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Ajudamos sempre

quarta-feira, 04 de março de 2020

“E quem é o meu próximo?” – (Lucas, 10:29.)

O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.

Em suma, é, por todos os modos, a criatura que se avizinha de nossos passos. E como a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós mesmos, preparemo-nos para ajudar, infinitamente...

Se temos pela frente um familiar, auxiliemo-lo com a nossa cooperação ativa.

Se somos defrontados por um superior hierárquico, exercitemos o respeito e a boa vontade.

“E quem é o meu próximo?” – (Lucas, 10:29.)

O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.

Em suma, é, por todos os modos, a criatura que se avizinha de nossos passos. E como a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós mesmos, preparemo-nos para ajudar, infinitamente...

Se temos pela frente um familiar, auxiliemo-lo com a nossa cooperação ativa.

Se somos defrontados por um superior hierárquico, exercitemos o respeito e a boa vontade.

Se um subordinado nos procura, ajudemo-lo com atenção e carinho.

Se um malfeitor nos visita, pratiquemos a fraternidade, tentando, sem afetação, abrir-lhe rumos novos na direção do bem.

Se o doente nos pede socorro, compadeçamo-nos de sua posição, qualquer que ela seja.

Se o bom se socorre de nossa palavra, estimulemo-lo a que se faça melhor.

Se o mau nos busca a influência, amparemo-lo, sem alarde, para que se corrija.

Se há cristianismo em nossa consciência, o cultivo sistemático da compreensão e da bondade tem força de lei em nossos destinos.

Um cristão sem atividade no bem é um doente de mau aspecto, pesando na economia da coletividade.

No Evangelho, a posição neutra significa menor esforço.

Com Jesus, de perto, agindo intensivamente junto dele; ou com Jesus, de longe, retardando o avanço da luz. E sabemos que o Divino Mestre amou e amparou, lutou em favor da luz e resistiu à sombra, até à cruz.

Diante, pois, do próximo, que se acerca do teu coração, cada dia, lembra-te sempre de que estás situado na Terra para aprender e auxiliar.

Extraído do livro “Fonte viva”; espírito Emmanuel; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
Reuniões doutrinárias: quartas-feiras, 14h; quintas-feiras, 20h e domingos, 17h.
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Visite a Banca do Livro Espírita na Avenida Alberto Braune.
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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Saudade?

terça-feira, 03 de março de 2020

Para pensar:

“O que eu falo é bem pensado. Não receio escaramuça. E que aceite a carapuça quem se sente melindrado.”

Noel Rosa

Para refletir:

“Toda decisão que você toma - toda decisão - não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre quem você é. Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos eventos, ocorrências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui.”

Neale Donald Walsch

Para pensar:

“O que eu falo é bem pensado. Não receio escaramuça. E que aceite a carapuça quem se sente melindrado.”

Noel Rosa

Para refletir:

“Toda decisão que você toma - toda decisão - não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre quem você é. Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos eventos, ocorrências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui.”

Neale Donald Walsch

Saudade?

Após duas semanas de merecidas férias a coluna retorna para acompanhar nosso cotidiano em meio ao inevitável aquecimento de ânimos que antecede qualquer período eleitoral, e de forma ainda mais destacada quando envolve o âmbito municipal.

E então, deu tempo de sentir saudade deste espaço de convivência e troca de informações?

Pois é, ao se confrontar com esta pergunta, o colunista é obrigado a admitir que a saudade poderia ter sido maior.

Contra a maré

Evidentemente o suporte dos leitores é o que existe de mais precioso, e a certeza de se esforçar ao máximo todos os dias assegura a tão necessária realização profissional.

Mas, ainda assim, é muito triste ter de exercer o ofício num contexto em que o confrontamento se faz tão necessário, em que não se pode confiar nas boas intenções de muitos dos personagens principais, em que a distância entre discursos e atitudes é por vezes tão descarada e desavergonhada.

É cansativo, enfim, ter de remar continuamente contra a maré.

Isenção?

O próprio carnaval tem sido um bom exemplo disso.

Recentemente começaram a circular críticas e questionamentos a respeito dos serviços prestados pela empresa responsável pela estrutura dos festejos.

Mas quem é que está criticando?

Quais são as fontes primárias destas alegações?

Quais são seus interesses?

Contaminação

Porque ficou claro que a disputa pelo carnaval foi parcialmente encampada por grupos políticos, reforçando a sensação de que quem prova a maçã do dinheiro público tem dificuldades para tirar a fruta da dieta.

Pouco antes das férias a coluna havia manifestado seu estranhamento diante de alguns comportamentos suspeitos, e a continuidade da apuração indicou (várias fontes confiáveis) que algumas pessoas no Palácio Barão de Nova Friburgo tinham mesmo preferência clara por uma das empresas concorrentes.

Pé atrás

Portanto, antes de dar crédito ou compartilhar informações a esse respeito, vale a pena dar uma conferida na procedência.

Infelizmente, vivemos dias em Nova Friburgo nos quais é preciso desconfiar de quase tudo.

Contas

Outro assunto que tem ocupado muito espaço nos bastidores é a aguardada análise das contas da Prefeitura de Nova Friburgo relativas ao exercício de 2018, por parte do plenário municipal.

Pois bem, a previsão é de que a votação aconteça nesta quinta-feira, 5, e as perspectivas não são nada animadoras para o governo, que chegou a procurar auxílio externo para a elaboração de sua defesa.

Coerência (1)

De fato, para muitos vereadores, a sessão desta quinta deverá funcionar como um teste de coerência.

