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Tabuleiro eleitoral

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Para pensar:
“O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença.”
Érico Veríssimo

Para refletir:
“O silêncio é um amigo que nunca trai.”
Confúcio

Tabuleiro eleitoral

Algumas tendências bem identificadas de nosso cenário eleitoral começaram a ganhar maior concretude nos últimos dias.

Para pensar:
“O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença.”
Érico Veríssimo

Para refletir:
“O silêncio é um amigo que nunca trai.”
Confúcio

Tabuleiro eleitoral

Algumas tendências bem identificadas de nosso cenário eleitoral começaram a ganhar maior concretude nos últimos dias.

Conforme a coluna havia antecipado há alguns meses, o grupo que trabalhou pela eleição do deputado federal Luiz Lima, e que hoje vive a expectativa de poder se transferir do PSL para o Aliança pelo Brasil, confirmou a pré-candidatura da delegada Danielle de Barros à cadeira número 1 da Prefeitura de Nova Friburgo.

Tabuleiro eleitoral (2)

Ao mesmo tempo, a coluna pode atestar que outro grupo político também está bastante consolidado, em torno de personagens como Alexandre Cruz, Roosevelt Concy, Juvenal Condack, Rogério Cabral, Marcio Damazio, Comte Bittencourt, José Rezende e Júlio Cordeiro, com a expectativa de algumas novas adesões nas próximas semanas.

Neste grupo, contudo, ainda não há definição de nomes para compor a chapa, embora a coluna possa confirmar que apenas Alexandre, Roosevelt e Juvenal colocaram os respectivos nomes à disposição.

O pré-candidato a prefeito quase certamente sairá deste trio.

Retificação

Desde a manhã de segunda-feira, 10, a coluna teve contato com uma série de depoimentos apontando inconsistências nas notas e na classificação divulgadas para o processo seletivo realizado pela Viva Rio, com vistas ao preenchimento dos quadros de pessoalda UPA de Conselheiro Paulino.

Tão logo retornou de um compromisso em Brasília o procurador do Trabalho Jefferson Rodrigues tomou ciência da situação e reuniu-se com o município para tratar do tema.

A coluna reproduz abaixo o comunicado divulgado pela prefeitura após o encontro.

Aspas (1)

“Após algumas inconsistências no resultado preliminar do processo seletivo da UPA, a Comissão Técnica de Acompanhamento e Avaliação (CTAA) se reuniu pela manhã, nesta data, juntamente com o representante da Procuradoria e representante do MP e constatou algumas divergências.”

Aspas (2)

“Assim, na parte da tarde a CTAA, o subprocurador administrativo e a controladora comparecerem ao MPT e juntamente com os MP Estadual e MPT foram levantados vários pontos a serem observados pela OS Viva Rio antes da publicação do resultado final, em especial ‘(...) que não se divulgue o resultado final, sem as devidas correções dos equívocos pontuais, e assim, sem prejuízo de impulsionar atividades para a contratação dos profissionais cuja categoria não há questionamento, franqueie-se, após o resultado preliminar, mais 24 horas para a interposição de recurso, objetivando-se evitar a judicialização de todo o processo seletivo e/ou seu atraso’."

Tal orientação foi imediatamente notificada pela CTAA à OS, via email.

Mais que mil palavras

Diz o ditado popular que uma imagem pode valer mais do que mil palavras, e hoje a coluna tem o privilégio de dividir uma dessas composições com os leitores, graças ao talento e à sensibilidade do amigo Henrique Pinheiro.

Pacote-reeleição

Em certos gabinetes friburguenses o conjunto de obras anunciadas a partir dos R$ 26 milhões originalmente levantados com a finalidade de adquirir o imóvel da fábrica Ypu vinha sendo tratado como o “pacote-reeleição”.

Noutras palavras, o Palácio Barão de Nova Friburgo via - e talvez ainda veja - nessas iniciativas uma importante reserva de popularidade, sempre bem-vinda em ano eleitoral.

Uma dessas intervenções diz respeito à Estação Livre, que está em vias de ser reaberta ao público, agora com nova roupagem.

Perigo

Curiosamente, no entanto, a coluna andou recebendo várias mensagens por parte de pais de crianças pequenas, preocupados com o lamentável estado do parquinho infantil, bem ao lado da antiga rodoviária urbana.

“O parquinho está em péssimo estado”, afirmou uma mãe. “A areia onde as crianças brincam está constantemente cheia de cocô de cachorro, o brinquedo que deveria girar está torto e travado, tem balanço faltando pedaço e o que é pior: o complexo da casinha e do escorregador está com uma das tábuas faltando. Um grande perigo para as inúmeras crianças pequenas que brincam ali.”

Três erros

A partir de tais relatos o colunista pediu uma imagem a Henrique Pinheiro, e o resultado acabou sendo aproveitado por outras editorias do jornal.

A coluna, todavia, não ficou de mãos vazias.

Ao contrário, fomos brindados com esta composição que nos lembra a importância do fotojornalismo, e poderia ser chamada de jogo dos três erros: pertinho da obra milionária e de interesse eleitoral estão o poste sem vidro ou lâmpada, a lixeira faltante e o banco em que faltam algumas ripas.

Retrato doloroso

A imagem representa um retrato doloroso de nossa cidade no momento atual, não apenas ao sintetizar distorções e incongruências na elaboração de prioridades e no direcionamento de recursos públicos, mas também ao expor a ação predatória e autofágica de quem depreda, de quem pilha, de quem não tem senso de coletividade, educação, respeito, ou o menor temor que seja de que possa vir a responder por seus atos.

Nova Friburgo, infelizmente, é tudo isso, e também um monte de gente que anda cansada de esperar.

Luz e som

Ruim para os olhos, pior para os ouvidos.

O amigo Osmar Castro - outro fotógrafo de mão cheia - informou ao colunista que chegou ao ponto de mudar de endereço por não suportar mais o barulho feito por motocicletas com o escapamento aberto.

Como ele, diversos outros leitores voltaram a reclamar deste problema, que chegou a ser atenuado meses atrás a partir de grande mobilização social.

Agressividade

Já outra leitora narrou episódio ocorrido em Olaria durante o mais recente fim de semana, no qual seis motoboys se encontraram casualmente num sinal de trânsito, e celebraram o encontro acelerando fortemente as respectivas motos, e também com um buzinaço.

