Blogs

Reações

quarta-feira, 11 de março de 2020

Para pensar:
“A liberdade é o direito de fazer o próprio dever.” Auguste Comte

Para refletir:
“O vitorioso tem muitos amigos; o vencido, bons amigos.” Provérbio mongol

Reações

Para pensar:
“A liberdade é o direito de fazer o próprio dever.” Auguste Comte

Para refletir:
“O vitorioso tem muitos amigos; o vencido, bons amigos.” Provérbio mongol

Reações

Pouco após o fechamento da edição de terça-feira, 10, a coluna teve contato com o projeto de decreto legislativo elaborado pelo gabinete do vereador Zezinho do Caminhão e assinado também pelos vereadores Wellington Moreira, Marcinho Alves, Johnny Maycon e Professor Pierre, com o intuito de sustar os efeitos do decreto 450 do prefeito Renato Bravo determinando que “no prazo de até 90 dias, o pagamento da tarifa única do Serviço Público de Transporte Coletivo de Passageiros do Município de Nova Friburgo seja efetuado exclusivamente por meio eletrônico, com a utilização de bilhetes smart card e de outras modalidades a serem oportunamente implantadas.”

Previsível

A reação era previsível, e até mesmo inevitável, diante da falta de razoabilidade da medida tomada pelo Palácio Barão de Nova Friburgo de forma unilateral, sem qualquer consulta à população.

Já na manhã desta terça-feira, 10, o diretor da empresa Faol, Paulo Valente, entrou em contato com o colunista, como sempre faz em situações que demandam esclarecimentos, para acrescentar detalhes de grande relevância a essa história.

Quadro diferente

“Com relação aos turistas e usuários eventuais: pelo que já conversamos com as operadoras de cartões, na ampliação da rede de vendas serão colocados pontos de atendimento nas rodoviárias Norte e Sul. Além disso, os motoristas portarão cartões para venda aos usuários ocasionais. Ninguém terá seu direito de ir e vir desrespeitado ou será recusada a moeda nacional. Apenas será feito maior controle.”

Paulo acrescentou que Santos, Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Praia Grande, São José dos Pinhais, Goiânia, Maringá, Joinville, Campo Grande, Uberaba e Marília já possuem legislações similares.

Voltando atrás

O cenário descrito pelo diretor da Faol é bastante diferente daquele expresso na redação original do decreto, que é bem clara ao dizer que o pagamento das passagens seria exclusivamente por meio eletrônico.

Logo em seguida a prefeitura divulgou uma errata na qual afirma que no decreto 450, publicado no último sábado, 7, exclusivamente no Diário Oficial eletrônico, no site da prefeitura, e que trata sobre o pagamento da tarifa única do serviço público de transporte coletivo urbano, por meio de bilhetagem eletrônica, faltou a apresentação do Parágrafo Único, devido à um equívoco no momento de envio do arquivo. 

“A Prefeitura de Nova Friburgo lamenta o ocorrido e informa que irá republicar o decreto por incorreção. Nele estará incluído o Parágrafo Único.”

Segue

“Em oportuno, aproveita para esclarecer que no Parágrafo Único consta a informação de que o Sistema de Bilhetagem Eletrônica não exclui o pagamento da tarifa em espécie para utilização do serviço.”

“O objetivo da implantação do sistema é contemplar outras formas de pagamento da tarifa, ou seja, além do pagamento que já é feito em espécie e por meio do Fricard, o usuário poderá ainda fazer o pagamento da passagem de ônibus por meio de cartões de crédito ou débito, de todas as bandeiras.”

Emenda e soneto

O grande problema que temos hoje em dia em Nova Friburgo é que repetidas vezes somos obrigados a não levar a sério o que nos é dito por quem foi eleito para gerir os rumos da cidade que amamos, e onde plantamos nossas vidas.

Ora, então quer dizer que faltou um parágrafo único que contraria frontalmente o que foi dito no artigo 1º?

Como reivindicar alguma credibilidade agindo assim?

E notem que o decreto data de 4 de fevereiro, mas só foi publicado no dia 7 de março. E mesmo com todo esse tempo ele ainda sai dessa forma?

Mãe Joana

O leitor sabe, ou deve imaginar, que o poder público talvez não seja satisfatório para muitos, mas é uma verdadeira mãe para alguns poucos escolhidos.

Atualmente, por exemplo, vivemos uma era de fartas incorporações.

Tem gente por aí, acredite, com salário maior que o do prefeito.

E tem também vereador que pediu demissão como maqueiro em 2007 e agora, depois de ter sido secretário de Saúde, tenta pela segunda vez incorporar o salário da função, alegando que foi coagido a pedir demissão.

Teia

A coluna alertou, dias atrás, para que os leitores ficassem com um olho na votação das contas da prefeitura e outro na divulgação de exonerações em Diário Oficial, porque a velha política não tem pudores ao expor a natureza mercantilista de muitos cargos de confiança.

Pois bem, tão logo o vereador Joelson do Pote (PDT) votou de forma contrária ao pedido de vistas na sessão que deveria ter julgado as contas de 2018, seu pai, o ex-vereador Manoel do Pote, deixou de ser subprefeito de Campo do Coelho.

Contrapartida

É bem verdade que a saída de Manoel já era esperada, uma vez que o PDT confirmou a pré-candidatura de Wanderson Nogueira a prefeito.

Ainda assim, isso não muda a impressão de que o governo espera claras contrapartidas em troca de composições que deveriam ser técnicas e apolíticas, caso a prioridade fosse o interesse coletivo.

E também reforça que a atual gestão alimenta esperanças eleitorais para este ano.

Vem mais?

