Blogs

Fusão ou alto negócio para a Guanabara

sábado, 25 de janeiro de 2020

Edição de 24 e 25 de janeiro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes: 

Edição de 24 e 25 de janeiro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes: 

  • Fusão ou alto negócio para a Guanabara - Esta história de forças eco­nômicas cariocas ao sentirem "esvaziamento" da Guanabara tramarem nos altos esca­lões da politica a fusão entre os dois Estados limítrofes, che­ga ao cúmulo do acinte, já que em todo o "affaire" a Velha Província pouco ou nada vem sendo "ouvida ou cheirada". Será que os mandões das indústrias do Rio de Janeiro, que não se "man­caram" um pouquinho sequer em todo o desenrolar da ma­téria, até agora, pensam que somos carneirinhos e que as­sistiremos impassíveis a gran­de tramoia? Lá pelos lados do pujante município de Campos, fervi­lham as reclamações, os pro­testos e é principalmente da­quelas bandas do norte flumi­nense, exatamente dali, que o grito de revanche com a cria­ção de um novo Estado da federação — o da Partilha do Sul — tornar-se-a irreversível, pois vem contaminando as po­pulações de 40 cidades do sul do Espirito Santo e Zona da Mata mineira.
  • Movimento viva a gente - Um grupo de jovens decididos a lutar por um mundo melhor já está em Friburgo. A nossa cidade escolhida para atuação constante de um grupo que não se con­funde e não se confundirá jamais com praticantes de exotismos. Shows serão no Salão de Atos do Colégio Anchie­ta.
  • Dr. Waldir Rodrigues Costa - O dia 25 de janeiro é uma data significativa para os que fazem a “A Voz da Serra”, pois é o aniversário do querido médico e impoluto homem público, dr. Waldir Costa. Figura respeitada e admirada por grande parte da população friburguense, o competente cirurgião bem merece a auréola de respeitabilidade, confiança e amizade que desfruta. Conhecido como o Bisturi de Ouro, título que este jornal teve a primazia e o privilégio de conferir-lhe, o dr. Waldir Costa procura sempre esconder-se num manto de modéstia, muito comum nos homens de valor pessoal e profissional. 
  • O DER cobre de camada asfáltica, o local de chão batido em que estava ensaiando a escola de samba Saudade, no bairro Ypu - Registramos um grande movimento de pessoas, viaturas, etc, pertencente ao serviço público preparando o lugar em que será instalado o palanque em o qual o governador Geremias assistirá o ensaio geral. Cinco milhões de cruzeiros antigos estão prometidos pelo doutor engenheiro ex-prefeito à escola de samba Saudade pela execução da marcha que cita o seu nome e o elogia pela construção do viaduto do mencionado bairro.
  • Governo dá estímulo fiscal às indústrias do RJ na exportação - As indústrias fluminenses passaram a contar com mais um importante e decisivo estímulo fiscal nas exportações de mercadorias para o exterior. O Governo do Estado concedeu, além da isenção integrada para as exportações, crédito fiscal equivalente a até 15% das saídas de mercadorias destinadas ao exterior. O crédito fiscal será calculado sobre o valor global dos produtos industriais exportados. Será utilizado no ressarcimento do tributo que se tornar devido nas operações internas.

Pílulas

  • Mais cedo do que muita gente pensou, teremos eleições. Não importa que a de governador seja por via da Assembleia. O dia do povo eleger o mandatário estadual virá. A coisa tarda um pouco, mas vem.
  • Vamos eleger o prefeito, o vice, os vereadores, os deputados estaduais, os federais, os senadores. Isto, por enquanto. Na próxima, a plenitude democrática, segundo o presidente Médici, estará restaurada.
  • Não importa quem vença o próximo pleito. É preciso ter eleições. É necessário que o nosso povo imponha a sua vontade através da grande arma do cidadão que é o voto. Tudo o mais, no regime democrático baseia-se em urnas livres.
  • O ano de 1970 oferece, segundo anunciado a reta que conduzirá o Brasil ao lugar que ele merece. É necessário que os brasileiros compreendam a alta significação do restabelecimento do direito que lhes havia sido suspenso, qual seja o de escolher pelo voto os seus dirigentes, dentro do princípio salutar do regime democrático. A medida que os dias passam há euforia do eleitorado. E não é para menos.

Sociais

  • AVS registra os aniversários de: Ítala Meceni Longo, Waldir Rodrigues Costa, Sérgio Francisco Mayer e Sebastião Vidal Sette (25); Rachid Namem, Lucy Azevedo Bentes e Wladimir Ventura Soares (27); Alberto Juliano De-Jorge, Manlio de Araújo Silva e Teresa Cristina De-Jorge (28); Esperidião Mussi, Elza Lúcia Meyer e William Julius Martinez (29); Maria de Lourdes Cordeiro, Januário Leal e Hilda Afonso (30); Chamberlain Noé, Luiz Pinel Neto e Jayr Folly (31). 

 

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Volta pra casa...

sábado, 25 de janeiro de 2020

É estranho que já tenha acontecido outras vezes. Mas agora parece tudo tão diferente. Talvez não seja essa percepção de você estar ou não em casa. O que me chama a atenção é que meu coração te envia convite, porém você recusa. Mas também não é a recusa em si de um jogo de desafios inexistentes.

Deixei você ir, sem querer que você fosse. Podia ter dito, mas não disse. Podia ter sido sincero para além da sinceridade que boia na superfície. Paralisado, falei seu nome para dentro sem que som algum pudesse reproduzir o sentimento em mim.   

É estranho que já tenha acontecido outras vezes. Mas agora parece tudo tão diferente. Talvez não seja essa percepção de você estar ou não em casa. O que me chama a atenção é que meu coração te envia convite, porém você recusa. Mas também não é a recusa em si de um jogo de desafios inexistentes.

Deixei você ir, sem querer que você fosse. Podia ter dito, mas não disse. Podia ter sido sincero para além da sinceridade que boia na superfície. Paralisado, falei seu nome para dentro sem que som algum pudesse reproduzir o sentimento em mim.   

