YouTube e mais de 100 milhões de acessos no Spotify, com sua música de maior sucesso.

Contramão do caos

Por causa da pandemia do coronavírus e sobretudo, em decorrência do caos econômico e social que deverá se acentuar, após o período de quarentena, quem sabe será a hora dos governos mostrarem pulso e capacidade, se caso realmente procede alguma culpabilidade velada da China, seria a hora de se proibir no Brasil a venda de produtos Made In China para que as indústrias consigam se recuperar. Quem sabe!

Chegou a Maria

Desde 16 de fevereiro, o lar do casal Renata Bastos Rodrigues Silva e Ralf Pinho de Souza está ainda mais feliz, graças à chegada da bonequinha Maria Rodrigues de Souza, que chegou para formar a duplinha do amor com o irmãozinho Emanuel.

Em razão desta alegria, estão felizes também os corações dos avós Maria do Carmo, Maria José Rodrigues e Ricardo Silva, assim como os tios Marcelo e Liliane e demais familiares.

Para o casal Renata e Ralf com os filhinhos aí na foto, parabéns e todas as felicidades para sempre que eles bem merecem.

Falou e disse!

Muitas coisas, de todos os sentidos têm sido ditas e escritas por conta do Covid-19, mas quem sabe, esta frase de fato diz muito ou tudo: “O planeta ficou doente porque está com a humanidade baixa”.

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É tempo de mudar a roupa

terça-feira, 24 de março de 2020

A letra da música O Dia Em Que a Terra Parou, mesmo sendo veiculada pelos quatro cantos da internet, nos oferece motivos para refletir. Escrita em 1977, há 33 anos, Raul Seixas, por quem tenho admiração, principalmente pela inteligência e sagacidade, descreveu o momento em que vivemos, sem atribuir a um vírus, o COVID-19, a causa de fazer o mundo parar. Da criatividade à premonição, da vidência à profecia, não há como determinar porque nosso músico-poeta criou essa obra.

A letra da música O Dia Em Que a Terra Parou, mesmo sendo veiculada pelos quatro cantos da internet, nos oferece motivos para refletir. Escrita em 1977, há 33 anos, Raul Seixas, por quem tenho admiração, principalmente pela inteligência e sagacidade, descreveu o momento em que vivemos, sem atribuir a um vírus, o COVID-19, a causa de fazer o mundo parar. Da criatividade à premonição, da vidência à profecia, não há como determinar porque nosso músico-poeta criou essa obra.

Entretanto, a ideia de versatilidade me toma a atenção. Neste momento, em que todos precisam respeitar o isolamento social, ficando em suas casas, a pluralidade de interesses e de capacidades se tornam características relevantes à personalidade das pessoas.

Foi decidido que todos devem se aquietar em seu canto por um tempo, provavelmente longo. Fala-se em seis meses. Ou quatro. Que sejam três; de noventa a cento e oitenta dias. De 2.210 horas a 4.420 horas, mais precisamente. Ah, como será preciso buscar o bem-estar nesse tempo e encontrar formas de torná-lo útil. Não há receitas para sugerir o que as pessoas devem fazer; cada um tem de buscar outros modos de fazer o dia.  

Resolvi pesquisar em Freud algumas ideias, especificamente na obra O Mal-Estar na Civilização. A primeira que achei, em apenas o virar de uma página, foi a de que é saudável expandir a capacidade de observar o mundo que nos cerca; olhar para as estrelas, reparar no verde da natureza, até no formato das unhas das mãos. Tudo pode nos sugerir pontos de partida para o restabelecimento de uma rotina diferente.

Estamos acostumados com a ordem o que nos impele à repetição de hábitos; como, onde e quando as coisas devem ser feitas, evitando ao máximo as oscilações e hesitações. Estou acostumada a fazer o café numa cafeteira de ágata azul. Se não for exatamente nesta minha cafeteira, vou estranhar, a ponto de prejudicar o prazer que tenho em fazê-lo e saboreá-lo. 

A organização de vida em determinados padrões é benéfica, confortável e segura, além de poupar energias físicas e psíquicas. Quem gosta de lidar com dificuldades? A sociedade nos exige e nos educa para que não sejamos negligentes e que respeitemos modelos que prezam pela limpeza, pela beleza e pela organização. Imagine um saguão de um edifício comercial com quatro portas de elevador que transportam cem pessoas ou mais, num espaço de dez minutos. Se não houver filas organizadas, haverá o caos, empurra-empurra, brigas e outras situações estressantes.

Quem vai afirmar que as filas não são importantes? 

Entretanto, agora, com este vírus que pegou o mundo desprevenido, precisamos buscar outras formas de viver em nossos cantos. De fazer novas filas. Vamos reconfigurar este nosso lugar delimitado para passarmos um tempo. Além do que, teremos a oportunidade para descobrirmos um pouco melhor quem somos e como queremos viver os dias que temos pela frente.

Sei que será preciso ter abertura de pensamento e curiosidade aguçada para construirmos diferentes modos de colocar nossa vida em prática. Agora não é época para teorias e divagações. É, sim, um tempo de mudar a roupa. 

Deixo, para terminar, a letra da música do nosso Raul, O Dia em que a Terra Parou. Como todas suas obras, cada verso contém uma riqueza de ideias extravagantes. Mas a vida é assim.