Afinal, na sessão do dia 20 de agosto de 2019, uma terça-feira, dez parlamentares aprovaram as contas relativas a 2017 - que haviam sido reprovadas pelo Ministério Público Especial - sob alegação de que o órgão balizador para este tipo de julgamento é o TCE-RJ, que na ocasião havia aprovado as contas, ainda que com ressalvas.

Coerência (2)

Bom, desta vez tanto o MPE quanto o TCE reprovaram as contas.

E tudo indica que o parecer da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal seguirá na mesma linha.

Além disso, as primeiras indicações a respeito das contas de 2019 são ainda piores...

E agora? Será que o TCE vai continuar sendo uma referência tão válida quanto foi no passado?

Surto?

Tradicionalmente, em sessões nas quais vereadores comprometidos com o governo encontram dificuldades para justificar a contrapartida pelo assistencialismo que praticam, a frequência tende a ser menor.

Talvez por serem tão mal frequentadas, estas encruzilhadas da vida política parecem estar infestadas por toda sorte de gatilho para doenças temporariamente incapacitantes.

No ano passado, por exemplo, cinco cadeiras ficaram vazias durante a votação.

Justificadas ou não, eventuais ausências neste ano serão nominalmente registradas pela coluna.

Responsabilidade

E já que falamos em doenças, parece evidente que teremos de falar muito, e de forma aprofundada, a respeito do novo coronavírus, de sarampo e de dengue nos próximos dias.

O momento requer comprometimento e responsabilidade coletivos, e parte importante desse esforço reside no trato correto das informações.

É importante que ninguém passe adiante notícias que não tenham sido devidamente confirmadas e, da mesma forma, que as fontes oficiais sejam sempre rápidas e transparentes, a fim de esvaziar especulações.

Não chores por nós

Em sua edição de segunda-feira, 2, por exemplo, o periódico El Clarín, o principal da Argentina, dedicou espaço à morte, aqui em Nova Friburgo, de paciente, à época sob suspeita (posteriormente rejeitada), de ter contraído o Covid-19, e que dias antes havia visitado nossos hermanos num cruzeiro.

A coluna soube dessa publicação através de um leitor de A VOZ DA SERRA que está na Argentina.   

Naturalmente, essa notícia não teria chegado ao ponto de ser publicada se as causas da morte tivessem sido levantadas e divulgadas com maior celeridade.

Que sirva de exemplo para todos nós.

É hoje!

Bom, falamos muito sobre a sessão da próxima quinta-feira, 5, na Câmara de Vereadores, mas a reunião de hoje, 3, também deve reservar momentos de grande interesse à população.

Tão logo a pauta seja destrancada (com a apreciação de um projeto de mobilidade que parece bastante defasado) deve entrar na ordem do dia um requerimento de informação curto e direto, elaborado pelo vereador Professor Pierre a respeito da folha de pagamento da Saúde.

Por que não?

Esclarecimentos importantes tornaram-se necessários, e a coluna não consegue pensar em qualquer motivação razoável para que a solicitação do espelho das folhas dos últimos quatro meses, bem como a fundamentação legal do pagamento de cada uma das verbas que compõem o total das remunerações, não venham a ser aprovadas por um plenário que tem o dever de fiscalizar os atos do Executivo.

A experiência, no entanto, sugere que é bom esperar para ver.

Foto da galeria
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Da vacinação à Campanha da Fraternidade, há muito amor ao semelhante!

terça-feira, 03 de março de 2020

Levei um susto no último sábado, 29 de fevereiro, quando peguei o jornal na caixinha do correio e não vi o Caderno Z. E me perguntei: Cadê a estação de embarque? Contudo, a eficiente equipe de A VOZ DA SERRA não nos privou de uma página inteira, colorida, para suprir a falta do caderno que nos é tão especial. Adorei os temas! O ano bissexto sempre foi assunto de pesquisas de meus pais. Cresci sabendo que as seis horas que sobram a cada ano dão origem a mais um dia no calendário, ou seja, o 29 de fevereiro.

Levei um susto no último sábado, 29 de fevereiro, quando peguei o jornal na caixinha do correio e não vi o Caderno Z. E me perguntei: Cadê a estação de embarque? Contudo, a eficiente equipe de A VOZ DA SERRA não nos privou de uma página inteira, colorida, para suprir a falta do caderno que nos é tão especial. Adorei os temas! O ano bissexto sempre foi assunto de pesquisas de meus pais. Cresci sabendo que as seis horas que sobram a cada ano dão origem a mais um dia no calendário, ou seja, o 29 de fevereiro.

Tudo isso sempre me impressionou e me fazia pensar na inteligência humana de descobrir tantas coisas, em tempos ainda remotos, sem os instrumentos astronômicos avançados, de hoje. A civilização Maia, “que viveu há três mil anos”, sabia dessas coisas e considerava o dia extra, como “dia fora do tempo”. Plagiando Robério Canto, eu chamaria esse dia de “um lugar muito lá”. Deveríamos, sim, dar mais atenção ao 29 de fevereiro, festejando-o com um dia para ser feliz, para fazer coisas boas. Vamos trabalhar essa ideia para 2024, quando a data cairá numa quinta-feira.

“Coragem, 2020 começou!”. Muita gente diz que o ano só começa, de verdade, depois do Carnaval. Há culturas que festejam a mudança de ano em outras épocas. A Ordem Rosacruz-Amorc festeja o ano novo em 21 de março, por exemplo. Aliás, podemos ter um novo ciclo diário, em cada amanhecer. Por isso mesmo, uma dieta que combata o cansaço e promova energia é ideal para os desafios do dia a dia.