Sei que errei (todos nós erramos), tanto quanto sei que não posso prometer que não errarei de novo. Talvez eu erre e não é porque queira errar. Sabe, sou meio imaturo e estou aprendendo. Engraçado que nunca precisei aprender a te amar. Agora, estou precisando aprender os caminhos para te encontrar, me reencontrar.

É besteira a exatidão de prever que terminaremos juntos ou não no fim. O que é o fim? Não quero que o fim seja essa tristeza que experimento agora. Falta sentido. Na autoterapia que faço, descubro que quero cuidar de você e que quero que cuide de mim. Não apenas nos dias chatos de gripe ou de cansaço do trabalho, mas que nos cuidemos um do outro nos dias de sol feliz e sorriso. Como seu sorriso poderia me fazer chorar? É a falta dele! Porque lembranças em retratos desbotam.     

Perdido pelo silêncio dos insetos lá de fora, o sono vem, mas não consigo dormir. Embriagado pela sobriedade, me arrependo de ter-me permitido embrutecer. Fiz muralha para as minhas fragilidades e as ocultando me feri por dentro. Machuquei você. Fiz ponte para os meus desejos e acabei afogado rio abaixo. Entorpeci você.

É estranha essa ausência. Já tive a sua falta pela distância de cidades, mas nunca senti essa distância entre ruas que parecem planetas. Fiquei na Via-Láctea, enquanto você é exoplaneta. Esqueci-me do que eu mesmo cultivei.

Enquanto te quero feliz, preciso te chamar para ser feliz comigo. Sinto a minha arrogância em ser como o filho da puta da música do Cazuza e tenho vontade de abandonar o palco e deixar de fazer show. Ser simples como café na mesa e não todo dia na cama. Ser real, como a intimidade que só nós dois temos.

É isso: minha intimidade está lacrada de novo e sinto imensamente por tê-la interditado. Só você tem a chave para quebrar essas correntes. Você é a festa, mas é tudo o que não é música também. Você é a calmaria, mas todo tumulto percebido e não percebido também. Você é tudo o que veio e que não pode ir com você, porque em verdade tudo de você ficou. 

A grande cama já não é mais necessária. Vou dormir no chão. Pelo menos até você voltar para casa, seja jogando online um com o outro à distância, seja na quietude de um olhando para o outro, frente a frente, antes de dormir.   

Afinal, amor pra sempre se faz é no dia a dia. Até que dia?

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Oportunidade

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Para pensar:
“Ninguém deve ser poupado da verdade, não devemos subestimar a capacidade das pessoas de superação.”
Rosicleide David

Para refletir:
“Subestimar os outros é sintoma de quem não crê em si.Trocar a coragem alheia pelo seu reflexo é típico dos covardes.”
Agni Shakti

Oportunidade

Para pensar:
“Ninguém deve ser poupado da verdade, não devemos subestimar a capacidade das pessoas de superação.”
Rosicleide David

Para refletir:
“Subestimar os outros é sintoma de quem não crê em si.Trocar a coragem alheia pelo seu reflexo é típico dos covardes.”
Agni Shakti

Oportunidade

A população de Nova Friburgo terá hoje uma oportunidade preciosa de aprofundar os conhecimentos a respeito do que efetivamente foi denunciado ao Ministério Público Federal nas duas operações legislativas que deram sustentação às investigações da Operação Carona de Duque.

A partir das 10h, com transmissão ao vivo pelo canal da Câmara Municipal no YouTube, os vereadores Professor Pierre, Wellington Moreira, Zezinho do Caminhão, Marcinho Alves e Johnny Maycon vão apresentar, no plenário da Câmara Municipal, o teor das peças “Mãos de Sangue” e “Juízo Final”.

Obrigatório

O acompanhamento desta apresentação é obrigatório para quem quiser entender alguns dos motivos pelos quais esta coluna passou a adotar postura tão crítica em relação ao atual governo municipal, bem como aos vereadores que sistematicamente têm preferido desviar o olhar em relação a tudo que sabiam estar acontecendo.

A coluna entende que o conteúdo ficará disponível também para quem não puder ver ao vivo, de tal modo que é tudo uma questão de querer - ou não - se informar.

Fale agora…

O governo municipal foi convidado para a apresentação, e assim passa a ter a oportunidade ideal para rebater a cada uma das denúncias, que genericamente tem chamado de “falsas”.

Já não há mais espaço para desculpas, aqui.

A hora de mostrar e provar seus argumentos é agora, e fugir ao embate para se limitar a esforços genéricos de desacreditar o que vem sendo apresentado só servirá para enfatizar a veracidade das denúncias, e a incapacidade do governo de reagir dignamente aos erros cometidos.

Ou cale-se depois

Se existe algo de falso no que foi denunciado, e o governo tem como provar isso, então torna-se absolutamente incompreensível qualquer postura que não seja a do confronto de dados, documentos e narrativas, diante dos olhos da população.

Qualquer coisa diferente disso é apenas a incapacidade de assumir erros, iniciar processos administrativos e pedir desculpas.

Recorte

A imprensa friburguense acabou ficando indignada com a forma como o secretário de Saúde, Marcelo Braune, se expressou no vídeo que gravou na tarde de quarta-feira, 22, a fim de refutar irregularidades na aquisição de medicamentos desde que assumiu a titularidade da pasta.

A coluna entende que, apesar de recorte final ter deixado a referência generalizada a toda a imprensa, o vídeo foi gravado originalmente para responder a um veículo especificamente.

Wally

A esse respeito, a coluna manifesta o entendimento de que Marcelo Braune provavelmente nem precisaria ter gravado o vídeo, uma vez que está muito claro que a denúncia se refere a um episódio situado no primeiro semestre de 2017, que não voltou a se repetir diante do tipo de resistência que encontrou, sobretudo na Secretaria de Infraestrutura e Logística, no trabalho dos cinco parlamentares fiscalizadores já citados, e também na imprensa, que durante muito tempo, esteve representada unicamente por A VOZ DA SERRA, no que se refere à cobertura deste episódio.

Quem tinha de enfrentar a população era outra pessoa.