 

Essa noite eu tive um sonho

De sonhador

Maluco que sou, eu sonhei

Com o dia em que a Terra parou

Com o dia em que a Terra parou

 

Foi assim

No dia em que todas as pessoas

Do planeta inteiro

Resolveram que ninguém ia sair de casa

Como se fosse combinado em todo

O planeta

Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém

 

O empregado não saiu pro seu trabalho

Pois sabia que o patrão também não tava lá

Dona de casa não saiu pra comprar pão

Pois sabia que o padeiro também não tava lá

E o guarda não saiu pra prender

Pois sabia que o ladrão, também não tava lá

E o ladrão não saiu pra roubar

Pois sabia que não ia ter onde gastar

No dia em que a Terra parou (êê)

No dia em que a Terra parou (ôô)

No dia em que a Terra parou (ôô)

No dia em que a Terra parou

 

E nas igrejas nenhum sino a badalar

Pois sabia que os fiéis também não tavam lá

E os fiéis não saíram pra rezar

Pois sabiam que o padre também não tava lá

E o aluno não saiu pra estudar

Pois sabia que o professor também não tava lá

E o professor não saiu pra lecionar

Pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar

 

No dia em que a Terra parou (ôôô)

No dia em que a Terra parou (ôôô)

No dia em que a Terra parou (uuu)

No dia em que a Terra parou

 

O comandante não saiu para o quartel

Pois sabia que o soldado também não tava lá

E o soldado não saiu pra ir pra guerra

Pois sabia que o inimigo também não tava lá

E o paciente não saiu pra se tratar

Pois sabia que o doutor também não tava lá

E o doutor não saiu pra medicar

Pois sabia que não tinha mais doença pra curar

 

No dia em que a Terra parou (oh, heah)

No dia em que a Terra parou (ôôô)

No dia em que a Terra parou (eu acordei)

No dia em que a Terra parou (acordei)

No dia em que a Terra parou (justamente)

No dia em que a Terra parou (eu não sonhei acordado)

No dia em que a Terra parou (êêê)

No dia em que a Terra parou

No dia em que a Terra parou

 

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Surreal

sábado, 21 de março de 2020

Para pensar:

“A verdadeira serenidade não é ausência de paixão, mas a paixão contida, ímpeto domado.”

Georges Duhamel

Para refletir:

É sempre no meio, no epicentro de nossos problemas que encontramos a serenidade.

Antoine de Saint-Exupéry

Surreal

Num momento em que pede-se que a população friburguense permaneça em casa e lave as mãos o máximo que puder, bairros como o Cônego vêm sofrendo há vários dias com desabastecimento de água.

Para pensar:

“A verdadeira serenidade não é ausência de paixão, mas a paixão contida, ímpeto domado.”

Georges Duhamel

Para refletir:

É sempre no meio, no epicentro de nossos problemas que encontramos a serenidade.

Antoine de Saint-Exupéry

Surreal

Num momento em que pede-se que a população friburguense permaneça em casa e lave as mãos o máximo que puder, bairros como o Cônego vêm sofrendo há vários dias com desabastecimento de água.

É uma situação surreal, para dizer o mínimo.

Recomendações (1)

Diante da seriedade do caso, o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Trabalho resolveram apresentar cinco recomendações ao diretor-presidente da concessionária Águas de Nova Friburgo.

A saber: reforçar, inclusive mediante contratação temporária, equipes de manutenção e logística para restabelecimento, no menor prazo possível, do serviço de água e esgoto interrompido na sua área de concessão.

Recomendações (2)

Reforçar, inclusive mediante contratação temporária, a distribuição de carros-pipas, para atendimento à população em situação de interrupção de serviço de água e esgoto; divulgar, no mínimo, três boletins de informação diários (manhã, tarde e noite) sobre a existência de interrupção de serviço de água e esgoto nos bairros e ruas dentro de sua área de concessão, com esclarecimentos sobre a causa da interrupção e estimativa realista de seu restabelecimento, assim como orientações sobre racionamento de água, se couber.

Recomendações (3)

Divulgar, de imediato e em tempo real, a ocorrência de interrupção do serviço de água e esgoto em determinada localidade, assegurando o maior tempo possível à população para promover o racionamento indispensável ao enfrentamento da pandemia por Covid; realizar a divulgação das informações e boletins diários por todos os veículos de comunicação disponíveis à população, inclusive mediante TV, rádio, imprensa, canais de notícias na internet, Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp.

Fiscalizar

Paralelamente, os MPs também decidiram recomendar ao prefeito Renato Bravo e ao Comitê Operativo de Emergência em Saúde Pública Municipal que fiscalize a execução do serviço de água e esgoto, adotando as medidas de emergência disponíveis para assegurar a continuidade dos serviços essenciais, e orientando à população na hipótese de racionamento e interrupção dos referidos serviços.

Quem avisa...

O ofício, assinado conjuntamente pela promotora de Justiça, Cláudia Canto Condack, pelo procurador do Trabalho Jefferson Luiz Maciel Rodrigues e pelo procurador da República João Felipe Villa do Miu, lembra, por fim, das várias consequências cabíveis quanto ao descumprimento das recomendações expedidas pelo Ministério Público.

Ou seja: quem avisa, amigo é.

E, cá entre nós, não é mesmo admissível que alguém fique sem água num momento como o atual.

Merecem e precisam

O Ministério Público do Trabalho também encaminhou recomendação a todas as secretarias de Saúde dos 13 municípios abrangidos pela atenção do MPT de Nova Friburgo-RJ para que adotem medidas de proteção (equipamentos de proteção) aos profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate à pandemia.

A estes profissionais, aos quais a coluna agradece mais uma vez, todo o amparo da sociedade ainda será pouco.

Em tempo

A coluna também pode confirmar que nesta sexta-feira, 20, o vereador Professor Pierre protocolou um projeto de lei voltado a assegurar que, na eventualidade de qualquer decreto de calamidade que se dê em razão de problemas de natureza epidemiológica que afete diretamente os sistemas público e privado de saúde local, a cobrança de água e esgoto se dê em conformidade com os valores praticados junto à categoria de menor consumo.

Categorias de consumo

O projeto parte do princípio que o consumo de água aumenta em períodos como este que vivemos, no qual as pessoas precisam ficar em casa mais tempo, e também lavam mais as mãos.

Assim, não seria justo que a empresa obtivesse lucros com a alteração da tarifa praticada, a partir do momento em que consumidores passassem a ingressar em categorias de maior volume consumido.