Ana Borges trouxe as dicas de alimentação, destacando iguarias como abacate, maça, grãos germinados, macadâmia, mirtilos, macarrão shirataki e couve. A maçã, inclusive, é tida como embelezadora, bastando uma por dia para o embelezamento. Mas, demora, viu, gente. Minha filha diz que eu como maçã todo dia e não se vê bom resultado.

Vinicius Gastin tem sempre uma página de atrativos em “Esportes”. Conversando com o gerente de futebol do Friburguense, José Siqueira, o Siqueirinha, percebemos que as dificuldades financeiras estão em campo, marcando “faltas” em todas as áreas. Siqueira desabafa sobre as dívidas e as dúvidas, explicando que se o time avançasse até haveria “bastante pretensão de empresários que iriam ajudar”. Leiga no assunto, eu penso que para o time avançar, precisa, antes, de incentivos. Claro que é uma visão quase poética.

Estamos em pleno Festival Gastronômico Quatro Estações desde o dia 10 de fevereiro. Quem ainda não se deliciou com as ofertas promovidas por vários restaurantes da cidade, ainda dá tempo até a próxima terça-feira, 10. São “pratos vegetarianos, massas, hamburgueres, saladas, doces, comida japonesa, carnes, drinks e muito mais”.

O início do ano traz em sua bagagem muitos encargos e agora no mês de março é a vez do IPTU. Quem quiser pagar em cota única, estando em dia com os tributos anteriores, pode efetuar o pagamento, com desconto, até 10 de março. Imóvel foreiro pode obter desconto até 31 de março, sendo que o vencimento em preço normal, é até 31 de dezembro. Quem tiver uma graninha sobrando pode pagar à vista e ganhar tempo.

A “informatização da saúde deve sair do papel”, pois no dia 31 de março, a prefeitura realizará uma licitação para contratar a empresa que fará a implantação do sistema em toda a rede municipal de saúde. Falando nisso, a campanha de vacinação contra a gripe foi antecipada para a partir de 23 de março. Lembrando que essa vacina não “apresenta eficácia contra o coronavírus”.

Sobre a situação preocupante por conta da Covid-19, o Procon tem dicas para quem quiser desistir de viagens programadas para áreas de risco. Companhias e consumidores podem cancelar voos para destinos suspeitos.

Em se tratando de campanha, a mais bonita de todas é a Campanha da Fraternidade, abrindo o mês de março. O tema – “Fraternidade e vida: dom e compromisso” segue o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. O tema é inspirado na mais “nova santa brasileira” – Santa Dulce dos Pobres, que teve uma vida dedicada aos necessitados. Que possamos, em seu exemplo, desenvolver a compaixão pelo sofrimento alheio, num “sentimento de bem querer em relação ao próximo”.

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Silvia no Solar da Arte

terça-feira, 03 de março de 2020

Foi aberta ontem, 2, no Solar da Arte, no Cônego, a exposição de desenhos e pinturas da artista plástica Silvia Schumacker Aguilera Ferreira (foto) que desde 1987 se dedica e com maestria, a esta bela arte.

Silvia gosta de expressar beleza em seus trabalhos, que tem como marca, a riqueza nos detalhes, utilizando para isso, várias técnicas, tais como óleo em tela, acrílico, grafite, lápis de cor e sua maior paixão, a aquarela.

 A mostra vai até o dia 2 de abril (segundas das 14h às 16h e quartas das 18h às 20h).

Novidade na área

Foi aberta ontem, 2, no Solar da Arte, no Cônego, a exposição de desenhos e pinturas da artista plástica Silvia Schumacker Aguilera Ferreira (foto) que desde 1987 se dedica e com maestria, a esta bela arte.

Silvia gosta de expressar beleza em seus trabalhos, que tem como marca, a riqueza nos detalhes, utilizando para isso, várias técnicas, tais como óleo em tela, acrílico, grafite, lápis de cor e sua maior paixão, a aquarela.

 A mostra vai até o dia 2 de abril (segundas das 14h às 16h e quartas das 18h às 20h).

Novidade na área

Nova Friburgo ganhou uma novidade tão gostosa, quanto refrescante e surpreendente.

Trata-se da Sorveja, sorvete de cerveja, fruto de parceria da sorveteria Fribourg com a Barão Bier.

Vivas ao Fabinho

No último sábado, 29 de fevereiro, o admirado Fábio Ribeiro Matheus (foto) completou mais um ano de vida e festejou com muita alegria junto a familiares e recebendo cumprimentos de incontáveis amigos. Parabéns!

O Fabinho quem tem planos e projetos muito legais para breve, é digno e merece o carinho, respeito, admiração e amizade de muita gente em Nova Friburgo, razão pela qual também juntamente com a passagem do seu aniversário, o felicitamos com votos de muitas felicidades e sucessos.

Especialização na Índia

O casal de médicos ortopedistas Marcos Tadeu Richard e Cecília Bento de Mello esteve por 21 dias na Índia, no mês passado. Eles participaram de um curso de imersão em cirurgia endoscópica de coluna.

O casal friburguense participou de reunião, em Miraj, sobre o aperfeiçoamento, no qual tomaram parte também três brasileiros, um representante do Nepal e dois indianos, os quais todos juntos acompanharam uma cirurgia endoscópica de coluna, efetuada pelo médico Girish Datar, para tratar a estenose do canal lombar.