E houve ainda uma terceira mudança no primeiro escalão do governo.

Após anunciar mudanças de comando na Secretaria de Política Sobre Drogas e na subprefeitura de Campo do Coelho, o governo anunciou também que Marcelo Soares deixou a Subprefeitura em Olaria, devolvendo-a a Claudio Pereira, que havia sido o primeiro titular do cargo.

A depender do que venha a acontecer no próximo dia 17, ou durante as negociações que antecedem a data, novas mudanças podem acabar se somando a essas.

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Evandro Malandro renova com a Grande Rio

quarta-feira, 11 de março de 2020

Prioridade da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, o friburguense Evandro Malandro renovou com a vice-campeã do carnaval carioca e vai comandar o desfile da agremiação de Duque de Caxias pelo terceiro ano seguido. O cantor que está na escola há 18 anos, conquistou todos os prêmios do Carnaval 2020 como melhor intérprete.

Estandarte de Ouro

Prioridade da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, o friburguense Evandro Malandro renovou com a vice-campeã do carnaval carioca e vai comandar o desfile da agremiação de Duque de Caxias pelo terceiro ano seguido. O cantor que está na escola há 18 anos, conquistou todos os prêmios do Carnaval 2020 como melhor intérprete.

Estandarte de Ouro

O mais importante, o Estandarte de Ouro, Evandro Malandro recebe nesta sexta-feira, 13, na festa da 49ª edição da premiação, promovida pelo jornal O Globo. A nata do samba brasileiro estará lá reunida, em uma grande confraternização no Armazém 1 do Píer Mauá. Criado em 1972, o Estandarte de Ouro homenageia os sambistas e agremiações que se destacam na Marquês de Sapucaí.

Grande vencedor

Além de Evandro Malandro (melhor intérprete), a escola do friburguense ganhou nos quesitos ala das baianas, samba enredo e na categoria especial Fernando Pamplona, criada para homenagear quem enche os olhos do público com poucos recursos e concedida pelo júri ao abre-alas da agremiação. O puxador Neguinho da Beija-Flor é um dos grandes campeões na categoria e estará lá para aplaudir Evandro Malandro.

Alunão inova

E por falar em carnaval, a Alunos do Samba promete inovar e ser a primeira escola de samba de Nova Friburgo a ter um programa de sócio torcedor. A agremiação de Conselheiro Paulino está acertando os últimos detalhes para lançar o programa que visa, além de aproximar o torcedor da escola, levantar recursos para estruturação e para o próximo carnaval.

Vilage no Sul

E o carnaval não acabou na quarta-feira de cinzas que consagrou a Vilage no Samba como bicampeã do carnaval friburguense. Entre renovações e fins de ciclos aqui e acolá, parte do time da Vilage desfila neste fim de semana no carnaval fora de época de Uruguaiana-RS. Os campeões daqui reforçam o carnaval da escola Ilha do Marduque, pela qual já conquistaram alguns títulos por lá.  

Yakissoba solidário

Um drive thru é a novidade deste ano do tradicional Yakissoba Solidário do Lar Abrigo Amor à Jesus (Laje). O yakissoba será vendido a R$ 18 com direito a refrigerante. Uma variedade de doces também será comercializada no evento que conta ainda com diversas atrações musicais das 11h às 15h. O evento é no próximo domingo, 15.   

Copa Rio

Tendo como prioridade o retorno à disputa da Série D do Campeonato Brasileiro e a tentativa de ter futebol o ano inteiro, o Friburguense já conhece seu caminho para voltar a participar de uma competição nacional em 2021. E, se pode dizer que o caminho não é dos mais complicados.

Tudo para chegar

O sorteio que definiu o chaveamento da Copa Rio – competição toda em mata-mata - coloca no máximo um adversário de primeira divisão (Bangu ou Cabofriense) na rota tricolor para chegar à final. Chegando na decisão, o Friburguense terá assegurada vaga na Copa do Brasil ou na Série D nacional.

Caminho aberto

Por ter sido campeão da Série B 2019, o time só estreia na segunda fase, quando enfrentará Duque de Caxias ou Ceres. Se classificando, nas quartas de final, enfrenta o adversário que sairá do chaveamento que tem Maricá, Rio-São Paulo, Campo Grande e Ação.

Boa tabela

Somente nas semifinais é que o Friburguense teria um adversário de elite. Bangu ou Cabofriense que são teoricamente favoritos diante de Goytacaz, Audax, Pérolas Negras e Mageense. Para se ter uma ideia de como o sorteio foi benéfico ao Tricolor Serrano, o time de Cadão é o único que enfrenta um time de primeira divisão somente numa eventual semifinal.                   

Quatro meses sem futebol

Mas há uma longa espera até a Copa Rio começar para o friburguense. A estreia será fora de casa no dia 1º de julho. O jogo de volta é em Nova Friburgo no dia 8 de julho. Não há vantagem de empate. Em caso de igualdade no tempo normal é decisão por pênaltis. A competição é tiro curto e termina em 26 de agosto.

Palavreando

“Uma plenitude inexplicável me invade quando atinjo a altura do quilômetro 67 da RJ-116. A última curva daquela serra é também a última para chegar ao paraíso. O que vem depois daquela curva é céu”.

 

 

 

 

Foto da galeria
Um espetáculo de foto para um espetáculo de paisagem. Com uma vista dessa, não há motorista que não pare. Belíssimo registro de Leonardo Medeiros publicado e replicado no Instagram
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Dráuzio Varela se expõe ao ridículo

quarta-feira, 11 de março de 2020

Ridículo o espetáculo grotesco e de mau gosto patrocinado pela “Vênus de Lata” no seu carro chefe de domingo, o Fantástico. Rafael Tadeu de Oliveira Santos, o Suzy, foi preso e condenado a 36 anos de cadeia, após estuprar e matar um menino de nove anos, Fábio dos Santos Lemos, morador da zona leste da capital paulista. O mais grave é que Suzy era amigo da família do menino.