Incógnita

Impossível, no entanto, avaliar quando tal projeto poderia ser efetivado, já que o prefeito Renato Bravo suspendeu, por decreto, as atividades da administração municipal, a princípio por uma semana, como detalha reportagem na página 3 desta edição.

Lumiar e São Pedro

A coluna tem recebido mensagens de diversos moradores de Lumiar e São Pedro da Serra bastante preocupados com a presença e o fluxo de turistas nos dois distritos, nesses tempos que precisam ser de isolamento social.

Diante de tais manifestações a coluna entrou em contato com a Secretaria de Saúde, e confirmou que por lá as mesmas mensagens também haviam sido recebidas.

Visita

Pois bem, a coluna pode confirmar que nesta sexta-feira, 20, uma equipe da secretaria visitou os dois distritos, e em especial as pousadas que haviam sido citadas nas denúncias, e as encontrou de portas fechadas.

Também havia rumores sobre a presença de turistas italianos.

A equipe da Secretaria de Saúde, contudo, encontrou apenas pessoas que haviam estado na Itália recentemente, e não apresentam quaisquer sintomas do novo coronavírus.

Espaço aberto

A coluna mantém este espaço aberto a qualquer informação que possa colaborar para o sucesso do isolamento social, sem contudo deixar de enfatizar a importância do bom senso e da serenidade nesses tempos em que é tão fácil passarmos adiante informações não devidamente comprovadas.

É momento de darmos exemplo, de sermos maduros, e agirmos com objetividade e consciência, trocando a agressividade por argumentos.

Respostas

De forma compreensível, poucos leitores se manifestaram a respeito de nosso desafio fotográfico mais recente.

Reconheceram corretamente a imagem de Nossa Senhora, no jardim interno do Colégio Anchieta, os parceiros Marcelo Machado, Antônio Lopes e Rosemarie Künzel.

Parabéns a todos, e cuidem-se bem.

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Cerimônia marca obras de concretagem do 3º andar do Sase em Olaria

sábado, 21 de março de 2020

Edição de 21 e 22 de março de 1970 
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes: 

Edição de 21 e 22 de março de 1970 
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes: 

  • Obras no Hospital do Sase - Com marcantes solenidades e a presença do deputado Edgard de Almeida, homenageado especial, serão realizadas as cerimônias de concretagem da terceira laje do Hospital do Sase – em Olaria do Cônego, nosocômio que tem o nome do mencionado representante de Friburgo na Câmara Federal. Vultosos recursos, em espécie, em materiais médico-cirúrgico-hospitalares, assim como remédios e utilidades foram subscritos e estão sendo encaminhados à direção do aludido hospital pelo deputado Edgard de Almeida, que irá falar ao nosso povo pelo microfone da Rádio Sociedade de Friburgo.
  • Não obstante as ondas… e as notícias contraditórias que inevitavelmente surgem ao serem colocadas no teatro dos acontecimentos, o deputado Álvaro de Almeida continua a ser candidato à presidência da Assembleia Legislativa, cujo recesso deverá ser interrompido brevemente, voltando assim a funcionar, novamente, o poder conhecido como Cúpula de Democracia, título com o qual concordamos plenamente. Julgamos infantilidade política a tese de que somente após a reabertura da Assembleia deverá ser cogitado o problema da mesa diretora da casa do povo. O deputado Álvaro de Almeida entrou no assunto devida oportunidade e com aquela perspicácia que lhe é característica. A verdade é que, o dedicado e operoso delegado dos friburguenses no parlamento estadual, postulou a função, junto aos seus companheiros de bancada, no que foi atendido sem restrições, pois de fato e realmente possui todas as condições para bem desempenhá-la, se eleito, é claro.

Pílulas:

  • O ritmo impresso aos serviços do novo abastecimento d’água da cidade é impressionante. Não só a barragem, como a complexa estação de tratamento, como ainda o assentamento da tubulação e as três caixas-depósito nos mais altos pontos da zona urbana, ficarão terminadas dentro de pouco tempo. A notícia deve alegrar os friburguenses.
  • Água de excelente qualidade e em quantidade suficiente para o abastecimento de Friburgo até o ano 2000, eis o que está prestes a acontecer em nossa terra. Vamos ver o que ainda tem a dizer sobre a monumental iniciativa, os mocinhos do contra.
  • A moçada realizou outra grande investida junto a Secretaria de Educação para o retorno. Houve preparo psicológico e até recepção pela volta com entrega de flores. O time do puxa esteve ativo, mas a coisa não colou. E não colará jamais.
  • Nota-se um movimento diferente nos clubes esportivos da cidade. Parece que um sopro renovador vai derruir os alicerçes carcomidos de uma estrutura imposta pela visível incapacidade de grupos - em os quais, somente se salvam umas poucas e honrosas exceções – fazendo surgir algo com o valor das organizações esportivas locais. Lamentavelmente não resta muita coisa no que respeita aos arcabouços dos grandes clubes da cidade, precisando salvar-se urgentemente os vultosos patrimônios, os nomes e tradições que precisam ser cultuadas.
  • A decadência do futebol de Friburgo foi por nós prevista e anunciada desde 1958, época em que começou a agravar-se o problema da não seleção de dirigentes. Qualquer figurinha inexpressiva e por vezes desconhecida no meio ambiente, amanhecia presidente ou diretor de clube, apenas para satisfazer vaidades e apetites. A não ser em diminuto número de casos, o agravamento do mal era patente. Com a enxurrada muitos legítimos desportistas recolheram-se, deixando o campo aberto para os incapazes, mormente para os “artigos de importação”. O resultado não se fez esperar, para desgraça do nosso futebol, do nosso esporte em geral. Agora, só existe um remédio: Detefon em alta escala.  