Sozinhos

De fato, a coluna bancou sozinha esta denúncia, após longa e minuciosa apuração, num momento em que ainda não se sabia quando a Polícia Federal iria entrar em ação.

Não custa lembrar que no dia 5 de outubro de 2019, após sofrer indisfarçada tentativa de intimidação, o colunista antecipou que este escândalo iria estourar nos próximos meses, e expôs o caso do medicamento Piperacilina Sódica + Tazobactam 4G + 500 mg em frasco/ampola, que foi adquirido na atual gestão por R$ 95,30, enquanto a Prefeitura de Petrópolis adquiriu o mesmo medicamento, em quantitativo similar e na mesma época, por R$ 31,50.

Caronistas

A coluna imaginava que nenhum vereador teria a desfaçatez de tentar pegar carona na denúncia dos colegas, mas políticos jamais devem ser subestimados a esse respeito.

Quem sabia e nada fez, quem prevaricou e foi conivente, agora aposta na falta de conhecimento dos próprios eleitores e não tem vergonha de gravar vídeo a esse respeito.

Aliás, é curioso como alguns políticos partem do princípio de que só são eleitos graças à ignorância do povo.

Nada como saber que não merece ocupar a cadeira na qual se senta, não é verdade?

Desânimo

E o que dizer sobre o vereador que ainda no início de 2017 apresentou requerimento de informação a respeito da adesão à ata, certamente municiado por informações privilegiadas, e desde então não tomou qualquer atitude a respeito?

Surpreende que ele tenha tentado convencer os colegas para que a reunião realizada na manhã de quinta-feira, 23, fosse a portas fechadas, e não em plenário com transmissão via internet?

Quem se importa?

Daí propõe encerrar a TV e a Rádio Câmara, e argumenta que não é para reduzir visibilidade, mas a título de economicidade.

Ah, claro.

Com certeza.

E vai pedir votos.

E vai receber votos...

Aqui não

A respeito de todos estes episódios, um entendimento fica fortalecido.

A partir da Lava Jato e da onda de prisões nas esferas federal e estadual, muitos tubarões voltaram os olhos para os municípios, na certeza de que os aparatos de defesa e fiscalização seriam muito mais frágeis.

“Pessoas menos preparadas, vereadores corruptíveis, imprensa amadora…”

Tais preconceitos, no entanto, tiveram de ser revistos aqui em Nova Friburgo.

A banda, aqui, tocou bem diferente do que se esperava.

Retificação

A coluna de quinta-feira, 23, fez referência ao episódio do “empréstimo” de medicamentos feito pela UPA, em maio de 2017, mas se equivocou ao dizer que havia sido em 2018.

Correção feita.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Montanhe-se

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Montanhe-se
O movimento Montanhe-se tem crescido tanto ao ponto de nutrir a ideia de ser mais do que uma plataforma de motivação e se tornar uma associação. O projeto é lançar em breve uma espécie de associação de empresas, instituições e pessoas.

Clube
Na vertente das pessoas jurídicas focadas em turismo e entretenimento uma ação de produção de conteúdo e integração. Já com as pessoas físicas, uma espécie de clube que promova eventos como trilhas, troca de informações e ideias que se retroalimentem, com direito a carteirinha e tudo.

Montanhe-se
O movimento Montanhe-se tem crescido tanto ao ponto de nutrir a ideia de ser mais do que uma plataforma de motivação e se tornar uma associação. O projeto é lançar em breve uma espécie de associação de empresas, instituições e pessoas.

Clube
Na vertente das pessoas jurídicas focadas em turismo e entretenimento uma ação de produção de conteúdo e integração. Já com as pessoas físicas, uma espécie de clube que promova eventos como trilhas, troca de informações e ideias que se retroalimentem, com direito a carteirinha e tudo.

Passaporte das Montanhas
Outro trabalho em curso desenvolvido pela idealizadora do movimento, a jornalista Christiane Mussi é o Passaporte das Montanhas que associa a prática de caminhadas às montanhas e cervejas artesanais. Uma forma de dar roteiro e divulgação às tantas trilhas e montanhas de Nova Friburgo.

Cervejas com nome das montanhas
Além de divulgar as pedras com acesso por trilhas, a cervejaria local Alpendorf lançará um rótulo de cerveja para cada montanha “conquistada”. Mais do que uma ação comercial, o intuito seria divulgar Nova Friburgo e suas belezas como cidade das montanhas, criando assim uma atmosfera de motivação para o turismo.      

Polo de cerveja
Outros produtores se engajam em uma associação com marcas de Nova Friburgo para formar um polo. A intenção é valer-se de uma lei estadual para incrementar a produção em todos os 12 municípios da Bacia Hidrográfica Rio Dois Rios, tendo Nova Friburgo como polo. Uma frente não anula a outra e o importante é o crescimento do setor local que tem se destacado nos últimos anos.

A busca por três pontos
Após empatar em casa diante do América, com gol sofrido no minuto final dos acréscimos, o Friburguense encara seu primeiro jogo fora de casa (Nova Iguaçu) nesta fase que classificará um time para a Seletiva do Estadual do ano que vem. Com todos os quatro times com um ponto, recuperar o que se perdeu em casa é fundamental para a pretensão de ser esse único que se salva já agora.

Três jogos sem derrota
Na seletiva, o Friburguense perdeu por 2 a 0 para o Nova Iguaçu, jogando fora de casa. Foi exatamente na estreia. Após segurar o empate no 1º tempo, o time sucumbiu no 2º. Agora, é claro, é outra história. Apesar do empate diante do América ter tido gosto muito amargo, marcou o terceiro jogo seguido do tricolor sem derrota. Foram dois empates e a vitória diante do Americano, que foi a única do time até agora no Estadual.

Tamborins quentes
Depois de Vilage e Unidos da Saudade, agora chegou a vez de ver como a Imperatriz de Olaria virá para a avenida. A vermelho e branco apresenta neste sábado, 25, suas fantasias para o carnaval 2020. Um bom momento para quem pretende desfilar na agremiação escolher sua fantasia e também uma prévia de como a agremiação estará vestida. A Imperatriz tem enredo baseado nos quatro elementos: água, terra, fogo e ar.  