Ridículo o espetáculo grotesco e de mau gosto patrocinado pela “Vênus de Lata” no seu carro chefe de domingo, o Fantástico. Rafael Tadeu de Oliveira Santos, o Suzy, foi preso e condenado a 36 anos de cadeia, após estuprar e matar um menino de nove anos, Fábio dos Santos Lemos, morador da zona leste da capital paulista. O mais grave é que Suzy era amigo da família do menino.

Eis que no malfadado programa do último domingo, 8, o médico Dráuzio Varela, travestido de repórter, resolveu fazer uma entrevista com o criminoso. O objetivo era mostrar a solidão em que vivem esses tipos de condenados, pois se deixados no convívio com os presos comuns, são executados, de acordo com a “lei” que impera nas cadeias. E, para cúmulo do absurdo, ao fim do relato de Rafael, Dráuzio emocionado, deu um abraço nessa verdadeira fera humana. Ridículo e como diria Boris Casoy, uma vergonha.

Esse triste episódio mostra o porquê dos sindicatos dos jornalistas lutarem pela dignidade da profissão, pois o risco de picaretas não acostumados ao meio, cometerem idiotices, é muito grande. Se Dráuzio tivesse sido formado, também, em Comunicação Social, mesmo apresentando uma matéria que lhe tivesse sido imposta, estudaria o perfil do entrevistado, exatamente para não se expor ao ridículo e transformar os telespectadores em vítimas de uma farsa.

De sã consciência nenhum jornalista de formação, faria qualquer matéria sem antes obter informações sobre os fatos acontecidos, quando, como e por que. Se tivesse feito isso, veria que Suzy tinha uma ficha criminal extensa, inclusive com vários relatos de estupros a menores. Uma tia dele, entrevistada pelo Jornal da Cidade online informou que desde os 12 anos, Rafael roubava, inclusive com arma, usava maconha e abusava de uma criança de três anos. Fugiu da casa da tia para não ser morto pelos pais da criança e se escondeu na casa de um irmão, onde tentou estuprar o sobrinho. Um pedófilo psicopata desde o início da adolescência. Ou seja, jamais seria motivo para participar de um programa que se diz sério.

Essa velha postura da Globo de tentar defender bandidos não vem de hoje, mas um médico, escritor com vários livros que tiveram uma tiragem acima da média, deveria salvaguardar sua imagem e ter sempre em mente a norma de cada macaco no seu galho. O pior, é que reabriu uma ferida que jamais cicatrizará no coração da família e não teve, sequer, uma palavra de consolo para com os pais da criança cruelmente assassinada.

O mínimo que Dráuzio tem a fazer, a partir de agora, é procurar a família do garoto Fábio e, longe das câmeras e holofotes pedir desculpas sinceras pela mancada que foi dada. Depois, seria esquecer o sensacionalismo barato e apresentar temas médicos de interesse para a população, no que concerne ao significado da doença, aos sintomas, ao tratamento, às complicações e, principalmente, à prevenção. Você estaria prestando um serviço muito mais digno e útil, colocando a serviço do telespectador toda sua bagagem advinda dos bancos da faculdade de medicina.

Jornalismo é coisa séria, deixe-o para quem sabe fazer, aqueles que como você fez medicina, e frequentaram uma faculdade de Comunicação Social.

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Apóstolos

quarta-feira, 11 de março de 2020

“Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 4:9.)

O apóstolo é o educador por excelência. Nele residem a improvisação de trabalho e o sacrifício de si mesmo para que a mente dos discípulos se transforme e se ilumine, rumo à esfera superior.

 O legislador formula decretos que determinam o equilíbrio e a justiça na zona externa do campo social.

“Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 4:9.)

O apóstolo é o educador por excelência. Nele residem a improvisação de trabalho e o sacrifício de si mesmo para que a mente dos discípulos se transforme e se ilumine, rumo à esfera superior.

 O legislador formula decretos que determinam o equilíbrio e a justiça na zona externa do campo social.

O administrador dispõe dos recursos materiais e humanos, acionando a máquina dos serviços terrestres.

O sacerdote ensina ao povo as maneiras da fé, em manifestações primárias.

O artista embeleza o caminho da inteligência, acordando o coração para as mensagens edificantes que o mundo encerra em seu conteúdo de espiritualidade.

O cientista surpreende as realidades da sabedoria divina criadas para a evolução da criatura e revela-lhes a expressão visível ou perceptível ao conhecimento popular.

O pensador interroga, sondando os fenômenos passageiros.

O médico socorre a carne enfermiça.

O guerreiro disciplina a multidão e estabelece a ordem.

O operário é o ativo menestrel das formas, aperfeiçoando os vasos destinados à preservação da vida.

Os apóstolos, porém, são os condutores do espírito.

Em todas as grandes causas da humanidade, são instituições vivas do exemplo revelador, respirando no mundo das causas e dos efeitos, oferecendo em si mesmos a essência do que ensinam, a verdade que demonstram e a claridade que acendem ao redor dos outros.

Interferem na elaboração dos pensamentos dos sábios e dos ignorantes, dos ricos e dos pobres, dos grandes e dos humildes, renovando-lhes o modo de crer e de ser, a fim de que o mundo se engrandeça e se santifique. Neles surge a equação dos fatos e das ideias, de que se constituem pioneiros ou defensores, através da doação total de si próprios a benefício de todos.