Sociais:

  • AVS registra os aniversários de: Juvenal Goulart (20); João Batista Bussinger, Maria Lessa Ventura, Flora Sertã da Silveira (21); Margarida de Almeida Ventura, João Batista Spinelli (22); Aracy Cúrio, Arlindo Angelino Polo, José Dutra da Costa, Gisele Passenato (23); Richard Ihns (24); Neuza Ruiz, Elvirinha Tufy Gandur (25); Lázaro Matheus Garcia (26); Wilson Campos, João Alves Pessoa (27) e João Marcos Alves Pessoa (29).

 

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Espalhe amor

sábado, 21 de março de 2020

Sou fã confesso do Papa Francisco. Não sou fã por ser católico ou por conta da minha história ter ligação com os jesuítas. Sou adepto de sua liderança, de seus ensinamentos, por ser discípulo de um Deus que habita na simplicidade. É uma besteira gostar de um padre ou de um pastor porque ele é da mesma religião que a sua.    Temos o direito de discordar. Assim, a religião não deve nos obrigar a gostar do pastor ou do padre porque somos da mesma congregação.

Sou fã confesso do Papa Francisco. Não sou fã por ser católico ou por conta da minha história ter ligação com os jesuítas. Sou adepto de sua liderança, de seus ensinamentos, por ser discípulo de um Deus que habita na simplicidade. É uma besteira gostar de um padre ou de um pastor porque ele é da mesma religião que a sua.    Temos o direito de discordar. Assim, a religião não deve nos obrigar a gostar do pastor ou do padre porque somos da mesma congregação. Mas voltando ao Papa Francisco, em uma de suas recentes missas, sem público por conta da pandemia que se alastra pelo mundo, dizia ele: “o vírus da indiferença desumaniza”.

Tão fatal quanto a peste negra, tão avassalador como o COVID-19 é o vírus da indiferença. Tão mal quanto o ódio, por um ser subproduto do outro. A vacina para o coronavírus será encontrada em breve pela ciência. A vacina para a indiferença sempre existiu e está dentro de cada um de nós como anulador dos maus sentimentos que permitimos se manifestar dentro de nós. Qual usaremos? Qual de fato nos faz bem e ao universo?

Os livros de história, certamente, terão capítulo para esse período. Além das mortes, da geopolítica, está o declínio da economia. O que fechará esse capítulo ainda não sabemos. Mas o que ficará para nós como sociedade? O que estamos aprendendo com tudo isso? Passou da hora de usarmos em constância a vacina boa que existe em nós. É esse o grande ensinamento desse momento que vivemos.

A proibição de abraçar nos faz lembrar do quão importante é o abraço. Que nesse momento possamos abraçar de outras formas e esse abraço será tão ou mais forte do que aquele que possibilita o contato. A proibição de apertar as mãos nos faz recordar do quanto é prazeroso tocar o outro. Que nesse momento possamos apertar as mãos pelo olhar e nos cumprimentar como irmãos. 

Só o amor nos faz irmãos. Que nossos afetos sejam mais do que os beijos que não podem ser dados para descobrirmos que não é o físico que nos conecta, mas algo extraordinário: o sentimento que flui e rompe a barreira do ar e sem qualquer risco de vírus nos chega e se achega no colo da alma. É momento de cuidar uns dos outros para cuidarmos de nós mesmos e do planeta. E a fatura do nosso consumismo, soberba e ignorância nem chegou ainda. E olha que não acredito em Deus punitivo, mas tenho certeza do homem que se auto pune sem sequer se julgar. Espalhemos amor. 

Quem poderia supor que um micro-organismo, invisível aos olhos como a fé, ensinaria a humanidade que precisamos é espalhar amor? Não dá para esperar até dezembro. O mundo pede que espalhemos amor - agora. Pois não espalhamos amor ontem. Quantos se deixaram levar pelo ódio, disseminaram o rancor e estão amargurados? O egoísmo enfraquece elos. A que tempo nos traz a desigualdade? A raiva causa indiferença. E indiferença desumaniza. 

Não é preciso sofrer para aprender. A dor não faz ninguém evoluir. O que faz crescer é a urgência de nos resolver como irmãos. E a fórmula não é nenhuma decodificação de décadas de ensaios e conclusões acadêmicas. 

Espalhar amor é a mais simples das matemáticas, a mais retumbante filosofia, a mais antiga das ciências. Difícil negar sua eficácia. Se falta coragem para colocar em prática, o medo que nos atravessa, obriga atitude imediata: espalhe amor! 

Talvez seja um apelo infantil suplicar para que espalhemos amor. Mas é dos corações infantis que o amor mais simples se transforma no grande amor coletivo que tanto necessitamos para vencer esse instante de isolamento físico, mas ao mesmo tempo de grande união imaterial. A vacina do amor desperta o que há de mais humano em nós!     

 

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Efeito dominó

sexta-feira, 20 de março de 2020

Para pensar:
“Deixemos, porém, o pessimismo para dias melhores.
É hora de fazer autocrítica na prática e organizar a esperança.”
(Frei Beto)

Para refletir:
“É preciso ser solidário com quem a gente não conhece e talvez jamais conhecerá.” (Dersu Uzala)

Efeito dominó

A História nos mostra que crises de grande desenvoltura, como a que vem sendo protagonizada pelo novo coronavírus, nunca ficam restritas à área na qual se originam.

Para pensar:
“Deixemos, porém, o pessimismo para dias melhores.
É hora de fazer autocrítica na prática e organizar a esperança.”
(Frei Beto)

Para refletir:
“É preciso ser solidário com quem a gente não conhece e talvez jamais conhecerá.” (Dersu Uzala)

Efeito dominó

A História nos mostra que crises de grande desenvoltura, como a que vem sendo protagonizada pelo novo coronavírus, nunca ficam restritas à área na qual se originam.

É evidente, a essa altura, que o que começou na Saúde terá impactos profundos e possivelmente duradouros sobre a economia global, e essa combinação inevitavelmente também vai repercutir no cenário político internacional.

A despeito das fragmentações de natureza didática, tudo está interligado.