Diante da reclamação - que nenhum deles chegou a ouvir um sétimo motociclista, que estava chegando à cena, respondeu com palavras que a coluna não poderia publicar.

Sem recuo

Evidentemente a coluna não está generalizando, nem muito menos reduzindo a importância do trabalho realizado por essas pessoas - que na maioria das vezes, diga-se, portam-se com muita educação no trato com as pessoas que estão atendendo.

Da mesma forma, é notório que o problema do barulho não se restringe a motos de utilização profissional.

Dito tudo isso, no entanto, parece claro que a fiscalização precisa ser constante, bem como a disposição do consumidor para levar adiante boicotes a empresas que não respeitem a determinação do respeito ao silêncio.

Foto da galeria
Três erros (Foto: Henrique Pinheiro)
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Quem lê A VOZ DA SERRA tem melhor visão de mundo!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

O Caderno Z nos fez uma surpresa e vamos festejar os 16 anos de nascimento do Facebook, a rede social mais famosa do mundo, com mais de dois bilhões de usuários. De acordo com a intenção de seu criador, Mark Elliot Zuckerberg, “o objetivo é conectar pessoas e ajudar a criar um mundo mais transparente”. Sem perder o trocadilho, além de transparente, é “traz parente”, pois muita gente já reencontrou familiares distantes por intermédio do Facebook. O perfil de Elliot é algo interessante. Alguém poderia dizer que ele nasceu “virado para a lua”.

O Caderno Z nos fez uma surpresa e vamos festejar os 16 anos de nascimento do Facebook, a rede social mais famosa do mundo, com mais de dois bilhões de usuários. De acordo com a intenção de seu criador, Mark Elliot Zuckerberg, “o objetivo é conectar pessoas e ajudar a criar um mundo mais transparente”. Sem perder o trocadilho, além de transparente, é “traz parente”, pois muita gente já reencontrou familiares distantes por intermédio do Facebook. O perfil de Elliot é algo interessante. Alguém poderia dizer que ele nasceu “virado para a lua”. Contudo, parece que as coisas para ele não caíram do céu, já que se tornou um poliglota, fluente em francês, hebraico, latim, grego e mandarim.

Com toda a fortuna que tem, no auge dos seus 36 anos, Elliot demonstra ser uma pessoa consciente, reconhecendo o “fracasso” em “evitar que a plataforma fosse usada para fins negativos, para fake news...” e outras mazelas. Podemos isentá-lo de culpas, porque tem sido assim na história da espécie humana, ou seja, violar a utilidade das invenções. Basta lembrar Santos Dumont e os aviões. O Brasil também produz gênios, como Michel Krieger, nascido em São Paulo, em 1986, que aos 18 anos mudou-se para a Califórnia a fim de estudar Ciência da Computação e faz parte da criação do Instagram, uma rede de compartilhamento de fotos e vídeos, interagindo os seus usuários.

As redes sociais não surgiram do nada e muito menos as suas denominações. O próprio Facebook assim é chamado por sua origem como “The Face Book” – o livro de rostos. Seja lá qual for a rede, o importante é se comunicar. Eu, que peguei a novidade do Orkut em 2004, observo as transformações e me pergunto – o que virá ainda mais útil para descartar o WhatsApp? Vamos nessa onda de interação, atravessando os mares e as marés, pois como lembra Wanderson Nogueira: “As fronteiras devem ser apenas linhas imaginárias para o estudo da geografia”. Viva a alegria da comunicação!

Atravessar fronteiras é bom, mas e a nossa convivência na ciclovia compartilhada? A invasão de espaços, creio que seja pela faixa pintada na cor vermelha, pois quem não quer ter a sensação de pisar no “tapete vermelho”? Brincadeiras de lado, para ficar mais seguro para todos, só falta uma campainha nas bicicletas. Vamos tentar? Com Guilherme Alt acompanhamos a situação de precário funcionamento da saúde na cidade, com deficiências no Raul Sertã, Maternidade e UPA. Que tudo se resolva para o bem de todos.

Uma boa iniciativa foi a colocação do sinal de trânsito na Rua Sete de Setembro. No local havia uma faixa, onde os motoristas sensíveis davam vez aos pedestres. Agora, com a sinalização, é a vez de os pedestres respeitarem os motoristas. Outra boa nova é o anúncio sobre as obras na Estrada Serramar, que deverão ser concluídas em meados de maio deste ano. Conforme ressaltou o presidente do DER, Uruan Cintra de Andrade  – “O desenvolvimento do Estado do Rio também passa pela melhoria das nossas estradas”.

 “O Pré-carnaval agita a Praça Dermeval...”. As folias de Momo, aos poucos, tomam conta da cidade. Eu fico observando a foto de Henrique Pinheiro, com a montagem do palco para eventos. Isso é lindo e maravilhoso. Mas eu penso: não poderia ser o palco montado do outro lado da praça, para não encobrir a Catedral de São João Batista? Um patrimônio cultural e religioso de 150 anos deveria ficar livre para ser contemplado, cultuado e fotografado. Sugestão: o palco não poderia ser montado do outro lado da praça, de costas para o banco Santander? A pergunta vou deixar no ar para que as autoridades ou os agentes de direito revejam o espaço para a montagem de palco.

Uma cidade funciona bem com a observação de seus transeuntes atentos e quem ama Nova Friburgo e circula por suas ruas, a pé, tem chance de contribuir de forma positiva e construtiva, com boas ideias ou nobres ações. Afinal, a cidadania requer pessoas envolvidas não somente com seus direitos, mas, acima de tudo, com os seus deveres, visando o bem comum. Em Massimo, o pensador Sir Hob nos ajuda a refletir: “Não se deve fazer da irresponsabilidade uma arte”. Linda semana para todos nós!

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Aniversário e exposição

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Aniversário e exposição

Marilda Lima Berbert e Denise Berbert Zangirolami, mãe e filha, embora nem pareça devido a jovialidade e o charme de ambas aqui aparecem por distintas razões.

A Marilda é esposa do gente boa Carlos Arnaldo Bravo Berbert, o Juca, e comemorou no último domingo, 9, seus 80 anos bem vividos, para alegria toda especial de seus familiares e amigos.