Por isso, passam na Terra, trabalhando e lutando, sofrendo e crescendo sem descanso, com etapas numerosas pelas cruzes da incompreensão e da dor. Representando, em si, o fermento espiritual que leveda a massa do progresso e do aprimoramento, transitam no mundo, conforme a definição de Paulo de Tarso, como se estivessem colocados pela providência divina nos últimos lugares da experiência humana, à maneira de condenados a incessante sofrimento, pois neles estão condensadas a demonstração positiva do bem para o mundo, a possibilidade de atuação para os espíritos superiores e a fonte de benefícios imperecíveis para a humanidade inteira

Extraído o livro “Fonte viva”; espírito Emmanuel; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
Reuniões doutrinárias: quartas-feiras, 14h; quintas-feiras, 20h e domingos, 17h.
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Visite a Banca do Livro Espírita na Avenida Alberto Braune.
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Armadilha

terça-feira, 10 de março de 2020

Para pensar:

“A mulher deve ser lentamente decifrada, como o enigma que é: encanto a encanto.”

Coelho Neto

Para refletir:

“O universo é uma harmonia de contrários.”

Pitágoras

Armadilha

Se não tivermos cuidado, é fácil que sejamos pautados pelo espanto nosso de cada dia.

O comunicado divulgado pela prefeitura na noite de sexta-feira, 6, por exemplo, poderia facilmente nos induzir a fazermos uma coluna inteira, caso déssemos atenção a cada detalhe ali presente.

Para pensar:

“A mulher deve ser lentamente decifrada, como o enigma que é: encanto a encanto.”

Coelho Neto

Para refletir:

“O universo é uma harmonia de contrários.”

Pitágoras

Armadilha

Se não tivermos cuidado, é fácil que sejamos pautados pelo espanto nosso de cada dia.

O comunicado divulgado pela prefeitura na noite de sexta-feira, 6, por exemplo, poderia facilmente nos induzir a fazermos uma coluna inteira, caso déssemos atenção a cada detalhe ali presente.

Mas é esse um dos grandes males de nosso tempo, não?

Sermos pautados, reativos, condicionados, para assim defendermos de forma passional, agressiva e pouco eficiente aquilo em que acreditamos.

Desenhando

Em vez disso, sendo apenas pragmáticos, talvez seja possível resumir tudo dizendo que a nota enfatizou mais uma vez que o critério adotado pelo Palácio Barão de Nova Friburgo para escolher o atual comando de sua Procuradoria-Geral foi ético, e não técnico.

Ainda consegue surpreender, mesmo após tudo o que temos visto, que apenas poucas horas depois daquilo que se passou na sessão que deveria ter abrigado a apreciação das contas do Executivo relativas a 2018 seja divulgada uma declaração que sublinha em cores tão vivas que o pedido de vistas havia sido arquitetado.

Se merecem

Além de insinuar que a presidência do Legislativo (e qualquer vereador que a acompanhe) estaria cometendo crime de responsabilidade ao julgar as contas no contexto atual - enterrando ainda mais qualquer chance de conseguir os votos necessários a uma aprovação em plenário - o comunicado expõe seu próprio líder de governo, ao deixar claro que toda aquela conversa era mesmo para tentar judicializar o processo.

No fim, resta a impressão que o governo merece o líder que tem, e vice-versa.

Próxima fronteira?

A coluna falou acima sobre formas controversas de defender ideias, e nos últimos dias tivemos mais um exemplo deste tipo de situação aqui em Nova Friburgo.

As redes sociais viralizaram imagens de um folheto que foi colocado nas mesas de lanche de uma padaria da cidade, no qual lista-se o que se espera e o que não se espera que um aluno aprenda em sua escola.

Mais gasolina

O material repercutiu muito junto a vários educadores, e também provocou reações de apoio ou condenação a leigos no assunto, conforme as inclinações políticas de cada um.

Várias destas reações falaram em boicote, acrescentando uma lista de estabelecimentos também a serem evitados por razões análogas.

Da mesma forma, é de se supor que pessoas no extremo oposto do espectro tenham seu consumo fidelizado a partir deste tipo de posicionamento.

Guetos

O colunista confessa ver com tristeza este tipo de escalada da segmentação, a ampliação dessa fratura que divide o País com crescente profundidade.

Afinal, imagine o aprofundamento desta tendência já observável... Comércios sendo frequentados quase que exclusivamente por adeptos de ideologias de esquerda ou de direita, a separação ideológica e algorítmica vazando para espaços físicos reais, como já vimos no passado em momentos abomináveis - e aparentemente cíclicos - de nossa história.

Caminho errado

É isso o que queremos? Desenhar novos guetos? Deixar definitivamente de conviver? Aumentar ainda mais as hostilidades e o distanciamento entre a imagem que fazemos do outro (e que fazem de nós) e aquilo que somos de verdade?

Ora, já existem tão poucos espaços para a troca de ideias, tão pouca esperança para o diálogo construtivo, para uma reconciliação nacional baseada na rejeição a mentiras e simplificações, e liderada pelos moderados de ambos os lados…

Quem?

Quem, nos dias atuais, estará disposto a convencer pelo exemplo?

Quem terá a coragem de não reagir a provocações injustas?

Quem terá a ousadia de ser surpreendente em tempos em que tantos se mostram tão previsíveis e manipuláveis?

Quem irá nos lembrar que podemos ser muito mais e muito melhores do que temos sido?

Compulsório?