Esperança

Ainda a esse respeito, por mais cedo que seja para se fazer qualquer previsão, a primeira impressão é a de que a crise poderá gerar reações distintas entre radicais e moderados.

Enquanto o segundo grupo deve continuar aprofundando a polarização através da atribuição de culpa sempre ao lado oposto, o primeiro - que há um bom tempo perdeu a iniciativa dos debates e se viu tragado pela necessidade quase impositiva de escolher um dos lados num espectro cada vez mais maniqueísta - parece decidido a aproveitar o momento para reviver a solidariedade, a consciência coletiva, o apoio mútuo.

É, enfim, uma esperança.

Divisão e união

As manifestações nas noites de quarta-feira, 18, e ontem, 19, parecem respaldar essa interpretação.

Enquanto no dia 18 tivemos pelo Brasil dois panelaços antagônicos e concorrentes no intervalo de 30 minutos, no dia 19 a mobilização foi em torno de um aplauso coletivo aos profissionais da Saúde que uniu simpatizantes de variadas correntes políticas.

Já fazia tempo que uma zona de interseção não era aproveitada para um ato conjunto e colaborativo como este, não?

Vai que...

Quem sabe numa dessas a gente acaba se lembrando de como era bom discordar amistosamente, de forma respeitosa, com base em argumentos e abertos a mudanças de opinião…

Autismo

Enquanto se espera que o plenário aprecie as contas de 2018 de nossa prefeitura, a Câmara tem tomado algumas iniciativas que merecem registro.

Na sessão da última terça-feira, 17, por exemplo, o plenário aprovou em votação única e por unanimidade projeto apresentado pelo vereador Isaque Demani que torna obrigatório que todas as placas de atendimento preferencial prioritário em Nova Friburgo passem a  incluir o símbolo mundial do transtorno do espectro autista, no prazo de 120 dias.

Nome

O plenário também concordou por unanimidade que legislação receberá o nome de Lei Luiz Miguel Demani, filho autista do vereador Isaque.

A lei segue agora para apreciação do prefeito Renato Bravo, podendo também ser regulamentada pelo Executivo municipal.

Concessionárias (1)

Atendendo a solicitação de todos os companheiros de plenário, o vereador Zezinho do Caminhão, presidente da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização dos Serviços Públicos e Concedidos e Apoio aos Usuários, encaminhou ofícios tanto à Águas de Nova Friburgo quanto à Energisa, solicitando que as duas concessionárias tenham compreensão e tolerância para com os consumidores usuários que, em decorrência dos efeitos econômicos da crise provocada pelo coronavírus, eventualmente não se encontrem em condições de efetuar seus pagamentos nas datas previstas.

Concessionárias (2)

Em essência, os ofícios pedem que sejam adotados prazos maiores para pagamento das contas em atraso, e também que não sejam efetuados cortes no fornecimento de água e energia elétrica durante este período de emergência.

Transporte coletivo

Já em relação ao transporte coletivo, a notícia importante vem do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), que em sessão plenária realizada nesta quarta-feira, 18, liberou o edital de concorrência para a execução de transporte coletivo de passageiros por ônibus de Nova Friburgo.

Organizada em dois lotes de atuação pelo prazo de dez anos, a licitação tem valor global estimado de R$ 5.621.252,52.

Esta foi a quarta submissão do tema à Corte de Contas.

Antes tarde

O voto do conselheiro substituto Marcelo Verdini Maia foi aprovado por unanimidade, e destacou que a Prefeitura de Nova Friburgo adotou as 20 medidas determinadas na última sessão plenária.

"O jurisdicionado cumpriu integralmente os itens da comunicação anterior, uma vez que apresentou os documentos e esclarecimentos solicitados, assim como procedeu aos ajustes determinados no edital", relatou.

Alerta

O voto também destaca que o jurisdicionado deverá "permanecer vigilante para que o procedimento licitatório transcorra de forma lícita, proba e transparente".

O documento, inclusive, orienta a Prefeitura de Nova Friburgo a republicar o aviso da licitação e alerta que outras questões com relação à legalidade, à economicidade e à legitimidade poderão ser objeto de futuras ações fiscalizatórias a serem feitas pelo TCE-RJ.

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Vem frio por aí

sexta-feira, 20 de março de 2020

Outono e inverno serão mais frios do que do último ano. Estarão na toada do verão que acaba hoje, 20. Verão que se vai sem parecer que sequer tenha chegado. Foi um verão mais ameno que o normal, o mais ameno desde 2013. Segundo os climatologistas, a razão do verão ter sido ameno está no fenômeno La Niña que favorece a entrada de ar mais frio.

Mais frio do que o ano passado

Outono e inverno serão mais frios do que do último ano. Estarão na toada do verão que acaba hoje, 20. Verão que se vai sem parecer que sequer tenha chegado. Foi um verão mais ameno que o normal, o mais ameno desde 2013. Segundo os climatologistas, a razão do verão ter sido ameno está no fenômeno La Niña que favorece a entrada de ar mais frio.

Mais frio do que o ano passado

As previsões indicam que o mesmo fenômeno La Niña provocará um outono e inverno com mais dias de frio bastante rigoroso. O frio chegará antes. Há previsão de ondas fortes de frio já em abril e com temperaturas mais baixas do que nos anos anteriores.

Prevenção redobrada

Mais um fator preocupante para a pandemia do Covid-19. Com as temperaturas mais baixas, aumenta a incidência de doenças respiratórias, o que deve elevar ainda mais os riscos de contaminação. Sem criar pânico, o fato é que a pandemia no Brasil apenas começou.

Turistas friburguenses presos no Peru

Há friburguenses presos no Peru por conta do cercamento sanitário feito pelo país vizinho e que agora o Brasil também adotou com oito fronteiras. São turistas que foram pegos pela decisão de fechar o comércio, hotéis e implantar o recolhimento social como mostrou A VOZ DA SERRA esta semana. Após muitos apelos e negociações, foi liberada a volta para casa escalonada em dois aviões.

