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A epidemia de febre amarela em Nova Friburgo

quinta-feira, 19 de março de 2020

A primeira grande epidemia de febre amarela no Brasil ocorreu no ano de 1685, trazida pelos navios negreiros que transportavam escravos africanos. Terrível e mortífero flagelo teve início em Recife-PE onde aportou um tumbeiro trazendo o mosquito Aedes Aegypti, vetor que somente seria conhecido muitos séculos depois como transmissor da doença.

A primeira grande epidemia de febre amarela no Brasil ocorreu no ano de 1685, trazida pelos navios negreiros que transportavam escravos africanos. Terrível e mortífero flagelo teve início em Recife-PE onde aportou um tumbeiro trazendo o mosquito Aedes Aegypti, vetor que somente seria conhecido muitos séculos depois como transmissor da doença.

Essa epidemia perdurou por quase 15 anos com pequenos intervalos de calmaria. Do norte propagou-se para o sul do país causando milhares de vítimas principalmente entre os brancos e os indígenas, poupando os africanos. A epidemia de febre amarela no Brasil iria se manifestar novamente em 1849, em Salvador-BA, alastrando-se novamente pelo país.

No Rio de Janeiro essa epidemia ceifou vidas de senadores, ministros, aristocratas e burgueses induzindo essas personalidades de prol a se refugiarem nas partes altas da cidade, como no bairro de Santa Teresa, e nos subúrbios. A partir de então, as epidemias de febre amarela serão intermitentes em quase todas as províncias do Brasil. No Rio de Janeiro adquiriu caráter endêmico-epidêmico e passou a ser evitada por viajantes ficando conhecido como o túmulo do estrangeiro.

A Junta Central de Higiene Pública criada para combater a epidemia aconselhava os habitantes a não se aproximarem dos pântanos que exalavam miasmas e se acreditava ser a causa da doença. A ignorância sobre a sua etiologia ocorreria até que o médico baiano Filogônio Lopes Utinguassu aventasse pela primeira vez no país a tese de que a febre amarela era transmitida por um mosquito, hipótese que seria confirmada pelos médicos de Cuba.

No ano de 1850, em decorrência de uma epidemia de febre amarela ocorrida na Corte, o Imperador D. Pedro II é aconselhado a retirar-se com a família para a Imperial Fazenda do Córrego Seco que ganharia, por decreto, status de vila com o nome de Petrópolis. É bem provável que nessa ocasião tenha sido recomendada a vila de Nova Friburgo reconhecida pela salubridade de seu clima e notadamente porque a família imperial tinha duas propriedades no município, as fazendas Córrego Dantas e São José. Mas Petrópolis venceu pela proximidade com o Rio de Janeiro.

D. Pedro II iniciaria, desde então, o hábito entre a elite do deslocamento para regiões serranas durante a canícula, ou seja, na estação de calor intenso em que a febre amarela matava milhares de pessoas de todas as classes sociais. O município de Nova Friburgo já era procurado por tuberculosos desde a fundação da vila e ressurge no mapa da geografia médica como um local salubre por suas condições climáticas e mesológicas. Já na República, beneficia-se cada vez mais do infortúnio das epidemias na capital federal.

Conforme a imprensa local, Nova Friburgo era a segunda cidade do Estado do Rio de Janeiro mais procurada pelos veranistas cariocas ultrapassada apenas por Petrópolis. Essa migração impulsionou a economia local, notadamente o comércio, a hotelaria e a construção civil na edificação de casas para aluguel. Um detalhe importante é que estes cariocas ficavam aproximadamente seis meses em Nova Friburgo, chegando normalmente em novembro e partindo entre abril e maio.

A fama da salubridade do clima friburguense tornava o município seguro e nunca fora registrado um caso de epidemia dessa doença. Os veranistas que não alugavam casas se hospedavam nos confortáveis hotéis como o Hotel Central, hoje Colégio Nossa Senhora das Dores, hotéis Leuenroth, Engert e Salusse, sendo esses os mais procurados.

Por conta desses veranistas, companhias italianas permaneciam em média dois meses em Nova Friburgo a exemplo da Companhia Lírica Italiana Verdini & Rotoli, representando óperas no Teatro Dona Eugênia como Lucrécia Borgia de Donizzetti, Carmen de Georges Bizet, Aida de Giuseppe Verdi e Fausto de Goethe, para ficar em alguns exemplos. Soirées eram promovidas nos hotéis onde se dançava quadrilha, valsa, polca e mazurcas.

Durante o dia os veranistas faziam passeios campestres pelos arrabaldes da cidade, estando na moda os picnics, comendo-se sandwiches regados a champanhe Veuve Clicquot. Corridas de cavalos eram promovidas pelo Friburgo Jockey Club no prado de Conselheiro Paulino, aos domingos. As epidemias de febre amarela no Rio de Janeiro mudariam o cotidiano de Nova Friburgo durante algumas décadas. 

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    A elite friburguense que participava dos picnics

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    Os jardins do outrora Hotel Central, hoje um colégio

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    Isolamento de uma residência no Rio de Janeiro

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A ansiedade sobre o vírus corona

quinta-feira, 19 de março de 2020

É perfeitamente normal ter forte ansiedade diante de uma pandemia. Dúdivas, enfrentar o desconhecido, notícias falsas, tudo isso gera ansiedade mesmo. Esta ansiedade pode diminuir até certo ponto se tomarmos algumas atitudes protetivas quanto ao contágio. Precisamos levar a sério a questão do isolamento ou da distância social. Isto ajuda muito a quebrar o ciclo de contaminações. Agora é hora de preservar vidas e não de querer manter a empresa ou seu negócio funcionando se ela coloca em risco seus funcionários e você mesmo.