Ensaios show
O movimento nas escolas tem sido intenso a praticamente faltando um mês para os desfiles. Todas estão com seus ensaios semanais de comunidade programados, além disso, têm promovido eventos diversos. Hoje, 24, por exemplo, a Vilage retoma suas festas das sextas-feiras com os disputados ensaios. Também nesta sexta-feira, tem show com o intérprete Wantuir Oliveira, da Unidos da Tijuca, na quadra do Alunos do Samba.

Palavreando
“Há uma força que acende uma luz no seio da terra que colhe discípulos anônimos para que o mundo prossiga seu destino que não é o fim, mas a transformação daquilo que já é belo”.

 

Foto da galeria
Sextou com a espetacular foto compartilhada por Vinícius Barros no Siga Friburgo. No Pico do Caledônia, na torre da Petrobras a 2219 metros de altitude. O céu bem perto na cidade das estrelas.
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Escolhas

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Somos instados a fazer escolhas o tempo todo. Se pegarmos como exemplo, um único dia de nossas vidas, já podemos perceber que ao abrir os olhos pela manhã, já necessitamos optar sobre o que fazer logo em sequência. Algumas pesquisas já dão conta de que muitos de nós decidimos logo nos primeiros segundos do despertar, olhar para as telas luminosas dos celulares.

Somos instados a fazer escolhas o tempo todo. Se pegarmos como exemplo, um único dia de nossas vidas, já podemos perceber que ao abrir os olhos pela manhã, já necessitamos optar sobre o que fazer logo em sequência. Algumas pesquisas já dão conta de que muitos de nós decidimos logo nos primeiros segundos do despertar, olhar para as telas luminosas dos celulares. Volta e meia me indago se isso faz bem e deparo-me com aquelas perguntas pueris: “Será que estamos preparados fisiologicamente para tantas horas de contato com tantos equipamentos eletrônicos?” De alguma maneira, se nos conectamos o dia inteiro com as telas, escolhemos arriscar.

Fato é que somos muitas vezes levados a executar coisas em nosso dia a dia e sequer nos damos conta que podemos – e devemos – fazer escolhas conscientes. O ideal é que tenhamos em mente que cada opção nos infere alguma abdicação e que pensemos sobre isso.

Saindo das escolhas triviais do cotidiano, sobre nos alimentarmos de vegetais impregnados de agrotóxicos ao invés de orgânicos, assistirmos a um filme ou uma série, lermos um livro ou batermos papo, irmos a um local a pé ou de carro, levar ou não o guarda-chuvas, sermos gentis ou rudes, é inegável que algumas escolhas são determinantes na trajetória de nossas existência e por óbvio devem ser precedidas de bases sólidas.

 Falo muito sobre esforço. Não consigo vislumbrar conquistas que não sejam precedidas pelo verdadeiro empenho. É claro que há exceções, talvez muitas mais do que consigo assimilar. Quando traçamos objetivos, se nos mantivermos inertes, dificilmente eles se concretizarão. Precisamos, antes, pensar sobre nossas prioridades e sonhos, com base em nossos princípios e valores de vida e pelo autoconhecimento saber o que pretendemos alcançar. A partir disso, não tem jeito, é necessário que nos esforcemos. E nessa caminhada precisaremos fazer escolhas conscientes.

Cuidar da saúde física, mental, espiritual, parte de uma opção de vida e igualmente requer esforço, renúncias e constante busca. Quem estuda muito, por exemplo, certamente abre mão de muitas distrações interessantes. Pode não ser fácil, mas a pessoa escolhe aprimorar seu conhecimento precisa passar muitas e muitas horas ao longo da vida abdicando de muitos prazeres da vida. Não tem jeito. Ser feliz também parte de escolhas. E de renúncias.

Vamos pensar sobre isso. E que exista o equilíbrio, o qual, por si só, pode levar uma vida para aprendermos. De todo caso, até a própria busca pelo equilíbrio é uma escolha. Que seja consciente.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

R$1.045,00 – O que representa o salário mínimo?

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Muito! De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é valor de referência para 49 milhões de pessoas. No Brasil (num estudo divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD - em outubro de 2019), 60% dos trabalhadores recebiam menos de um salário mínimo em 2018. Na época, o mínimo estava em R$ 954, mas 54 milhões de brasileiros viviam com renda mensal de R$ 928 – vale a observação; no mesmo ano, o governo anunciava o menor reajuste desde 1995 e a inflação real superava o aumento salarial.

Muito! De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é valor de referência para 49 milhões de pessoas. No Brasil (num estudo divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD - em outubro de 2019), 60% dos trabalhadores recebiam menos de um salário mínimo em 2018. Na época, o mínimo estava em R$ 954, mas 54 milhões de brasileiros viviam com renda mensal de R$ 928 – vale a observação; no mesmo ano, o governo anunciava o menor reajuste desde 1995 e a inflação real superava o aumento salarial.

Em 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão que realiza a PNAD, divulgou mais um estudo; dessa vez, acerca do trabalho informal. Chegando ao patamar recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, a população trabalhadora informal alcançou 41,3% - atingindo 38,68 milhões de brasileiros.

Ou ainda, um relatório da Organização Internacional do Trabalho apontou 12,1% como taxa de desemprego no Brasil. O cenário futuro não é animador: a previsão para 2023 e 2024 é e uma taxa de 11,5%. Resumindo em poucas palavras: o desemprego abre portas para o trabalho informal, que, por sua vez, impacta na remuneração dos trabalhadores; e se o aumento salarial não tem superado a inflação, um emprego não regulamentado acaba sendo afetado.

É melhor que desemprego? Concordo! Mas não é solução. A economia do país passa por momentos delicados, os últimos anos não têm sido fáceis. A população sem poder de consumo tem influência direta na economia e a recíproca é verdadeira. O ano de 2019 registrou a marca de 4,31% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice oficial de inflação, e mais uma vez chegou a vencer – momentaneamente – o reajuste salarial.