A semana começa também com a notícia de que, conforme estabelecido pelo decreto  450, de 4 de fevereiro de 2020 mas publicado apenas no último sábado, 7, “Fica determinado que, no prazo de até 90 dias, o pagamento da tarifa única do Serviço Público de Transporte Coletivo de Passageiros do Município de Nova Friburgo seja efetuado exclusivamente por meio eletrônico, com a utilização de bilhetes smart card e de outras modalidades a serem oportunamente implantadas.”

Esperado

A medida não chega a surpreender, diante do novo equilíbrio de forças que se estabeleceu a partir do momento em que o município ficou sem contrato de concessão para o transporte coletivo.

Mas, ainda assim, causou compreensível indignação e revolta entre vários usuários.

Complexo

Ora, é evidente que o pagamento por vias eletrônicas agrega vantagens logísticas e representa uma tendência natural à evolução do serviço, e deve ser estimulado através de campanhas e facilidades de acesso.

Todavia, torná-lo compulsório à canetada, num momento em que o município tem dado sinais tão evidentes de ter se colocado deliberadamente em situação de fragilidade na mesa de negociações, parece algo muito complexo.

Como fica?

Afinal, como fica o cidadão que vem de fora?

É assim que receberemos os turistas?

E o usuário ocasional, que precisa do serviço numa situação de emergência, quando um carro quebra, por exemplo?

Aos advogados que frequentam este espaço, fica o questionamento: a medida por acaso não fere nenhum artigo do código do consumidor?

Protegidos?

Além disso, o cadastro eletrônico agrega informações pessoais valiosas.

Essas informações estão sendo devidamente protegidas aqui em Nova Friburgo?

Nesta segunda-feira, 9, uma tentativa de cadastro online demandou concordância em relação aos termos do contrato, mas ao clicar no tal contrato o colunista deparou-se apenas uma página em branco...

Mulheres

A coluna não pode encerrar os trabalhos sem cumprimentar, com muita reverência e gratidão, todas as mulheres que frequentam este espaço por conta do Dia Internacional da Mulher celebrado no último domingo, 8.

Vocês, meninas, são o que existe de melhor e mais bonito nesse mundo

Foto da galeria
Contrato em branco
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Uma data que se multiplica todos os dias do ano

terça-feira, 10 de março de 2020

É assim que o Caderno Z festeja a data mais badalada do calendário feminino – O Dia Internacional da Mulher  - “Oito de março - a luta continua...”. Não é para menos, pois este é o ser que reúne vários seres numa só pessoa. Sem exagero, uma mulher, mesmo sem formações acadêmicas, consegue dominar as mais distintas áreas de atuações. Ela pode ser pediatra, quando beija o dodói de sua criança e o choro se acalma num piscar dos olhos. Ela domina a psicologia, quando abranda as inquietações dos filhos. É uma boa financista ao administrar os gastos familiares.

É assim que o Caderno Z festeja a data mais badalada do calendário feminino – O Dia Internacional da Mulher  - “Oito de março - a luta continua...”. Não é para menos, pois este é o ser que reúne vários seres numa só pessoa. Sem exagero, uma mulher, mesmo sem formações acadêmicas, consegue dominar as mais distintas áreas de atuações. Ela pode ser pediatra, quando beija o dodói de sua criança e o choro se acalma num piscar dos olhos. Ela domina a psicologia, quando abranda as inquietações dos filhos. É uma boa financista ao administrar os gastos familiares. É uma corajosa desbravadora das intempéries, das chuvas, do frio, do sol escaldante, quando tem que sair para as lutas do dia a dia. Enfim, é sem limites a sua jornada de envolvimentos. São as guerreiras da paz!

E tudo começou por conta daquele incêndio na fábrica têxtil de Nova York, em 1911, quando 130 operárias morreram carbonizadas. A tragédia acendeu a chama das lutas pelos direitos de igualdade das mulheres. A trajetória dessas lutas tem atravessado o mundo e as épocas, às vezes, em passos lentos, mas sempre em busca das conquistas feministas. Mesmo que ainda os dados estatísticos mostrem uma deficiência, quando comparadas com os direitos masculinos, as vitórias têm sido otimistas. Mulheres que se destacam em projetos mundiais, que estão no topo dos empreendimentos, que aparecem bonitas nas fotos, nos eventos, são as mesmas que estão no anonimato, desempenhando seus papéis com a desenvoltura de quem nasceu para bem servir a humanidade.

Seja uma cientista na descoberta do “genoma viral” na expansão do coronavírus, seja no mercado da moda ou no mercado das frutas, procurando preços baixos, a mulher é a guardiã da sensatez e deve fazer uso de sua competência para a composição de uma sociedade melhor. Como bem disse Wanderson Nogueira: “ Mulher! Aceita teu destino de amazona. Impede o assédio moral e físico e denuncia sem dó ou piedade... Mergulha na intenção da igualdade e luta cotidianamente por esse lugar teu...”.

Seja como uma Clarice Lispector, festejada pelo seu centenário, neste mundo “ligeiramente chato”, a mulher precisa estar em todas, “porque o importante é estar junto de quem se gosta”. Seja num “musical infantil”, discutindo questões de gênero, em “Gabriel só quer ser ele mesmo”, a mulher tem voz ativa. Seja no cinema, comemorando o centenário de Fellini ou atuando nas trilhas, a mulher sabe dar o recado. Seja nas exposições, como em “Da Memória ao Cosmos”, em mostra coletiva, usando seu talento para encantar os espíritos. Seja na Real Banda Euterpe, abrindo as comemorações dos 157 anos da agremiação musical, dominando as partituras ou levando o legado adiante, a mulher é peça chave, porque abre as portas para as possiblidades de todos.