É perfeitamente normal ter forte ansiedade diante de uma pandemia. Dúdivas, enfrentar o desconhecido, notícias falsas, tudo isso gera ansiedade mesmo. Esta ansiedade pode diminuir até certo ponto se tomarmos algumas atitudes protetivas quanto ao contágio. Precisamos levar a sério a questão do isolamento ou da distância social. Isto ajuda muito a quebrar o ciclo de contaminações. Agora é hora de preservar vidas e não de querer manter a empresa ou seu negócio funcionando se ela coloca em risco seus funcionários e você mesmo.

Fique em casa. Trabalhe de casa. Os países que fizeram o isolamento social mais cedo nesta pandemia, tiveram a curva menor de contaminações e de mortes pelo vírus corona. Se muita gente fica contaminada e muitos entram no quadro grave em necessidade de internação, o sistema de saúde e mesmo os atendimentos nos hospitais particulares, não darão conta da demanda.

Sua ansiedade diminuirá bastante ao manter distância social, evitando estar em grupos de pessoas, no trabalho, na rua, no mercado, no shopping, na igreja, em qualquer lugar. Os idosos precisam ser protegidos porque são os de maior risco. Uma criança pode estar com o vírus corona, não ter nenhum problema clínico com isso, mas se for estar com um idoso, poderá contaminá-lo. Portanto, agora é hora de proteger os idosos evitando contato social e fornecendo a eles cuidado, alimento, remédios, com a maior segurança de contágio possível.

Mas é verdade que cada pessoa experimenta a ansiedade de modo diferente. Aqueles que são ansiosos desde sempre, que possuem a “ansiedade traço”, sofrem ansiedade mais intensa numa situação assim. As que possuem “ansiedade estado”, talvez possam ter uma intensidade menor de sofrimento. Também as pessoas que em seu estilo de vida praticam uma fé religiosa podem conseguir mais serenidade num momento de crise como agora vivemos.

Quanto ao fato de estarmos vivendo uma pandemia com o vírus corona, temos que aceitar que não temos controle sobre isso a não ser praticar as precauções que as autoridades de saúde do governo estão anunciando.

Pense que a maioria das pessoas que são contagiadas com este vírus, não morre. Proteja-se com o isolamento social, lavar as mãos por pelo menos 30 segundos com água e sabão líquido de preferência ou usando álcool gel. Cancele receber visitas, faxineiras, passadeiras, babás, jardineiros. Fique em casa. Se alguém de sua família que mora com você está com uma gripe comum, ela precisa usar máscara, e não deve sair de casa.

Procure cuidar de um jardim, de uma horta, praticar atividades físicas em ambiente isolado, dormir mais cedo, ingerir bastante água pura longe das refeições. E vai ajudar a reduzir sua ansiedade se você evitar ficar vendo notícias sobre esta pandemia o dia todo. Tente se afastar das notícias porque agora você já sabe o que precisa fazer para prevenir a infecção. Se ainda tem dúvidas, pergunte a uma fonte confiável. E pronto.

Se você fica sempre querendo ver notícias sobre o vírus corona e percebe que isto o deixa ansioso, então o melhor é reduzir a assistência destas notícias. Quem sabe assista somente o noticiário da noite na TV para se atualizar e pronto.

Porém, o isolamento social que realmente é a atitude sábia a ser tomada agora – ou melhor, ontem – pode ser minimizada por manter contato com amigos e outros parentes usando a tecnologia, como celular, tablet, telefone fixo, inclusive com conversa com imagem em tempo real. Assim a solidão não ficará tão ruim para aqueles que gostam de estar sempre com pessoas ao redor.

Por favor, fique em casa e mantenha sua higiene protetiva. A vida é mais importante do que o resto.

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Expostos

quarta-feira, 18 de março de 2020

Para pensar:

“Porque todos nós vivemos debaixo do mesmo sol

Todos nós caminhamos sob a mesma lua

Então por que, por que não podemos viver em união?”

Scorpions

Para refletir:

“O destino é cego, e o raio que fulmina sobre a cabeça do culpado também às vezes debruça sobre o lodo o lírio puro da inocência e da virtude.”

Bernardo Guimarães

Expostos

Há nove anos, a tragédia climática mostrou a todos nós que tempos atípicos trazem à tona o caráter das pessoas.

Para pensar:

“Porque todos nós vivemos debaixo do mesmo sol

Todos nós caminhamos sob a mesma lua

Então por que, por que não podemos viver em união?”

Scorpions

Para refletir:

“O destino é cego, e o raio que fulmina sobre a cabeça do culpado também às vezes debruça sobre o lodo o lírio puro da inocência e da virtude.”

Bernardo Guimarães

Expostos

Há nove anos, a tragédia climática mostrou a todos nós que tempos atípicos trazem à tona o caráter das pessoas.

Enquanto alguns comerciantes praticavam preços abusivos, outros assumiam prejuízos diante do firme compromisso para com a cidade e com seus funcionários.

Enquanto alguns de nossos conhecidos se revelaram covardes e egoístas, outros se mostraram verdadeiros heróis, ou ao menos pessoas engajadas e solidárias.

Transparência

Sob diversos aspectos, estamos novamente vivendo dias de especial transparência.

O confronto com uma ameaça concreta à saúde coletiva, que de forma muito simbólica tem justamente na união de esforços e na consciência coletiva sua mais eficiente forma de prevenção, tem demonstrado que a passionalidade com que nossa sociedade tem se deixado influenciar e envenenar por táticas de propaganda tão antigas quanto o uso da própria linguagem já produziu efeitos maiores e mais profundos do que se poderia imaginar.

Retardo

Existe um delay, um atraso de alguns dias para a obtenção de dados precisos a respeito da evolução da pandemia do coronavírus.

Assim, o quadro que efetivamente temos hoje é aquele que veremos apenas daqui a algum tempo, quando naturalmente já estiver defasado, fazendo lembrar aquele aforismo de que quando olhamos para o céu estamos na verdade vendo como ele era há milhares de anos.

Tendo isso em mente, reações adequadas à pandemia sempre parecerão exageradas - e se tiverem êxito muitos não chegarão a ter a dimensão correta dos riscos que foram evitados.