Aniversário e exposição

Marilda Lima Berbert e Denise Berbert Zangirolami, mãe e filha, embora nem pareça devido a jovialidade e o charme de ambas aqui aparecem por distintas razões.

A Marilda é esposa do gente boa Carlos Arnaldo Bravo Berbert, o Juca, e comemorou no último domingo, 9, seus 80 anos bem vividos, para alegria toda especial de seus familiares e amigos.

Já a talentosa professora e artista plástica, Denise, promoverá no próximo sábado, 15, a partir das 17h, no espaço Vogue Gallery Brasil, que fica na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, no Rio, uma vernissage de seus mais novos e lindíssimos trabalhos.

Parabéns a mãe pela nova idade e a filha por mais esta exposição, que, sem dúvida será mais um sucesso.

Água de cheiro do Guandu

 O conhecido compositor e cantor friburguense Valcir Ferreira, realmente não para de criar e claro, não desperdiça ano a ano os animados embalos do carnaval.

Agora e em parceria com Wilson Bizar, outro admirável talento friburguense, Valcir acaba de compor divertida marchinha carnavalesca intitulada Água de Cheiro, que é uma sátira ao comprometimento da qualidade da água do Rio Gandu que tem feito os moradores do Rio de Janeiro sofrerem com o mau cheiro e o odor do precioso líquido.

Apoio que prossegue

Conforme esta coluna já destacou, a simpática e talentosa Catherine Beltrão dá prosseguimento a campanha do crow fund que objetiva angariar recursos para ajuda-la no lançamento do seu próximo livro “Poesias desnudas. A obra possui ilustrações de quadros da pintora Edith Blin, numa seleção especial da série Nus.

Para quem desejar ajudar se engajando nesta campanha de apoio, é bem simples, basta acessar o link https://www.kickante.com.br/campanhas/poesias-desnudas

Denver é dez

O lutador e professor Denver Amaral, que há mais de duas décadas faz sucesso no jiu-jitsu em Nova Friburgo e região, está empreendendo de algum tempo para cá outras atividades e realizações bem especiais, dignas de aplausos.

 A partir de sua academia DAJJ, no bairro Olaria, Denver tem desenvolvido o projeto social Arte em Movimento, oferecendo assim oportunidades para que muitas crianças, boa parte de famílias carentes, possam se desenvolver nesta modalidade esportiva. Com isso, meninos e meninas de Olaria, além de outros 20 do bairro Tingly e 15 do distrito de Amparo, começam a fazer bonito com as atividades nas manhãs das terças e tardes das quartas e sextas-feiras.

Parque Maria Teresa

No dia 8 do mês que vem, das 8h às 11h em sua sede, a Associação de Moradores do Parque Residencial Parque Maria Teresa estará realizando eleição com vistas a escolha do seu novo presidente e diretoria para o biênio 2020/2021.

 A expectativa, é que surja alguma nova chapa concorrente ou que o simpático Emílio Alonso continue a frente daquela associação por mais uma gestão administrativa.

Cadeiras de rodas

Continua em ritmo muito quente e cada vez mais animado, os preparativos para o desfile deste ano do Bloco da Jurema que promete sacudir a passarela do samba da Avenida Alberto Braune a partir das 20h da terça-feira gorda, próximo dia 25.

 Na imponente e aplaudidíssima comissão de frente, como mostra o registro fotográfico do ano passado, serão apresentadas desta vez 23 cadeiras de rodas, fruto de arrecadação de milhares daqueles lacres das latinhas de bebidas. Vamos que vamos, Jurema!

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    Aniversário e exposição : Marilda Lima Berbert e Denise Berbert Zangirolami

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    Apoio que prossegue: Capa do livro

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    Denver é dez: lutador e professor

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    Cadeiras de rodas

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A elegância literária existe pela incompletude da obra

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Vou dar continuidade ao tema anterior em que abordei a elegância literária com as palavras de Freud. “No sentido moderado em que é admitida como possível, a felicidade constitui um problema da economia libidinal do indivíduo. Não há, aqui, um conselho válido para todos; cada um tem que descobrir a sua maneira particular de ser feliz.”

Vou dar continuidade ao tema anterior em que abordei a elegância literária com as palavras de Freud. “No sentido moderado em que é admitida como possível, a felicidade constitui um problema da economia libidinal do indivíduo. Não há, aqui, um conselho válido para todos; cada um tem que descobrir a sua maneira particular de ser feliz.”

Freud se utiliza da palavra indivíduo para se referir a nós. A qualquer um de nós, para ser mais exata. E não somos mais do que isso. E, por isso mesmo, o cuidado com a energia que ilumina a busca pela felicidade, que é a causa do fazer inebriante do indivíduo em todos os momentos dos seus dias, precisa ser utilizada com esmero. Com amor, para melhor dizer.  A caracterização do ser humano, enquanto ser possuidor de identidade própria, nos amplia a percepção da experiência pessoal pelos meandros das circunstâncias quotidianas em busca do que é perfumado, belo e prazeroso. Como a sensação de felicidade é tão etérea, como abstrata e particular, as realizações se tornam múltiplas, e a criatividade é uma estratégia inteligente para a conquista de bens maiores. Com a força imperiosa do desejo, a rapidez do fazer pode colocar em risco a grandiosidade das construções humanas, tornando a elegância não mais do que um sonho impossível.

O apressado não se delicia com a arte. Se descuidado ao fazê-la, não pretende oferecê-la ao outro para que este, ao vê-la, encontre momentos enriquecidos pela sensação de felicidade e de completude. A arte tem a capacidade de proporcionar satisfação, além de tocar o mundo para enriquecê-lo, quiçá modificá-lo. E aí está a elegância literária, que se faz presente em cada palavra. A palavra possui força sensorial através da sua sonoridade peculiar. Além do mais, as palavras ficam nos indivíduos. Em suas almas. Em seus pensamentos. Possuem força de expressão e interferência. É tão forte o seu poder, que é capaz de contribuir para a construção do processo de identidade individual. Social inclusive. Cada palavra tem utilidade ou utilidades individuais e culturais. Não há civilização que não seja verbalizada.