Uma Medida Provisória foi necessária para definir um salário mínimo em 2020 que superasse a inflação do ano anterior, alcançando um reajuste real de, aproximadamente, 0,4%. Contudo, para os cofres públicos, cada R$ 1 de aumento “extra” custará R$ 355 milhões; totalizando uma despesa adicional de R$ 2,13 bilhões.

Mas o que deve ser feito para que o investimento seja convertido em poder de consumo e reflita positivamente na economia? Aqui vem a importância da educação financeira. O primeiro passo é refletir e estudar sobre suas finanças. Está endividado? Comece a analisar possíveis formas de quitar ou amortizar suas parcelas. Analise as maiores taxas de juros – principalmente o Custo Efetivo Total (CET) – e comece pelas mais caras.

Um perfil comum de consumidor também é o “falso equilíbrio”; gastar o que ganha é arriscado e pode acarretar em dívidas graves sem o planejamento recomendado. Use o reajuste salarial para começar a construir sua reserva de emergências. Há recomendações de capital referente a seis meses de consumo; tempo que vai variar de acordo com suas singularidades, como a segurança do emprego, por exemplo.

Por fim, saiba como rentabilizar seu patrimônio; assunto do nosso encontro de semana que vem.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Começou

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Começou

E eis que a Polícia Federal subiu a serra.

Na manhã desta quarta-feira, 22, agentes da PF deflagraram a Operação “Carona de Duque”, ação conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), com o objetivo de “desbaratar um grupo criminoso envolvido em fraudes na compra de medicamentos da Prefeitura de Nova Friburgo”.

O leitor prestou atenção às palavras entre aspas, retiradas do comunicado da PF?

Parecem palavras de quem tem alguma dúvida a respeito do que se passou?

Começou

E eis que a Polícia Federal subiu a serra.

Na manhã desta quarta-feira, 22, agentes da PF deflagraram a Operação “Carona de Duque”, ação conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), com o objetivo de “desbaratar um grupo criminoso envolvido em fraudes na compra de medicamentos da Prefeitura de Nova Friburgo”.

O leitor prestou atenção às palavras entre aspas, retiradas do comunicado da PF?

Parecem palavras de quem tem alguma dúvida a respeito do que se passou?

Dia cheio

Ao longo do dia foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio de Janeiro, São Gonçalo, Niterói e Nova Friburgo, com a participação de vários policiais federais e servidores da Controladoria Geral da União.

Paralelamente, sete pessoas foram intimadas a prestarem informações “sobre o esquema que causou prejuízo de mais de R$ 600 mil”, segundo a PF.

Inclusive, de acordo com o Ministério Público Federal, o valor já foi bloqueado das contas dos investigados.

Alcance

O caso teve enorme repercussão na mídia nacional.

Estadão, G1, O Globo, GloboNews, Band, BandNews, CBN, UOL, Istoé, Valor Econômico, Correio Braziliense, EBC, além das páginas da Polícia Federal, da CGU e uma miríade de jornais de alcance estadual espalhados pelo Brasil.
Todo mundo repetindo o que o leitor da coluna ficou sabendo em primeira mão, com uma semana de antecedência.

Créditos (1)

O próprio nome da operação, por exemplo, faz evidente referência à adesão à ata de registro de preços de Duque de Caxias, narrada aqui há poucos dias.

Com a mesma justiça, a coluna enfatiza o trabalho de apuração legislativa que começou lá atrás, no infame episódio da “doação” de medicamentos realizada pela UPA de Conselheiro no dia 16 de maio de 2018, e redundou na Operação Legislativa “Mãos de Sangue”, assinada em conjunto pelos vereadores Professor Pierre, Zezinho do Caminhão, Johnny Maycon, Wellington Moreira e Marcinho Alves, e encaminhada ao MPF em outubro de 2017.

Créditos (2)

Tal trabalho teve importante desdobramento no segundo semestre de 2019, quando os indícios inicialmente apurados ganharam contornos mais nítidos através do minucioso trabalho de comparação de valores entre o processo da adesão da ata; dados do Banco de Preços em Saúde, do Ministério da Saúde; e também com os processos licitatórios municipais 1077/16, 9993/17 e 2220/18, na forma da Operação Legislativa “Juízo Final”, elaborada exclusivamente por Pierre.

Os valores obtidos nesta peça, por sinal, apontam que a estimativa de superfaturamento declarada pelo Ministério Público é (compreensivelmente) conservadora.

Créditos (3)

Impossível, por fim, não lembrar do importante papel desempenhado pelo ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Ângelo Jaquel, não apenas no episódio da “doação” dos medicamentos, mas sobretudo na forma como remou contra pesadas marés para recuperar parte do processo licitatório 1077/16, reduzindo o prejuízo imposto ao erário.

Não admira que a mesma pessoa que repreendeu Ângelo por ter feito a coisa certa tenha sido uma das que prestou depoimento à PF nesta quarta-feira, 22.

Adiantou?

Diante de tudo isso, o colunista também não pode deixar de lembrar das críticas que recebeu por ter denunciado o sobrepreço dos medicamentos, notadamente aquelas que diziam que “más notícias espantam turistas”.
Ora, a coluna vem fazendo sua parte há muito tempo para que a situação não chegasse ao ponto que chegou.

Agora cabe perguntar: tapar os olhos e os ouvidos, varrer para debaixo do tapete, e esperar tudo explodir em mídia nacional foi positivo para a cidade?

Adiantou? Valeu a pena?

Legislativo

Em meio à crise, o presidente da Câmara Municipal de Nova Friburgo, vereador Alexandre Cruz, convidou a imprensa para uma entrevista coletiva na sala da Presidência do Poder Legislativo.

Durante o encontro, o presidente anunciou também o agendamento de uma reunião extraordinária para as 9h de hoje, 23, que desde já está cercada de expectativas.

Afinal, vai ser muito interessante observar daqui para a frente o posicionamento daquele enorme contingente de vereadores que jamais - repito, jamais - se interessaram pelo teor das denúncias feitas por seus pares, alheios ao que sabiam existir, comprometidos que estavam com as amarras do assistencialismo, do aparelhamento.

