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Saúde tem relação com interdependência, não com competição

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Nossa mente é complexa, não somente quanto aos processos bioquímicos e elétricos cerebrais, mas quanto aos intrincados pensamentos e sentimentos que experimentamos. Na verdade, uma coisa tem que ver com a outra, ou seja, aqueles processos têm que ver com estes pensamentos e sentimentos e vice-versa.

Nossa mente é complexa, não somente quanto aos processos bioquímicos e elétricos cerebrais, mas quanto aos intrincados pensamentos e sentimentos que experimentamos. Na verdade, uma coisa tem que ver com a outra, ou seja, aqueles processos têm que ver com estes pensamentos e sentimentos e vice-versa.

O professor António Damásio, chefe do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Iowa, no livro “O Erro de Descartes”, cita: “...a razão pode não ser tão pura quanto a maioria de nós pensa que é ou desejaria que fosse, e que as emoções e os sentimentos podem não ser de todo uns intrusos no bastião da razão, podendo encontrar-se, pelo contrário, enredados nas suas teias, para o melhor e para o pior.” (p.12). Razão e emoção se entrelaçam e interdependem. Não há, portanto, uma razão pura, sem ter sido influenciada por nenhum sentimento, assim como não há nenhum sentimento sem ter sido influenciado por algum pensamento.

“A alma respira através do corpo, e o sofrimento, quer comece no corpo ou numa imagem mental, acontece na carne.”, afirma o professor Damásio (p.18). Há uma interligação entre mente e corpo, inseparável. Antigamente se achava que havia no cérebro humano regiões específicas para cada função. Por exemplo, acreditava-se que havia uma única região responsável pela visão. Hoje sabe-se que “a função de cada parte individual do cérebro não é independente, mas uma contribuição para o funcionamento de sistemas mais vastos, compostos por essas partes individuais.

Podemos agora dizer com segurança que não existem ‘centros’ individuais para a visão, para a linguagem ou ainda para a razão ou para o comportamento social. O que na realidade existe são ‘sistemas’ formados por várias unidades cerebrais interligadas.” (p.35).

A Neurologia, a Psiquiatria, a Psicologia Médica, a Imunologia, a Endocrinologia, até a Filosofia, Sociologia e Teologia, têm verificado que há uma interligação entre estas áreas do saber, que todas precisam de todas. Para nossa saúde mental precisamos interligações sociais, compartilhamento, noção e prática de vivência em comunidade.

Não fomos criados para competir, mas para compartilhar. Precisamos entender melhor isto. Entender que eu dependo de cada outro ser ao meu redor. Que cada um tem sua importância e participação na formação da saúde ou da doença social.

Preciso da natureza, preciso do meu vizinho, do lixeiro, do frentista do posto de gasolina, do canto do passarinho, do sol, da lua, da chuva etc. A vida e a saúde funcionam dentro de um sistema e é compreendendo a visão sistêmica que podemos nos posicionar mais humildemente na existência, o que é saudável.

Nossa saúde mental depende, portanto, de compreendermos esta interdependência entre corpo e mente, o individual e o social, que somos apenas parte de um todo, precisamos uns dos outros, e que viveremos melhor ao compartilhar e não ao competir.

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Ocupação hoteleira

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Ocupação hoteleira

As chuvas dos últimos dias e a previsão de chuva durante boa parte do carnaval deve afetar a ocupação hoteleira de Nova Friburgo, neste carnaval. A ocupação, no entanto, deve atingir a marca de 80% nas estimativas do Convention & Visitors Bureau local.

Emprego e renda

Ocupação hoteleira

As chuvas dos últimos dias e a previsão de chuva durante boa parte do carnaval deve afetar a ocupação hoteleira de Nova Friburgo, neste carnaval. A ocupação, no entanto, deve atingir a marca de 80% nas estimativas do Convention & Visitors Bureau local.

Emprego e renda

O Estado do Rio de Janeiro é líder nacional em ocupação e arrecadação no carnaval. No entanto, mais de um quarto de toda a receita fica na capital, ou seja, R$ 2 bilhões. Especialmente nos municípios em que há eventos, como Nova Friburgo, os setores que mais comemoram são alimentação e bebidas.

Blocos de times de futebol

Pela primeira vez, Nova Friburgo terá desfile de blocos de todas as quatro torcidas dos times grandes do Rio de Janeiro, neste carnaval. O caçula é o bloco do Botafogo. O Alvinegros da Serra estreia na avenida com samba dos consagrados Sabará e Guto, ambos botafoguenses.

Um time por dia

Cada dia do carnaval friburguense terá um bloco ligado a time de futebol diferente desfilando. O Friburguense com o Bloco do Frisão é o primeiro a desfilar, na sexta-feira de carnaval, dia 21. No sábado, 22, o mais antigo dos blocos, o Máquina Tricolor, representa a torcida do Fluminense.

Roberto Dinamite

No domingo, 23, quem vai desfilar é a turma do Botafogo. Segunda-feira, 24, é a vez do Flamengo. Os Gigantes da Serra, com a turma vascaína sai na terça, com presença ilustre de Roberto Dinamite. Cada bloco tem suas organizações, com abadá, espaços especiais, concentração com open bar e assim por diante.

Decisão

Final. O Friburguense deixou para trás, América e Nova Iguaçu e disputa com o Americano a vaga para a seletiva de 2021 do Estadual. O jogo de hoje, 19, fora de casa, dá vantagem do empate ao time mandante. Apenas a vitória livra o Friburguense de jogar uma nova fase com os dois já eliminados que definirá o rebaixamento.