A pessoa elegante tem uma palavra que a caracteriza, da mesma forma a arte. Com que palavra se caracteriza um livro? Uma crônica, um conto? As obras literárias são individualmente caracterizadas e são determinadas pelas palavras que constroem as ideias que as compõem. As obras literárias de valor possuem estética, na medida em que esclarecem a obscuridade dos fatos da vida, que pode ser explicada pela incompletude essencial dos seres. Sempre falta algo. Este vazio tem elegância, na medida em que é um hiato, uma falta que oferece múltiplas possibilidades. A perfeição é incrédula porque nada mais pode completá-la. Por sorte nossa, nada é pronto; tudo é inacabado. 

Ah, não se faz uma obra literária de um dia para noite. As palavras maltratadas colaboram para a pobreza do texto. Entretanto toda palavra possui riqueza de significados, e seu emprego abre caminhos diversos para a composição textual. Eu me arrisco afirmar que a palavra é como a conjunção adversativa, uma vez que possui força maior e só deve ser empregada na medida em que seja indispensável. Além do mais é carregada de condições.  

A elegância literária vai se exibindo sutilmente aos olhos do leitor que vai interpretando o texto a cada palavra lida e refletida. Nunca o escritor vai lapidar um texto até chegar a sua perfeição, nem tão pouco, o leitor vai ter diante dos olhos o mais primoroso texto. 

 

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Trânsito

sábado, 08 de fevereiro de 2020

Para pensar:
“Não se comprometa com o que, por irresponsabilidade, você não é capaz de cumprir.”
Andreza Filizzola

Para refletir:
“Não se deve fazer da irresponsabilidade uma arte.”
Sir Hob

Trânsito

A coluna deste fim de semana abre com a manifestação do engenheiro Antônio José de Araújo Fernandes, por ser representativa entre outras que têm chegado em grande volume a este colunista.

Fala, leitor!

Para pensar:
“Não se comprometa com o que, por irresponsabilidade, você não é capaz de cumprir.”
Andreza Filizzola

Para refletir:
“Não se deve fazer da irresponsabilidade uma arte.”
Sir Hob

Trânsito

A coluna deste fim de semana abre com a manifestação do engenheiro Antônio José de Araújo Fernandes, por ser representativa entre outras que têm chegado em grande volume a este colunista.

Fala, leitor!

“Desculpe-me a insistência, mas tenho notado, quase que diariamente os engarrafamentos formados na descida do bairro Braunes devido ao que já relatei anteriormente, ou seja, a inversão da mão de direção da Rua Monsenhor José Antônio Teixeira (antiga Rua São João). Repito: os carros que descem das Braunes perderam uma opção de ir para a Avenida Alberto Braune mais rapidamente, tendo que obrigatoriamente entrar na Rua Farinha Filho que, para piorar, tem sempre uns mal- educados fazendo fila dupla. Com tudo isso, a Rua Monsenhor José Antônio Teixeira está constantemente vazia e sem a utilização que realmente deveria ter.”

Pontos críticos

Ao mesmo tempo, as mudanças recentes no tráfego da região têm gerado muita preocupação por parte de moradores e pais de alunos com relação às dificuldades que pedestres (em especial idosos e crianças) estão encontrando para atravessar a Rua Augusto Spinelli, sobretudo nos cruzamentos com as ruas Farinha Filho e Monsenhor Miranda.

Animador

É bem verdade que muitos motoristas e motociclistas têm mostrado surpreendente nível de consciência e maturidade, cedendo a vez e esperando com paciência, e por isso mesmo diversas situações de risco não terminaram em ocorrência.

Nesta quinta-feira, por exemplo, o colunista testemunhou o momento em que uma senhora atravessou a via sem olhar para o novo sentido, e possivelmente teria sido atropelada se o motorista que havia parado para sua travessia não tivesse alertado o outro que vinha no sentido oposto e ainda não a havia visto.

Consideração

Já faz tempo que a coluna vem pedindo atenção a estes pontos específicos, respaldada por grande quantidade de manifestações dos leitores.

O colunista sabe que muitos no governo não nutrem simpatia por este espaço, mas esse sentimento não deveria ser estendido aos leitores, que encontram aqui um canal de manifestação para suas necessidades ou demandas.

Muita gente está bastante apreensiva em relação à possibilidade de acidentes sérios nestes locais, e isso deveria ser levado em consideração pela prefeitura.

Outros problemas

A propósito, já que mencionamos a Rua Monsenhor José Antônio Teixeira, não são poucas as reclamações relacionadas ao excesso de barulho madrugada adentro, além de brigas eventuais e do cheiro de maconha que volta e meia entra pelas janelas das casas.

Seria interessante se a presença policial na área pudesse ser um pouco mais frequente, ao menos nas próximas semanas.

Até onde a coluna foi capaz de apurar, parece até mesmo já existir um abaixo-assinado em relação a essas circunstâncias.

Exames laboratoriais

A coluna tem abordado com frequência a situação dos exames laboratoriais em nossa rede pública municipal de saúde, que passou por dias muito difíceis recentemente.

Pois bem, no fim da tarde desta sexta-feira, 7, houve uma atualização importante a este respeito, que a coluna reproduz abaixo.

Inaptidão

“A Central de Regulação, Controle e Avaliação informa que o prestador de serviços de coleta e análise de exames laboratoriais Ato Medicina Diagnóstica Ltda, [no] presente momento não está apto a prestação dos serviços ao SUS Nova Friburgo, uma vez que não apresentaram a documentação necessária para o cadastramento do estabelecimento junto a SCNES – Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, estando o prazo para envio das informações do banco de dados do Município de Nova Friburgo expirado para a competência janeiro/2020, em 06/02/2020.”

Banco de dados

“O SCNES é a base cadastral para operacionalização dos sistemas de informações do Ministério da Saúde, tais como: Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), Sistema de Informação Hospitalar, e-SUS Atenção Básica ao Sisreg. Assim sendo, sem as devidas informações na base de dados, os sistemas citados acima não são alimentados, impossibilitando a regulação e o faturamento dos serviços.”