Desespero

Os dois primeiros voos partem nesta sexta-feira, 20. Mas entre os friburguenses, há mais de 1.700 brasileiros na mesma situação. A maioria dividida entre a capital Lima e Cuzco. Sem onde dormir e com a tentativa de voltar ao Brasil impedida. Até o fechamento desta edição, não tive a confirmação de que pelo menos uma família friburguense estaria nesses dois primeiros voos. Certo é que quem está em Cuzco continua sem previsão de voltar.

Incertezas

A ansiedade natural é de que venham apenas esses dois primeiros aviões e que a gravidade da situação aqui e lá impeça que o trabalho de resgate continue. Tudo muito incerto e com mudanças muito rápidas. O temor maior é que nesse fim de semana, como previsto, o número de casos deu um salto no Brasil, principalmente no Rio e em São Paulo. Justamente os locais de aterrissagem desses aviões.

Capital fantasma

Eu que estive na capital nesta semana, posso dar meu testemunho de que a situação tende a se tornar gravíssima. Na capital, tem sido levado muito à sério o que está acontecendo. Ruas e empresas vazias. As medidas adotadas mudaram o cenário carioca mais do que por aqui.

Não há outra saída

Como dizem que o que acontece na capital chega depois no interior, o cenário de cidade fantasma deve se confirmar por aqui nos próximos dias. O fato é que nenhum lugar do mundo tem estrutura para atender uma demanda gigante de pessoas buscando atendimento.

Uns cuidando dos outros

Assim, ainda que as previsões de muitos casos e mortes não se confirmem, é melhor não pagar para ver. Respeitar o isolamento social é a única arma que se tem, por enquanto contra o vírus. Quanto menos se espalhar, melhor será. Há um nível de consciência de muitos. Mas os poucos que não tem, agravam a situação.

Prioridade

O esforço comunitário tem que ser maior do que as asneiras políticas. Tem que ser também mais apressado que a morosidade de algumas autoridades públicas. Estamos todos no mesmo barco e se deve acima de tudo assegurar a saúde dos mais vulneráveis à fatalidade que a doença pode provocar. Ainda que a preocupação com a economia seja legítima, agora é hora de preservar vidas. O capital tem que ficar em segundo plano.

Urgência de mudança

Nesse tempo de reflexões profundas, que possamos aprender mais do que com o que aprendemos em 2011. Que a solidariedade nos mova e que aqueles que praticam a mesquinharia possam rever seus atos. Posteriormente, cabe uma correção de rumo de nossas cidades. Cuidar do planeta é cuidar de nós e está cada vez mais urgente essa mudança de hábito, sob pena desse momento se repetir cada vez com mais frequência.             

Palavreando

“O nosso corpo é uma máquina que o tempo faz se desgastar até quebrar. Uma história de cansaço árduo, possivelmente pesará, tornando o final ainda mais complicado do que já é. Mas o tempo ou o desgaste do corpo não tiram de nós as nossas maiores heranças: aquilo que ensinamos e nos desdobramos para cumprir”.

 

 

Foto da galeria
Excelente iniciativa de artistas friburguenses. Prepare a cerveja e os petiscos para curtir em casa e matar saudades da noite friburguense
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Déjà vu

sexta-feira, 20 de março de 2020

Quem imaginaria que estaríamos vivendo esses dias... Creio que nem o maior dos profetas imaginaria um planeta em quarentena para combater seres microscópicos que se multiplicam no invisível. Nem os principais roteiristas de Hollywood ousaram tanto em suas imaginações. Hoje, falaríamos sobre várias coisas, mas infelizmente não consigo projetar nada diferente que não seja a crise pela qual estamos passando em razão da endemia provocada pelo novo coronavírus, o Covid-19.

Quem imaginaria que estaríamos vivendo esses dias... Creio que nem o maior dos profetas imaginaria um planeta em quarentena para combater seres microscópicos que se multiplicam no invisível. Nem os principais roteiristas de Hollywood ousaram tanto em suas imaginações. Hoje, falaríamos sobre várias coisas, mas infelizmente não consigo projetar nada diferente que não seja a crise pela qual estamos passando em razão da endemia provocada pelo novo coronavírus, o Covid-19.

Parece que de repente ficamos sem assunto, ou cheios do mesmo. Noite dessas, inclusive, sonhei com isso. Sinal claro de que precisaria dar um jeito de me desconectar ainda que durante o sono, dessa loucura da vida real que estamos todos, o mundo inteiro, experienciando juntos. Sinto-me em uma guerra. Uma sensação estranha de quem nunca passou por isso, mas que sente como se estivesse revivendo momentos. Déjà vu. Essa sensação.

Parecemos perdidos, mas ao mesmo tempo sabemos que precisamos de um “kit sobrevivência”, tememos pelas perdas, sentimo-nos impotentes, quando não aprisionados dentro de uma situação. Pensamos no quanto de alimento temos, se a água será abundante, se os médicos e profissionais da saúde estão bem, se terá emprego para todos, como os entes queridos estão se virando. Se temos empatia, sofremos por aqueles que não tem nada e também por aqueles que nunca “quiseram nada com a hora do Brasil”, mas que agora sofrem.

Tudo é sofrimento quando estamos em guerra. Mas nessa, o inimigo declarado não fala, não ameaça com bombas, não persegue com armadilhas, não cria estratégias racionais e os soldados somos todos nós. Agora, o adversário é invisível, microscópico e do tamanho do mundo inteiro, afeta jovens, idosos, ricos, pobres, qualquer etnia, qualquer nacionalidade, qualquer conta bancária. Basta ser pessoa. Ser humano é o requisito principal para poder ser vítima. Não tem objetivo final e quando um perde, todos perdem. E quando um ganha, um sobrevive, um cura, os demais sete bilhões e setecentos milhões de pessoas comemoram.