Boas recordações

O ambiente da partida lembra muito a semifinal do 2º turno da segundona, no ano passado. O Friburguense enfrentou o então invicto em casa, Artsul, nas mesmas condições. Fora de casa, com o adversário tendo direito ao empate. O Frisão venceu por 1 a 0 e garantiu lugar na final diante do América. Conquistou o turno e foi para mais dois jogos contra o mesmo América.

Só a vitória

A obrigação de vitória sempre fez bem ao Friburguense. Que faça de novo dessa vez, em que o time campista tem o favoritismo, ainda que neste ano, dois jogos entre as duas equipes já tenham ocorrido. O Friburguense venceu na última rodada da seletiva por 1 a 0. Já na atual fase, o Americano derrotou o Friburguense, em Nova Friburgo, por 2 a 1.

Rivalidade reacendida

O Americano chegou na última rodada da seletiva dependendo apenas de suas forças para alcançar a fase principal. O Friburguense, já eliminado e sem vitória naquela circunstância, venceu seu primeiro jogo e deu a vaga ao Macaé. A partir daí, a antiga rivalidade entre os clubes aflorou de novo e deve ter reflexo no confronto final de hoje. Afinal, independente do resultado Friburguense ou Americano se livrarão do Grupo Z.

Passaporte

Caso o Friburguense vença, portanto, o clube garante vaga na seletiva do ano que vem e se livra completamente do rebaixamento. Lembrando que em 2021, a seletiva dará apenas uma vaga na fase principal com os grandes e será a última nesse formato. Caso empate ou perca, o Friburguense fará um triangular final com América e Nova Iguaçu, em jogos de ida e volta. Apenas o último entre os três cairá de divisão, enquanto os outros dois se classificam para a seletiva.

Novo modelo

A partir de 2021, enquanto a seletiva será a última, surgirá a nova segunda divisão. Com doze clubes e mesmo formato da primeirona. Dois grupos de seis, turno e returno. Apenas um time subirá, sem passar por seletiva, direto para a elite. Essa nova segundona será formada por cinco dos seis times da seletiva do ano que vem, mais o rebaixado de 2021 e seis times melhores classificados da segundona deste ano.   

Palavreando

“Esqueci que o relógio existe. Mas o tempo não admite ser apenas um relógio no pulso ou no celular. Ele passa. E a vida passa pelo tempo sem que ambos queiram se casar”.

 

 

Foto da galeria
As cachoeiras de Nova Friburgo. Em tempos de chuvas, a vantagem são as quedas mais volumosas de água. A desvantagem são alguns perigos como trombas d´água. O registro da Cachoeira da Adutora é da jovem estudante de fotografia, Brenda Brum.
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Voltando do paraíso

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Conforme escrevi na minha coluna anterior meus 70 anos foram comemorados em Fernando de Noronha. Na realidade fui conferir o fato de ser esse arquipélago brasileiro rotulado de paraíso, seria isso verdadeiro? Afinal, como já estou mais para lá do que para cá é sempre bom ter contato com a terra prometida e saber como ela é.

Conforme escrevi na minha coluna anterior meus 70 anos foram comemorados em Fernando de Noronha. Na realidade fui conferir o fato de ser esse arquipélago brasileiro rotulado de paraíso, seria isso verdadeiro? Afinal, como já estou mais para lá do que para cá é sempre bom ter contato com a terra prometida e saber como ela é.

Eu e minha esposa voltamos encantados com o que vimos, pois nesse arquipélago onde se respira natureza, essa foi generosa e dotou o local de praias e de uma fauna marinha que são verdadeiro colírio para os olhos. Mas, faço a ressalva de que o lugar é maravilhoso para aqueles que curtem a natureza, pois tirando o mar e as caminhadas pelas trilhas da ilha, resta pouco a fazer. Com relação à gastronomia, existem vários restaurantes de qualidade, com preços salgados, pois o local mais próximo de Noronha é a cidade de Natal, a 360 quilômetros da ilha. E aqui uma correção porque no artigo anterior citei Recife como a cidade litorânea mais próxima, e na realidade ela está a 500 quilômetros de distância e não 350, conforme foi publicado. Assim, todo o transporte de mercadorias é feito ou por avião ou navio. Isso encarece os produtos, daí em Noronha tudo ser mais caro.

É interessante ir uma primeira vez para se ter ideia do que vamos encontrar e voltar uma segunda, para melhor curtir. Por exemplo, fizemos dois passeios, um de barco e um chamado ilha tour, que se vai de carro e se faz um circuito de toda a ilha, visitando as principais praias. Gastamos R$ 1 mil, no entanto, se tivéssemos alugado um bugre, por quatro dias, teríamos gasto essa mesma quantia e visitado as mesmas praias, podendo voltar quantas vezes quiséssemos. Claro que como muitas delas estão dentro do parque nacional, tivemos de comprar um passe de duração de dez dias, que sai a R$ 110 para turistas brasileiros e R$ 190, para estrangeiros. Por termos mais de 60 anos, a carteirinha saiu de graça. No entanto, a taxa de estadia de R$ 70 por dia não tem escapatória.

Essa taxa se explica em virtude de Noronha não ter água a não ser aquela das chuvas que são recolhidas em açudes e da dessalinização. Além disso, a energia vem da produção de uma usina movida a óleo diesel, cujo preço do quilowatt é muito mais caro. O saneamento é muito bem feito, afinal são só cinco mil habitantes, com uma estação de tratamento, sendo o material tratado lançado numa praia sem acesso ao público e na parte externa, aquela que dá para o mar aberto, ou seja para o continente africano.