Junto ao grupo que aparece na foto, vemos à direita Cecília e Marcos Tadeu (ele com a mão no ombro do dr. Girish) e no detalhe, o casal é visto junto ao ministro da saúde da Índia na cabeceira de mesa.

Os médicos ainda participaram de uma nova técnica de cirurgia endoscópica para tratamento de lombalgia intratável, o que abre uma nova fronteira de conhecimento na Ásia, surgindo para tratar este grande problema que aflige muitas pessoas no mundo.

A médica Cecília, que é friburguense de conhecida família local, sendo uma das filhas do saudoso engenheiro Ariosto Bento de Mello, juntamente ao marido, retoma agora neste mês de março os atendimentos em Nova Friburgo.

Segue dando show

O novo presidente do Nova Friburgo Country Clube, Celso de Oliveira Santos empossado mês passado, segue marcando golaços de grandes atividades e ótimos trabalhos no cargo como fez seu antecessor Roosevelt Concy.

Tanto que no sábado de carnaval, último dia 22 de fevereiro, ele foi cumprimentado por sócios e convidados, durante um churrasco festivo da turma da Pelada das Piranhas, em evento que contou com 173 participantes que consumiram deliciosas guarnições, 113 quilos de carne e 300 litros de chope.

Com nova idade

Com pequeno atraso, mas com imensa satisfação, enviamos um abraço de parabéns pelo aniversário de João Batista de Oliveira (foto), completado no último dia 22 de fevereiro. O aniversariante é conhecido por todos como um dos mais queridos garçons de Nova Friburgo.

Naquela oportunidade, o Batista completou seu 57º ano de vida e por isso, congratulações e felicidades!

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    Silvia no Solar da Arte

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    Vivas ao Fabinho

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    Especialização na Índia

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    João Batista/ Garçon Batista: com idade nova

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Uma pérola do carnaval de 2020

segunda-feira, 02 de março de 2020

Uma querida amiga do Clube de Leitura Vivências divulgou no nosso grupo do WhatsApp que a escola de samba Império da Tijuca apresentou, neste ano de 2020, o tema “Quimeras de um eterno aprendiz” em que, através das cores verde e branco, defendeu a tese de que a leitura e o saber promovem a transformação. Eu me emocionei com a letra do samba enredo porque  considero que a literatura e a educação são meios de crescimento e de difusão do conhecimento.

Uma querida amiga do Clube de Leitura Vivências divulgou no nosso grupo do WhatsApp que a escola de samba Império da Tijuca apresentou, neste ano de 2020, o tema “Quimeras de um eterno aprendiz” em que, através das cores verde e branco, defendeu a tese de que a leitura e o saber promovem a transformação. Eu me emocionei com a letra do samba enredo porque  considero que a literatura e a educação são meios de crescimento e de difusão do conhecimento.

A letra brilhou diante dos meus olhos quando diz que os livros contêm páginas de esperança na medida em que iluminam a travessia do aprendiz. Quem lê se veste de fé e coragem para conquistar um novo dia e lutar pelo seu país. Nos livros, a ciência brota como uma deusa da inteligência, das narrativas e das emoções. A literatura e a educação deveriam estar vivas e por toda a parte. Não ser apenas um sonho.

Em estado de encantamento, fui buscar minhas anotações sobre o tema que fiz durante cursos, seminários e palestras que assisti. Então, aqui faço questão de mostrar alguns registros que me são verdadeiras relíquias.

O primeiro deles é que todos têm direito à leitura, e o livro deve ter importância na família, na escola e na sociedade. A desvalorização da literatura minimiza o nível de qualidade de vida de um povo e acontece quando as obras que possibilitam a abordagem de questões significativas à formação da cidadania crítica, à compreensão do outro, ao entendimento dos povos e à apreensão dos valores culturais ficam esquecidas.

A literatura é a arte que testemunha a existência humana e sua aventura através dos tempos. Enquanto arte, utiliza-se de uma linguagem literária elevada a seu potencial máximo. Ao possuir o compromisso de olhar a vida através da palavra, além de ter pluralidade de significantes e significados, expressa a perplexidade que o escritor sente diante do mundo.

O primeiro critério da literatura é a qualidade de vida. Mesmo sendo a qualidade um critério subjetivo, tanto no plano individual, como no coletivo, a literatura se revela quando é construída com beleza e originalidade. Tanto é que um livro de qualidade literária permanece vivo na dimensão tempo-espacial. Sua perenidade indica que o leitor gosta de se apropriar de obras de qualidade e delas se beneficiar.

O livro é fonte suprema de alimentação do saber e de descobertas, possibilitando o despertar do indivíduo e do profissional, bem como a formação do cidadão. Deve ter, portanto, espaço privilegiado na família, na escola e em diversos âmbitos da sociedade. São espaços que precisam ser abastecidos de livros. Especialmente a escola, que deve cuidar de uma biblioteca rica de livros de vários gêneros literários e para todas as idades.

Quando a escola ensina o aluno a ler, está favorecendo o diálogo dele com o mundo, criando maneiras de estabelecer formas de inserção entre a vida de dentro de sala de aula com a vida fora da escola. Ou seja, a leitura é uma atividade de interseção.

Tendo a escola a função dar condições ao aluno para poder sonhar, através do vislumbre de perspectivas concretas, encontra nos livros recursos eficientes para promover o desenvolvimento de aprendizagens capacitadoras. 

Para finalizar, deixo aqui a letra do samba enredo do Império da Tijuca, que considero uma pérola do carnaval de 2020.