Empenhos

“Considerando que já houve reserva e empenho de orçamento para a prestação dos serviços pelo prestador citado, e ante as circunstâncias mencionadas, os fiscais e gestores do contrato irão de imediato solicitar parecer da Procuradoria Geral do Município  sobre a possibilidade de redistribuição dos valores empenhados aos demais prestadores que se encontrem aptos, uma vez que a estimativa que subsidiou a distribuição dos valores entre os prestadores credenciados foi efetuada considerando a demanda por serviços no nosso município.”

Pertinência

Salientamos que por ora nenhum usuário ou prestador restou prejudicado ante tal circunstância, uma vez que toda a demanda foi absorvida pelos prestadores que se encontram aptos e efetivamente prestando os serviços. No entanto medidas merecem ser adotadas, a fim de evitar eventual e futura falta de recursos a cobrir as necessidades por serviços dos usuários do SUS de Nova Friburgo.

Retorno do leitor

Se a coluna não perdeu as contas, as demandas municipais deixam assim de ser divididas entre cinco laboratórios e passam a ser trabalhadas por quatro deles.

A coluna, claro, abre espaço para que os leitores possam dar algum retorno a respeito da prestação do serviço, ajudando a orientar esforços por parte da gestão municipal.

Ingenuidade?

Talvez seja ingenuidade esperar que alguém como o ex-vereador Aylter Maguila, que já manifestou na tribuna seu entendimento bastante peculiar a respeito das atribuições necessárias para que alguém ocupe um cargo de confiança, seja capaz de compreender o papel crucial desempenhado pela transparência e pela publicidade de atos oficiais para a experiência plena da democracia.

Hora de provar

Ainda assim, é de se esperar que qualquer pessoa compreenda as implicações de se divulgar informações falsas em grupos de WhatsApp, tanto mais quando elas não difamam apenas o jornal que se pretende atacar, mas atingem sobretudo a mesma prefeitura na qual exerce cargo por nomeação, e também a Câmara Municipal que tempos atrás o abrigou.

Se dá algum valor à própria credibilidade, o subsecretário deve agora comprovar os números que andou espalhando, bem como apontar qualquer irregularidade na prestação do serviço, sob pena de se comprovar publicamente indigno de confiança.

Responsabilidade

A coluna vai cobrar isso, e tanto a prefeitura quanto a Câmara Municipal, que foram igualmente expostas sem razão, deveriam fazer o mesmo.

O exercício da vida pública não é um teatro.

Cada um é responsável por assegurar a veracidade daquilo que diz.

Justiça

A coluna busca com todas as suas forças ser um espaço justo e construtivo, pautado pelo interesse coletivo, embora, sendo humana, também cometa erros.

Sem aprofundar ou entrar em detalhes desnecessários neste momento, o colunista entende ser importante dividir com os leitores que levou algumas apreensões ao conhecimento do Ministério Público Estadual, e não apenas foi recebido prontamente, como também com muita franqueza e transparência.

Respaldo

A relação de confiança ganhou umas camadas a mais, e é justo que os leitores compartilhem desta sensação.

É sempre muito reconfortante descobrir motivos a mais para confiar nas instituições, e saber que não estamos sozinhos.

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Um encontro com Alegria

sábado, 08 de fevereiro de 2020

Acolhei os refugiados

Perguntei à Alegria: você sabe cantar? Ela respondeu que não. Perguntei então se sabia sorrir. Apesar de mostrar os dentes, branquíssimos como o leite, também disse não. Alegria não sabia sorrir. O que mais me encanta é que mesmo sem saber sorrir e cantar, ainda assim Alegria sorri e canta. Apesar de todas as adversidades, as crianças, mesmo sem saber, sorriem e cantam.

Acolhei os refugiados

Perguntei à Alegria: você sabe cantar? Ela respondeu que não. Perguntei então se sabia sorrir. Apesar de mostrar os dentes, branquíssimos como o leite, também disse não. Alegria não sabia sorrir. O que mais me encanta é que mesmo sem saber sorrir e cantar, ainda assim Alegria sorri e canta. Apesar de todas as adversidades, as crianças, mesmo sem saber, sorriem e cantam.

Alegria aqui não é o estado de espírito. É o nome de uma linda menina, negra, aproximadamente 5 anos e que não nasceu no Brasil. Ela está bem longe de casa - o Congo. Sua trajetória, apesar de pequena, ficou na sua terra, junto com a história de seus ancestrais. Separadas pelo imenso Oceano Atlântico, a mais de sete mil quilômetros de distância. Seu lar há de ser aqui, sem que ela se sinta ainda no seu lugar.

Alegria não queria deixar sua terra. Fugiu da guerra de lá e foi acolhida na batalha de cá. É uma entre os mais de 20 mil refugiados que moram no Brasil. Esse país de imensas desigualdades e de braços nem sempre tão abertos. Mas se olharmos para trás, não tão para trás assim... 

Não somos muito diferentes dos refugiados de hoje. Não precisa ser antropólogo para saber que os invasores, em sua maioria, eram pessoas muito pobres de Portugal que queriam vir para cá atrás de terras e oportunidades. Os invasores de outras nacionalidades, idem. Os convidados, também. 

Não pensem que nossos suíços do Morro Queimado eram donos de chocolaterias ou de fábricas de relógio e canivetes. Eram refugiados do clima, como admitido recentemente pelo governo suíço, considerando aqueles suíços de 1820, como os primeiros refugiados tal qual conhecemos hoje. 

Os únicos que não eram refugiados eram os escravos, justamente o povo que ainda hoje tem na pele as marcas do atraso da burguesia brasileira e que - até a maioria que nunca foi e jamais será burguês - pega emprestado, prosperando o preconceito que nenhuma prosperidade traz. 

No entanto, nessa análise histórica, dou apenas pincelada afim de evitar erros e confio o tema à credibilidade do professor Rodrigo Marreto.

Assim, o tempo e Alegria nos ensinam que devemos acolher os refugiados. Não importa se não são brasileiros. Tampouco importa se são congaleses, angolanos, sírios ou haitianos. São todos seres humanos. Com o mesmo sangue avermelhado. Independente de nacionalidades, somos irmãos! As fronteiras devem ser apenas linhas imaginárias para o estudo da geografia. 