Só existem duas maneiras de se tornar ilhéu, ou sendo contratado para trabalhar e aí o patrão tem de dar alojamento, alimentação e fica responsável direto pelo cidadão. A outra é se casando com um/uma habitante regular. Após 30 anos na ilha, o cidadão tem direito de solicitar um terreno ao estado de Pernambuco, proprietário do território desde 1988, e construir sua própria casa, além de receber o certificado de residente. Antes esse prazo era de dez anos. No entanto, isso não impede que moradores atuais arrendem seus imóveis, daí o número elevado de pousadas em Noronha.

A construção em alvenaria é cara, pois tudo vem do continente e um milheiro de tijolos chega a custar R$ 3 mil; daí que estão surgindo muitas construções pré-fabricadas em madeira ou em containers. Fernando de Noronha tem um administrador escolhido pelo Governo do Estado de Pernambuco (é o único distrito brasileiro que pertence ao estado e não a um município), mas que não mora necessariamente na ilha. Isso é ruim, pois a conservação dos vários núcleos habitacionais deixa muito a desejar. Nossa pousada, aliás, era excelente e com uma equipe de primeira, a Pedras Secas, fica na Vila dos Remédios, a principal.

Deu-me vontade de trabalhar lá, como médico voluntário, pois isso não é difícil e eu teria direito a alojamento e alimentação, mas a temperatura constante de 30 graus durante o dia e 26 à noite faz com que o ar condicionado e a água para beber sejam os bens mais disputados do arquipélago. Tô fora.

Seus moradores regulares têm alguns privilégios, entre eles o da passagem gratuita de avião para Recife. Além do mais, as gestantes a partir do sétimo mês recebem uma moradia (hotel), em Recife, pois desde o final dos anos 90 não nasce mais ninguém na ilha, apesar de constar na certidão de nascimento que o bebê é natural de Fernando de Noronha. Assim não se corre o risco de complicações durante ou no pós parto.

Valeu a pena e uma visita a Fernando de Noronha é uma escolha e tanto.

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Diante do Senhor

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

“Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.” – Jesus. (João, 8:43.)

A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha.

Fazer todo o bem possível, ainda quando os males sejam crescentes e numerosos.

Emprestar sem exigir retribuição.

Desculpar incessantemente.

Amar os próprios adversários.

 Ajudar aos caluniadores e aos maus.

Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos.

“Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.” – Jesus. (João, 8:43.)

A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha.

Fazer todo o bem possível, ainda quando os males sejam crescentes e numerosos.

Emprestar sem exigir retribuição.

Desculpar incessantemente.

Amar os próprios adversários.

 Ajudar aos caluniadores e aos maus.

Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos.

Isso ocorre a muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores.

Crêem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas. A preocupação da posse lhes absorve a existência.

Reclamam o ouro do solo, o pão do celeiro, o linho usável, o equilíbrio da carne, o prazer dos sentidos e a consideração social, com tamanha volúpia que não se recordam da posição de simples usufrutuários do mundo em que se encontram e nunca refletem na transitoriedade de todos os patrimônios materiais, cuja função única é a de lhes proporcionar adequado clima ao trabalho na caridade e na luz, para engrandecimento do espírito eterno.

Registram os chamamentos do Cristo, todavia, algemam furiosamente a atenção aos apelos da vida primária.

Percebem, mas não ouvem.

Informam-se, mas não entendem.

Nesse campo de contradições, temos sempre respeitáveis personalidades humanas e, por vezes, admiráveis amigos.

Conservam no coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive empenhada no jogo das formas perecíveis.

São preciosas estações de serviço aproveitável, com o equipamento, porém, ocupado em atividades mais ou menos inúteis.

Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assinalar a linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração vazio de resíduos da Terra, para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina.

Extraído do livro “Fonte viva”; Espírito Emmanuel; Médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações
Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
Reuniões doutrinárias: quartas-feiras, 14h; quintas-feiras, 20h e domingos, 17h.
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Visite a Banca do Livro Espírita na Av. Alberto Braune.
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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Da educação emocional às 10 mil edições, pura emoção!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Fiquei surpresa na última semana, quando, num coletivo, sentei-me ao lado de uma jovem com uma criança ao colo. O menino mexia no celular da mãe com uma habilidade adulta até admirável. Com dois aninhos de idade, em momento algum do trajeto, ele desviou a atenção da tela. A mãe, volta e meia cochilava e ele ali, duro na queda. Agora vejo o Caderno Z com a temática – “Educação emocional: preparando para um futuro melhor”.

Fiquei surpresa na última semana, quando, num coletivo, sentei-me ao lado de uma jovem com uma criança ao colo. O menino mexia no celular da mãe com uma habilidade adulta até admirável. Com dois aninhos de idade, em momento algum do trajeto, ele desviou a atenção da tela. A mãe, volta e meia cochilava e ele ali, duro na queda. Agora vejo o Caderno Z com a temática – “Educação emocional: preparando para um futuro melhor”.

Logo de início, no “acolhimento inovador” do Colégio Pensi, sua diretora Andréa Braune ressalta: “Para a Educação Infantil do Pensi, brincar é coisa séria. É a partir de um ano de idade que as crianças passam a ser estimuladas a desenvolver ao máximo suas habilidades cognitivas e motoras com interações e brincadeiras seja nas aulas de psicomotricidade, iniciação ao xadrez, música, educação financeira e até  educação alimentar”. Na foto do pátio, de forma inevitável, senti saudades do Externato Santa Ignez. Bons tempos aqueles. Contudo, o espaço está em boas mãos.