 

Letra

Eu, sou a luz no breu

A transformação, o conhecimento

Páginas que enchem de esperança

Mudança escrita no tempo

Vento leva meu desejo de bravura

Quero ser a armadura da leitura e do saber

Mesmo andarilho, estandarte

Retirante da arte

A quimera em você

 

Pelo rio navega, mero aprendiz

É a fé que me leva pelo meu país

Construindo exemplo, o milagre contempla

Porque ainda é tempo de final feliz

 

Nativa ciência

Floriu em livros a ciência

No livro é deusa da inteligência

De narrativas, emoções

Pequenas tiras entre praças e canções

O samba é sabedoria

No morro Formiga, minha inspiração

Enredo de bordado no verde do meu pavilhão império

Tantas vezes eu fui companheiro

Hoje, fiel escudeiro no sonho por mais educação

 

Vamos nos dar as mãos, seguindo na luta

Brilha a coroa, isso é Império da Tijuca

Já clareou novo dia

Minha alma é poesia

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Campeão é cantagalense

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

O carnavalesco da Viradouro, grande campeã do carnaval carioca, é de Cantagalo. Estreante do Grupo Especial, Tarcísio Zanon fez dupla com Marcus Ferreira na autoria do enredo “Viradouro de alma lavada”, sobre as Ganhadeiras de Itapuã. Natural do distrito de Santa Rita da Floresta, coincidentemente, o que o inspirou a trabalhar com carnaval foi o desfile campeão da Viradouro, em 1997.

Carreira meteórica

O carnavalesco da Viradouro, grande campeã do carnaval carioca, é de Cantagalo. Estreante do Grupo Especial, Tarcísio Zanon fez dupla com Marcus Ferreira na autoria do enredo “Viradouro de alma lavada”, sobre as Ganhadeiras de Itapuã. Natural do distrito de Santa Rita da Floresta, coincidentemente, o que o inspirou a trabalhar com carnaval foi o desfile campeão da Viradouro, em 1997.

Carreira meteórica

Coube a ele, 23 anos depois, dar o 2º título à escola de Niterói. Tarcísio é formado em designer gráfico e vem despontando como uma das revelações do carnaval. No ano passado, ele já havia conquistado o título no grupo de acesso, com a Estácio de Sá, na sua estreia como carnavalesco. Antes, ele havia trabalhado como assistente de Jack Vasconcelos, Chico Spinoza e Amauri Santos.

Desbancando poderosos

Nesse ano, aceitou o desafio de substituir o badalado Paulo Barros que havia sido vice pela Viradouro em 2019. Algo não planejado, já que Paulo Barros tinha contrato com a escola de Niterói para esse carnaval. Com a dissidência, a diretoria da Viradouro agiu rápido e apostou no trabalho da dupla Marcus e do cantagalense Tarcísio.     

Mais campeões friburguenses

A família dele continua morando em Cantagalo e a ligação dele com a região segue forte. Além do título de campeão de Tarcísio, a região brilhou com mais dois importantes expoentes locais. O friburguense Evandro Malandro conquistou o Estandarte de Ouro de melhor intérprete pela Grande Rio (vice-campeã). Já o carnavalesco friburguense Jorginho Freitas ficou com o vice em São Paulo pela Mancha Verde. Ele era o atual campeão.   

Selo exportador

Nova Friburgo é o município polo da região e exportador de talentos para o carnaval. Não à toa tem o 2º melhor desfile de escolas de samba do Estado, perdendo apenas para a capital. Nos últimos anos, tem se destacado por exportar músicos. Além de Evandro Malandro, Marcio Monstrinho, Kaísso e Guto tem se destacado no carnaval do Rio de Janeiro, estando nos carros de som das maiores agremiações da capital.

Alunão

Finalizado o carnaval com aquele gostinho de quero mais, hora de avaliar. Foi brilhante os desfiles das escolas de samba. Destaque para o crescimento do Alunão, provando que o vice do ano passado não foi um acaso. Na opinião de muita gente, a escola de Conselheiro Paulino fez um desfile ainda melhor do que o de 2019, apesar do 3º lugar na opinião dos jurados.

Dilema

Continuo achando que não pegou e não pegará essa história de dar nome de escola de samba aos blocos de enredo. O que mudou além da nomenclatura? Sem rebaixamento e acesso é uma divisão inexistente entre Grupo Especial e Série A ou como queiram chamar. Continua sendo escola de samba e bloco de enredo.

Repensar ou não?

Um amigo me chamou a atenção para um fato: “O que mudou na programação de carnaval de Nova Friburgo nos últimos 20 anos?”. De programação oficial, realmente, nada mudou. É sempre a mesma fórmula. O que cresceu foram os blocos de rua, vide os blocos de times de futebol que arrastaram multidões.

Dia ideal

Algo que alguns defendem e outros são veementemente contra é a mudança dos dias dos desfiles das escolas de samba. Com esse selo exportador, há quem sugira trocar o domingo pelo sábado ou pela terça. Há quem vá ainda mais longe e sugira carnaval fora de época. O debate é válido, ainda que seja polêmico. Tanto quanto é corajoso o debate sobre o local dos desfiles. A Alberto Braune é pequena para a grandeza dos desfiles.

Parque de eventos

Sonhar com sambódromo é longínquo. Mas que Nova Friburgo realmente não tem hoje um espaço adequado para grandes eventos, isso não tem. Não seria demais pelo menos imaginar, um sambódromo para desfiles e que ao mesmo tempo servisse para abrigar outros eventos de grande público. Ou seja, não seria apenas um sambódromo, mas um espaço para eventos como shows, festas e feiras.