Confesso a dificuldade de compreender o preconceito. Já acreditei ser fruto da burrice, mas suas raízes estão muito mais nos intelectuais que inventam teorias de superioridade e encontram na estupidez o propagar de suas arrogâncias. Nada muito diferente do que Jesus Cristo passou. Afinal, o homem santo nunca teve muitos problemas com os pseudos pecadores, mas sim com os religiosos de seu tempo.

Talvez, eu nunca mais encontre a pequena Alegria. Espero que ela possa encontrar alegria ao ter lar nesse lugar ou que um dia possa voltar ao seu país e viver com os seus em paz. Que cada mulher e homem, velho ou criança, forçado a deixar o seu país, possa ser acolhido e reconstruir sua vida como os venezuelanos de Nova Friburgo e encontrar alguma alegria aqui. 

 

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Traffic calming

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2020

Para pensar:
“Velho é quem perde a pureza, e também é quem deixa de aprender!”
Chaves

Para refletir:
“Nossas ações são as melhores interpretações de nossos pensamentos.”
John Locke

Traffic calming

Dando continuidade aos assuntos acumulados em meio à primeira sessão ordinária de 2020, outro campeão de audiência foi o polêmico traffic calming da Avenida Euterpe.

Para pensar:
“Velho é quem perde a pureza, e também é quem deixa de aprender!”
Chaves

Para refletir:
“Nossas ações são as melhores interpretações de nossos pensamentos.”
John Locke

Traffic calming

Dando continuidade aos assuntos acumulados em meio à primeira sessão ordinária de 2020, outro campeão de audiência foi o polêmico traffic calming da Avenida Euterpe.

O vereador Luiz Carlos Neves, por exemplo, questionou a necessidade do aparato, sobretudo diante da existência dos sinais e da retirada de uma faixa de pedestres já existente.

Críticas

O vereador Johnny Maycon, por sua vez, lembrou que visitou o local e registrou em vídeo as medições realizadas que comprovaram o acentuado desrespeito às especificações determinadas pelo Código de Trânsito Brasileiro.

As palavras mais duras, todavia, foram ditas pelo vereador Dr. Luis Fernando, que manifestou seu espanto pelo fato de tal obra ter sido realizada dentro de um governo chefiado por um engenheiro, e chegou a falar em improbidade, dados os custos para refazer o aparato.

Novo equilíbrio

De fato, o tom da manifestação de Luis Fernando não deixa dúvidas quanto a seu posicionamento atual em relação ao Palácio Barão de Nova Friburgo.

O plenário ainda não foi devidamente testado em seu estado atual, mas já dá para dizer que a composição está mais próxima de um equilíbrio de forças.

Talvez ainda não em termos numéricos, mas certamente em termos de inclinações pessoais.

Impopularidade

A rigor, como a coluna havia antecipado, o tabuleiro político está sendo desenhado, e impopularidade é o tipo de doença contagiosa que ninguém quer contrair por contato ou proximidade numa altura dessas.

O grande problema é que um de seus sintomas é a negação, e o indivíduo contaminado muitas vezes demora a perceber os sinais que todos à volta notam à distância.

Em casos mais sérios, acredite, tem pessoa que chega a ameaçar com a demissão quem não lhe dá apoio, acredita?

Hábito?

Com efeito, é notório esse processo meio curioso que se passa com personagens que se cercam de bajuladores por muito tempo.

Gradualmente eles começam a se afastar da realidade, a perder a conexão com as ruas e com o que acontece fora da bolha que os envolve.

E aí chegam ao ponto de fazer indicações políticas para cargos que, por acordo feito em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), deveriam ser preenchidos a partir de critérios técnicos.

Talvez seja a força do hábito.

Anacronismo

Situações como essa, nascidas na própria cadeira número 1, acabam gerando desgastes constantes e evitáveis ao governo, reforçando a sensação de isolamento entre a população e a gestão que o elegeu.

Ao que tudo indica, no entanto, o exemplo mais recente desse tipo de anacronismo não vai prosperar.

Serviu apenas para causar constrangimentos e indignação mesmo.

Alô, imprensa!

Como seria de se esperar, as vagas para participar do evento “Impulsione seu E-commerce”, fruto de uma parceria entre o Facebook Brasil e a empresa friburguense Wx3, se esgotaram rapidamente.

Todavia, há ainda espaço para o comparecimento da imprensa, e a organização entrou em contato com a coluna justamente para passar esse recado.

Basta que o profissional leve, no dia, alguma comprovação de vínculo com o veículo para o qual trabalha.

Onde e quando

O evento acontecerá na próxima quinta-feira, 13, às 14h, no Senai Espaço da Moda.

Valor atualizado

A partir de dados reunidos e publicados no ano passado, a coluna havia registrado que o valor real de nossa tarifa de transporte coletivo (equivalente ao valor pago a cada viagem + o valor subsidiado) era de R$ 4,47.

Pois bem, com o aumento, em 2020, do valor subsidiado para R$ 400 mil ao mês, o valor proporcional chega a R$ 4,56, tomando por base o universo aproximado de 1,1 milhão de viagens pagas/mês.

Fala, leitora!

“Se você acha que vereador é pago para colocar asfalto, vai permanecer sendo enganado!”

Assina a mensagem a leitora Angela Assunção.

Mato alto

Leitores entraram em contato com a coluna nos últimos dias se queixando sobre a necessidade urgente de capina nos jardins e praças de nossa cidade.

Claro que a culpa é da chuva que não tem dado trégua neste verão e funciona com um verdadeiro fermento para a vegetação, acelerando seu crescimento.

Os leitores questionam o motivo da Secretaria de Serviços Públicos não montar uma operação especial para desbastar as montanhas de mato nos bairros e também no centro da cidade onde até os jardins da praça Getúlio Vargens e as margens do Rio Bengalas estão sendo encobertas pelo mato.

Respostas

Os leitores não quiseram começar o ano ficando de castigo, e trataram de reconhecer direitinho a icônica paisagem no lago superior do Nova Friburgo Country Clube.

Pontos para Stênio de Oliveira Soares, Raquel Souza, José Nilson, Marcelo Machado, Maria de Lourdes Madeira, Girlan Guilland, Antônio Lopes, Rosemarie Künzel, Gilberto Éboli, Manoel Pinto Faria, Gerson do Táxi e Gilberto da banca da Rua General Osório.