É muito saudável também conhecer o posicionamento do Centro Educacional Conselheiro nas palavras de sua diretora, Adriane Fernandes: “Ver adolescentes deixando de lado os celulares para conversar, se divertir, interagir e promover grupos de estudos virou uma realidade em nossa escola”. Com atitudes assim, “o futuro melhor” se constrói no hoje mais seguro e feliz. Para reforçar ainda mais os propósitos da educação emocional, Igor Fonseca, instrutor de yoga destaca: “Através do yoga, as crianças exercitarão sua respiração e aprenderão a relaxar, para enfrentar o estresse, as situações de conflito e a falta de concentração, problemas tão evidentes na sociedade atual. Em entrevista ao jornal, as professoras Rosane Almeida e Lilian Chaves partilham: “Crianças precisam ser crianças e a sociedade moderna vem estimulando-as a pularem fases importantes de suas vidas”. Rosane e Lilian são guias no Samsara Estúdio de Yoga.

Em “Palavreando”, Wanderson Nogueira, na passarela das letras, exemplifica um “carnaval o ano inteiro”, e garante:  “renovar a mesmice requer mais entrega do que talento, mais vontade do que disposição”. E a folia de Momo está aí, prometendo dias de alegria. A escola de samba mirim, Sementes do Samba, vai abrir os desfiles no sábado. No enredo, a escola homenageará os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Sucesso para as sementes.

A Estrada Serramar continua em obras e o Jardim California receberá contenção de encostas na altura das ruas Alcindo Alves dos Reis e Júlio Alves de Amorim. Em compensação, em matéria de página dupla, Fernando Moreira nos traz informações sobre as pendências de algumas obras que foram previstas pela prefeitura. Três delas estão em andamento, outras três nem saíram do papel e uma já foi descartada. A cobertura na lateral da Estação Livre sentido norte, foi concluída. Ficou bonito, mais funcional e aguarda-se para abril a conclusão do outro lado. A ciclovia compartilhada, para bem funcionar, como já falei, falta adequar as bicicletas para que tenham campainha. No Hospital Raul Sertã, a saúde da obra está ainda comprometida. A Avenida Brasil está ainda mais distante do que a da capital. Na Praça do Suspiro eu deixo o meu recado: que tal uma arena para eventos no terreno, para livrar a Fonte do Suspiro dos palcos.

Boas falas para a Praça 1º de Maio, em Olaria. Tem tudo o que uma praça precisa: bancos,  “em perfeito estado”,  jardins, flores, lixeiras e muita limpeza. No parquinho também se vê os brinquedos bem cuidados, areias limpas e muita segurança para os pequenos. Uma bonita iniciativa partiu do comerciante Arivelto Martins que pediu a 20 integrantes do comércio local a doação de uma quantia e encomendou 100 lixeiras, instaladas em pontos da área central de Olaria. Com essa atitude, o bairro está mais limpo e muito mais agradável. Que beleza! Parabéns a todos que participaram desse ato de cidadania e desprendimento. Quanto a Praça Getúlio Vargas, no centro, um capricho nos jardins e melhor iluminação já estariam de bom tamanho.

A coluna Massimo entra em um curto período de férias e já podemos sentir saudades. Porém seu querido editor nos deixa com duas máximas que nos valerão até a sua volta. Está em tramitação no gabinete do vereador Joelson do Pote a iniciativa de nomear o Centro de Turismo em homenagem ao querido e saudoso radialista Edmo Zarife. Outra maravilha foi a aprovação, em sessão ordinária da última quinta-feira, 13, também por iniciativa de Joelson do Pote, de “atribuir ao Centro de Arte o nome de Júlio Cezar Seabra Cavalcanti”, nosso inesquecível Jaburu. Realmente as duas notícias estão no agrado do coração friburguense. Fica, desde já, o agradecimento ao vereador Joelson e aos demais pela sensibilidade das iniciativas. Para encerrar a nossa viagem, em “Para refletir”, o pensamento de Jean de la Bruyere cai bem como uma luva: “Não há no mundo exagero mais belo do que a gratidão”. Linda semana para todos nós.

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Rotary Olaria: memorável noite

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Rotary Olaria: memorável noite

Ontem, 17, no restaurante Chakai, o Rotary Clube Nova Friburgo Olaria, em reunião conjunta com os demais clubes co-irmãos do Rotary de nossa cidade promoveu uma noite havaiana que encantou a todos.

Rotary Olaria: memorável noite

Ontem, 17, no restaurante Chakai, o Rotary Clube Nova Friburgo Olaria, em reunião conjunta com os demais clubes co-irmãos do Rotary de nossa cidade promoveu uma noite havaiana que encantou a todos.

 O acontecimento serviu para celebrar o sucesso dos projetos empreendidos, agradecer e homenagear aos amigos e parceiros que ajudaram nestes últimos tempos o Rotary Olaria a cumprir sua missão. Na programação da noite, expô de fotos, exibição de um vídeo e uma breve palestra sobre o uso de energia fotovoltaica, para redução de energia elétrica nas cidades.

Parabéns ao dinâmico presidente do Rotary Olaria, Roberto Gouvêa Vianna, na foto junto a um dos homenageados, o casal Diva e Ademar Ribeiro Mendonça.

FM a caminho

 Quando julho ou mais tardar agosto chegar, Nova Friburgo passará a ter mais uma emissora de rádio FM.

 Não que uma nova surgirá, mas sim por que a tradicional Nova Friburgo AM, passará finalmente, a se enquadrar na modernidade da Frequência Modulada.

Vivas para a Joana

 Na tarde do último sábado, 15, as alegrias rolaram a valer no salão de festas de elegante prédio do centro da cidade, por conta das comemorações, com o tema Patrulha Canina, do 2° aniversário da bonequinha Joana Pontes Moreirão. Aí na foto a aniversariante aparece junto a mamãe, a médica dermatologista Carolina e o pai, o ortopedista Marcos Moreirão.

Para a gatinha Joana, assim como para seus pais e familiares, nossas congratulações e desejos de muitas felicidades.

