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Quando a rede ajuda

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Quando a rede ajuda
Uma hasgtag de uma estudante de Nova Friburgo Rebecca Campos atingiu o 3º lugar de assunto mais comentado no Twitter nas últimas horas da última segunda-feira, 20, e nas primeiras horas de ontem, 21. E a concorrência no “trending topic” não foi das mais fáceis, afinal, uma campanha articulada por apoiadores do ex-juiz e agora ministro Sérgio Moro ocupou as duas primeiras posições. Moro deu entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura. 

Quando a rede ajuda
Uma hasgtag de uma estudante de Nova Friburgo Rebecca Campos atingiu o 3º lugar de assunto mais comentado no Twitter nas últimas horas da última segunda-feira, 20, e nas primeiras horas de ontem, 21. E a concorrência no “trending topic” não foi das mais fáceis, afinal, uma campanha articulada por apoiadores do ex-juiz e agora ministro Sérgio Moro ocupou as duas primeiras posições. Moro deu entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura. 

Solidariedade virtual
A mobilização através da #inepdevolveanotadarebecca ganhou o país para chamar a atenção do Inep e do MEC (organizadores do Enem) acerca de uma grave injustiça cometida com a estudante Rebecca Campos Ferreira. Até famosos como a apresentadora Maísa, do SBT, compraram a briga, que de fato chamou a atenção dos organizadores que já estão às avessas com todos os problemas dos resultados da prova que define a vida de milhares de jovens após três anos no ensino médio de muito estudo.

Um Enem pra ser esquecido
O caso ocorrido no dia 10 de novembro, na sala 11 da UFF Nova Friburgo, teve o fato de que uma estudante de nome Rebeca foi eliminada, após seu celular tocar durante a prova. Como prevê o regulamento, a estudante foi eliminada. Mas na hora da divulgação do resultado, a estudante Rebecca Campos, que não tinha nada a ver com a história é quem foi considerada eliminada.

Justiça
Segundo a estudante em suas redes sociais, ao saber da eliminação por ato que outra estudante de nome semelhante cometeu, foram enviados mais de 100 e-mails para que a organização corrigisse o equívoco, mas de nada adiantou. Sem escolhas, levantou a hasgtag que em poucas horas ganhou o país e finalmente fez com que a organização desse a devida atenção ao seu caso.

Gosto amargo
O empate diante do América já é passado no Eduardo Guinle, mas seus ensinamentos não. Após abrir 2 a 0 numa partida que foi claramente superior ao adversário, falhas de displicência e falta de concentração tiraram dois pontos ganhos da equipe. O problema é que erros do tipo ocorreram em jogos anteriores.

Não foi o recomeço dos sonhos
Começar empatando em casa não foi um resultado trágico, mas longe de ser bom. Agora, é preciso recuperar os pontos perdidos nos jogos fora de casa. A matemática é simples. Com dez pontos, um time deve alcançar o 1º lugar que classifica para a seletiva do ano que vem e tira da briga contra o rebaixamento.

Hora de crescer
Diante do Nova Iguaçu a primeira oportunidade de se recuperar. Na fase seletiva, o Friburguense perdeu por 2 a 0. O time da Baixada vem de bons resultados. A goleada sobre o América (4 a 0) e o empate de 0 a 0 contra o Americano, fora de casa. Sabedor das falhas que não podem se repetir numa competição tão equilibrada, que o time de Cadão possa crescer como sempre cresceu nos momentos decisivos.         

Palavreando
“A gente nunca percebe bem enquanto se é feliz e só sente falta da felicidade quando não está sendo visitado por ela. A felicidade é tão simples que se percebêssemos a abraçaríamos como somos abraçados quando estamos chegando, voltando para casa.”.

  • Foto da galeria

    Se a Unidos da Saudade não era aposta para brigar pelo título do carnaval, a apresentação de suas fantasias mudou muitas opiniões. Com fantasias bem trabalhadas e ricas em detalhes, a escola mostra mais uma vez que sabe trabalhar muito bem com enredos africanos. O samba que arrebatou a quadra, não deve ser diferente na avenida. Com emoção incomum, demonstração clara de que o mau resultado do ano passado mexeu com o brio dos componentes que estão com raça elevada para este carnaval.

  • Foto da galeria

    Com uma festa de gala, digna de Oscar, a Vilage apresentou, ao som de trilhas marcantes do cinema, as suas fantasias para este carnaval. Relembrando gêneros de filmes e personagens marcantes, a leitura da apresentação foi fácil e promete um grande desfile. A atual campeã conta com a organização de sua diretoria para fazer mais do que um desfile técnico, mas que encante o público com muitos efeitos especiais. Com a quadra lotada, a letra fácil do samba permite cada um fazer sua própria viagem pelo mundo do cinema.

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Escolas cívico-militares

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Antes de tudo é importante diferenciar o que seja uma escola militar (colégio militar), das escolas militarizadas, tão em voga e tão combatidas ultimamente. Assim, podemos conceituar as primeiras como instituições geridas por militares seja na direção, como na formação do corpo docente onde há uma mescla entre professores saídos dos quadros da caserna e de civis sem formação militar, mas enquadrados nos princípios que gerem a formação de um militar.

Antes de tudo é importante diferenciar o que seja uma escola militar (colégio militar), das escolas militarizadas, tão em voga e tão combatidas ultimamente. Assim, podemos conceituar as primeiras como instituições geridas por militares seja na direção, como na formação do corpo docente onde há uma mescla entre professores saídos dos quadros da caserna e de civis sem formação militar, mas enquadrados nos princípios que gerem a formação de um militar.