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TV Zoom

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2020

TV Zoom

A TV Zoom já iniciou os preparativos para celebrar seus 20 anos. Nascida em maio de 2000, por iniciativa de Salvador Canto e Luciana Ferraz, a emissora 100% friburguense é a mais longeva entre os canais a cabo locais. Desde o boom dessas emissoras, exatamente no início dos anos 2000, até os dias atuais de migração para plataformas online.

20 anos

TV Zoom

A TV Zoom já iniciou os preparativos para celebrar seus 20 anos. Nascida em maio de 2000, por iniciativa de Salvador Canto e Luciana Ferraz, a emissora 100% friburguense é a mais longeva entre os canais a cabo locais. Desde o boom dessas emissoras, exatamente no início dos anos 2000, até os dias atuais de migração para plataformas online.

20 anos

Vários canais ficaram pelo caminho, outros surgiram, mudaram de donos. O fato é que Nova Friburgo foi uma cidade privilegiada com tanto conteúdo local para além das TVs abertas. A TV Zoom sempre teve programação de qualidade com um time de apresentadores que se mantém no ar ao longo dessas duas décadas. Entre os quais este colunista.

Grandes nomes

Não dá para deixar de registrar os que marcaram época desde a estreia, como a própria Luciana Ferraz e Salvador Canto, assim como dr. Noberto Rocha e Landri Schettini. Até hoje no ar, Zury Maurer e Modesto Arouca. Destaque ainda para Anelise Ruiz que foi fundamental na história do canal. A TV Zoom também sempre contou com jovens em suas equipes, especialmente no Zoom TV Jornal, sendo o primeiro trabalho de muitos profissionais, como Leandro Oliveira, atualmente no SBT Recife.

Nostalgia

A emissora está resgatando fotos, vídeos e notícias de outros veículos para relembrar esses 20 anos. A emissora tem praticamente todo o conteúdo exibido em sua programação devidamente arquivado em seu acervo. Mesmo com as chuvas de 2011 que atingiram em cheio a emissora, muito conseguiu se preservar dessa memória.

Resgate

Não parece muito tempo, quando falamos de maio de 2000. Mas lá se vão 20 anos. A moda mudou, as pessoas mudaram, os formatos se modernizaram e a própria TV a cabo viu seu tempo de ouro passar.

Pioneirismo

Pode parecer estranho hoje, mas para a época representou muito. A TV Zoom, por exemplo, foi o primeiro canal HD do interior do Estado do Rio de Janeiro. É também um dos primeiros a antever a mudança para o streaming, tendo seu aplicativo com toda a sua programação na palma da mão em qualquer lugar do planeta. Antes, há de se lembrar das transmissões ao vivo do carnaval, da passagem da seleção brasileira de vôlei por aqui e a cobertura de eleições.  

100% friburguense

Se tanta coisa mudou nesses 20 anos, o que não se alterou foi a essência da proposta que levou a criação do canal. Conteúdo totalmente friburguense. Essa aposta vai de encontro ao conceito do local para o global e a manutenção da emissora que, mais do que ninguém, exaltou Nova Friburgo como na campanha “Um só coração” ou “Lágrimas da Tempestade” no pós-tragédia de 2011.     

Talento local

Por falar em 100% friburguense, quem aposta no talento local no carnaval deste ano é o Blocão do Rastafare. A agremiação que inaugurou a época dos blocos com abadá em Nova Friburgo, vai entregar todas as atrações na sexta-feira de carnaval (próximo dia 21) a artistas locais. Estão confirmados Vitor Ferraz, Letícia Andrade, João Noronha, Kokada, Fukuoka, Alan Corrêa, Lorran Ribeiro e Caldeira. A concentração será às 18h, em frente à prefeitura, com desfile às 23h.

Tudo na mesma

Foi encerrado o turno exatamente como começou. Todos os quatro times postulantes à vaga na Seletiva 2021 em condições iguais, com quatro pontos. O que confirma o que já se sabia: o equilíbrio entre as equipes. Diferença que poderá ser definida no saldo de gols e no fator casa.

Desempenho ruim em casa

Se o Friburguense fez dois jogos em casa, no returno fará apenas um. O que pode parecer desvantajoso se não fosse o baixo aproveitamento no estádio Eduardo Guinle. Neste Estadual, foram cinco jogos em casa e apenas uma vitória. Totalmente diferente do ano passado, quando o Friburguense terminou invicto em Nova Friburgo.

Esperança

Se a campanha é desastrosa em seus domínios, fica a esperança de que possa ser melhor longe de casa. Para se ter uma ideia, na rodada anterior, um mísero empate daria a liderança da competição ao Tricolor da Serra. Apesar de ter jogado bem, as falhas bobas que já estamos nos acostumando a ver, se repetiram diante do Americano, tirando pontos preciosos.

Outro time

As lembranças contra o América, adversário deste sábado, 8, são boas. No ano passado, o título da segundona foi conquistado com vitória, fora de casa, após empate no Eduardo Guinle. Que a história recente se repita, ainda que saibamos que o Friburguense não é aquele mesmo time. Mesmo com a base mantida, o sentimento da arquibancada é que esse elenco não deu liga.

Escapar agora

Fato é que diante de tamanho equilíbrio, cair no triangular da morte é muito perigoso. Ainda que dois dos três se livrem do rebaixamento, o ideal é aproveitar o equilíbrio com menos nervosismo de agora do que ir para um tudo ou nada. 

Palavreando

“Às vezes sinto uma saudade danada, dessas boas, mas doída. Saudades de gente que aqui está (atarefada demais ou ausente mesmo) e de quem nunca mais poderei ter um dedo de prosa ou um olhar”.

Foto da galeria
Marina Colasanti escolheu Nova Friburgo para fazer o lançamento de seus mais dois novos livros: “Classificados Nem Tanto” e “A Cidade dos Cinco Ciprestes”. A autora, candidata ao mais importante prêmio da literatura infanto-juvenil no mundo, o Hans Christian Andersen, estará no Solar da Arte, no Cônego, no próximo dia 29, às 18h30, onde dramatizará alguns de seus contos
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Sobre ser uma pessoa entregue

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2020

Pois é. Comprometimento é virtude em falta, como se diz. Nem todas as pessoas conseguem, querem, gostam ou necessitam se entregar ao que se propõem a fazer. É bastante comum a meia entrega, aquela barrada pelo clássico “pé atrás” para tudo, por vezes somado àquela preguiça, prima daquela falta de motivação que mais funciona como travas do que qualquer outra coisa.