Maçonaria na praça

Encabeçada pela Loja Maçônica Indústria e Caridade, as demais de nossa cidade, Jacques de Molay, Independências e Professor Oscar Argollo também já estão se mobilizando para realização, em agosto, de uma grandiosa atividade e ação social na Praça Getúlio Vargas.

Com vasta programação incluindo atividades diversas, serviços sociais, sorteio de um presente e muito mais, o acontecimento será em comemoração ao Dia do Maçom, que anualmente no Brasil é celebrado no dia 20 de agosto.

Parabéns ao Mateus

Mantendo a agradável tradição de todos os anos registrarmos nesta coluna o aniversário do garotão Mateus Demani (foto), apresentamos as nossas felicitações pelo seu 9º ano de vida completado no último dia 9. A ocasião foi motivo de alegria para o pai, o vereador Isaque Demani, a mãe Fabiana, o irmão Luiz Miguel e a irmãzinha Ana Luíza. Felicidades!

Aniversariante do domingo

Como nunca é demais felicitar pessoas que realmente merecem tudo de bom, desde já nossos cumprimentos ao admirado empresário do setor farmacêutico de nossa cidade Haroldo César de Andrade Pereira, que marcou época também como superintendente de trânsito de Nova Friburgo na administração municipal anterior.

Nossas antecipadas felicitações ao admirado botafoguense Haroldo, que no próximo domingo, 23, vai celebrar mais um outono.

“Juzinha” com nova idade

Com pequeno atraso, mas com imenso carinho, parabenizamos a bonequinha da foto, Julianna Oliveira Castro, que para felicidade de seus pais, Jacqueline Santos e Alex Castro, completou seu 3° aninho de vida no último dia 13. Parabéns!

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A literatura e o cinema

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Na semana passada, a 29ª. cerimônia de entrega dos Academy Awards, o Oscar, produzida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, teve o esplendor de sempre. A noite de premiação dos melhores atores, técnicos e filmes de 2019 foi iluminada pelo desfile dos astros do cinema sobre o Tapete Vermelho, pelos shows e pela premiação das 24 categorias dos elementos que compuseram a produção dos filmes. O Oscar é um evento televisionado, que invade a madrugada, emocionante e único. 

Na semana passada, a 29ª. cerimônia de entrega dos Academy Awards, o Oscar, produzida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, teve o esplendor de sempre. A noite de premiação dos melhores atores, técnicos e filmes de 2019 foi iluminada pelo desfile dos astros do cinema sobre o Tapete Vermelho, pelos shows e pela premiação das 24 categorias dos elementos que compuseram a produção dos filmes. O Oscar é um evento televisionado, que invade a madrugada, emocionante e único. 

Ao assisti-la fui tomada pela ideia de que a literatura é o ponto de partida de todo o processo de produção cinematográfica, que exige um trabalho de equipe competente, criativo e articulado. A imaginação do escritor tem o poder, quase mágico, do toque inicial. A vontade, decorrente do seu incômodo ou do seu encantamento, até mesmo da sensação de que a vida não lhe basta, o impele a transcrever suas emoções para textos em estilos literários diferentes. Os filmes baseados em fatos ou ficção, inclusive os documentários, estão fundamentados em roteiros (estilo literário próprio do cinema) originais ou adaptados. Os adaptados, por sua vez, são provenientes de obras, como dos contos, romances, ensaios, dentre outros.

O filme Coringa, cujo ator, Joaquim Phoenix, merecidamente premiado, conta a história de um dos maiores vilões fictícios, o Coringa. Este gênio do crime foi criado na década de quarenta por Jerry Robinson, Bill Finger e Bob Cane e compôs enredos de filmes, histórias em quadrinhos e livros. Ah, sem vilões não há tramas empolgantes!; eles tecem as mais incríveis armadilhas aos heróis, que, desafiados, reagem com bravura, oferecendo ao espectador um suspense espetacular. Joaquim Phoenix é o personagem de uma história de ficção pertencente a outras. 

Todos nós fomos criados rodeados por este estilo de literatura que nos permitiu assimilar as características dos seus heróis. Quem não se identificou com as atitudes de Batmam ou da Mulher Gato? Quem não passou uma tarde se divertindo como estes heróis incitados pelo Coringa? Qual a criança que não gosta de se fantasiar com suas roupas e máscaras? 

Hoje a literatura não é mais fechada em si mesmo, na medida em que suas fronteiras interagem com outras linguagens artísticas. Podemos apontar como causas relevantes o avanço da tecnologia que possibilita a visualização da escrita literária, bem como o mal-estar com as circunstâncias da vida. Ao mesmo tempo em que se precisa criar modos de sentir prazer, há a necessidade de avaliar os momentos históricos. Na medida em que a literatura faz críticas e cria utopias, o cinema corrobora dando imagem e movimento às obras literárias; ambas as linguagens acabam por se confundir através das artes cinematográficas, como nos figurinos, nos cenários, na sonoplastia, nos efeitos especiais. O cinema é a síntese das artes ao promover várias formas de visualização da criação humana.

A literatura dá asas ao cinema que, por sua vez, estabelece a conversa entre expressões artísticas diversas que vão se enriquecendo na medida em que se agregam e complementam-se.  

 

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Representatividade

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Para pensar:

“Os credores têm melhor memória do que os devedores.”

Benjamin Franklin

Para refletir:

“Não há no mundo exagero mais belo que a gratidão.”

Jean de la Bruyere

Representatividade

A semana acabou sendo marcada por questões relacionadas à representatividade friburguense, tanto no Rio de Janeiro quanto em Brasília.

Para pensar:

“Os credores têm melhor memória do que os devedores.”

Benjamin Franklin

Para refletir:

“Não há no mundo exagero mais belo que a gratidão.”