Além disso, a maioria dos alunos é constituída por filhos de militares e um dos objetivos, mas não obrigatório, é tornar a carreira militar mais atraente e de atender as especificidades e exigências dessa formação para a vida militar. Portanto, os alunos desses estabelecimentos são obrigados a respeitar regras que são a base da formação de um soldado. Têm de usar fardas, corte de cabelos padronizados, as meninas não podem pintar suas unhas nem seus cabelos. Existe respeito às normas básicas de educação, quando os professores são chamados de senhores ou professor fulano de tal, sendo que esses também têm a obrigação de se dirigirem respeitosamente aos alunos e se vestirem de maneira adequada.

Ao chegarem ao colégio, os alunos entram em fila, cantam o hino nacional, assistem ao hasteamento da bandeira brasileira e se dirigem às salas de aula de modo disciplinar. Não é preciso dizer que esse culto à disciplina e à educação como preceito fundamental da vida em sociedade, se reflete no alto nível de aproveitamento dos alunos seja ao ingressarem nas academias militares, seja nas faculdades ou escolas técnicas de gabarito.

Nos últimos anos, talvez desde os anos 80 do século passado, assistimos a uma degradação do ensino público que começou na falta de investimento governamental na educação, no despreparo e, porque não, numa banalização na formação dos professores, além do mais mal remunerados e sem estímulos na carreira e, o que é pior, numa falta de educação e respeito por parte dos alunos. Isso talvez seja reflexo de uma descaracterização do conceito básico do que seja família, na dificuldade enfrentada por pais e mães em educarem os filhos, pelas exigências da vida profissional de ambos, pelo desserviço muitas vezes prestado pela mídia e pelas más companhias que influenciam, negativamente, jovens de boa índole, levando-os para uma vida desregrada onde impera o uso de drogas, os roubos, as agressões, o desrespeito para com o próximo, principalmente os mais velhos.

Foi assim que surgiu a ideia das escolas militarizadas, que seria um retorno aos bons costumes que grassaram, na sociedade, até o final da década de 80. Ao contrário das escolas militares, as militarizadas que inicialmente eram geridas pelas secretarias de Educação, passaram para a gestão da Polícia Militar, tornando-se cívico-militares. No Brasil, já existem estabelecimentos desse tipo, financiadas por secretarias estaduais de Segurança Pública e de Educação.

No início deste mês, o governo Bolsonaro anunciou o Plano Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), que pretende implementar o modelo em 216 escolas até 2023, começando em 2020. O Governo Federal investirá cerca de R$ 1 milhão por escola para o pagamento dos militares e professores, na melhoria da infraestrutura das unidades e materiais escolares, incluindo computadores, quadras poli esportivas e o que mais for necessário na formação dos alunos.

Nestas escolas, policiais militares e civis partilham a administração e, de acordo com o novo modelo proposto por Bolsonaro, os militares atuarão como monitores para auxiliar na gestão educacional e administrativa. Os professores serão civis, responsáveis pela gestão da organização didático-pedagógica, bem como da financeira.

 E qual os benefícios desse tipo de administração? A volta da velha disciplina e dos bons costumes, onde meninos e meninas não poderão usar cabelos pintados, nem com cortes aberrantes, onde o uso dos celulares será restrito, os agarramentos, beijos e demais abusos tão corriqueiros nos dias de hoje serão coibidos durante o recreio e salas de aulas. A volta do uniforme ou farda será obrigatório, para que a decência no se vestir seja restabelecida, além de formarem fila e cantarem o hino nacional, antes de se dirigirem às salas de aula.

É uma volta ao passado, talvez, mas uma tentativa de recriar o senso cívico e o respeito pelos símbolos nacionais e pelos mais velhos. Diga-se de passagem, que nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, esse modelo já existe e o aproveitamento dos alunos, nos exames do Enem é muito superior ao das escolas públicas que seguem o modelo antigo.

Claro está que os partidos de esquerda, os pseudos comunistas tupiniquins e esquerdistas em geral são contra, pois tudo aquilo que restabeleça a ordem, a disciplina e a educação, aqui como ganho de cultura, contrariam seus objetivos de lavagem cerebral de nossos jovens. Pessoas cultas e educadas não se deixam influenciar por falsas promessas. Por isso, os próprios professores dessas escolas terão de se enquadrar no velho conceito, que era mostrar as diversas formas de governo existentes, seus prós e contras, deixando aos alunos a opção de escolha. Deveriam também admitir a existência dos transexuais, incutindo o respeito à orientação sexual de cada um sem, no entanto, influenciá-los nessa opção ou tentar convencê-los de que isso é normal.

Temos de ter sempre em mente que países em que a educação dos jovens é levada a sério são aqueles que mais progridem e que garantem uma melhor qualidade de vida a seus cidadãos.

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Varonilmente

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

“Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente, sede fortes.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 16:13.)

 Vigiai na luta comum.

Permanecei firmes na fé, ante a tempestade.

Portai-vos varonilmente em todos os lances difíceis.

Sede fortes na dor, para guardar-lhe a lição de luz.

Reveste-se o conselho de Paulo aos Coríntios, ainda hoje, de surpreendente oportunidade.

Para conquistarmos os valores substanciais da redenção, é imprescindível conservar a fortaleza de ânimo de quem confia no Senhor e em si mesmo.

“Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente, sede fortes.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 16:13.)

 Vigiai na luta comum.

Permanecei firmes na fé, ante a tempestade.

Portai-vos varonilmente em todos os lances difíceis.

Sede fortes na dor, para guardar-lhe a lição de luz.

Reveste-se o conselho de Paulo aos Coríntios, ainda hoje, de surpreendente oportunidade.

Para conquistarmos os valores substanciais da redenção, é imprescindível conservar a fortaleza de ânimo de quem confia no Senhor e em si mesmo.

Não vale a chuva de lágrimas despropositadas, ante a falta cometida.

Arrependermo-nos de qualquer gesto maligno é dever, mas pranteá-lo indefinidamente é roubar tempo ao serviço de retificação.

Certo, o mal deliberado é um crime, todavia, o erro impensado é ensinamento valioso, sempre que o homem se inclina aos desígnios do Senhor.