Seja na Associação de Amigos e Moradores de Amparo, lutando pelas melhorias do distrito, a mulher observa o cotidiano e sabe bem onde o “calo” dos moradores dói. Seja contornando as dificuldades das linhas de ônibus, com percursos alterados em virtude de lama e buracos, ou até mesmo assumindo a condução dos coletivos, a mulher é uma excelente condutora da situação humana. Seja no Cordoeira, denunciando o abandono da Unidade Básica de Saúde; seja nos “Dias D” de vacinação, levando os filhos ou atuando nos atendimentos, a mulher confere à saúde uma importância vigilante.

Seja nos esportes, dando pautas para Vinicius Gastin, pois, quantas e quantas vezes as mulheres estão nas manchetes! Maratonas, nados, vôlei, basquete, nas mais variadas modalidades, a mulher tem sempre um pódio à sua espera. Seja à frente das instituições, como Rosângela Cassano, presidindo o Rotary Clube Nova Friburgo: - uma mulher dando honras e suporte a tantas outras. Na política, na educação, na justiça, nas igrejas, em tudo o que demandar bom senso, há sempre a inteligência feminina guiando as estratégias. Seja como em A VOZ DA SERRA, a começar pela nossa diretora, Adriana Ventura, há sempre o zelo e a parceria da boa conduta feminina – ousada, cuidadosa, acolhedora e, por demais, eficiente. Parabéns Mulheres. Nosso dia é todo dia!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Vivas, grande campeão!

terça-feira, 10 de março de 2020

Ontem, 9, quem passou o dia recebendo cumprimentos e manifestações de carinho, por parte da esposa Andréa e do filho Arthur, assim como de demais familiares e amigos, foi o Anderson Caetano Trancozo (foto), que estreou nova idade neste dia. Torcedor do Mengão, ele continua sorrindo de orelha a orelha por causa do êxito da equipe rubro-negra.

Ao admirado empresário Anderson Trancozo, nossas congratulações.

Homenagem ao lúpulo

Ontem, 9, quem passou o dia recebendo cumprimentos e manifestações de carinho, por parte da esposa Andréa e do filho Arthur, assim como de demais familiares e amigos, foi o Anderson Caetano Trancozo (foto), que estreou nova idade neste dia. Torcedor do Mengão, ele continua sorrindo de orelha a orelha por causa do êxito da equipe rubro-negra.

Ao admirado empresário Anderson Trancozo, nossas congratulações.

Homenagem ao lúpulo

Nova Friburgo, que cresce vertiginosamente em quantidade e qualidade na produção de cervejas artesanais, passará a contar com uma significativa e justa homenagem a este segmento.

O espaço na confluência da Rua Sete de Setembro com  a Avenida Euterpe Friburguense passará a chamar-se Praça do Lúpulo.

Nome de ministro indiano

Na nota intitulada “Especialização na Índia” divulgada por esta coluna na semana passada, destacando a participação da médica friburguense Cecília Bento de Mello e seu marido, o também ortopedista  Marcos Tadeu Richard, em recente atividade naquele país, cometemos, involuntariamente, a indelicadeza de omitir o nome do ministro da saúde da Índia: Mr. Rajendra Yedraokar.

Aniversariante da próxima sexta

O conhecido José Modesto Arouca (foto), líder de audiência há muitos anos nas noites de sextas-feiras com seu programa “Pensando Nova Friburgo” na TV Zoom, e, que costuma sempre enviar os parabéns aos aniversariantes da semana, terá que mencionar a si próprio na próxima edição do programa.

Isso, por que nesta sexta-feira, 13, o querido Modesto vai completar seu 69º aniversário. Por isso, nossos antecipados cumprimentos a ele com votos de mais e mais felicidades.

Comemoração no sábado

Em seu badalado bar na Associação de Moradores do Parque Maria Teresa, o simpático ex-jogador do antigo Filó E.C., Solimar Santos - na foto junto a esposa Enair – vai festejar seus aniversário no próximo sábado, 14, com animado churrasco reunindo familiares e amigos.

Desde já, congratulações e feliz aniversário ao amigo Solimar.

Frizão quarentão!

Nosso muito obrigado ao querido colega de imprensa Vinicius Gastin pelo convite encaminhado para as comemorações, na noite do próximo sábado, 14, dos 40 anos de fundação do nosso Friburguense Atlético Clube, com homenagens, coquetel e show. Dá-lhe Frizão!

  • Foto da galeria

    Vivas, grande campeão: ANDERSON C. TRANCOZO

  • Foto da galeria

    Aniversariante da sexta: JOSÉ MODESTO AROUCA

  • Foto da galeria

    Comemoração no sábado: SOLIMAR SANTOS COM ESPOSA ANAIR

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Modos diferentes de ser e de fazer

segunda-feira, 09 de março de 2020

Nesta coluna dou prosseguimento à anterior, em que abordei questões relevantes sobre a leitura e o saber. Na essência destas questões se encontram as diferenças entre a literatura e a pedagogia, que têm enfoques distintos e bem delimitados. Não é incomum haver uma percepção que venha a confundi-las. Eu mesma já pensei que a pedagogia e a literatura se fundiam em alguns momentos, entretanto, ao longo dos meus estudos, constatei que, caso isto aconteça, ambas correm o risco de perder o foco.

Nesta coluna dou prosseguimento à anterior, em que abordei questões relevantes sobre a leitura e o saber. Na essência destas questões se encontram as diferenças entre a literatura e a pedagogia, que têm enfoques distintos e bem delimitados. Não é incomum haver uma percepção que venha a confundi-las. Eu mesma já pensei que a pedagogia e a literatura se fundiam em alguns momentos, entretanto, ao longo dos meus estudos, constatei que, caso isto aconteça, ambas correm o risco de perder o foco.