O que estamos vivendo é tão surreal e complexo que sinceramente, faltam-me até palavras para descrever. Do pouco que sabemos, estamos certos de que aqueles que podem, devem se isolar, que devemos respeitar uns aos outros, sermos mais altruístas e responsáveis e utilizarmos das fórmulas conhecidas e recomendadas pelas autoridades competentes para minimizarmos os efeitos causados pelo inimigo potente da vez.

Enquanto isso, emano toda a energia boa que meu coração é capaz de produzir por toda a humanidade, pelos profissionais da saúde, pelas autoridades que tomam decisões, por todos nós. Não sejamos omissos, cegos, irresponsáveis. O isolamento social é necessário. Sei que não estamos acostumados. Somos um povo caloroso, que ama abraços, que fala com rosto colado, que encosta um no outro, que se beija e se ama intensamente. Queremos continuar vivos. É hora de nos voltarmos para o mundo e para dentro ao mesmo tempo. Vamos trabalhar pela cura, pelo pensamento do bem, pela paz de espírito, a força interior, porque precisaremos de força para ajudarmos uns aos outros. Está só começando. Essa “guerra” demanda esforço, disciplina, coragem, amor, renúncias. Sejamos responsáveis. Vamos passar dessa.

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A luta continua – e ninguém sabe quando vai acabar

sexta-feira, 20 de março de 2020

Não vai ter jeito, precisamos falar de crise. Precisamos falar sobre os impactos do novo coronavírus e a guerra de preços do petróleo em ano de eleições estadunidenses. O mundo está passando por um momento delicado, nunca vivido desde a 2ª Guerra Mundial. O clima já estava tenso com a economia global em grande ciclo de expansão global e agora sente os primeiros sintomas de uma possível recessão.

Não vai ter jeito, precisamos falar de crise. Precisamos falar sobre os impactos do novo coronavírus e a guerra de preços do petróleo em ano de eleições estadunidenses. O mundo está passando por um momento delicado, nunca vivido desde a 2ª Guerra Mundial. O clima já estava tenso com a economia global em grande ciclo de expansão global e agora sente os primeiros sintomas de uma possível recessão.

Mas como tudo isso vai interferir diretamente nas suas finanças pessoais? O objetivo de hoje é conseguir te informar sobre como a crise tem influência direta na sua vida financeira e como um bom planejamento poderia minimizar os impactos.

Planejamento de orçamento - Você tinha sua reserva de emergência bem consolidada? Esse era o momento de ter recursos para suprir seus custos básicos e minimizar os impactos sobre sua qualidade de vida. Basicamente, essa reserva é composta pelo custo de vida – seu ou de sua família – e o tempo que você pretende arcar com este custo independente da geração de novas receitas. O tempo vai variar de acordo com as incertezas de seu emprego ou negócio, mas a recomendação fica entre três a seis meses.

Logo, se você e sua família arcam com um custo de vida mensal médio de R$ 3 mil (este valor precisa ser muito bem estudado e conhecido pela família), o fundo de emergências precisa estar entre R$ 9 mil a R$ 18 mil. Eu sei que pode parecer difícil montar uma reserva de emergência, mas pense comigo: se em situações de emergência é possível recorrer ao crédito – como empréstimos pessoais, por exemplo – e pagar suas parcelas adicionadas de juros, por que você não consegue economizar esse mesmo valor antes de precisar pagar mais caro pela falta de planejamento?

Se você é micro ou pequeno empresário, precisa considerar essa mesma reserva para a criação de caixa do seu negócio. Afinal, em tempos como o que estamos passando agora, negócios mal planejados correm grandes riscos de falência. Use a mesma lógica da reserva familiar para compor o caixa de seu empreendimento, mas procure adaptá-la para as singularidades da sua área. Vale ressaltar, também, que após tanto tempo juntos nessa coluna, as finanças de sua empresa já deveriam estar desvinculadas da sua vida pessoal.

Planejamento de investimentos - Você investe em renda variável? Se precisar resgatar seu capital é bem provável que perderá dinheiro. O planejamento de uma carteira de investimentos bem estudada é essencial para manter a saúde dos seus investimentos.Alocações com alta liquidez e rentabilidade constante acima da inflação real: reserva de emergência: já conversamos sobre sua necessidade; caixa: capital disponível para aproveitar boas oportunidades de investimento. O atual momento na Bolsa de Valores, por exemplo, traz boas oportunidades para montar novas posições.

Alocações com liquidez e rentabilidade constante acima da inflação real: investimento, de fato: aqui é para esquecer o capital alocado e o risco de volatilidade compensará a rentabilidade. Nesse ponto, entram as ações da Bolsa de Valores. O investimento mal planejado pode fazer com que você precise resgatar o capital em tempos de baixa no mercado, o que fará com que haja perda de dinheiro.

Na última quarta-feira, 18, o Copom aprovou mais uma redução na taxa Selic (que agora passa a ser de 3,75% ao ano) como medida de incentivo econômico 

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Lições do passado

quinta-feira, 19 de março de 2020

Para pensar:
“Quanto mais cedo nos distanciarmos, mais cedo nos abraçaremos.”(Autor desconhecido)

Para refletir:
“Só o cuidado coletivo pode salvar vidas. Desigualdade mata.” (Rafael Duarte D’Oliveira)

Lições do passado (1)

Como já dissemos ontem, sob vários aspectos estamos de volta a 2011 aqui em Nova Friburgo.

Para pensar:
“Quanto mais cedo nos distanciarmos, mais cedo nos abraçaremos.”(Autor desconhecido)

Para refletir:
“Só o cuidado coletivo pode salvar vidas. Desigualdade mata.” (Rafael Duarte D’Oliveira)

Lições do passado (1)

Como já dissemos ontem, sob vários aspectos estamos de volta a 2011 aqui em Nova Friburgo.