Sem resistência moral, no turbilhão de conflitos purificadores, o coração mais nobre se despedaça.

Não nos cabe, portanto, repousar no serviço de elevação.

É natural que venhamos a tropeçar muitas vezes.

É compreensível que nos firamos freqüentemente nos espinhos da senda.

Lastimável, contudo, será a nossa situação toda vez que exigirmos rede macia de consolações indébitas, interrompendo a marcha para o alto.

O cristão não é aprendiz de repouso falso. Discípulo de um mestre que serviu sem acepção de pessoas até à cruz, compete-lhe trabalhar na sementeira e na seara do Infinito Bem, vigiando, ajudando e agindo varonilmente.

Espírito Meimei; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
Reuniões doutrinárias: quartas-feiras, 14h; quintas-feiras, 20h e domingos, 17h.
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Visite a Banca do Livro Espírita na Av. Alberto Braune.
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, às 9h.

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Correios

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Para pensar:

“A morte parece menos terrível quando se está cansado.”

Simone de Beauvoir

Para refletir:

“É melhor sofrer uma injustiça que praticá-la, assim como às vezes é melhor ser enganado do que não confiar.”

Samuel Johnson

Correios

Nos últimos dias a coluna acumulou diversos assuntos relacionados aos Correios. Como por exemplo, a reclamação da leitora Ludmila Pereira que entrou em contato para denunciar problemas com o serviço prestado pela empresa aqui.

Para pensar:

“A morte parece menos terrível quando se está cansado.”

Simone de Beauvoir

Para refletir:

“É melhor sofrer uma injustiça que praticá-la, assim como às vezes é melhor ser enganado do que não confiar.”

Samuel Johnson

Correios

Nos últimos dias a coluna acumulou diversos assuntos relacionados aos Correios. Como por exemplo, a reclamação da leitora Ludmila Pereira que entrou em contato para denunciar problemas com o serviço prestado pela empresa aqui.

“O que fazer com os Correios de Nova Friburgo? Semana passada recebi dois meses de correspondência totalmente atrasadas: Revista Veja de meados de outubro a início de dezembro, o que fazer com essa leitura "semanal"? Faturas com vencimentos em novembro e dezembro de 2019, uma inclusive da Unimed local, multa de trânsito com vencimento em novembro, e pasme, nada de 2020, que já está no meio de janeiro.”

Segue

“Fico pensando naquela pessoa mais simples que não pode ter débito automático. No caso da multa de trânsito eu perdi o desconto, e pergunto: para que ter a assinatura de qualquer revista? Reclamei no SAC dos Correios e tentaram pôr a culpa no emitente ou em mim, perguntando se eu tinha certeza que foi postado há tempos. Convenientemente a ligação caiu e, ao refazê-la, não fui acusada mas me foi dado um prazo para explicações que não foi cumprido. Na Editora Abril não há nada que se possa fazer: a assinatura já está paga até 2021. É kafkaniano, não posso suspender e não recebo. E fica por isso mesmo.”

Encerrando

“Não moro em área de risco (que virou desculpa). Moro na Ponte da Saudade e está acontecendo com todos. A vizinha teve que ir a Olaria emitir um boleto para pagar as prestações devidas. Outro amigo me contou que a esposa ficou três horas em uma agência e ainda foi dito que a encomenda tinha sido entregue, mas não mostraram a assinatura.

Como uma cidade pode conviver com um serviço péssimo como esse e nada acontecer? Estamos decaindo assim, vertiginosamente, rumo à inércia e sem se importar com nossos direitos?”

Baixas

A coluna já esperava por este tipo de manifestação desde que apurou, no fim do ano passado, que o quadro de funcionários dos Correios em Nova Friburgo havia sofrido pesadas baixas.

Até onde foi possível levantar, 11 servidores aderiram ao plano de demissão voluntária, e 13 terceirizados também foram dispensados.

Também foi reduzido o contingente de motoristas, mas a coluna não tem o número exato deste encolhimento.

Sem concurso

Não é fácil levantar informações a este respeito, porque ninguém quer assumir os riscos de falar abertamente.

Conversas em off, no entanto, enfatizam a carência de novos concursos e os problemas causados por indicações de natureza política para cargos de gestão, atualmente ocupados por quem não precisou enfrentar sol, chuva ou cachorros para entregar uma carta na vida.

Os carteiros que restam estão nitidamente sobrecarregados, e não parece justo que sejam responsabilizados pelos problemas na prestação do serviço.

Sobrecarga

A redução do efetivo contrasta com o aumento da demanda.

Além do contínuo crescimento do comércio eletrônico, que passa diretamente pelos Correios, existe também a recente multiplicação das multas de trânsito em nossa cidade, cuja entrega demanda documentos e procedimentos burocráticos demorados.

Atualmente, de acordo com várias fontes, metade das entregas que demandam assinatura já são multas de trânsito.

Temporários

O horário de trabalho também foi alterado, começando agora uma hora mais cedo.

Apesar desta sobrecarga, há aproximadamente dois meses não há atendimento ao público no centro de distribuição, por absoluta falta de pessoal.

Com o efetivo atual, argumenta-se que não é possível realizar a triagem.

A fim de amenizar o problema, uma força-tarefa de mais de dez pessoas deve permanecer por aproximadamente um mês na cidade.

Endereço certo

Os efeitos desta medida, todavia, serão apenas temporários e paliativos enquanto o efetivo não for aumentado de maneira consistente.

Em resumo, não há perspectivas de melhoras definitivas no horizonte.

Ainda assim, os carteiros - ao menos de modo geral - merecem mais apoio do que críticas nesse momento.

Cuidado redobrado

A nova mudança na mão de direção na Rua Monsenhor José Antônio Teixeira - que para muitos será eternamente a Rua São João - confundiu muitas pessoas nesta segunda-feira, 20.