Gosto de definir a pedagogia por Emile Durkheim, sociólogo inglês, que concebe a educação como um ato intencional, através do qual uma geração adulta prepara uma outra, mais nova, para a vida coletiva, socializando-a. Ou por Dermeval Saviani, educador brasileiro, que define o trabalho educativo como um ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de homens.

O fazer literário, por sua vez, segundo Fernando Pessoa, escritor e filósofo português, é um modo de esquecer a vida, apesar de simulá-la. Oscar Wilde, escritor irlandês, a avalia como uma forma de moldar os fatos aos desígnios do escritor. E Jorge Luiz Borges, escritor argentino, afirma que a literatura é feita de sonhos, os quais se fazem através da combinação de ideias e de recordações.

Seus fundamentos são essencialmente diferentes. A literatura é arte e não tem a intenção de ensinar; o pensamento pedagógico não se estabelece no devaneio. Entretanto são complementares. A literatura enriquece o pedagógico, e o pedagógico oferece meios ao escritor para criar e produzir textos em diversos estilos literários, como também ao leitor para ler, interpretar e adquirir conhecimentos, para interagir e transformar o ambiente e os próprios modos de viver.

As cartilhas são livros de cunho pedagógico. Possuem conteúdos didáticos e são utilizadas facilitar e fixar a aprendizagem. Hoje são usadas nos programas de educação de pessoas portadoras de doenças, como o Diabetes, com a finalidade de empoderar os pacientes, promover a autogestão e os cuidados com a saúde. Na pedagogia tradicional são comumente utilizadas.

Os livros de literatura, como os de poemas e de poesias, servem para tocar a alma do leitor de modo a despertar reflexões e sentimentos. São elaborados com sensibilidade e revelam o olhar do escritor para o mundo. 

Esta coluna para mim é esclarecedora. Aliás sempre me utilizo deste espaço para pesquisar e tirar dúvidas ou algum resto de incerteza que fica serpenteando meus pensamentos sobre o ser e o fazer literário. Mas acredito que esta questão, disparada na semana passada pela escola de samba Império da Tijuca, sugerida pela Gerda, uma querida amiga, seja a de alguns leitores e fazedores de literatura que não sejam conhecedores das letras com maior profundidade.

Ah, a literatura e a pedagogia não se fazem de qualquer forma. São criteriosas.

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Adivinha...

sábado, 07 de março de 2020

Para pensar:

“A dignidade pessoal e a honra não podem ser protegidas por outros, devem ser zeladas pelo indivíduo em particular.”

Mahatma Gandhi

Para refletir:

“A glória deve ser conquistada; a honra, por sua vez, basta que não seja perdida.”

Arthur Schopenhauer

Adivinha...

Surpreeeeesa!

Para pensar:

“A dignidade pessoal e a honra não podem ser protegidas por outros, devem ser zeladas pelo indivíduo em particular.”

Mahatma Gandhi

Para refletir:

“A glória deve ser conquistada; a honra, por sua vez, basta que não seja perdida.”

Arthur Schopenhauer

Adivinha...

Surpreeeeesa!

E não é que o vereador Christiano Huguenin, que na última quarta-feira, 4, havia se recusado a receber o parecer exarado pela Comissão de Finanças e Orçamento bem como o projeto de decreto legislativo a respeito das contas de 2018 da prefeitura, pediu a palavra logo no início da sessão ordinária desta sexta-feira, 6, para pedir vistas a este mesmo material?

Alegou que dois dias seriam tempo insuficiente para ler e avaliar um documento de 28 páginas que, em essência, ecoa os mesmos apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas e pelo Ministério Público Especial, que conhecemos há vários meses.

Não vale a pena

Mas não vamos perder tempo com isso, correto?

Todo mundo sabe que o vereador poderia ter tido acesso a esse material com antecedência mais do que necessária se tivesse esse interesse, e poderia até mesmo ter elaborado parecer próprio sobre a questão, se tivesse disposição ou argumentos para tanto.

Simplesmente não vale a pena dar atenção a uma argumentação que não é digna de ser levada a sério.

Passando atestado

Na verdade, estava claro havia algum tempo que o governo teria de apelar a procedimentos de natureza formal, uma vez que não está nem perto de conseguir os 14 votos necessários à aprovação das contas de 2018, tanto mais quando se considera que tantos parlamentares recorreram no passado recente à credibilidade do próprio TCE para aprovar contas sob as quais já teriam cabido questionamentos sérios.

E essas declarações estão gravadas, ao alcance de um clique.

O Palácio Barão de Nova Friburgo simplesmente não tinha outra carta para jogar.

Desespero

Por mais frustrante que possa ter sido ao expressivo número de cidadãos que paulatinamente foram enchendo as dependências do plenário (e que continuaram a chegar mesmo após o encerramento da sessão), os vereadores fizeram bem em conceder vistas, a despeito das constrangedoras inconsistências da justificativa.

Porque a intenção, ninguém se engane, é judicializar a coisa.

De fato, se a sessão tivesse de ser resumida numa única palavra, essa palavra seria desespero.

Miopia

Está evidenciado que o governo continuará buscando maneiras de provocar a precariedade formal, numa demonstração de enorme miopia em relação ao quadro completo.

Afinal, de que vale buscar meios de interromper ou anular os procedimentos, se ao fazer isso assume ter consciência de que teria as contas reprovadas caso o rito seguisse seu curso normal?

Ademais, já estamos em março, e a caneta está em vias de voltar para as mãos do povo.