Pior cego

A esse respeito, o colunista deixa registrada aqui sua mais profunda vergonha diante da postura destes parlamentares, que foram eleitos com a função de fiscalizar e em vez disso escolheram a via fácil - e extremamente prejudicial - do clientelismo.
Indicação de cargos, capinas, asfaltamento, aceitar secretarias, levantar factoides...

Diz o ditado que o pior cego é aquele que não quer ver.

Omissão

Que ninguém duvide: a responsabilidade sobre os ombros de tais parlamentares é enorme, e agora é tarde demais para fugir disso.
Que respondam à população pela omissão consciente e deliberada.

Vergonha. Vergonha. Vergonha.

Típico

E já que falamos em vergonha, a coluna resistirá à tentação de adjetivar a resposta dada pela prefeitura a respeito de todo este episódio.

Basta dizer que ela não negou o sobrepreço de um único medicamento denunciado; ignorou por completo a réplica do ex-secretário de Saúde, Rafael Tavares, aos argumentos apresentados pelo coordenador da transição; e desconsiderou que o processo 1077/16 já estava liberado para execução quando a adesão à ata foi concretizada.

Ao fim de uma semana de esforços, isso foi o melhor que deu para fazer?

Falsas?

Ainda assim, a prefeitura vem tratando as informações - de forma genérica - como “falsas”, e reduzindo tudo a “bravata com intuito politiqueiro de induzir a população ao erro”.

Bom, a coluna tem as notas fiscais, tem os processos de compra, e uma infinidade de dados complementares.

Se estas são informações falsas, então muitas explicações precisam ser dadas, não?

Ponta do iceberg

Negar o inegável é perder de vista a dimensão do que está acontecendo.

A coluna apurou, por exemplo, que a investigação do Ministério Público não se ateve ao sobrepreço na compra de medicamentos, mas também abraçou a crise da esterilização de 2017, que não apenas serviu para justificar um contrato emergencial de valor muito superior ao investimento à época necessário para a recuperação da CME, mas sobretudo envolveu a orientação para que médicos continuassem a realizar cirurgias quando o problema já havia sido comunicado ao prefeito, inclusive por este colunista.

Juntos

Há muito ainda a ser dito, mas o mais importante, por ora, é observar que vários municípios e várias instituições federais foram mobilizadas a partir do combate a práticas prejudiciais ao erário através de investigações nascidas e desenvolvidas aqui, em Nova Friburgo.

E a comunidade representada por este nosso espaço teve papel muito importante para que tudo finalmente seja devidamente investigado por quem é de direito

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Geração bendita. É isso aí bicho! - Última parte

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Filme e trilha Cult

A comunidade de hippies Quiabo’s ficou aproximadamente três anos em Nova Friburgo. Drogas como LSD e maconha eram utilizadas pelos hippies, em geral, para ampliar o nível de consciência e proporcionar uma experiência mística. Carlos Doady nos informa que alguém lhe perguntou sobre a utilização de drogas na comunidade Quiabo’s. Ele teria respondido “Raramente!”. “Raramente usavam?”, indagou a pessoa. “Raramente faltava!”, ele respondeu.

Filme e trilha Cult

A comunidade de hippies Quiabo’s ficou aproximadamente três anos em Nova Friburgo. Drogas como LSD e maconha eram utilizadas pelos hippies, em geral, para ampliar o nível de consciência e proporcionar uma experiência mística. Carlos Doady nos informa que alguém lhe perguntou sobre a utilização de drogas na comunidade Quiabo’s. Ele teria respondido “Raramente!”. “Raramente usavam?”, indagou a pessoa. “Raramente faltava!”, ele respondeu.

Poucos meses após a prisão dos hippies, o delegado Rechaid foi transferido da cidade em consequência da repercussão negativa que teve o episódio. Na ocasião, a mídia friburguense se calou conforme nos informa as pesquisadoras Débora Breder e Thamyres Saldanha Martins no artigo “É isso aí, bicho, narrativas sobre o filme Geração Bendita no jornal A Voz da Serra durante a ditadura militar”. O jornalista Pedro Paulo Cúrio, em um artigo intitulado “Na tonga da mironga do cabuletê!” criticou os hippies chamando-os de gang do tóxico, salafrários e apoiava a atuação do delegado Amil Rechaid ao prendê-los e expulsá-los da cidade.

Após esse incidente, as filmagens de “Geração Bendita” foram retomadas em Santo Antônio de Pádua e Itaocara, mas tiveram igualmente problemas com a polícia. Em outubro de 1971, quando o filme foi apresentado a Divisão de Censura de Diversões Públicas, mais de 40 minutos foram censurados, havendo necessidade de rodar outras cenas para substituir os cortes, mas gerou problema de continuidade. Analisando o filme hoje na íntegra, possivelmente foram cortadas as cenas de nudez e de consumo de drogas.

Como novos cortes foram realizados os produtores alteraram o nome do filme de “Geração Bendita” para “É isso aí, bicho!” com o intuito de burlar a censura. Apenas em janeiro de 1973, o filme foi finalmente liberado para exibição nos cinemas. Lembrando que estávamos em plena ditadura militar. Porém, poucos meses depois de exibido o filme foi novamente censurado e as cópias recolhidas de todos os cinemas pela  Divisão de Censura e Diversões Públicas da Polícia Federal.

Karl Kohler e Carlos Doady foram presos e obrigados a assinar um Termo de Confissão no DPOS, a polícia política da época. Expulsos de Nova Friburgo, um grupo da comunidade Quiabo´s foi para Barra do Sana, na serra de Macaé e outro para Visconde de Mauá. Anos depois, o filme foi restaurado por iniciativa de Carlos Doady contando com a colaboração de Osvandil Silveira Quimas e Bruno de Oliveira, com a conversão da película para o formato digital, telecinagem, retoques de coloração, melhoria do áudio e remasterização. Foram resgatadas todas as cenas que haviam sido cortadas, reintegrando-as ao filme.