Ao longo de todo o dia foi comum ver pessoas olhando para o lado errado no momento de atravessar, e também situações de risco na esquina com a Rua Augusto Spinelli, sobretudo para quem pretende seguir à esquerda e precisa cruzar o fluxo que segue rumo às Braunes.

Período delicado

A mudança redobrou a responsabilidade sobre motoristas e motociclistas, que não raramente tiveram de parar e esperar até que fossem notados.

A presença de um agente de trânsito por ali certamente seria de grande utilidade, sobretudo até que a população se acostume às novidades.

Agora vai?

Aliás, para quem vive em Nova Friburgo há mais tempo, parece que jamais chegou-se a uma conclusão definitiva a respeito de qual o melhor sentido para a antiga São João, que já trocou de mão de direção ao menos uma dezena de vezes.

Resta esperar que agora, com as outras alterações realizadas no entorno, a melhor opção possa finalmente ser conhecida.

Abandonado?

A inversão do sentido também sublinhou o aparente abandono de um veículo, que está estacionado na via há pelo menos um mês, a ponto do mato já ter crescido no local.

Com todos os carros estacionados no novo sentido, o pobre veículo segue apontado na direção errada, chamando ainda mais atenção do que já chamava anteriormente.

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Das belezas da vida aos desafios

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Há temas que me desafiam e eu fico olhando para o Caderno Z e sinto a pergunta me encarando: E agora, Elisabeth, vai enfrentar o assunto para o qual você está cheia de filosofias? É claro que eu vou embarcar com a folha A4 saltitante de ideias, descartando Vinicius de Moraes, pois, se “beleza é fundamental”, eu indago, qual beleza? E o “Z” puxa o debate para o “direito de se olhar sem cobranças” e, certamente, se cobra quem se deixa seduzir pelo chamado “padrão” ditado pela mídia.

Há temas que me desafiam e eu fico olhando para o Caderno Z e sinto a pergunta me encarando: E agora, Elisabeth, vai enfrentar o assunto para o qual você está cheia de filosofias? É claro que eu vou embarcar com a folha A4 saltitante de ideias, descartando Vinicius de Moraes, pois, se “beleza é fundamental”, eu indago, qual beleza? E o “Z” puxa o debate para o “direito de se olhar sem cobranças” e, certamente, se cobra quem se deixa seduzir pelo chamado “padrão” ditado pela mídia. Como diz Ninna Oli, “o corpo do outro não é de domínio público”.  Assim, se cada um cuidar do seu como a casa do seu eu, sem manobras, visando o bem estar, já estará de bom tamanho.

Cabelos brancos ou tingidos, gordura ou magreza são assuntos pessoais, intransferíveis. A gordura ganhou um peso no passar dos tempos, pois, na infância ouvia os adultos falando – encontrei fulana, está gorda, forte, bonita. Hoje, se alguém disser isso para uma mulher, pode ser que ela entre em depressão. Alguém diz que cabelo branco está na moda e a gente vê cabelo de várias cores, inclusive azul e verde.

A melhor moda é aquela que deixa a pessoa na moda que ela quiser, no seu estilo. Ninguém descarte uma roupa porque saiu de moda, pois a moda volta. A “ditadura da beleza” ainda vale para quem não se libertou e se tortura diante do modismo. “O belo é algo que nos atrai, inicialmente”... Contudo, além da atração primeira, a gente quer muito mais de alguém. “Beleza não põe mesa”, diziam os antigos. E eu volto a pergunta: qual beleza? Havendo tantas nuances de beleza, tudo pode ser belo, dependendo do nosso olhar.

Na atual era das facilidades tecnológicas, muita gente quer sair bem na foto e sai. Um cabelo desarrumado, uma careta, uma pose exótica, tudo é bacana “se alma não for pequena”. Entretanto, o bonito mesmo é sair bem no texto, com fotografia da alma, da personalidade, como bem fez Wanderson Nogueira para falar de “Clarice”, a irmã que não tem esse nome, mas que recebeu em “Palavreando” a mais linda biografia do mundo.

É difícil sair do tema beleza, pois Nova Friburgo é linda, embora haja muita coisa para se endireitar, como o prédio do antigo Fórum, que precisa de restauração. Uma cidade é como a casa da gente, sempre requer um reparo. Aliás, não é sem razão que o país tem “61 milhões de inadimplentes”. Falando em finanças, os vencimentos do  IPVA começam nesta terça-feira, 21. É preciso ter coragem para enfrentar os desafios para as realizações. Quem sabe muito fazer isso é o escritor Cassio Fernandes. Aos 29 anos de idade, dois livros lançados e dois ebooks. Sucesso para o escritor!

Muita alegria nos festejos dos 102 anos da inesquecível professora Brigitte Schlupp. Na foto, sorridente, ela é a expressão máxima da serenidade. Muito festiva também está a família Carestiato com os 61 anos de casamento dos queridos Dalton e Euza.  O lindo casal é um símbolo da união perfeita e merece a nossa admiração.

Em “Há 50 anos”, as notícias adentram o ano de 1970. O Country Clube esperava receber cinco mil foliões por dia de carnaval. A vinda de faculdades era o sonho da “mocidade friburguense”. Dona Maria Duque Estrada Laginestra, “a imagem viva de um farol democrático”, faleceu, e teve um cortejo fúnebre de mais de um quilômetro”. E a Rua Farinha Filho já sofria com inundações das águas vindas das Braunes. Que sufoco!

Quem anda espantado com a mão dupla na Rua Augusto Spinelli agora em toda extensão da via, pode se tranquilizar, pois a esquina da Rua Monsenhor Miranda ganhará um “traffic calming” que, traduzindo, significa “passarela de pedestres elevada”. Na General  Osório tem algumas e é bem legal. Em “Massimo”, uma bela explicação sobre o “efeito blasé”, ou seja, “a incapacidade de reagir a certos estímulos, quando passamos a aceitá-los ou até a ignorá-los como construções naturais, na comodidade do “sempre foi assim”. Mudar e reagir são enfrentamentos que o bom senso nos cobra. Afinal, nas palavras de Zilda Arns: “Não se enganem. Uma gotinha no oceano, faz, sim, muita diferença. Refletir sobre o nosso papel na sociedade é um bom alicerce para 2020.