E quanto a isso não cabe qualquer apelação. 

Sentença

Na prática, a pauta ficará trancada até terça-feira, 17, quando está prevista a apreciação das contas.

Mas se isso irá acontecer, e se elas serão rejeitadas ou não, se haverá comissão processante ou não… Até mesmo se haverá Justiça ou não em relação a tudo que andou se passando em Nova Friburgo nos últimos três anos, só o tempo vai dizer.

No frigir dos ovos nada disso tem o poder de alterar o que de fato aconteceu, ou a história que alguns escolheram escrever.

O lugar histórico de muitos já está reservado. E quando tudo passar, é só isso que importa.

Radiografia

De qualquer modo, seria interessante que todo friburguense desse uma olhada com atenção no vídeo da sessão desta sexta-feira, 6, por ser uma oportunidade preciosa de ver nosso plenário exposto, suas máscaras bastante evidenciadas.

Porque há governos que não negociam favores em troca de governabilidade, mas de blindagem.

E há parlamentares que se deixam amarrar de tal forma, que acumulam telhado de vidro de espessura tão fina, que simplesmente não podem - por mais indisfarçável que seja o embaraço - abandonar o navio enquanto a água não chegar às vias respiratórias.

Mãos amarelas

Não se trata apenas de perder a base eleitoral cristalizada em amplos cabides de emprego, ou arriscar o assistencialismo praticado na proporção de toda uma secretaria de governo, mas de ficar exposto a denúncias de origem interna, fogo amigo, exposição de segredos.

Certas regras simplesmente não perdoam: quando a honra é deixada de lado, a independência e a dignidade seguem o mesmo caminho.

Basta ver o esforço de alguns para que a votação sobre as vistas não tivesse de ir a plenário...

Resultado real

Que ninguém se engane com o resultado da votação que terminou por acatar o pedido de vistas por 10 a 9.

O governo sofreu sim uma baita derrota na sessão desta sexta-feira, tendo de cumprir um papel reservado aos que não perdem com honra.

A base de governo, por sua vez, absorveu um pesado desgaste às portas de uma corrida eleitoral.

E todo mundo sabe muito bem disso.

Confirmou

A coluna antecipou, e no dia seguinte a informação se confirmou.

De fato, Juvenal Condack, foi mesmo convidado pela cúpula nacional do PSD a encabeçar uma chapa de pré-candidatura à Prefeitura de Nova Friburgo.

O ex-secretário municipal de Fazenda ainda não confirmou se vai aceitar o convite, mas a coluna entende que as intenções de compor uma chapa são sólidas.

Resta esperar para ver.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Laço branco

sábado, 07 de março de 2020

Laços. Criar laços para além do cadarço ou do nó da gravata. Desamarrar para desarmar o espírito, o peito e a atitude cruel. Fechar o laço do vestido ou o laço que segura o cabelo. Laços invisíveis - brancos da paz que confronta a tal paz dos cemitérios. Paz vívida e festeira que celebra a existência com alegria e abundância. Pacto. Pela paz que liberta – liberdade. Pela paz que permanece – igualdade.

Laços. Criar laços para além do cadarço ou do nó da gravata. Desamarrar para desarmar o espírito, o peito e a atitude cruel. Fechar o laço do vestido ou o laço que segura o cabelo. Laços invisíveis - brancos da paz que confronta a tal paz dos cemitérios. Paz vívida e festeira que celebra a existência com alegria e abundância. Pacto. Pela paz que liberta – liberdade. Pela paz que permanece – igualdade.

Homem! Põe a mão na consciência e olha para trás. A história não te ensinou? Suas convicções machistas são tão démodé. Ela não é sua propriedade. A sabedoria dela não merece a fogueira. Ela pode tudo o que ela quiser, no lugar que ela quiser, no tempo dela. Você não tem autoridade sobre ela. Foi do ventre de uma delas que você veio. Como ousa desrespeitar alguém semelhante à sua mãe? Percebe que ela tem os mesmos direitos que você. Aceita a força que ela tem e deixa a sensibilidade delas se dedicar a esse caos que você criou. Faz laço branco na sua consciência e dá a mão há quem já despertou para esse novo mundo mais igual que quer e precisa se estabelecer.

Mulher! Aceita sua força e seu destino de amazona. Impede o assédio moral e físico e denuncia sem dó ou piedade. Você merece o mundo e nada menos do que isso. Plenitude e felicidade. Mergulha na intenção da igualdade e lute cotidianamente por esse lugar seu. Se ame mais do que supõe amá-lo e não aceite desaforo, piada fingida de branda ou brincadeira. Não! Ele não pode tudo. Ele não pode nada! Nada contra a sua vontade. Seja quem é, faça o que quer fazer. As regras para o seu corpo são suas. A forma de se vestir, se maquiar ou não, tem a ver com seu bem estar e de mais ninguém. Sinta-se. Permita-se. Empodere-se.

Chega de preconceito. De machismo. De violência. De feminicídio. De oposição ao feminismo. Basta de ignorância! De morte em vida. De tortura. De assédio. De mulher defendendo machismo. De machistas já temos muitos brutos burros aos montes que precisam aprender o respeito.

Laço branco. Em fita de papel, pano, couro para aniquilar a invisibilidade que grita para ser vista. Laço desmaterializado para mobilizar essa paz que há de ser alcançada antes dos sonhos desarticulados do paraíso longínquo. Não estamos no inferno, rechacemos o purgatório para fazer daqui um lugar sem penitências e assim mais humano e feliz. 

Laço branco pelos homens para as mulheres. Pelas mulheres para as mulheres. De todos para o feminino.

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.