Pois é. Comprometimento é virtude em falta, como se diz. Nem todas as pessoas conseguem, querem, gostam ou necessitam se entregar ao que se propõem a fazer. É bastante comum a meia entrega, aquela barrada pelo clássico “pé atrás” para tudo, por vezes somado àquela preguiça, prima daquela falta de motivação que mais funciona como travas do que qualquer outra coisa.

Muito se exige de todos nós. As cobranças são reais e comumente têm repercussões para além de seus contextos. Há pessoas que sentem o peso de tudo nas costas e mal conseguem deixar de curvarem seus corpos, tamanha sobrecarga que parecem suportar. Consequências físicas são sentidas. De fato, vivemos em uma sociedade bastante exigente sobre mil aspectos. Alguns insistem em abraçar todas as causas, tentar segurar o mundo na palma das próprias mãos e entregar-se completamente. Resta saber se as contrapartidas para tamanho esforço compensam incondicional empenho.

Somos como efeito dominó, em que a entrega de um pode refletir na entrega do outro, da mesma forma que a cobrança de quem está ao nosso lado, impacta em nossa vida gregária muito diretamente e assim vai. E quando o “gato sobe no telhado”? Já ouviram essa frase antes? É popular, mas o significado não é de conhecimento de todos. Parece significar o presságio de que algo vai dar errado. E muitas vezes, inegavelmente, a falta de comprometimento é justamente a mola que impulsiona o “gato” lá para cima.

A bem da verdade, a falta de entrega parece ser um traço existente em muitas das relações, sejam afetivas, laborais ou das mais diversas ordens. O efeito cascata parece também fazer morada nesse descompromisso que beira à aflição social.

Seja como for, entregar-se a um propósito, às missões assumidas, à vida do outro e ao bem social demandam um empenho que beira à resistência.

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Ibovespa, ações, fundos: conheça a renda variável

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2020

Vamos voltar a falar sobre multiplicar seu patrimônio? Chegou a hora de abordarmos a parte mais temida em uma carteira de investimentos: a renda variável. Na última quarta-feira, 5, enquanto escrevo este texto, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou mais um corte na taxa básica de juros na economia brasileira: a Selic, tema da minha primeira coluna neste jornal, em novembro do ano passado. A Selic estava passando pelo terceiro anúncio de corte no ano, chegava a 5,0% e  ainda viria a passar pelo último corte de 2019 para alcançar o recorde mínimo histórico de 4,5% ao ano.

Vamos voltar a falar sobre multiplicar seu patrimônio? Chegou a hora de abordarmos a parte mais temida em uma carteira de investimentos: a renda variável. Na última quarta-feira, 5, enquanto escrevo este texto, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou mais um corte na taxa básica de juros na economia brasileira: a Selic, tema da minha primeira coluna neste jornal, em novembro do ano passado. A Selic estava passando pelo terceiro anúncio de corte no ano, chegava a 5,0% e  ainda viria a passar pelo último corte de 2019 para alcançar o recorde mínimo histórico de 4,5% ao ano. Ainda era pouco... mas, vamos voltar para hoje.

 A cada 45 dias, o Copom realiza uma reunião com seus membros para decidir o futuro da taxa de juros do Brasil. A primeira reunião de 2020 foi esta semana, na última quarta-feira, 5, quando a taxa Selic passou a ser de 4,25%. Agora pense comigo, vale a pena ter um investimento que lhe renda, anualmente, 70% da Selic? Isso representa uma rentabilidade abaixo de 3% ao ano: essa é a base de cálculo para a poupança (70% da Selic + Taxa Referencial [nula]). Partindo do princípio de que a inflação real do país, o IPCA, ultrapassou 4% em 2019, se você ainda aplica na poupança está deixando seu dinheiro ser corroído pela inflação.

Contudo, há outras diversas formas de proteger seu dinheiro da inflação e, ainda melhor, investi-lo para que se multiplique. Um exemplo disse são as carteiras de investimentos em mercado financeiro. Na coluna da semana passada, o assunto foi renda fixa, uma das duas grandes áreas de distinção entre investimentos do mercado financeiro; a outra, tema de hoje, é a renda variável.

Ao pensar em montar uma carteira de investimentos, é fundamental buscar por diversificação, e isso inclui a escolha de diversos produtos entre as rendas variáveis e fixas: quanto mais conservador, maior a porcentagem alocada em renda fixa; quanto mais arrojados os investimentos, maior a porcentagem alocada em renda variável. O problema, é que ao buscar rentabilidade com a Selic baixa, até o investidor mais conservador precisa se arriscar mais na renda variável. Há riscos, mas podem ser controlados de acordo com a estratégia correta.

Ações, contratos futuros, opções, Fundos Imobiliários, ETFs, commodities e câmbio são exemplos de alguns dos produtos oferecidos na renda variável. Uma carteira diversificada não precisa, necessariamente, ter todos esses ativos mas é ideal saber como podem potencializar suas rentabilidades e proteger os riscos; uma assessoria especializada em investimentos pode ajudar nisso.

Entretanto, uma forma simples de iniciar os investimentos em renda variável é buscar fundos de ações ou imobiliários que se alinham ao seu perfil. Eles trazem a segurança de boas gestões (cabe a você escolher uma boa gestão) e operam suas próprias estratégias de segurança. O ponto negativo é que, apesar das possíveis boas rentabilidades, as taxas a serem pagas serão maiores.

 Agora, se você já faz parte da pequena parcela da população que está na renda variável, busque diversificar, além de papéis, os setores de sua carteira. Varie! Invista em saúde, infraestrutura, energia, enfim, no que se sentir mais à vontade. Como proteção de carteira, operar o hedge em contratos futuros ou opções de compra e venda podem ser uma boa estratégia.

Mas lembre-se dos riscos. Invista no que você conhece e com quem confia. A propósito, dos riscos, o que considero mais expressivo é a falta de planejamento; decorrente de outro grande risco, a falta de conhecimento.

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