Uma grande preciosidade de “Geração Bendita” é a trilha sonora da banda Spectrum, composta por integrantes da própria comunidade Quiabo´s e por friburguenses. Segundo Bini, as músicas eram compostas durante as gravações, atendendo às necessidades das cenas e dos personagens. O disco foi lançado no mesmo ano que o filme.

O rock psicodélico do grupo é o estilo musical característico do movimento hippie. Atualmente, o long play em vinil da banda é disputado por colecionadores do mundo inteiro, chegando a valores astronômicos, e ocupa os primeiros lugares nas want lists de raridades psicodélicas. “Geração Bendita” não foi o primeiro filme a abordar a temática da contracultura. “Meteorango Kid, o herói intergaláctico”, lançado em 1969, já havia abordado a temática de uma comunidade hippie.

O filme tem imenso valor por ter documentado o cotidiano de mais uma comunidade hippie no país. E como dito antes, uma trilha sonora de inestimável valor. Um bom trabalho sobre o tema pode ser encontrado na dissertação de mestrado de Igor Fernandes Pinheiro, “Não fale com paredes, contracultura e psicodelia no Brasil”. “Geração Bendita” entrou na lista dos filmes cult, fazendo parte da historiografia do cinema nacional, estando disponível no youtube.

VEJA AQUI A PRIMEIRA PARTE: https://avozdaserra.com.br/colunas/historia-e-memoria/geracao-bendita-e-isso-ai-bicho-parte-1

  • Foto da galeria

    Carlos Bini na direção do filme

  • Foto da galeria

    Uma preciosidade é a trilha sonora da banda Spectrum

  • Foto da galeria

    Cartaz do filme Geração Bendita

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): o que é e o que fazer com ele?

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

O nome já diz: obsessão e compulsão. Uma pessoa com este sofrimento mental tem pensamentos intrusivos, que ela não quer ter, que ficam perturbando a consciência. Exemplos podem ser pensamentos tipo: “Será que tranquei a porta de casa?”, ou “Acho que me contaminei com germes ao tocar naquele objeto.” Com pensamentos assim que não param, a pessoa sente a compulsão para fazer o que eles dizem. No primeiro caso, ela vai verificar várias vezes se realmente trancou a porta. E no segundo caso ela vai lavar as mãos repetidas vezes.

O nome já diz: obsessão e compulsão. Uma pessoa com este sofrimento mental tem pensamentos intrusivos, que ela não quer ter, que ficam perturbando a consciência. Exemplos podem ser pensamentos tipo: “Será que tranquei a porta de casa?”, ou “Acho que me contaminei com germes ao tocar naquele objeto.” Com pensamentos assim que não param, a pessoa sente a compulsão para fazer o que eles dizem. No primeiro caso, ela vai verificar várias vezes se realmente trancou a porta. E no segundo caso ela vai lavar as mãos repetidas vezes. Os pensamentos obsessivos ficam “mandando” a pessoa com TOC praticar os atos compulsivos, porque se não fizer, a ansiedade perturbará muito.

Existem vários tipos de pensamentos obsessivos, como o de que a pessoa cometeu um pecado imperdoável, ou que ela tem que arrumar seu armário de maneira perfeita, ou que tem que ajeitar um quadro na parede que está um pouquinho torto, ou que tem que dar três toques na parede sempre que pensar numa palavra etc. Milhares de pessoas sofrem de TOC. No Brasil varia de 0,7 a 2,5% da população. Portanto, não é algo raro.

As pessoas normais podem ter pensamentos que se repetem na mente, mas é algo temporário. Nos indivíduos com TOC eles se tornam recorrentes ou obsessivos que perduram e se tornam um padrão de pensamento. Isto provoca muita ansiedade, e muita ansiedade provoca isto. E uma tentativa de aliviar a ansiedade produzida pelos pensamentos obsessivos é praticar os atos compulsivos. Por exemplo, se na mente da pessoa com TOC o pensamento obsessivo é sobre contaminação, ela poderá tentar amenizar isto através do ritual de lavar as mãos exageradamente dezenas de vezes ao dia. Se o pensamento obsessivo é sobre trancar alguma porta, ela pode conferir se realmente fechou uma série de vezes.

Alguns cientistas acreditam que o TOC tem que ver com alterações cerebrais e que é necessário usar medicamentos para tratá-lo. Mas não é “só” isso. Há outras complicações emocionais que geram muita ansiedade e a mente usa os pensamentos obsessivos e atos compulsivos como defesa da dor emocional profunda. Então, na causa do TOC há fatores físicos, emocionais e espirituais.

Ajuda a lutar contra o TOC dizer para si mesmo que os pensamentos obsessivos não tem valor moral, mas são resultado de alterações neuroquímicas talvez devido ao excesso de ansiedade. Por isso, a pessoa com TOC precisa desvalorizar os pensamentos obsessivos o mais que puder e dizer para si mesma que ela não tem que fazer o que eles mandam.

Também é importante lutar para pensar em outra coisa para substituir o pensamento obsessivo. Isto é difícil no começo, mas com o tempo a pessoa pode conseguir evitar ficar concentrado nos pensamentos obsessivos, escolhendo pensar em outras coisas. A dificuldade surge porque existe uma ansiedade forte que leva a pessoa a ter estes pensamentos e eles, por sua vez, conduzem aos atos compulsivos, repetitivos.

Isto significa que, quando a pessoa luta para impedir que os pensamentos obsessivos continuem em sua mente perturbando, ela pode sentir mais ansiedade. Mas com o tempo esta ansiedade poderá começar a diminuir sem que a pessoa necessite praticar a compulsão para obter alívio daqueles pensamentos.

Um exercício que pode ajudar é: ao vierem os pensamentos obsessivos, ao invés de logo praticar o ato compulsivo, diga para si: “Vou esperar uns 20 minutos sem me deixar levar pela necessidade de agir compulsivamente.” Depois de alguns dias ou semanas, aumente este tempo de “espera”. Ou você pode diminuir, por exemplo, no caso de uma compulsão para lavar as mãos por vários minutos. Lute para decidir lavá-las usando menos tempo.