Jean de la Bruyere

Representatividade

A semana acabou sendo marcada por questões relacionadas à representatividade friburguense, tanto no Rio de Janeiro quanto em Brasília.

Começando pelo Rio, em reviravolta um tanto surpreendente, ainda que não de todo inesperada, os deputados estaduais Chiquinho da Mangueira e Marcos Abraão, que haviam sido afastados da Alerj após terem sido presos durante a operação Furna da Onça, obtiveram liminar no Tribunal de Justiça determinando que reassumam os mandatos.

A decisão foi do desembargador Rogério de Oliveira Souza, da 22ª Câmara Cível.

Limbo

Os deputados André Corrêa, Luiz Martins, Marcos Abraão, Chiquinho da Mangueira e Marcos Vinícius Neskau haviam sido soltos por decisão da Alerj, com base em deliberação da ministra Carmém Lúcia, do STF.

Ainda assim, por conta decisão da Mesa Diretora a partir de liminar da Justiça Estadual que anulou a posse dos parlamentares ocorrida no interior do presídio e não nas dependências da Alerj, ferindo o regimento interno da Casa, os mandatos não haviam sido recuperados.

Ecos locais

A alteração obviamente ecoa em Nova Friburgo, uma vez que o suplente de Chiquinho da Mangueira é Sérgio Louback, que dessa forma deve retornar ao plenário da Câmara Municipal, na cadeira que atualmente vem sendo ocupada por Dr. Luis Fernando.

Além disso, a notícia também afeta diretamente a vida de grande quantidade de assessores parlamentares que, nessas condições, perderão as respectivas nomeações.

Instabilidade

Muita gente, no entanto, acredita que a mudança pode ser apenas temporária.

Afinal, trata-se de uma liminar, e o colegiado de desembargadores sempre pode fazer leitura diferente a respeito da situação.

A coluna entende, portanto, se tratar de uma decisão que pode ser revogada, mas que de qualquer forma agrega insegurança e instabilidade ao nosso cenário político, com inevitáveis repercussões sobre a representação friburguense imediata, a vida profissional de muitas pessoas, e também sobre a corrida eleitoral.

Por falar nisso...

E já que falamos sobre o panorama eleitoral, a coluna pode confirmar que o senador Romário bateu o martelo de forma favorável à pré-candidatura do Podemos em Nova Friburgo, que deve indicar o ex-vereador Adriano Pequeno.

A decisão também foi chancelada por Álvaro Dias, Bebeto e Renata Abreu.

Tendências

Com mais essa notícia o cenário eleitoral reforça a sensação de certo inchaço, levando a acreditar que algumas fusões de grupos podem vir a acontecer nos próximos dias.

De qualquer modo, perspectivas iniciais sinalizam a possibilidade de uma eleição decidida com ainda menos votos do que a de 2016, na qual muita gente já deixou claro que vai se esforçar por transferir votos ou rejeições a partir de esferas superiores.

E o eleitor deve ter muito cuidado com isso, para não perder de vista a composição local, que é a que verdadeiramente conta.

Estranhamento

Após dois anos marcados por uma rotina estranha, para não usar adjetivo pior, a licitação para realização de nosso carnaval naturalmente atraiu muitas atenções, nesta sexta-feira, 14.

Ainda assim, alguns colegas da imprensa relataram dificuldades de acompanhamento do pregão, e mais que isso, os vereadores Johnny Maycon e Professor Pierre manifestaram grande estranhamento quando, logo após a vitória de uma empresa friburguense, um representante do governo exigiu a realização de visita técnica imediata.

Sem margem

O preço caiu bastante, tudo correu direitinho, até o fechamento desta edição não havia nenhuma confirmação sobre qualquer problema digno de nota. Mas a coluna registra o ocorrido mesmo assim porque notou algumas posturas estranhas ao longo do dia, alguns comportamentos esquisitos, e entende ser oportuno reafirmar que não há mais margem para surpresas nesse tipo de processo não.

A cota já foi estourada há muito, muito tempo.

Retificando

Na coluna de sexta-feira o Massimo se referiu de forma errada ao arquiteto da Firjan que tem atuado na questão das calçadas acessíveis.

O nome correto é Luiz Gustavo Guimarães, e não Luiz Carlos, como foi publicado na versão online da coluna.

A coluna pede desculpas pelo equívoco.

Trânsito

A coluna andou recebendo diversas mensagens relacionadas a situações de nosso trânsito que merecem atenção por parte das autoridades responsáveis.

Algumas dessas situações o colunista também já teve oportunidade de testemunhar.

Com a palavra, os leitores.

Rua Sete de Setembro (1)

“Na sexta-feira passada, dia 7, a coluna falou sobre as preocupações no trânsito em relação à Augusto Spinelli, muitas mudanças aconteceram, né?! Uma delas foi a instalação do semáforo na Rua Sete de Setembro, mas que não tem a princípio sinalização para o pedestre. Motoristas continuam parando para a travessia e os pedestres não se deram conta que agora temos uma sinalização ali. Confuso.”

Assina a mensagem a colega Tatiane Tavares.

Rua Sete de Setembro (2)

“Gostaria de chamar atenção para as recentes instalações de semáforos, uma na polêmica ‘faixa elevada da Avenida Euterpe Friburguense’ e outra na Rua Sete de Setembro, próximo à Estação Livre.

Em ambas as instalações o equipamento apresenta sinalização apenas para os veículos, a indicação para os pedestres não está presente.

Não sei se é por falta do equipamento, ou se a chuva está ‘atrapalhando’ a conclusão do serviço (agora tudo é culpa da chuva), mas o fato é que o perigo continua.

Seria interessante buscar junto à Secretaria de Mobilidade Urbana uma resposta.”

Assina a mensagem o leitor Marcelo Warol.