Insensatez

Trata-se, portanto, de um contexto especialmente fértil para a ignorância, sobretudo num momento em que estamos tão divididos, tão condicionados, tão propensos a teorias conspiratórias e a interpretações rasas, generalizantes, estereotipadas.

As manifestações do dia 15, por exemplo, foram de uma insensatez sem tamanho.

A caminho da aglomeração, um idoso de 72 anos, diabético e hipertenso, disse a este colunista que “o corona a gente cura, a corrupção não”.

Outros disseram que “o sistema” quis impedir a marcha, ignorando por completo a dimensão mundial do problema.

Paralisados

Diante da repercussão negativa do ocorrido - que em última análise torna ainda mais insensato tudo o que ocorreu - logo começaram a circular memes afirmando que 1300 pessoas - incluindo aí os responsabilizados da vez pelo distanciamento entre aquilo que se promete e aquilo que efetivamente se alcança - haviam se reunido para a festa de inauguração da CNN Brasil pouco após terem criticado o presidente da República.

E muita gente passou isso adiante, como se as críticas ao comportamento do presidente pudessem ser reduzidas a mera hipocrisia, sem se dar ao trabalho de apurar que a festa, na verdade, havia acontecido no dia 9 - embora isso não signifique que ela deveria ter sido realizada.

Fantasia útil

Ora, se continuamos decididos a construir muros mesmo quando a vida esfrega em nossas caras o quanto estamos interligados, então por que não trazer essa competição para algo ao menos producente, como por exemplo cada lado se esforçar por demonstrar qual é mais consciente, mais engajado e mais ocupado em proteger o coletivo?

Ao menos essa fantasia teria alguma utilidade...

Maturidade

Fontes na Fiocruz indicam preocupação com possibilidades de duplo contágio, considerando a alta incidência de sarampo, dengue e até mesmo influenza em regiões específicas de nosso território.

A seriedade da situação, no entanto, obviamente não é motivo para histeria, mas sim para maturidade.

Em escala nacional, por exemplo, apelos têm sido feitos para que não cessem as doações de sangue, e a coluna repercute esse pedido junto aos leitores.

Esperança (1)

No fim, o que mais preocupa este colunista no contexto atual é também algo que guarda uma pontinha tímida de esperança.

Porque só sairemos dessa situação sem grandes estragos se trabalharmos juntos, se dialogarmos de alguma forma.

Esperança (2)

É evidente que o Brasil, neste momento, sofre as consequências de um quadro autoimune, e por isso se coloca no grupo de risco da pandemia.

Mas, quem sabe se essa chacoalhada não serve, no fim das contas, para acordar alguns de nós para a vida?

Tomara.

Portas fechadas

O Sinsenf – Sindicato dos Servidores Públicos municipais - enviou ofício ao prefeito Renato Bravo solicitando álcool gel para todas as repartições públicas da administração municipal, incluindo secretarias e hospitais.

“Entendemos que nesse momento o álcool em gel é equipamento de proteção individual indispensável, e como uma instituição militante interessada no bem-estar dos seus servidores e familiares, encerraremos os nossas atendimentos por 15 dias a partir desta quinta-feira 19. É o mais prudente, e cada um tem que fazer a sua parte”, explicou a direção do sindicato.

Boa notícia

A coluna vai tentar, dentro do possível, encerrar seus trabalhos nos próximos dias com alguma boa notícia.

A de hoje é o registro de que os candidatos ao benefício de isenção e cotas e ação afirmativa para o vestibular do Centro de Educação a Distância do Estado do Rio (Cederj) do segundo semestre de 2020 têm até o próximo dia 27 para fazer a sua solicitação. Não serão aceitos pedidos após essa data.

Como proceder

Interessados em obter a gratuidade precisam preencher o requerimento de pré-inscrição no site do Instituto Selecon, organizador do vestibular, e enviar a documentação exigida digitalizada em PDF, seguindo as orientações que constam no edital.

A lista dos documentos está disponível no site do instituto, e a isenção da taxa será concedida mediante avaliação socioeconômica para o candidato que comprovar renda per capita mensal de até R$ 1.567,50.

Opções

O período de pré-inscrição para os interessados em participar do sistema de cotas, cotas de ação afirmativa e reserva de vagas para professores da rede pública é o mesmo, até o próximo dia 27, no mesmo endereço eletrônico.

O resultado da análise das solicitações será publicado na internet no dia 29 de abril.

Os cursos oferecidos são Licenciatura em Biologia, Geografia e Pedagogia (Uerj), Química (Uenf), Licenciatura em Letras e Tecnólogo em Segurança Pública (UFF), e o novo curso de Ciências Contábeis, que também vai ser diplomado pela UFF.

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Previsão astrológica

quarta-feira, 18 de março de 2020

2020 é o ano que marca o início de mudanças profundas na sociedade. A previsão de quase todos os astrólogos foi feita há muito tempo e está encontrando razão na pandemia pelo coronavírus. Os estudiosos do assunto baseiam as previsões no raro alinhamento da passagem de Júpiter pelo signo de Capricórnio e o seu encontro com Saturno e Plutão.

Será?

2020 é o ano que marca o início de mudanças profundas na sociedade. A previsão de quase todos os astrólogos foi feita há muito tempo e está encontrando razão na pandemia pelo coronavírus. Os estudiosos do assunto baseiam as previsões no raro alinhamento da passagem de Júpiter pelo signo de Capricórnio e o seu encontro com Saturno e Plutão.

Será?

Esse fenômeno sugere ares revolucionários. Somado a outros acontecimentos astrológicos de extrema importância, gera-se um processo de transformação coletiva. A mensagem é de que todas essas transformações globais devem culminar em uma grande virada comportamental, tecnológica e científica. O ano de 2020 marca, assim, o último de um ciclo de cerca de 200 anos.