Pessoas revelando suas índoles diante da exposição ao medo, pessoas acreditando em notícias falsas em meio a um mar de perspectivas sombrias, comunicadores jogando gasolina na fogueira pensando apenas em acumular cliques, e também muita gente disposta a ajudar, a agir da melhor forma, a preservar a economia, convidando ao esclarecimento e à responsabilidade.

Lições do passado (2)

De fato, não restam dúvidas de que, no que diz respeito a lidar com a anormalidade, estamos mais preparados que outras partes do país, e talvez seja válido olhar para este nosso passado a fim de recuperar algumas lições que aprendemos a alto custo.

Ninguém deve se esquecer, por exemplo, que algumas mentes irrecuperáveis viram na desgraça climática uma oportunidade de enriquecimento ilícito, com consequências bem conhecidas.

Atenção necessária

Num momento em que o noticiário e as atenções estão focados no risco à saúde, e diversos procedimentos são realizados de maneira emergencial, toda atenção por parte das forças fiscalizadoras se faz necessária.

Tanto mais quando se considera que os municípios estão em último ano de mandato, e que a realidade local jamais fez por merecer a confiança que, num contexto como o atual, tanta falta nos faz.

De olho

Uma situação muito importante, por exemplo, diz respeito à licitação para a fundamental digitalização de nossa rede pública municipal de Saúde, prevista para acontecer no próximo dia 31.

Não restam dúvidas de que se já tivéssemos esse sistema em funcionamento não apenas o faturamento dos serviços realizados seria muito mais eficiente, mas também a administração dos recursos disponíveis neste tempo de crise.

Pauta crucial

A coluna entende que esse processo licitatório precisa ser acompanhado com muita proximidade, não apenas por ser tão estratégico, mas também porque algumas sinalizações têm sido um tanto alarmantes.

Pode ter sido apenas impressão, mas o colunista sente que a população precisa tomar pelas mãos esta pauta, e cobrar que seja cumprida da melhor maneira possível.

Ganhando força

No Congresso Nacional também começa a ganhar força o projeto conjunto para que os recursos reservados ao fundo eleitoral sejam direcionados para a Saúde.

Considerando o histórico da utilização destes valores em pleitos anteriores a medida parece bastante apropriada, desde, é claro, que a fiscalização sobre o fluxo de recursos paralelos para financiamento de campanhas seja rastreado com máxima atenção, e que o uso de notícias falsas seja combatido e responsabilizado.

Preocupante

Quanto à pandemia em si, a coluna continua recebendo muitos relatos a respeito da numerosa presença de idosos em nossas ruas, praças e em mercados, e também manifestações de pessoas preocupadas com o grande número de pessoas nos ônibus que seguem circulando em Nova Friburgo.

Duas questões que precisam ser discutidas e aliviadas de alguma forma.

Aliás, se este espaço puder ser útil para divulgar qualquer ideia que possa nos ajudar a atravessar esse período com mais segurança e humanidade, estamos à disposição.

Longe demais

Talvez fosse inevitável, diante do tipo de confiança que se acumulou a partir de seguidas demonstrações de apoio popular em meio a atitudes para lá de polêmicas, mas o fato é que a postura do presidente Jair Bolsonaro diante do coronavírus - em especial na marcha do dia 15 - vem causando efeito bastante negativo sobre a ala mais moderada de sua base de apoio, tanto nas ruas quanto no Congresso.

E o próprio Palácio do Planalto já se deu conta disso, como foi possível notar nas entrelinhas da coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira, 18.

Por aqui

O deputado federal Luiz Lima (PSL/RJ), o mais votado em Nova Friburgo no pleito de 2018, com um posicionamento bastante alinhado ao de Bolsonaro, enviou terça-feira, 17, um áudio a parlamentares que integram a base do governo na Câmara pedindo que ele seja “acalmado”, “fale menos”, e que “refaça o discurso sobre o coronavírus”.

O parlamentar também pediu que os deputados federais mais próximos ao presidente que “parem de colocar gasolina na fogueira”.

Aspas

“É preciso urgentemente que o Bolsonaro seja melhor orientado, acalmado. Seria muito importante ele vir a público e refazer o discurso dele em relação ao coronavírus. Eu estou recebendo milhares de áudios do sistema de saúde. A progressão [da contaminação] está sendo enorme. (...) Muita calma, tem que ter muita frieza e tem que falar menos. As pessoas gostam de ser cuidadas. É melhor você pecar pelo excesso do cuidado do que pela falta de cuidado”, declarou Luiz Lima.

Bom senso

As notícias a respeito de adiamentos e alterações de cronograma ou da natureza de eventos públicos agendados anteriormente têm se multiplicado num ritmo impossível de ser acompanhado por aqui.

A coluna, no entanto, não pode deixar de registrar o adiamento para 2021 do censo demográfico que deveria ocorrer neste ano.

A notícia tem grande envergadura, inclusive em razão do grande número de vagas temporárias que estavam sendo oferecidas pelo IBGE para a realização deste trabalho.

Uma medida drástica, mas infelizmente necessária.

Sorteio

A coluna agradece aos leitores que manifestaram interesse em participar do sorteio do livro “Memórias Eleitorais: Nova Friburgo 1982 - 2016”, do professor João Raimundo de Araújo.

Infelizmente o colunista dispunha de apenas um exemplar, e a sorte quis que ele fosse doado à leitora Selma Gonçalves de Souza.

A partir desta quinta-feira, 19, ele estará disponível para retirada na sede de A VOZ DA SERRA.

Desafio

Neste mês especialmente dedicado às mulheres, a coluna publica esta magnífica foto do amigo Henrique Pinheiro não apenas para que os leitores digam onde ela foi feita, mas também para que a serenidade desta mulher magnífica possa tranquilizar nossos espíritos nestes tempos de provação.

Um abraço fraterno (e virtual, evidentemente) a todos os amigos deste espaço.

Foto da galeria
Desafio (Foto: Henrique Pinheiro)
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