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Comemoração antecipada

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Comemoração antecipada

No último domingo, 19, em sua charmosa residência na Granja Comary, no vizinho município de Teresópolis, o juiz titular da 2ª Vara do Trabalho de Nova Friburgo, dr. Derly Mauro Cavalcante da Silva (foto), festejou em grande estilo, com direito a futebol, almoço e muitas alegrias, seu aniversário. Na próxima quinta-feira, 23, ele completa, com orgulho, mais um ano de vida.

Comemoração antecipada

No último domingo, 19, em sua charmosa residência na Granja Comary, no vizinho município de Teresópolis, o juiz titular da 2ª Vara do Trabalho de Nova Friburgo, dr. Derly Mauro Cavalcante da Silva (foto), festejou em grande estilo, com direito a futebol, almoço e muitas alegrias, seu aniversário. Na próxima quinta-feira, 23, ele completa, com orgulho, mais um ano de vida.

Impossibilitado de ter comparecido, apresento ao ilustre amigo dr. Derly, os parabéns com votos de mais e mais felicidades, sucesso, grandes realizações e tudo de bom.

Apoio a “Poesias desnudas”

A sempre querida Déborah Cunha informa que no último dia 15 foi dado início da campanha de crowdfunding (financiamento coletivo) para a publicação do 4° livro da escritora Catherine Beltrão, intitulado “Poesias desnudas”.

 A Catherine merece todo o nosso apoio, pois detém um grande talento literário e carisma. Por isso, quem desejar se engajar nesta campanha é só acessar o link https://www.kickante.com.br/campanhas/poesias-desnudas

Parabéns ao Rômulo

No último sábado, 18, quem recebeu uma homenagem especial após a cerimônia de posse da nova diretoria do Nova Friburgo Country Clube, com direito a muita música, foi o admirado médico veterinário do Ministério da Agricultura e integrante da Academia de Veterinária do Estado do Rio, dr. Rômulo César Spinelli Ribeiro de Miranda.

Por esta razão e ainda em tempo de mais cumprimentos, felicitamos o querido Rômulo, na foto acompanhado da filha Juliana, esposa Margareth e filho Bernardo.

Vivas ao Adauto

Outro aniversariante também nota dez e que é admiravelmente querido por muita gente em nossa cidade que mudou de idade na última sexta-feira, 17, foi o empresário Adauto Ribeiro, da rede de supermercados Casa  Friburgo.

Felicidades e saudações ao querido Adauto.

Melhores de 2019

O conhecido cantor e compositor friburguense Valcir Ferreira está participando hoje, 21, de um agradável compromisso em São Paulo.

Ele foi convidado para a gravação do programa Mega Fest (a sua festa na TV) que com apresentação de Iran Tentação. A novidade vai ao ar pelo canal 9, da Net, e canal 8, do Vivo Fibra.

O motivo do nosso Valcir estar lá é que é ao lado de outros nomes que têm incansavelmente buscado seu espaço no mundo artístico, receberá  o Troféu Mega Fest de Melhores do Ano.

Convocação da Jurema

O simpático Márcio Assis, líder do bloco da Jurema, agremiação carnavalesca que se destaca por arrecadar cadeiras de rodas a partir da  coleta de lacres de latinhas de bebidas, manda aviso importante aos “juremistas de plantão”.

O primeiro grande ensaio do bloco para o Carnaval 2020, será no dia 1° de fevereiro a partir das 20h no restaurante Abdalla, no bairro Duas Pedras.

Alvinegros da Serra

E como o clima de folia já está no ar, Nova Friburgo este ano ganha mais um bloco de animação em preto e branco.

Trata-se do bloco Alvinegros da Serra, em homenagem ao Botafogo. O novo bloco vai desfilar no domingo de carnaval, dia 23 do mês que vem.

Em breve os abadás poderão ser adquiridos, mas os botafoguenses e quem mais desejar participar, já podem assegurar desde já a compra do boné por R$ 20.

Maior idade hoje

Com uma satisfação que praticamente dura quase duas décadas de forma ininterrupta, registramos o aniversário de 18 anos que o querido jovem Thiago de Carvalho (foto) completa hoje, 21.

 Ao Thiago, nossas congratulações com renovados desejos de que sua vida prossiga com muitas felicidades, realizações e ótimas conquistas. Parabéns!

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Somos peregrinos ou turistas?

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Os turistas viajam calculando os pormenores de seu caminho para evitar os imprevistos que podem complicar o périplo. Pelo contrário, os peregrinos deixam-se levar por outro, Outro com letra maiúscula mesmo. Postos nas mãos de Deus lhe deixam uma grande margem para que seja ele quem venha surpreendê-los com um dom, uma graça, aparentes desventuras que não entram nos cálculos humanos de quem transita por mundos desconhecidos.

Os turistas viajam calculando os pormenores de seu caminho para evitar os imprevistos que podem complicar o périplo. Pelo contrário, os peregrinos deixam-se levar por outro, Outro com letra maiúscula mesmo. Postos nas mãos de Deus lhe deixam uma grande margem para que seja ele quem venha surpreendê-los com um dom, uma graça, aparentes desventuras que não entram nos cálculos humanos de quem transita por mundos desconhecidos.

O horizonte do mundo, da Igreja é maior que as diárias fronteiras de nossa vida. Nova Friburgo é uma terra particularmente bela por sua história e geografia, com um povo aguerrido e marcado pela nobreza de sua bondade e receptividade. A Diocese de Nova Friburgo, composta por seus 19 municípios, completará 60 anos de um caminho que gera santos para o céu, mártires do silêncio, do sorriso, da perseverança e dos sonhos, e tantos cristãos com suas diferentes vocações que dão a vida por um ideal repleto de esperança: repartir com as mãos cheias, dando a Deus e ao próximo.