Mudanças radicais

Segundo sites especializados no assunto, a conjunção de Plutão e Saturno raramente acontece. Esse fenômeno já desencadeou alguns dos momentos mais significativos da história, como o início da primeira e da segunda guerra mundial, a revolução cultural dos anos 60 e a recessão econômica dos anos 80.

Fim de ciclo

Estudiosos apontam que nesta sexta, 20, o ano de 2020 começa de fato com o início do ano astral e que em dezembro há o fim de um grande ciclo para início de um novo tempo. Apostam no fim da sociedade patriarcal e início de uma sociedade matriarcal, com o empoderamento feminino. Alguns, mais ousados, apontam até na derrocada do capitalismo.

Os piores vírus

Acreditem ou não em astrologia, o fato é que o mundo vive um momento de grande conturbação. O vírus que se espalha afeta a vida (colocando-a em sério risco) e a economia (já conturbada). Se um novo tempo vai surgir – não sabemos. Mas que uma mudança de comportamento deve vingar – disso não temos dúvidas e não é de agora. Os piores vírus continuam sendo os da indiferença e da desigualdade. Será que haverá vacina para eles?

Quando o ano começa?

Em tempos de pandemia, difícil ter outro assunto. Tudo meio paralisado, em compasso de espera e altamente influenciado pela propagação e tentativa de contenção do vírus. Nada deixa de ser afetado e 2020 que teria começado depois do carnaval já não se pode cravar quando de fato começa.

Alta avassaladora

As subnotificações de casos nesse início de pandemia podem não assustar as pessoas. Em conversa com pessoas da área de saúde e fontes ligadas às mais altas autoridades do Estado, um salto deve ocorrer a partir do fim de semana, onde em números ficará clara a gravidade do problema. Por isso, todas as tentativas de manter as pessoas em casa.

Moda íntima

O que não se pode passar despercebido é a situação das nossas confecções. Nova Friburgo é capital da moda íntima, com quase 30 mil pessoas dependentes do setor. Geralmente as confecções funcionam em espaços fechados. Como ficam nossas costureiras? E os sacoleiros que viajam para São Paulo, onde já se pensa até em cordão sanitário para impedir a entrada e saída do Estado? Preocupante.   

Livre

O Friburguense que respira aliviado. Salvo na fase anterior e com vaga garantida na seletiva do ano que vem, não teve ainda seu planejamento afetado. Vários de seus jogadores profissionais, inclusive, foram emprestados a outros clubes Brasil a fora. Mas se tivesse ido para o triangular final, estaria em maus lençóis.

América ou Nova Iguaçu

A competição foi paralisada com apenas duas rodadas por fazer. Americano já salvo, ainda tem uma partida pela frente. O América depende de apenas um empate nas duas partidas restantes, uma contra o próprio Americano e outra contra o desesperado Nova Iguaçu que necessita que o América perca para o Americano e ainda terá que vencer, possivelmente por mais de um gol para sair do rebaixamento e colocar o América na segundona.

Incertezas

No entanto, essa pausa que deve ultrapassar duas semanas, mexe com todo o trabalho das equipes e esfria a briga, podendo causar até uma injustiça no andamento da competição. Por isso, para o Friburguense foi uma tremenda vantagem ter escapado antes. Falar de planejamento agora é chover no molhado. Ninguém pode prever se o calendário estipulado para a Copa Rio, por exemplo, será seguido, se é que haverá a competição. Tudo vai depender do controle da pandemia do Covid-19.  

Palavreando

“Você pode! Todos nós podemos! Seguir a canção com esperança e fé! Arregaçar as mangas da alma com disposição e mudar o que tem que ser mudado e crer que tudo pode ser melhor se a gente dá o melhor que tem”.

Foto da galeria
Mais uma belíssima foto de Pedro Bessa. A mim cabe a reflexão: que a intempérie passe, porque sabemos que acima das nuvens mais carregadas está o sol. A sua luz forte, mais cedo ou mais tarde, rompe o cinza. Que na terra, sejamos pontos luminosos para refletir essa luz que há de surgir
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Em off

quarta-feira, 18 de março de 2020

Vamos nos consolando com a versão nacional do american way of life

Vamos nos consolando com a versão nacional do american way of life

Muitos brasileiros (a maioria, talvez) gostariam mesmo era de ser americanos e falar inglês. As lojas, nas promoções, poderiam colocar nas vitrines “Menos 50%”, ou “50% fora”, mas isso nos pareceria de uma extrema vulgaridade, se comparado com o elegantíssimo “Off”. Veja a diferença de nível entre um bar que ostente o glorioso nome de Night Star, e outro pobremente chamado Estrela da Noite. São dois pés-sujos, mas uma placa em inglês eleva qualquer estabelecimento a outro nível, a “otro patamá”, como agora se diz do time do Flamengo.

Pena que não imitemos os americanos também na mania que os ricos de lá têm de doar dinheiro, sobretudo às instituições científicas e de ensino.  Agora mesmo um deles, que ganha anualmente quatro milhões e quinhentos mil... e você dirá que quatro milhões e quinhentos mil reais é muito dinheiro. Pois não é de reais que estamos falando, e sim de dólares. Esse empresário estava conversando com uma jovem funcionária de sua empresa e ela confessou o sonho de comprar uma casa, mas tinha dificuldade até mesmo para pagar o aluguel mensal de US$ 200, pois ganhava apenas US$ 40.000 por ano. Como eu sei que você é pior de conta do que eu, vou dar uma ajuda: o patrão faturava mais de 20 milhões de reais por ano — só de salários. A empregada recebia, convertido em dinheiro de pobre, a merreca anual de R$ 180.000,00.

O tal milionário teve então uma ideia que bem podia ser imitada pelos ricaços brasileiros. Incomodado com os quilômetros de distância entre seus ganhos e o da moça, decidiu encurtar a desigualdade, cortando um milhão de dólares do próprio salário e em seguida multiplicando o contracheque de seus empregados. Todos passaram a receber pelo menos 70 mil dólares por ano (cerca de 315 mil reais).