Vilage e Globo de Ouro

No mais, parabéns aos campeões do carnaval. Especialmente, à Vilage e ao Globo de Ouro. Parabéns a todos que dedicam suas vidas a manutenção dessa cultura popular. E que comece o ano. E que ano! Já estamos quase em março e o primeiro trimestre já está indo. Com dólar nas alturas e a economia nacional fazendo você estar na pindaíba.

Fake news

Por fim, a notícia do caso suspeito de coronavírus em Nova Friburgo agita as redes sociais. Muita gente desconfiou inicialmente que era fake news. O lado bom é que as pessoas se questionam sobre o que é verdade e não. O ruim é que vivemos em tempos de tantas mentiras e notícias falsas que até verdades são questionadas, diante de mentiras que nem sempre tem o mesmo tratamento. Ou seja, as fake news são venenos para as verdades, mas não são antídotos para si mesmas.                  

Palavreando

“Talvez seja bom ficar na paradinha da bateria. Em silêncio. Para compreender tanto quanto sentir falta desse agito que o “Bumbum Paticumbum Prugurundum” faz dentro da gente”.

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Dar conta de tudo

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Volta e meia perguntam-me como dou conta de tudo. De tanto tentar responder a essa indagação, reparei que eu também de tempos em tempos confabulo como fulano é capaz de fazer tudo o que faz e seguir sorrindo; como beltrano tem energia para desempenhar tudo o que desempenha e ainda conseguir cozinhar pratos maravilhosos aos fins de semana; como ciclana multitarefas ainda é capaz de praticar atividades físicas diariamente e cumprir uma dieta vegana.

Volta e meia perguntam-me como dou conta de tudo. De tanto tentar responder a essa indagação, reparei que eu também de tempos em tempos confabulo como fulano é capaz de fazer tudo o que faz e seguir sorrindo; como beltrano tem energia para desempenhar tudo o que desempenha e ainda conseguir cozinhar pratos maravilhosos aos fins de semana; como ciclana multitarefas ainda é capaz de praticar atividades físicas diariamente e cumprir uma dieta vegana.

 Andamos assim. Muitos de nós no auge de nossas agendas lotadas ainda nos impressionamos como eles conseguem fazerem tanto, serem tanto e ainda prepararem um bom café da manhã. Talvez não nos damos conta de que eles somos nós e vice e versa. Para muitos de nós pouco importa se a grama do vizinho é mais verde, afinal, nem tempo temos de olhar para a cor da grama dele. Mas ainda assim, admiraremos o vizinho se percebermos no ar, assim, como quem não quer nada, que ele consegue dar conta de tudo e ainda meditar.

Em outras palavras, hoje em dia é praticamente um elogio inalcançável, um lugar no pódio, a garantia de um pedestal. Pode reparar em quando alguém infla o peito para dizer que outro alguém consegue dar conta de tudo. Tem um quê de surpresa e admiração por um feito tão impressionante, ainda mais se o interlocutor for um clássico procrastinador. Agora, definir “tudo” é que são elas. Tudo é deveras vago. Tudo pode ser t-u-d-o. E isso é muito. Tudo por si só é um conceito inalcançável. É o impossível. Ninguém consegue. Mas ainda assim, dar conta de tudo é tudo.

Temos vivido uma época em que as demandas são tantas e de todos os lados, que realmente, fazer o bastante é tarefa para poucos. Parece faltar alguma coisa, como se o copo estivesse cheio o tempo todo, mas com um furo em algum lugar, por onde gotículas escorrem de modo a caber sempre mais um pouco d´água. Um refratário insaciável. Não que isso seja ruim. Pelo contrário. Há até um certo propósito em viver pelo preenchimento, em busca da completude. É privilégio ter gana, força e condições de se fazer tanto todos os dias. Não é para qualquer um.

Da próxima vez que me perguntarem o que faço para dar conta de tanto, responderei: fazendo. E agradecerei pelo elogio. E depois, meditarei.

 

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Economês x Português

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Sabe aqueles termos técnicos utilizados no vocabulário econômico e financeiro? Nesta coluna, vou elucidar 15 dos principais termos que você precisa conhecer.

Amortização: redução gradual de uma dívida baseada em pagamentos periódicos. Além das taxas de juros, um financiamento calcula um determinado valor a ser pago para reduzir a quantia total da operação.

Sabe aqueles termos técnicos utilizados no vocabulário econômico e financeiro? Nesta coluna, vou elucidar 15 dos principais termos que você precisa conhecer.

Amortização: redução gradual de uma dívida baseada em pagamentos periódicos. Além das taxas de juros, um financiamento calcula um determinado valor a ser pago para reduzir a quantia total da operação.

Ativo e Passivo: ativos são bens ou serviços que agregam rentabilidade. Adquirido um ativo, futuramente você terá ainda mais capital do que quando o comprou (investiu); passivos, por outro lado, são bens ou serviços com carga de desvalorização e despesas com o passar do tempo.

Bolsa de Valores: é o mercado responsável pela organização das negociações em sociedades de capital aberto e outros valores mobiliários.

CDB: Certificado de Depósito Bancário são títulos emitidos por instituições financeiras. Na prática, ao adquirir um destes títulos, o investidor está emprestando dinheiro em troca de uma rentabilidade pré definida.

CDI: Certificado de Depósito Interbancário é um dos principais indexadores (taxas de reajustes) dos ativos existentes no mercado financeiro. Título emitido por instituições financeiras para a realização de operações de empréstimos interbancários.