Mas, apesar destas verdades tão gratificantes, Deus nos mostra que o mundo e a Igreja possuem um mapa mais complexo e imenso, que dilata o nosso olhar e ajuda a compreender que as situações da vida, as provas e a compreensão de sucessivos sinais não esgotam a boa-nova do amor de Deus, que nos ensina a ver com as pupilas do coração o “faça-se segundo a sua vontade”.

Um peregrino rumo ao céu sempre dá tudo e nunca deixará de receber 100 vezes mais ao ponto de constranger-se e ficar comovido com gratidão sincera. Quantas coisas recebemos ao longo de anos através de crianças, jovens, casais, idosos, famílias... de pessoas que começavam a caminhar na fé e de muitos outros que levavam anos professando seu amor por Jesus Cristo.

Especialmente o domingo é o dia do peregrino que segue as pegadas do Mestre da Galileia e tenho a feliz recordação de inúmeras vezes, entre matrizes e capelas, perceber o povo de Deus que celebrava o dia do Senhor com a alegria que brotava da alma, aquela que contagiava e ressuscitava, aquela que nos fazia recordar o anúncio cristão da igreja primitiva: veja como se amam!

Quem está a caminho, peregrinando rumo a Deus, descobre que existem lágrimas que não desesperam, mas risos que confiam, há perseguições que não levam à conversão e silêncios que não acalentam, porém existem amigos que tiram de si sem debilitar-se e irmãos que estão ao lado para sustentar.

Cabe a nós decidirmos entre turistas ao céu ou peregrinos que terminarão a jornada como bem-aventurados. Se optarmos por sermos peregrinos teremos entre muitos amigos, os santos, o exemplo dos que viveram e agradeceram fazendo-se sábios pela humilde gratidão com a perseverança de todo recomeço.

Viver como peregrinos de Cristo é sempre desejar uma feliz boa-nova de uma missão que não termina... até o céu somos testemunhas de uma fé inabalável como católicos, apostólicos e romanos. Feliz missão que não termina!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Os livros de autoajuda

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Ao escrever a coluna da semana passada, o ato de pedir ajuda me chamou a
atenção porque, em vários momentos da vida, escutei dizer que é preciso buscá-la
quando necessário, além de não haver motivos para sentir constrangimentos ao
solicitá-la; todo mundo tem a opção de aceitar ou não ajudar. Quando fazia
psicoterapia, compreendi que precisamos respeitar nossos limites. Enfim, ajudar ou
não e pedir ajuda ou não é uma questão pessoal.
Ao escrever, semana passada, a coluna, O Sonho de Vanka, texto sensível e

Ao escrever a coluna da semana passada, o ato de pedir ajuda me chamou a
atenção porque, em vários momentos da vida, escutei dizer que é preciso buscá-la
quando necessário, além de não haver motivos para sentir constrangimentos ao
solicitá-la; todo mundo tem a opção de aceitar ou não ajudar. Quando fazia
psicoterapia, compreendi que precisamos respeitar nossos limites. Enfim, ajudar ou
não e pedir ajuda ou não é uma questão pessoal.
Ao escrever, semana passada, a coluna, O Sonho de Vanka, texto sensível e
triste, senti vontade de mergulhar nos livros de autoajuda, decisão que ainda não tinha
tomado desde que comecei a escrever para o jornal A Voz da Serra. De início, eu me
perguntei: estes livros são literários? Deparei-me, então, com um universo de questões
a serem refletidas e pesquisadas. Em princípio, penso que o livro de literatura é
provedor do crescimento pessoal, na medida em que faz pensar, estimula mudanças
nos modos de agir e possibilita o amadurecimento. Os contos de Thchekhov, como
tantas outras obras clássicas, são fontes de valores e foram humanamente construídos
por escritores que conseguiram pinçar questões relevantes da vida. E, acima de
qualquer ponto de vista, não possuíram a intenção de ensinar; eles se comoveram com
a existência em sua mais profunda expressão e escreveram a respeito.
Os livros de autoajuda são lidos amplamente, o que denota a tendência humana
de querer melhorar os modos de ser e de viver. Podem ser considerados como
recursos para combater ou suavizar os males existenciais. Além do que indicam
caminhos para a felicidade, o grande propósito da existência humana. São, às vezes,
verdadeiros manuais, ricos em informações sobre os modos de viver e conviver, as
possibilidades pessoais e o uso de técnicas e métodos. Os que abordam temas
relacionados à espiritualidade e aos sentidos da vida estão neste grupo também.
A busca por esta leitura pode ser explicada pela obra de Sigmund Freud, O Mal-
estar na Civilização, publicado em 1930. Neste trabalho, de cunho científico,
considerado um clássico da antropologia, sociologia e psicologia, Freud aborda as
complexas e conflitantes relações entre o ego e o mundo exterior, causa do embate

entre o indivíduo e a vida em civilização na medida em que o ego precisa se distinguir
da realidade concreta. Nessa complexa e sofrida delimitação entre o eu, o outro
(abrange as relações sociais mais próximas) e o grande Outro (abrange as relações
sociais mais amplas), o eu se restringe, criando um conflito insuperável entre a
sexualidade e a civilização. Desta incompatibilidade entre a libido e a realidade,
emerge o desejo de proteção, que é sustentado ao longo da vida, quando passamos a
temer as circunstâncias do destino e a querer dominá-lo.
Os livros de autoajuda abrangem as áreas da espiritualidade, educação,
economia, psicologia e outras. O primeiro foi escrito pelo escocês Samuel Smiles e
publicado em 1859, em cuja primeira página trazia a proposição: “O céu ajuda aqueles
que ajudam a si mesmos”.
Enfim, se literários ou não, o importante é que o leitor possa ter opções de
leitura diversas e seja capaz de avaliar a validade das informações. A versatilidade na
escolha de um livro é um modo saudável para adquirir conhecimentos, buscar o
aprimoramento pessoal e profissional. Além de ser uma excelente maneira de ocupar
o tempo dedicado ao descanso e lazer.
Ah, faço questão de fechar esta coluna dizendo que estou relendo o “O Mal-estar
na Civilização”. Excelente leitura!