Cinco anos após a implantação do novo mínimo, ele garante que sua empresa só prosperou e que até o número de bebês entre seus empregados aumentou. E a razão provável é que, ganhando bem, os casais podiam ir para a cama sem outras preocupações e a consequência, já sabemos: mais filhos. Podendo criar a ninhada sem apertos, viviam mais felizes; vivendo mais felizes, trabalhavam melhor e produziam mais.

Agora você imagine se pegasse entre nós a mania de imitar o tal mister. Imagine se os figurões da República e os demais milionários que pairam soberanos sobre a nossa pobreza geral resolvessem diminuir um pouquinho do que ganham e doar a sobra. Dava para melhorar bem a vida de seu Armelindo, que mora num barraco e num barranco, ambos prestes a desabar. Nem por isso o senador Coriolano atrasaria as prestações do jatinho que comprou (e se humilha pagando o jatinho à prestação para poder trocar o iate atual por outro mais moderno).

Mas, falando sinceramente, acho que nem vale a pena levar a ideia à frente. Uma coisa é imitar os gringos na hora de fazer liquidação nas lojas, outra coisa é tirar dinheiro do bolso para ver o trabalhador brasileiro engordando seus vencimentos, que na verdade nem são vencimentos, são derrotas mensais. 

Mas, enquanto não podemos todos morar em Nova York e fazer compras nas mesmas lojas que Angelina Jolie, vamos nos consolando com a versão nacional do american way of life, que consiste em imitar nossos “irmãos” do norte e tanto quanto possível usar as palavras que eles usam. Certa vez um político brasileiro disse que “tudo que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Talvez seja bom para aqueles brasileiros que têm tanto dinheiro que os bancos nacionais não dão conta de guardar e alguns milhões precisam ser mandados para os paraísos fiscais, de preferência sem que ninguém saiba.

Segundo Ariano Suassuna, Cervantes teria dito que o português é a língua mais bonita e sonora do mundo. Bem, pode ser que o tal de Cervantes fosse um analfabeto, desses que vivem dizendo besteiras quixotescas, ou maluco, como aquele patrão quixotesco, que resolveu dar dinheiro aos empregados!

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O Covid-19 está entre nós e todo cuidado é pouco

quarta-feira, 18 de março de 2020

Chegou o momento de encararmos, no Brasil, o Covid-19, pois estamos numa verdadeira pandemia, em muito, semelhante à gripe espanhola que assolou o mundo de janeiro de 1918 a dezembro de 1920. Essa foi causada pelo vírus Influenza que se espalhou por quase toda parte do mundo. Era de uma virulência incomum e frequentemente mortal de uma estirpe do vírus Influenza A do subtipo H1N1.

Chegou o momento de encararmos, no Brasil, o Covid-19, pois estamos numa verdadeira pandemia, em muito, semelhante à gripe espanhola que assolou o mundo de janeiro de 1918 a dezembro de 1920. Essa foi causada pelo vírus Influenza que se espalhou por quase toda parte do mundo. Era de uma virulência incomum e frequentemente mortal de uma estirpe do vírus Influenza A do subtipo H1N1.

É preciso deixar de lado os antagonismos políticos e as picuinhas dos três poderes que governam essa nação e, em conjunto, atacarmos de frente o problema. Se foi uma irresponsabilidade o presidente se expor como o fez no último domingo, 15, e a imprensa o atacou como sempre faz. Foi também uma irresponsabilidade o ato do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que entrou no meio da multidão, para mandá-los para casa. Isso sem falar na inauguração do novo canal de televisão, a CNN Brasil, que reuniu em ambiente fechado 1.200 pessoas, inclusive os presidentes da Câmara, do Senado e do STF. Olhar para o próprio rabo antes de destilar fel, é sempre bom.

O Covid-19, apesar de menos letal, tem uma taxa de mortalidade razoável, sendo de 3% a 6% entre a população jovem, mas muito mais elevada entre os mais de 60 anos, de 15% a 20%. Nos jovens, de cada 100 contaminados, pode haver de três a seis mortes; já entre os idosos, essa proporção é de uma a cada cinco. Ele provoca não uma gripe, mas um estado gripal, sem tratamento a não ser o de sustentação. É importante frisar que o melhor é sair o menos possível de casa e suspender viagens. Quem está fora, volte o mais rápido possível, pois os países estão fechando suas fronteiras e as companhias de aviação reduzindo os voos.

Aqui no Brasil elas já anunciaram uma supressão de 40% a 60% nos nacionais e de 95% nos internacionais. Se essa “gripe” evoluir para uma falta de ar, esse é o momento de procurar um hospital. O corona vírus ocasiona uma bronco pneumonia que não é detectável nem à escuta, nem no simples raio x; só a tomografia computadorizada vai mostrar uma imagem tipo vidro fosco, selando o diagnóstico. Aliás, esse é o momento para entubar o paciente, para melhor expandir os pulmões. O problema é que nos grandes hospitais é fácil fazer a tomografia, mas e nos hospitais de periferia ou de cidades mais pobres?

O grande problema é a falta de leitos, sendo que na Itália, antes do nosso ministro da Saúde tomar as mesmas medidas aqui, já tinham cancelado as cirurgias eletivas e usando centros cirúrgicos como CTI, pois eles têm respiradores. O caso está tão sério na Itália e na Europa, que a Alemanha e a França recusaram um pedido de socorro dos italianos, no que diz respeito a cederem respiradores. Esses estão vindo da China.  Por mais irônico que isso possa ser, pela primeira vez eles mandaram para o mundo um produto chinês genuíno e não as habituais falsificações. Os primeiros casos de corona vírus começaram numa cidade chinesa.

As medidas preventivas são fundamentais, e vi um vídeo de um médico orientando no sentido de ao chegar à casa, primeiro limpar o nariz e depois lavar as mãos. Isso porque se a transmissão é pelo ar, as secreções nasais são as primeiras a entrarem em contato com o Covid-19. Daí, ficar em casa é fundamental e aos primeiros sintomas, isolamento, com colocação de máscara para não contaminar os demais moradores. Só sair para ir ao supermercado, à farmácia, coisas que são indispensáveis. Evitar praia, bares, restaurantes no intuito de diminuir a disseminação.