Cofins: A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social é uma tributação federal incidente sobre a receita bruta das empresas e pessoas jurídicas (exceto quando enquadradas no Simples Nacional) destinada ao financiamento da seguridade social.

FGC: Fundo Garantidor de Crédito é uma “entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras". É o FGC, o garantidor investimentos de renda fixa.

IGPM: Índice Geral de Preços do Mercado é indicador de inflação e incide sobre a correção de valores contratuais (como aluguel).

IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é o índice oficial do Governo Federal para medição das metas inflacionarias. É usado para medir a inflação real refletida ao consumidor.

Liquidez: o período de tempo entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não.

PIB: o Produto Interno Bruto é um indicador de valor para soma de todos os bens e serviços finais produzidos por uma região em determinado período de tempo.

O PIB per capta é este valor dividido pelo número de habitantes da região

PIS/Pasep: o Programa de Integração Social é a contribuição social recolhida por empresas cujos recursos são transformados em benefícios ao trabalhador; como abono salarial, seguro desemprego e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) funciona de forma semelhante, porém, destinados a servidores públicos.

Rentabilidade: é a capacidade de multiplicar o capital investido.

Selic: o Sistema Especial de Liquidação e Custódia representa o sistema responsável pelo controle de emissão, compra e venda de títulos públicos federais; fazendo desta taxa, a principal ferramenta de controle inflacionário.

Tesouro Direto: o Tesouro Direto é um título público emitido pelo Tesouro Nacional – órgão responsável, também, pela gestão da dívida pública. Ao comprar o título, o investidor está emprestando dinheiro para o Governo Federal em troca de recebimento de juros.

 

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A reforma agrária na Fazenda Rio Grande

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Em Campo do Coelho, terceiro distrito, a Fazenda Rio Grande vinha sendo paulatinamente alienada e suas glebas dando origem a outras propriedades rurais comumente conhecidas como sítios. No entanto, havia duas dessas glebas nessa fazenda denominadas de Serra Nova e Serra Velha onde estavam instaladas 66 famílias colonas. O proprietário colocou à venda as glebas onde estavam instaladas essas famílias. Vieram muitos interessados ver a propriedade aumentando a apreensão entre os colonos sobre o seu destino, caso a alienação se efetivasse.

Em Campo do Coelho, terceiro distrito, a Fazenda Rio Grande vinha sendo paulatinamente alienada e suas glebas dando origem a outras propriedades rurais comumente conhecidas como sítios. No entanto, havia duas dessas glebas nessa fazenda denominadas de Serra Nova e Serra Velha onde estavam instaladas 66 famílias colonas. O proprietário colocou à venda as glebas onde estavam instaladas essas famílias. Vieram muitos interessados ver a propriedade aumentando a apreensão entre os colonos sobre o seu destino, caso a alienação se efetivasse.

Porém, o fato de haver muitos colonos na propriedade dificultou a venda. Foi quando o proprietário propôs alienar as glebas de Serra Nova e de Serra Velha aos próprios colonos, com a interveniência do Fundo de Terras e da Reforma Agrária, através do Banco da Terra, que tinha um programa de linha de crédito fundiário. Para a efetivação da Reforma Agrária o CMDRS, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, teria que aprovar a certificação de elegibilidade, ou seja, de que a propriedade teria condição necessária para ser explorada na atividade agrícola.

Como já havia colonos há muitas décadas cultivando nessa propriedade, preencheu, de imediato, essa condição. Para adquirirem a propriedade, os colonos criaram duas associações, a Associação Serra Nova dos Trabalhadores Rurais do Município de Nova Friburgo, com 22 famílias e a Associação Serra Velha de Trabalhadores Rurais do Município de Nova Friburgo, com 26 famílias. Nem todas as famílias colonas se interessaram pela compra.

O financiamento feito aos produtores rurais deveria ser integralizado no prazo de 20 anos, em parcelas anuais e sucessivas, sendo o valor das prestações pago em conjunto pelos agricultores das respectivas associações. Em 2022, está previsto o pagamento da última parcela. A gleba Serra Nova da Fazenda Rio Grande tem a dimensão de 220 hectares. Já a de Serra Velha possui 261,2 hectares. Na reforma agrária, o fracionamento da propriedade se fez respeitando a ocupação dos lotes pelos colonos alicerçado nos contratos anteriormente realizados com o proprietário. Logo, as frações não são de igual dimensão e cada um se tornou proprietário da área em que já se encontrava estabelecido.

Alguns questionaram esse modelo de divisão alegando que as áreas deveriam ser demarcadas na mesma dimensão já que pagariam valor idêntico. No entanto, mancomunou-se, entre a maioria dos associados, que cada família colona se manteria nas terras em que já cultivava, ainda que umas fossem maiores do que as outras e as prestações iguais. A aquisição estava condicionada aos produtores rurais residirem no imóvel, darem uma atividade produtiva à sua fração, explorando-a economicamente, cumprirem a legislação ambiental e não poderem vender, gravar, ceder ou transferir a terceiros.

A culminância de interesses convergiu na reforma agrária pacífica, estimulou a formação de líderes, do empoderamento local, manteve a produção agrícola de expressivo número de agricultores familiares e evitou o êxodo rural. É uma referência exitosa no Estado do Rio de Janeiro. O principal objetivo da reforma agrária é a desconcentração e o parcelamento da propriedade fundiária rural.