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Efeito blasé

sábado, 18 de janeiro de 2020

Para pensar:

“No Brasil, a miséria é explicada pela corrupção.”

José Padilha

Para refletir:

“Não se enganem. Uma gotinha no oceano faz, sim, muita diferença.”

Zilda Arns

Efeito blasé

Para pensar:

“No Brasil, a miséria é explicada pela corrupção.”

José Padilha

Para refletir:

“Não se enganem. Uma gotinha no oceano faz, sim, muita diferença.”

Zilda Arns

Efeito blasé

Certamente um dos piores males de nosso tempo reside no que a publicidade costuma tratar como “efeito blasé”, que é basicamente a incapacidade de reagir a novos estímulos com as energias adequadas, em meio a uma postura que mistura ceticismo, apatia ou indiferença, geralmente causada por tédio, cansaço, esnobismo ou conveniência.

Entende-se, enfim, que o cidadão médio é bombardeado constantemente por tentativas invasivas de convencimento, e acaba se isolando, se defendendo, criando uma barreira que a comunicação precisa levar em consideração.

Saturação

Os efeitos desta saturação não se fazem sentir apenas na publicidade, mas em várias outras áreas.

Poderíamos citar, por exemplo, a forma como a abundância de misérias - quer seja nas ruas ou nos noticiários - acaba por reduzir a sensibilidade de quem vê, lê ou escuta, muitas vezes como forma de defesa diante da impotência ou insuficiência de condições para mudar o quadro narrado, ou para reduzir de forma contínua o sofrimento alheio.

Conveniente

Pessoas, em resumo, também saturam, e em casos mais sórdidos isso pode vir a ser aproveitado por quem é materialmente beneficiado por essas doses contínuas de sofrimento ou desigualdade que aos poucos passam a fazer parte da paisagem, a serem naturalizadas, e vão deixando de incomodar até o ponto em que nos esquecemos que existem.

Aos poucos passamos a aceitar situações construídas e artificiais como parte do jogo, algo que “sempre existiu”, como “assunto antigo”.

Bolhas

A essa característica de nossa natureza, os tempos modernos trataram de acrescentar algorítmos que filtram nossa percepção de mundo a partir de tendências comportamentais por vezes ainda sutis, e aos poucos nos envolvem numa bolha de conforto e de reforço, dentro da qual reverberam apenas ideias agradáveis e a sensação de estarmos certos, com razão, e fazendo a nossa parte em meio a uma luta importante e maniqueísta do bem contra o mal.

Sem questionamentos, sem confrontos, dúvidas.

Realidade editada

A união das duas pontas desenha uma sociedade para a qual a verdade, na maioria das vezes, já não é boa o bastante, e pode ser jogada para debaixo do tapete ao clique de um botão.

Basta deixar de seguir, excluir, bloquear.

Anestesia

Quem quer saber de problemas ou escutar ruídos e chiados, quando pode ouvir apenas a música de sua preferência?

Quem quer ser lembrado sobre imperfeições, sobre a necessidade de fazer mais, quando os elogios e a sensação de estar fazendo a sua parte pingam o tempo todo a partir de fontes selecionadas?

Inversão

A coluna, claro, não faz esse desabafo de forma gratuita.

Desde que começamos a expor o grande prejuízo causado ao erário através de uma opção extremamente infeliz para a aquisição de medicamentos, posta em prática ainda no processo de transição, várias vozes começaram a fazer críticas ao trabalho de apuração realizado.

Imagine então se estivéssemos falando também sobre a crise na esterilização, igualmente ocorrida em 2017, e as consequências que se desenham para o futuro próximo.

Sono profundo

“Quem ama a cidade não faz críticas”, “esse tipo de notícia afasta turistas”, “isso é assunto velho”...

Em resumo: tolera-se o problema, mas não a sua exposição ou qualquer coisa que possa perturbar a suspensão da descrença em relação à imagem que gostamos de conceber a respeito de nós mesmos.

Seletividade

Assim, a fim de não contribuir para piorar ainda mais este efeito blasé, já tão consolidado em Nova Friburgo, a coluna decidiu não mais publicar todos os quarenta e poucos casos de sobrepreço que ultrapassaram a marca dos 100%, na adesão à ata de registro de preços realizada no início de 2017.

Seria chover no molhado, e talvez desgastar algo que não pode começar a ser visto como normal.

Que tal essa?

Em clima de despedida, a coluna traz hoje o exemplo do Tramadol 50 mg em cápsulas, cujo sobrepreço alcançou incríveis 1727% (!), apenas para reforçar a dimensão da anormalidade do que andou se passando por aqui.

Através do processo 1077/16 o medicamento foi adquirido a R$ 0,11, ao passo que pelo 2565/17 pagou-se R$ 2,01.

E acreditem, nos mesmos processos ainda teve medicamento com diferença percentual maior que esta.

Isolamento

Diante deste tipo de quadro o Palácio Barão de Nova Friburgo se fecha na busca por qualquer detalhe que possa enfraquecer as denúncias, incapaz de admitir que errou e errou feio, que deve explicações e, acima de tudo, deve um pedido de desculpas às famílias cujos membros sentiram na pele as consequências da escassez de medicamentos, comprados em quantidade menor do que poderia ter sido recebido pelo mesmo valor investido.

Incompatível

Um processo administrativo para apurar responsabilidades seria o mínimo a se esperar de qualquer administração que entendesse neste tipo de denúncia uma aliada na busca por uma gestão comprometida com o interesse coletivo, ou que ao menos não tivesse participação direta em tudo o que aconteceu. Esta coluna já provou muitas vezes que saberia reconhecer e elogiar esse tipo de postura.