Sabemos que é um problema, pois tem gente que tem de sair para trabalhar e com as escolas fechadas, com quem vão ficar as crianças? Deixá-las com os avós não é a melhor opção, pois elas têm uma proteção maior, podem tirar de letra, mas são de grande risco para a transmissão para seus avós.

É importante uma boa alimentação, idem para hidratação, com muitas frutas e legumes, de preferência frescos, evitando ao máximo contrair doenças que possam comprometer a imunidade e abrir as portas para essa virose que é o novo flagelo da humanidade.

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Incompreensão

quarta-feira, 18 de março de 2020

“Fiz-me fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos para, por todos os meios, chegar a salvar alguns.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 9:22.)

 A incompreensão, indiscutivelmente, é assim como a treva perante a luz, entretanto, se a vocação da claridade te assinala o íntimo, prossegue combatendo as sombras, nos menores recantos de teu caminho.

Não te esqueças, porém, da lei do auxílio e observa-lhe os princípios, antes da ação.

Descer para ajudar é a arte divina de quantos alcançaram conscienciosamente a vida mais alta.

“Fiz-me fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos para, por todos os meios, chegar a salvar alguns.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 9:22.)

 A incompreensão, indiscutivelmente, é assim como a treva perante a luz, entretanto, se a vocação da claridade te assinala o íntimo, prossegue combatendo as sombras, nos menores recantos de teu caminho.

Não te esqueças, porém, da lei do auxílio e observa-lhe os princípios, antes da ação.

Descer para ajudar é a arte divina de quantos alcançaram conscienciosamente a vida mais alta.

A luz ofuscante produz a cegueira.

Se as estrelas da sabedoria e do amor te povoam o coração, não humilhes quem passa sob o nevoeiro da ignorância e da maldade.

Gradua as manifestações de ti mesmo para que o teu socorro não se faça destrutivo.

Se a chuva alagasse indefinidamente o deserto, a pretexto de saciar-lhe a sede, e se o Sol queimasse o lago, sem medida, com a desculpa de subtrair-lhe o barro úmido, nunca teríamos clima adequado à produção de utilidades para a vida.

Não te faças demasiado superior diante dos inferiores ou excessivamente forte perante os fracos.

Das escolas não se ausentam todos os aprendizes, habilitados em massa, e sim alguns poucos cada ano.

Toda mordomia reclama noção de responsabilidade, mas exige também o senso das proporções.

Conserva a energia construtiva do exemplo respeitável, mas não olvides que a ciência de ensinar só triunfa integralmente no orientador que sabe amparar, esperar e repetir.

Não clames, pois, contra a incompreensão, usando inquietude e desencanto, vinagre e fel.

Há méritos celestiais naquele que desce ao pântano sem contaminar-se, na tarefa de salvação e reajustamento.

O bolo de matéria densa reveste-se de lodo, quando arremessado ao poço lamacento, todavia, o raio de luz visita as entranhas do abismo e dele se retira sem alterar-se.

Que seria de nós se Jesus não houvesse apagado a própria claridade, fazendo-se à semelhança de nossa fraqueza, para que lhe testemunhássemos a missão redentora?    Aprendamos com ele a descer, auxiliando sem prejuízo de nós mesmos.

E, nesse sentido, não podemos esquecer a expressiva declaração de Paulo de Tarso quando afirma que, para a vitória do bem, se fez fraco para os fracos, fazendo-se tudo para todos, a fim de, por todos os meios, chegar a erguer alguns.

Extraído do livro “Fonte viva”; espírito Emmanuel; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
Reuniões doutrinárias: quartas-feiras, 14h; quintas-feiras, 20h e domingos, 17h.
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Visite a Banca do Livro Espírita na Avenida Alberto Braune.
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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Compasso de espera

terça-feira, 17 de março de 2020

Para pensar:

“Seria a terra o hospício do universo?”

Albert Einstein

Para refletir:

“Quem planta irresponsabilidade colhe sofrimento.”

Samir França

Compasso de espera

A coluna passou boa parte desta segunda-feira, 16, em apuração e em compasso de espera, aguardando pelo desfecho de diversas reuniões que lançaram as bases para o funcionamento do Legislativo friburguense nos próximos dias.

Para pensar:

“Seria a terra o hospício do universo?”

Albert Einstein


Para refletir:

“Quem planta irresponsabilidade colhe sofrimento.”

Samir França

Compasso de espera

A coluna passou boa parte desta segunda-feira, 16, em apuração e em compasso de espera, aguardando pelo desfecho de diversas reuniões que lançaram as bases para o funcionamento do Legislativo friburguense nos próximos dias.

De imediato a coluna pode confirmar que a pauta já está destrancada, mas mesmo assim a tendência é de que as contas de 2018 da prefeitura não sejam analisadas hoje.

Sem valor

Como a coluna vem descrevendo há vários dias, ficou novamente evidenciado que a apreciação das contas será judicializada pelo governo, e que um teatro está sendo armado para tentar inverter papéis e difamar quem sempre fiscalizou a prefeitura e agora cuida para que todos os trâmites sejam cumpridos da melhor forma possível.

Nada que vá além da combinação entre desespero e desrespeito à inteligência da população.

Só o essencial

A coluna também pode confirmar a suspensão de sessões não deliberativas, solenes, audiências públicas, cursos, eventos, palestras e qualquer outro evento previsto ou agendado para ocorrer no plenário, pelo menos, até o próximo dia 30.

A princípio as sessões ordinárias continuam, mas de forma reduzida aos momentos deliberativos. Expediente e hora livre por enquanto ficam descartados, o que deve nos poupar.

Bom senso

Também foi estabelecido que o acesso à Câmara por visitantes e cidadãos fica restrito a casos de extrema necessidade.