De todos os distritos agrícolas de Nova Friburgo é no terceiro distrito onde melhor se desenvolve o associativismo. As necessidades e os interesses comuns impulsionaram os agricultores familiares a agirem de forma coletiva através das associações para obtenção de seus objetivos. São organizações autônomas, de adesão voluntária e de gestão democrática, sem interferência de qualquer órgão governamental.

Atualmente existem, em Nova Friburgo, 30 associações rurais, sendo o município com a maior rede associativista do Brasil. Outra ação facilitadora da reforma agrária foi a existência do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável com a participação dos produtores rurais. Já o Sindaf, Sindicato de Agricultores Familiares de Nova Friburgo, o primeiro no Estado do Rio de Janeiro nessa categoria, melhorou a articulação entre os produtores rurais do município. A reforma agrária na Fazenda Rio Grande encontrou ambiente propício para se efetivar, evitando a evasão no campo com impactos sociais desastrosos.

Texto extraído do livro “Teia Serrana 2, Novos Temas, Novas Abordagens”, coordenado por João Raimundo de Araújo e Ricardo da Gama Rosa Costa.

  • Foto da galeria

    Ceasa de Friburgo, onde fica a sede Sindicato de Agricultores Familiares (Acervo pessoal)

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    Fazenda Rio Grande onde ocorreu a reforma agrária (Acervo pessoal)

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    Lavoura no distrito do Campo do Coelho (Acervo pessoal)

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A ignorância é uma bênção

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

O título da coluna de hoje é uma frase de uma fala do professor da Unicamp – Universidade de Campinas, Leandro Karnal.

O título da coluna de hoje é uma frase de uma fala do professor da Unicamp – Universidade de Campinas, Leandro Karnal. Se você for no YouTube encontrará estas declarações dele com o título “A ignorância é uma benção.” Ele comenta que as pessoas que acreditam que a corrupção está ligada a um partido, e que bastaria tirar este partido do poder para ter igualdade no país, são pessoas muito felizes, e que substituíram o culto do Papai Noel e do coelhinho da Páscoa, pelo culto da corrupção isolada, o que não quer dizer, segundo o professor Karnal, que não existam partidos notáveis em corrupção.

A corrupção, diz ele, começa no dirigir pelo acostamento, em pedir ao dentista recibo acima do valor pago para abater no imposto de renda. A corrupção continua quando o pai dá ao filho um atestado para justificar a ausência na prova, quando o filho estava vagabundeando. Ela segue quando colegas que na aula de ética, política e filosofia assina a lista de presença pelo colega que faltou, estudando Spinoza e a sua ética. A corrupção está em todos os lugares.

“Se a corrupção fosse só de um grupo, eu seria muito feliz.”  . ignorância é uma bênção.ejalvesas e ter que suportar a angniras. Talvez um dilema na vida mente e cremos nela. N.. O que fazer com esta ignorância? ... Quando todos gritam na noite do dia 31 de dezembro: Feliz Ano Novo!, eu digo: Vai ser um ano igual a todos, só que mais velho e um ano mais próximo da morte. E como dizer isso sem estragar a festa dos outros, não é?”

“A ignorância é uma bênção. ... A consciência nos torna covardes. Hoje eu jamais vou a qualquer lugar sem reserva de hotel, planilha Excel com tudo anotado, não saio sem remédio para isso ou para aquilo, levo guarda-chuva, casaco, lenço, e se precisar papel higiênico escondido na maleta ... Jovens nunca saem de guarda chuva à rua, jamais. Guarda chuva é sinal de idade. Jovens jamais acreditam que vai chover sobre eles. ... Eu percebo que a vida tem riscos e que a ignorância é uma bênção.”

Quando vejo notícias nos telejornais mostrando o povo freneticamente pulando nas ruas no Carnaval, me pergunto: o que estas pessoas pensam sobre a vida quando acordarem na manhã seguinte sem efeito de qualquer droga, seja álcool, cocaína etc.? Quando também vejo as brigas de torcidas de futebol, ou aquele povo pulando histericamente nas arquibancadas de um estádio, me pergunto: o que elas pensam sobre a vida ao voltarem para casa sentadas no banco do ônibus, do metrô, no próprio carro, ao deitarem em suas camas, ou ao acordarem na manhã seguinte, seja se seu time ganhou ou perdeu?

A ignorância é uma bênção. Não pensar. Não pensar muito. As pessoas normais parece não terem muita consciência do seu inconsciente. Apresentei uma palestra recentemente falando sobre ansiedade excessiva, distorções de pensamento, crenças psicológicas doentias e como consertar isso. No final uma pessoa veio falar comigo dizendo que graças a Deus ela não ficou com nenhum trauma do seu passado infantil, o qual foi difícil, segundo me disse. Mas conheço um pouco esta pessoa e ela é muito agitada, inquieta. A ignorância é uma bênção.

Quanta coisa é jogada para o subconsciente ou para o inconsciente de nossa mente, não é? Quantas verdades são expulsas de nossa consciência por nós mesmos! Não começa aí a corrupção? Podemos rejeitar tanto, tantas vezes uma verdade que a mentira passa a ser verdade em nossa mente e cremos nela. Como exemplo disso, acho que cabe aqui citar aqueles políticos religiosos que fizeram uma oração agradecendo a Deus pela propina adquirida. A verdade repelida de nossa consciência nos faz cínicos.

Por outro lado, a verdade pode ir acabando com as nossas mentiras. Talvez um dilema na vida seja ficar ignorante para não sofrer muito, ou saber das coisas e ter que suportar a angústia do conhecimento?

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