Porque, definitivamente, se esforçar por rebater com tecnicismos e salamaleques o que está tão configurado e embasado não é coisa que se espera de um governo que tenha respeito pela vida e pela dor de seus contribuintes.

Quem se importa?

Quanto aos críticos, certo é que se esse tipo de situação fosse observado num ambiente empresarial redundaria em demissão por justa causa, assinada pelas mesmas pessoas que as encaram com normalidade quando dentro do serviço público.

Infelizmente, ao que parece, para muitos de nós o Raul Sertã e algumas das instituições que dependem do pagamento de subsídios são apenas uma despesa indesejada, ou uma paisagem borrada no canto dos olhos em meio a deslocamentos protegidos por boa música e ar-condicionado.

Passando a bola

O cenário, enfim, já foi apresentado, e a coluna vai virar essa página.

Cá entre nós, é muito fácil criticar a imprensa, dizer que não mostra a realidade, mas insistir em desviar o olhar e tapar os ouvidos quando ela cumpre o seu papel.

E isso acontece o tempo todo.

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Country Clube espera receber cinco mil foliões por dia no Carnaval

sábado, 18 de janeiro de 2020

Edição de 17 e 18 de janeiro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes: 

Edição de 17 e 18 de janeiro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes: 

  • Country Clube anuncia estar em condições de receber, diariamente, durante o carnaval, cinco mil foliões - A imprensa foi recepcionada pelo Nova Friburgo Country Clube , com animado coquetel, durante o qual foi passada em revista a programação daquele clube para o tríduo de momo, bem como conhecidos os detalhes da ornamentação dos salões de bailes.
  • Faculdades - É um tema que vem apaixonando a mocidade friburguense e é grande a expectativa para que 1970 assinale o início do funcionamento dos cursos superiores em Friburgo. Estará eleitoralmente liquidado o político que tentar atrasar a marcha das démarches que foram encetadas em favor das nossas faculdades.
  • .A repercussão do falecimento da grande pioneira de Maternidade e Casa Maternal de Friburgo - Dona Maria Laginestra foi, sem dúvida alguma, a grande pioneira da instalação em Friburgo da Maternidade e Casa Maternal, com serviços absolutamente gratuitos e com portas abertas para o atendimento das parturientes e seus filhos carentes de recursos, notadamente das domésticas e mulheres da lavoura, onde a assistência social nem sequer ensaiara os primeiros passos. A Legião Brasileira da Assistência foi a verdadeira salvação para milhares e milhares de senhoras totalmente sem meios.
  • José Pedro Pires ganha um Corcel - O chefe da tesouraria da prefeitura foi o ganhador de um Corcel no sorteio de 29 de dezembro. A entrega do bonito e valioso carro será no próximo dia 24 de janeiro, na Televisão Tupy, no programa ‘A.P. Show’, comandado por Aerton Perlingeiro.
  • Inundações que causam prejuízos - Antigamente era o Rio Bengalas que de quando em vez, vinha inundar a Praça 15 de Novembro – atual Getúlio Vargas, a Avenida dos Eucaliptos e adjacências, penetrando, inesperadamente nas casas residenciais e comerciais, causando aos seus habitantes e proprietários, grandes prejuízos. Anos são decorridos, porém, que benditas dragas do Governo Federal desobstruiram esse rio, dando-lhe o curso necessário e, desde então, ficamos libertos de suas importunas e desagradáveis visitas diurnas e noturnas, mas, dizem e é certo, que atrás de um mal outro surgirá, e, desde então, substituindo-o, do denominado Bairro Suíço e da Ladeira das Braunes, águas pluviais, inundam constantemente o trecho final da Rua Farinha Filho, invadindo quintais e porões e na sua incontida correnteza, também, entre vários outros estabelecimentos comerciais, escritórios e casas residenciais.

Pílulas

  • Esta coluna está de luto. O passamento de Dona Maria Duque Estrada Laginestra foi um golpe profundo para os que fazem A VOZ DA SERRA – a grande dama, cujo coração não tinha tamanho e estava sempre voltada para o bem do próximo. Ela era a imagem viva de um farol democrático a resplandecer lições políticas, no seu sentido de arte de bem governar os povos. Extraordinária nos momentos de alegrias e muito mais extraordinária ainda nas ocasiões de incertezas, dona Maria Laginestra simbolizava tudo o que de bom deveria existir no âmago das criaturas, nas essências das almas puras, na encarnação da sublimidade humana.
  • Uma lei municipal proíbe cortejo fúnebre pelos logradouros, bem como não permite acompanhamento por veículos. Ao sair a urna com os restos mortais da ilustre e querida dama friburguense da Câmara Municipal, num movimento uníssono, dezenas de pessoas tomaram as alças da urna, levando-a a pé em demanda do Cemitério da Irmandade do Santíssimo Sacramento, que como se sabe, dista mais de um quilômetro de distância. Ninguém falou uma só palavra. Há momento em que o silêncio muito significa. O povo queria carregar e carregou o corpo da sua benfeitora ao Campo Santo.
  • A administração municipal prestou homenagens merecidas à memória da viúva do saudoso deputado Dante Laginestra. Além do luto oficial e envio de coroa, a municipalidade custeou os funerais. O prefeito Amancio Azevedo falou pelo povo, agiu como queria o povo friburguense.

Sociais

  • AVS registra os aniversários de: João Mezzavilla Teixeira (18); Elizabeth Folly (19); Salomão Tendler, Yolanda Correa Pereira, João Batista Oliva e Therezinha Monteiro Soares (21); José Dantas dos Santos (22); Luiz Azevedo Künzel, Gino José Cariello, Brigitte Schulupp e José Joaquim de Moura Leite (23); Waldir Costa, Itala Maceni Longo e Sérgio Francisco Mayer (25).

 

Foto da galeria
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