Além disso, diversas medidas relacionadas ao funcionamento dos gabinetes e dos setores da Câmara também foram tomadas, basicamente no sentido de reduzir aglomerações e preservar a segurança.

O prazo de vigência destas medidas pode ser prorrogado, e a tendência é que isso ocorra uma ou mais vezes.

Tensão

A noite da última sexta-feira, 13, foi muito tensa nos arredores da Praça Dermeval Barbosa Moreira, em especial nas proximidades da Rua Monsenhor José Antônio Teixeira.

Diversos moradores relataram brigas envolvendo várias pessoas, gritos apavorados, garrafas sendo quebradas, tudo em meio a uma confusão que se arrastou por horas e rendeu diversas ligações para a Polícia Militar, que infelizmente não causaram o efeito esperado.

Constante

Ainda que o caso desta semana tenha sido mais pesado do que de costume, não dá para dizer que tenha sido um episódio isolado ou totalmente imprevisível.

Mudanças recentes no comércio local passaram a atrair grande quantidade de jovens até as primeiras horas da madrugada nas noites de maior movimento, e brigas têm sido um desdobramento dessa situação.

Parceria

Há tempo um reforço da presença policial se faz necessário neste quarteirão que engloba também a Rua Monte Líbano e envolve o Hospital Maternidade.

A coluna repercute as manifestações dos leitores na certeza de que o 11º BPM se interessa por esse tipo de retorno, a fim de que possa aperfeiçoar seus esforços pela manutenção da paz e da segurança.

Sorteio

A coluna dispõe de um único exemplar do livro “Memórias Eleitorais: Nova Friburgo 1982-2016”, do professor João Raimundo de Araújo, para sortear entre os leitores.

Interessados devem enviar e-mail para a coluna até 15h de quarta-feira, 18.

Abraço, e boa sorte a todos.

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Não existe mais eu, tu, ele: somos todos nós!

terça-feira, 17 de março de 2020

Diz  a máxima: “O poeta não morre”. E não morre mesmo, pois, como exemplo, festejamos o dia 14 de março em homenagem ao poeta Castro Alves, nascido em 1847. Independente de ser ou não oficialmente o Dia da Poesia, o que mais nós precisamos para comprovar que ele, Castro Alves, ainda vive? Sua poesia é a sua permanência entre nós. Assim também tantos outros deixam sua estrada de luz poética e o Caderno Z nos brinda com alguns desses expoentes.

Diz  a máxima: “O poeta não morre”. E não morre mesmo, pois, como exemplo, festejamos o dia 14 de março em homenagem ao poeta Castro Alves, nascido em 1847. Independente de ser ou não oficialmente o Dia da Poesia, o que mais nós precisamos para comprovar que ele, Castro Alves, ainda vive? Sua poesia é a sua permanência entre nós. Assim também tantos outros deixam sua estrada de luz poética e o Caderno Z nos brinda com alguns desses expoentes.

 Ana Borges nos trouxe uma página repleta de estrelas que cintilam no céu azul de nossa lembrança. Cecília Meireles, Cora Coralina, Clarice Lispector, Hilda Hilst, e Adélia Prado são joias valiosas da literatura brasileira. Cora Coralina nasceu em 1889 e está poeticamente atual. Clarice Lispector, de 1920, é festejada pelo seu centenário este ano e está em todas as rodas de cantorias poéticas, marcando “A Hora da Estrela”. Cecília Meireles é uma voz viva, falando a língua da gente. Hilda, que nos deixou em 2004, além de poeta, foi dramaturga e ficcionista, publicando mais de 40 obras. Já Adélia Prado está, no auge de seus 84 anos, não só produzindo, mas recebendo títulos, como o Jabuti, entre outros. A poesia é um recurso de  expressões variadas, também em prol das lutas sociais, como tem sido a bandeira de Elisa Lucinda, poeta, ativista, atriz e até cantora. Aliás, nossa folha A4 é pequena para descrevê-la. Parabéns às mulheres poetas do Brasil!

O ser poeta é uma infinidade de seres e muita gente nem se dá conta de que é poeta. Wanderson Nogueira, por exemplo, em “Palavreando”, esbanja poesia, quando diz: “Já quis ser super-herói. Mas esse querer sempre ficou restrito à minha imaginação infantil. Em realidade, nunca me importei em não ter superpoderes, mas sempre quis vencer o sono, virar madrugadas e vencer o tempo...”. Que coisa mais poética!

Boas falas com Vinicius Gastin: “São Pedro volta a vencer e assume a ponta do Campeonato da Cidade”. A liderança veio de um “tropeço do Corujão diante do São Luiz”. Pelas análises de quem entende do riscado, “com 100% de aproveitamento, a equipe do São Pedro mostra solidez na busca pelo bicampeonato”. Quem também está em festa é o Friburguense, celebrando 40 anos de fundação. Garra, competência, força de vontade são alguns dos quesitos,  nos quais o clube se agiganta para o sucesso. Parabéns!

O bairro Tingly carece de alguns reparos. No raio x feito por conta dos moradores, falta muita coisa: a estrada tem “calçadas mal conservadas, buracos, falta de iluminação e de capina”. Apesar de tudo, é um bairro lindo. A subida,  a partir do final da Rua Monsenhor Miranda,  é um deslumbre, um frescor que não tem tamanho. Enquanto isso, já está contratada a empresa para finalizar a construção do Centro de Educação Integrada de Nova Friburgo, no São Jorge. Lembrando que essa obra é uma “novela” se arrastando desde 2019. Se toda novela tem final feliz, então, não vamos desanimar.

De repente, foi uma confusão com o assunto das passagens de ônibus. A polêmica se deu pela divulgação de que, em até 90 dias, os passageiros só poderiam pagar por meio de cartões eletrônicos. Mas, não demorou para que o assunto fosse mais esclarecido.  O novo decreto garantirá passagens pagas até com cartões de débito e crédito.