Não tenha vergonha de falar disso para alguém. Se você não conseguir interromper gradativamente os atos compulsivos, procure uma ajuda profissional com psiquiatra e psicólogo. Quando o TOC se torna grave a ponto de perturbar a vida social e de trabalho da pessoa, uma medicação temporária prescrita por médico psiquiatra poderá ser necessária além da psicoterapia.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Ares artísticos

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Para pensar:

“Os soldados mais fortes não são descobertos em tempos de paz e sim resistindo em meio a suas guerras...”

Júlio César

Para refletir:

“Temos a arte para não morrer da verdade.”

Friedrich Nietzsche

Ares artísticos

Na próxima sexta-feira, 24, a livraria Sabor de Leitura vai exibir o documentário “La Manuela”, que conta a história da franco-brasileira Manuela Picq, expulsa do Equador em 2015 após participar de manifestações pelos direitos indígenas.

Para pensar:

“Os soldados mais fortes não são descobertos em tempos de paz e sim resistindo em meio a suas guerras...”

Júlio César

Para refletir:

“Temos a arte para não morrer da verdade.”

Friedrich Nietzsche

Ares artísticos

Na próxima sexta-feira, 24, a livraria Sabor de Leitura vai exibir o documentário “La Manuela”, que conta a história da franco-brasileira Manuela Picq, expulsa do Equador em 2015 após participar de manifestações pelos direitos indígenas.

A exibição está prevista para começar às 19h, e em seguida haverá um bate-papo com a diretora Clara Linhart, que também co-dirigiu o filme “Domingo”, em cartaz ano passado em todo o país.

Ares artísticos (2)

Clara, por sinal, também integra, como 1ª assistente de direção, a equipe que está gravando em Nova Friburgo o filme “Tia Virgínia”, dirigido por Fábio Meira e estrelado por medalhões como Vera Holtz, Louise Cardoso, Arlete Sales, Antônio Pitanga, Vera Valdez e Amanda Lyra.

Não por acaso, desde a semana passada começaram a pipocar imagens das atrizes em estabelecimentos da cidade, como esta que registra a visita de Vera Holtz e Louise Cardoso ao “Bode Expiatório”, comandado pela chef - e leitora da coluna - Márcia Leal Matos.

Ares artísticos (3)

Está achando pouco?

Pois saiba que na tarde desta segunda-feira, 20, muitos friburguenses também identificaram Martinho da Vila, passeando tranquilo, quase incógnito, em meio às belezas de nossa Praça Getúlio Vargas.

A estes profissionais, que através da arte fizeram parte de vários momentos de nossas vidas, a coluna deseja que curtam a estadia, e voltem sempre.

A casa é de vocês.

Ponto sensível

O grande retorno dos leitores à coluna de terça-feira, 21, deixa claro que os problemas no serviço prestado pelos Correios afetam grande parte da população friburguense, e se agrava em distritos mais afastados do Centro.

Ao mesmo tempo, dá para ver que os leitores compartilham do entendimento do colunista de que as reclamações devem ser direcionadas aos responsáveis pela deterioração, no topo da hierarquia gerencial, e não aos profissionais que estão se desdobrando para que os efeitos não sejam ainda maiores e mais pesados.

Iminente

Moradores de Serra Nevada, localidade próxima a Theodoro de Oliveira, procuraram a coluna em busca de ajuda.

Estão apreensivos em relação a um trecho específico da Estrada do Imperador onde a água está infiltrando por baixo do asfalto, causando uma erosão que já pode ser observada através de um buraco na pista.

Ainda de acordo com moradores, este é o mesmo local onde existe uma manilha que desabou, e que foi visitado recentemente por uma equipe da prefeitura com o intuito de desobstruir o fluxo d’água.

Isolamento

A comunidade indica que a principal manilha não foi desobstruída, e acredita que o asfalto pode ceder a qualquer momento, representando riscos para quem trafega e também a perspectiva de isolamento da localidade.

A coluna agradece desde já pela atenção das secretarias de Obras e Serviços Públicos, e deixa o espaço aberto para divulgar qualquer boa novidade a esse respeito.

Não dá

A VOZ DA SERRA já deu visibilidade ao fato em matéria específica, mas a coluna não pode deixar de registrar o contato que teve com várias pessoas que nos últimos dias passaram muitas horas na fila da vacinação no posto de Saúde Sílvio Henrique Braune.

Os relatos são extremamente penosos, sobretudo para os bebês e as crianças, e representam o tipo de situação que não pode se repetir.

O espaço fica aberto para explicações ou atualizações, de qualquer parte envolvida.

Diferenciação

O ex-vereador Gustavo Barroso enviou mensagem direcionada aos responsáveis por nosso trânsito.

“Em minha opinião o “traffic calming” (faixa de pedestres elevada) deveria ser na cor vermelha com faixas brancas, como em todo lugar do mundo. Hoje os motoristas veem o traffic calming como um quebra-molas, e acabam não parando para a travessia dos pedestres. Não podemos nos esquecer que eles são faixas de pedestres, e em Nova Friburgo não têm as faixas brancas.”

Por falar nisso…

E já que falamos em trânsito, a leitora Raquel Souza também opinou sobre as mudanças mais recentes.

“A mudança de mão na antiga Rua São João mais uma vez ficou ótima, e as demais alterações também. Só falta acabar com a fila dupla na Rua Monte Líbano. Na segunda-feira, 20, após 18h, havia pelo menos cinco veículos enfileirados, atrapalhando a todos, folgadamente estacionados e sem se importarem com o movimento. Tem como colocar câmeras nessa rua? Porque quando a patrulha passa, eles saem, dão a volta e param no mesmo lugar, quem fica no ponto de ônibus cansa de ver isso.”

Gratidão

O colunista gostaria de agradecer aos leitores pelo apoio que andaram manifestando ao trabalho da coluna.

Um abraço especial para Ângela Assunção, Rosemarie Künzel, Antônio Lopes, Seneca Espinosa e Elisabeth Souza Cruz.

Em tempos nos quais resta a sensação de que não há ninguém a quem recorrer em busca de Justiça, o apoio de vocês é decisivo para preservar a motivação e seguir adiante.

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.