Perigo real

“Na semana passada estava vindo de Mury para o Centro, e havia uma grande fila de carros parados próximo ao hotel Bucsky, esperando pela abertura do sinal recentemente instalado. Fui obrigado, portanto, a parar meu carro próximo a uma curva de baixa visibilidade, e de imediato senti que estava numa posição perigosa. Enquanto torcia para que não viesse ninguém atrás de mim, observei o surgimento de um caminhão em alta velocidade, que evidentemente não conseguiu parar. Tive vários machucados, meu carro deu perda total, e ainda atingiu outro que estava parado à minha frente. Se em vez de caminhão de alimentos fosse um de cimento, eu certamente teria morrido. Algo precisa ser feito ali com urgência no sentido de reduzir, muitos metros antes do sinal de trânsito, a velocidade de quem trafega, ou ocorrências vão continuar acontecendo.” A identidade deste leitor será preservada pela coluna.

Férias

A coluna terá um curto período de férias e tem a sorte de encerrar essa fase dos trabalhos com duas notícias leves, de natureza cultural.

Euterpe

Às vésperas de completar 157 anos, no próximo dia 26, a Real Banda Euterpe Friburguense programou suas comemorações para março.

No dia 5, Dia Nacional da Música Clássica (em homenagem ao aniversário de Heitor Villa-Lobos), haverá a posse da diretoria, e os festejos serão encerrados com o concerto especial comemorativo no domingo, 29 de março, às 11h, no Teatro Municipal Laercio Ventura.

A diretoria eleita para o biênio 2020-2021 tem como presidente José Nilson da Silva, reeleito no dia 28 de novembro passado.

Eles merecem (1)

Ao fim de uma longa tramitação que teve início em 2016, finalmente na sessão ordinária da última quinta-feira, 13, a Câmara Municipal de Nova Friburgo aprovou a iniciativa do vereador Joelson do Pote de atribuir ao Centro de Artes o nome do saudoso e inesquecível Júlio Cezar Seabra Cavalcanti, nosso querido Jaburu.

Fazendo saber que agora a responsabilidade aumenta para que o espaço seja logo reaberto, e nas melhores condições possíveis.

Eles merecem (2)

Também do gabinete do vereador Joelson nasceu a iniciativa para atribuir o nome do saudoso radialista Edmo Zarife (do inimitável brado Brasiiiiiiiiillll, que há anos faz fundo para nossas principais conquistas esportivas) ao Centro de Turismo.

A proposta está em tramitação, e a coluna torce para que este processo seja bem menos demorado que o do Centro de Artes.

Foto da galeria
Rua Sete de Setembro
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Meu carnaval do ano inteiro

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Eu esperava até que a espera se desfez em pleno carnaval. E o carnaval daquele fevereiro durou o ano inteiro e mais outro e mais outro. Mas todo carnaval tem seu fim, como diz a música. Carnavalesco, mesmo dos melhores, tem seu tempo, sua fase de criatividade cessada, para quem sabe recuperá-la novamente com novos estilos e inovação. Não é o mundo contemporâneo que cobra inovação o tempo todo. O mundo sempre espera por inovação, mesmo antes de ter inventado o pão. Talvez seja mais algo humano do que divino. Reinvenção se confunde com aperfeiçoamento e nem sempre significa evolução.

Eu esperava até que a espera se desfez em pleno carnaval. E o carnaval daquele fevereiro durou o ano inteiro e mais outro e mais outro. Mas todo carnaval tem seu fim, como diz a música. Carnavalesco, mesmo dos melhores, tem seu tempo, sua fase de criatividade cessada, para quem sabe recuperá-la novamente com novos estilos e inovação. Não é o mundo contemporâneo que cobra inovação o tempo todo. O mundo sempre espera por inovação, mesmo antes de ter inventado o pão. Talvez seja mais algo humano do que divino. Reinvenção se confunde com aperfeiçoamento e nem sempre significa evolução.

Talvez seja bom ficar na paradinha da bateria. Em silêncio. Para compreender tanto quanto sentir falta desse agito que o Bumbum Paticumbum Prugurundum faz dentro da gente. A bateria do coração com passistas fazendo festa em cada válvula desse órgão que, na minha imaginação poética, mora a alma.       

No carnaval do cotidiano a fantasia dá lugar ao jeans e à camisa de botão. Prefiro a camisa simples de malha com pouca estampa. A fantasia descolore, tanto quanto as alegorias são renegadas às fotos que se tornam nostalgias para carnavais futuros que sempre pedem mais e mais intermináveis efeitos e coreografias.

O carnaval de fevereiro é exceção no ano. Uma bem vinda exceção. Exceção que a gente pede para se estender pelo ano inteiro. Mas esse tal de dia a dia é de altos e baixos. Perdemos décimos em harmonia. Outros quesitos também se tornam vulneráveis à medida que o desfile se estende. O erro só se esgota quando o portão se fecha e o desfile acaba. Há de se ter notas máximas? Quem não desfila, não erra. Bom passista, nunca quer que o desfile se encerre, por mais que a euforia esconda o cansaço.

Renovar a mesmice requer mais entrega do que talento, mais vontade do que disposição. Porque é o motivo que nos move e a paixão é o combustível para que mergulhemos nesse colorido que encanta a arquibancada. Mas na vida há de se ter desprendimento para fazer um desfile feliz, mais do que apenas técnico. Posto que o que marca quem desfila é cantar e compartilhar-se com quem canta ao lado, mais do que apenas agradar público e jurados.

A escola é a vida e seu pavilhão é como o sentido de existir. Mas a existência só é leve quando temos a experiência de cuidar do que se cativa e elevar o sentimento ao amor. Só o amor é capaz de fazer o carnaval durar o ano inteiro. Não esse carnaval que termina nos blocos de horas e horas ou nos beijos que se distribuem a quem sequer sabe o nome. 