Outro assunto que está causando insegurança é a expansão do coronavírus. Não é para menos. Agora não existe mais eu, tu, ele... Agora somos todos nós. Toda a atenção será pouca. Como bem disse o Massimo: “Entre as trincheiras do descaso e da histeria existe grande espaço para uma abordagem madura do contexto...”.

Justamente, essa “abordagem madura” é também não dar créditos aos “boatos”, evitando passar adiante a “desinformação”. Neste momento conturbado, a confiança na informação há de ser uma medida importante para que se possa manter a lucidez. E confiança é com A VOZ DA SERRA, que caminha para os gloriosos 75 anos. O mês de abril não tarda e a contagem regressiva já começou. Linda semana e feliz jornal para todos nós. Apesar de nebuloso, o mau tempo pode ainda nos trazer melhor discernimento.

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Clarinetista de NF brilha em SP

terça-feira, 17 de março de 2020

 A banda Euterpe Friburguense que completou 157 anos de gloriosa existência no 26 de fevereiro e, empossou a nova diretoria no último dia 5,  registrou recentemente uma grande baixa de seu quadro de músicos, porém em razão de um motivo nobre e bem alegre.

 A banda Euterpe Friburguense que completou 157 anos de gloriosa existência no 26 de fevereiro e, empossou a nova diretoria no último dia 5,  registrou recentemente uma grande baixa de seu quadro de músicos, porém em razão de um motivo nobre e bem alegre.

É que a primeira clarinetista Luanna Luciano da Conceição (foto), friburguense de nascimento e que completará 29 anos de idade em setembro próximo, passou em recente concurso e acaba de ser contratada para ser clarinetista e professora da Banda Sinfônica de Mogi das Cruzes, importante município da região metropolitana de São Paulo, onde já se encontra atuando.

Tendo iniciado na música com 9 anos de idade na banda Euterpe com seu pai e também músico, Marcos Antônio da Conceição, Luanna tocava e dava aula de teoria musical, onde também estão seu irmão Igor Luciano e a prima Iara Gomes da Conceição. “Para mim isso significa um grande passo na realização dos meus sonhos, pois agora  estou empregada na área para a qual estudei. Estar aqui é honrar minha família e todos os que me ajudaram nesta trajetória”, comentou para esta coluna a querida e talentosa Luanna que há de brilhar e crescer ainda muito mais na música. Parabéns e mais sucessos!

Semana do cérebro

Estão programadas para hoje, 17, no município vizinho de Cordeiro; amanhã, 18, aqui em Nova Friburgo e na quinta-feira, 19, em Bom Jardim, às 14h, interessantes oficinas de memória em comemoração a Semana Mundial do Cérebro.

As inscrições são gratuitas e os interessados, de quaisquer idades, podem obter mais informações ou assegurar suas participações, pelos telefones (22) 2566-3679 ou WhatsApp (22) 98135-8913. Em Nova Friburgo a oficina acontecerá na Rua General Osório, 248, e vale à pena tomar parte.

Mãe e filha aniversariam

Como uma bela e agradável tradição de anos desta coluna há uma década, registramos com carinho que na próxima quinta-feira, 19, a querida Sara Costa Milani vai completar seu 10° aniversário, para satisfação muito especial de sua mãe Cristiane, que também aniversaria naquele mesmo dia Parabéns a ambas (foto).

Este colunista se unindo ao Fabrício (pai e marido das aniversariantes), assim como também aos avós maternos Luiz Carlos e Linete, paternos Lili e Edmo, bisavó Áurea, e ainda aos tios Luiz Carlos Júnior e Viviane, parabeniza as amadas aniversariantes com votos de mais e mais felicidades.

Dois séculos de mecânica

Está prevista para a próxima quinta-feira, 19, às 10h, a inauguração na Praça Marcílio Dias, no Paissandu, o monumento denominado “Dois Séculos de Mecânica” em homenagem ao saudoso José de Carvalho Cordeiro, pai do vereador Jânio Carvalho e do conhecido colaborador de diversos órgãos de comunicação de Nova Friburgo, Roosevelt Carvalho Cordeiro.

Esta realização é do instituto de valorização cultural Felga i Gracias com apoio da Marinha do Brasil através do Sanatório Naval de Nova Friburgo e Prefeitura de Nova Friburgo.

Praça com nome e apelido

Semana passada, esta coluna ao apresentar nota de que a pracinha que está em reforma na confluência da Rua Sete de Setembro com Avenida Euterpe Friburguense passará a ser chamada de Praça do Lúpulo, em homenagem ao grande crescimento do mercado de cervejas artesanais de nosso município, o colega de imprensa Eloir Perdigão se apressou em nos encaminhar um justo e importante esclarecimento.

O de que, conforme regulamentado pela Câmara Municipal há alguns anos, aquele espaço oficialmente tem o nome do saudoso Professor Luiz de Oliveira e Silva, que inclusive foi um dos grandes presidentes da história da Associação Católica da Juventude Friburguense.

Assim, aquele logradouro continuará tendo seu nome oficial e o “apelido”, se assim podemos dizer, de Praça do Lúpulo sem no entanto deixar de desconsiderar a justa homenagem ao professor Luiz de Oliveira e Silva.

Parabéns, Wilton!

No próximo domingo, 22, o dia será do prezado amigo e simpática figura de Nova Friburgo, Wilton Melo, mudar de idade.

Por esta razão, nossas congratulações a ele acompanhando a lembrança de Maurício de Assis Fonseca e muitos outros amigos e familiares do admirado Wiltinho. Parabéns!

Encontro de camisas de futebol

O conhecido Alex Colecionador do Vasco não para com suas atividades, que proporcionam alegrias a ele e sobretudo, a muita gente que gosta de acompanhar seus eventos.

Isso, por que o Alex já está com quase tudo pronto para realização no dia 21 de abril, do 3º Encontro de Colecionadores de Camisas de Futebol de Nova Friburgo.

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