O carnaval que se faz sob o teto de casa, do céu de cada uma das quatro estações. O carnaval que cria intimidade e descobre tempo depois que cumplicidade e companheirismo são mais importantes que a própria intimidade que pode apenas constituir-se em carência.

Que comece novo carnaval... O novo é entusiasmante. Mas lealdade à quarta-feira de cinzas, pois luto fantasiado falseia a verdadeira vontade de começar novo desfile... De começar de novo. Para viver novo enredo, desde a sua concepção, à escolha de seus sons, fantasias, alegorias e adereços. Suas verdades.

 

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Fome de quê?

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Para pensar:

“Tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade.”

Victor Hugo

Para refletir:

“Você não consegue escapar da responsabilidade de amanhã esquivando-se dela hoje.”

Abraham Lincoln

Fome de quê?

O episódio da troca de empresa responsável pela alimentação hospitalar no Raul Sertã expôs diversos aspectos importantes e geralmente pouco visíveis de nossa cidade no contexto atual.

Para pensar:

“Tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade.”

Victor Hugo

Para refletir:

“Você não consegue escapar da responsabilidade de amanhã esquivando-se dela hoje.”

Abraham Lincoln

Fome de quê?

O episódio da troca de empresa responsável pela alimentação hospitalar no Raul Sertã expôs diversos aspectos importantes e geralmente pouco visíveis de nossa cidade no contexto atual.

Não apenas ao sublinhar as características lamentáveis que tornam uma empresa atraente aos olhos de determinado tipo de gestor público, como já enfatizamos ontem, mas também no que diz respeito aos limites de confiabilidade de nossa comunicação social.

Nonsense

Ao fim do dia em que A VOZ DA SERRA alcançava a marca histórica de dez mil edições, as redes sociais friburguenses eram inundadas com informações inverídicas e sensacionalistas a respeito das supostas causas e consequências da troca de empresas na cozinha de nosso principal hospital.

E claro, tudo sempre publicado com muita caixa alta, sem abrir mão da expressão que se tornou corriqueira e é a própria síntese do nonsense na comunicação: “segundo informações”.

Quer dizer, a informação agora fala por si mesma?

Alhos e bugalhos

Falou-se, por exemplo, em falta de pagamento por parte da prefeitura, mas não se explicou que se tratam de glosas, de questões que estão sendo questionadas com relação ao serviço que foi efetivamente prestado.

A coluna entende que o mesmo está se passando em relação à UPA de Conselheiro Paulino, a partir do controle da frequência de profissionais, e o respectivo questionamento em torno do pagamento por horas que não chegaram a ser trabalhadas.

Isso, definitivamente, não tem nada a ver com dar calote.

Não resistiu

E no momento em que tinha razão a prefeitura também deu sua escorregada ao divulgar nota na qual diz que “frustrando a expectativa de alguns vereadores, a transição foi tranquila, dentro de todos os parâmetros legais e o principal, sem alterar em nada nas refeições dos pacientes, familiares ou funcionários”.

Gente, não vamos negar que até o início da tarde de quarta-feira, 12, a apreensão era grande sim, inclusive dentro do próprio governo, quanto à continuidade imediata do serviço.

E com razão.

Não confundir

Que bom que tudo deu certo, parabéns aos responsáveis, mas sejamos maduros o suficiente para entender que fiscalizar não é torcer contra...

Aliás, muito pelo contrário, e neste caso específico, era muito importante sim que tudo fosse observado com muita atenção, pelo maior número possível de agentes de fiscalização.

A coluna não precisa nem gastar tempo explicando o porquê.

Bom exemplo

Em resumo: fosse pela forte chuva que caiu sobre a cidade, fosse pela transição na cozinha do HMRS, o dia em que este jornal alcançou um marco tão significativo acabou sendo coincidentemente exemplar no sentido de enfatizar os desafios envolvidos no trato com informações, e o quanto esse ofício demanda cuidado e responsabilidade.

Parece simples fazer jornalismo de qualidade, mas não é não.

Apoio total (1)

A prefeitura fará hoje, 14, a apresentação de um projeto que conta com apoio irrestrito por parte deste colunista: o manual “Calçada Legal”, coordenado pelo competente André Luiz Gomes, do Escritório de Gerenciamento de Convênios e Projetos, e promovido pelo Programa Calçada Acessível.

A iniciativa contou com o apoio técnico da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), através de Luiz Guimarães, e pretende criar regras para que futuras obras sejam feitas com pensamento na acessibilidade e mobilidade urbana das pessoas.

Apoio total (2)

A Firjan, inclusive, tem se relacionado com os governos municipais a fim de conscientizar as entidades públicas e população sobre a padronização e promoção da acessibilidade nas calçadas, já que em muitos casos, andar pelas calçadas das cidades – também as de Nova Friburgo - é um verdadeiro desafio, uma prova de obstáculos.

Apoio total (3)

O evento é aberto à sociedade, e acontece no Espaço de Convivência da Pessoa Idosa - Zelma Mussi Gervásio, anexo ao Clube de Xadrez, a partir das 11h.

A coluna entende que durante a apresentação o prefeito Renato Bravo deve assinar o decreto que instituirá o manual, que por sua vez passará a ser regra para as novas obras públicas e privadas que envolvam calçadas exclusivas de pedestres.

O tipo de coordenação, enfim, que tem feito muita falta para que possamos tornar nossa cidade mais bonita e acessível sem qualquer custo extra.

Parabéns aos envolvidos, e contem com o apoio deste espaço.

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    (Foto: Henrique Pinheiro)

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