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Empresa sustentável: investindo no futuro do planeta e dos negócios

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Opa! Tudo verde?

Bora pra mais uma Prosa Sustentável!

O assunto de hoje é sobre a economia empresarial sustentável, que refere-se a uma abordagem de negócios que busca integrar considerações ambientais, sociais e de governança em todas as operações e estratégias de uma empresa. Em contraste com o modelo tradicional focado apenas no lucro financeiro, a sustentabilidade empresarial visa equilibrar os interesses econômicos com o cuidado com o meio ambiente e o bem-estar social.

 

Exemplos e benefícios

Opa! Tudo verde?

Bora pra mais uma Prosa Sustentável!

O assunto de hoje é sobre a economia empresarial sustentável, que refere-se a uma abordagem de negócios que busca integrar considerações ambientais, sociais e de governança em todas as operações e estratégias de uma empresa. Em contraste com o modelo tradicional focado apenas no lucro financeiro, a sustentabilidade empresarial visa equilibrar os interesses econômicos com o cuidado com o meio ambiente e o bem-estar social.

 

Exemplos e benefícios

Um exemplo de prática de economia empresarial sustentável é a adoção de energias renováveis ​​para reduzir a pegada de carbono de uma empresa. Outro exemplo é a implementação de políticas de inclusão e diversidade no local de trabalho, promovendo a equidade e a igualdade de oportunidades. Os benefícios incluem a redução dos impactos ambientais, o fortalecimento da reputação da empresa, a atração de talentos e consumidores conscientes, a redução de custos operacionais e a promoção da inovação.

 

Avanços das empresas na sustentabilidade

No Brasil, várias empresas têm avançado na incorporação de práticas sustentáveis ​​em seus negócios. Exemplos incluem grandes empresas do setor de alimentos que implementaram programas de agricultura sustentável, empresas de tecnologia que adotaram políticas de energia limpa e reciclagem de resíduos eletrônicos e empresas de moda que investiram em cadeias de suprimentos éticas e transparentes.

 

Como avançar

As empresas podem avançar na sustentabilidade por meio de uma série de estratégias e iniciativas. Isso inclui a integração de princípios de sustentabilidade em todas as áreas de negócios, desde a produção e operações até o marketing e as relações com stakeholders (partes interessadas). Além disso, as empresas podem investir em inovação e tecnologia verde, adotar certificações ambientais e sociais, e colaborar com outras empresas, governos e ONGs para promover práticas sustentáveis em toda a cadeia de valor.

 

Contribuição dos consumidores

Os consumidores desempenham um papel fundamental no impulsionamento da sustentabilidade empresarial por meio de suas escolhas de compra e comportamentos de consumo. Ao preferir produtos e serviços de empresas comprometidas com a sustentabilidade, os consumidores enviam um sinal claro de demanda por práticas empresariais éticas e responsáveis. Além disso, os consumidores podem exigir transparência e prestação de contas das empresas em relação às suas práticas ambientais e sociais, promovendo a responsabilidade corporativa.

 

Importância da educação e conscientização

Para que a sustentabilidade empresarial ganhe cada vez mais notoriedade, é essencial investir em educação e conscientização pública. Campanhas de sensibilização, programas educacionais e iniciativas de engajamento comunitário podem ajudar a informar e capacitar os consumidores a fazer escolhas mais sustentáveis e a pressionar as empresas a adotarem práticas responsáveis. Além disso, a colaboração entre empresas, governos, academia e sociedade civil é fundamental para impulsionar a agenda da sustentabilidade empresarial e promover a transformação necessária para um futuro mais sustentável e equitativo.

 

Como se tornar uma empresa atrativa para o consumidor e investidor

  • Responsabilidade ambiental: Implementar práticas que reduzam o impacto ambiental da empresa, como redução do consumo de energia, uso de materiais reciclados, minimização de resíduos e emissões, e investimento em energias renováveis.
  • Responsabilidade social: Demonstrar compromisso com questões sociais, como direitos humanos, igualdade de gênero, diversidade e inclusão. Isso pode incluir programas de responsabilidade social corporativa, investimento em comunidades locais e apoio a causas sociais.
  • Gestão ética: Adotar uma cultura organizacional baseada em valores éticos e integridade, promovendo transparência, honestidade e conformidade com leis e regulamentações. Isso envolve evitar práticas como corrupção, exploração de mão de obra e evasão fiscal.
  • Inovação sustentável: Desenvolver produtos e serviços que atendam às necessidades dos clientes de forma sustentável, utilizando materiais e processos de produção menos prejudiciais ao meio ambiente. Isso pode envolver a incorporação de princípios de economia circular, design eco-friendly e uso de tecnologias verdes.
  • Engajamento com stakeholders: Envolver e colaborar com partes interessadas internas e externas, como funcionários, fornecedores, clientes, comunidades locais e ONGs, para identificar e abordar questões ambientais e sociais relevantes. Isso pode incluir consultas públicas, parcerias estratégicas e iniciativas de desenvolvimento comunitário.

 

Tudo verde sempre!

Foto da galeria
Empresa que faz pro meio ambiente, também ajuda a sociedade. (Foto: Pixabay.com)
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Maria, mãe e consolo dos sacerdotes

terça-feira, 20 de agosto de 2024

            "Ela, a Mãe da Graça, suave e forte que com seu testemunho de perseverança, de resiliência nas dores, de peregrina da fé, instrui e conduz os filhos sacerdotes. Dentre os filhos queridos de Nossa Senhora estão os sacerdotes que, como a Mãe da obediência, ouviram a voz do Altíssimo e também responderam seu sim, como disse a Virgem fiel: "Eu sou a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a sua palavra" (Lc 1,28ss).

            "Ela, a Mãe da Graça, suave e forte que com seu testemunho de perseverança, de resiliência nas dores, de peregrina da fé, instrui e conduz os filhos sacerdotes. Dentre os filhos queridos de Nossa Senhora estão os sacerdotes que, como a Mãe da obediência, ouviram a voz do Altíssimo e também responderam seu sim, como disse a Virgem fiel: "Eu sou a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a sua palavra" (Lc 1,28ss).

            Maria é a Mãe do Sacerdote, como já ecoava iluminadamente o padre Mario Venturini, fundador da Congregação de Jesus Sacerdote, expandindo e fundamentando essa rica e consoladora devoção desde 1923. Foi recomendada depois por Pio XII na Exortação ao Clero "Menti nostrae: ‘Dirigi confiante os olhos e o espírito Àquela que é Mãe do Eterno Sacerdote e é, por isso, Mãe de todos os sacerdotes católicos’".

            É Maria a Mãe de Jesus Cristo, Sumo, Único e Eterno Sacerdote, que recebeu dela o corpo e o sangue para o sacrifício redentor. A Mãe do Salvador exerce fundamentalmente um "sacerdócio" todo particular, doando-nos o Sagrado, na maternidade divina, na maternidade eclesial. A Mãe do Cristo total, Cabeça e membros, como dizia Santo Agostinho.

            Ela doa ao mundo o próprio Cristo, dom do Pai pelo Espírito Santo, na epiclese geracional da Encarnação do Verbo em seu ventre imaculado, primeiro sacrário do Senhor. Mas se torna também Mãe dos sacerdotes do Filho, participantes do Seu Sacerdócio redentor, representados no apóstolo João (cf Jo 19, 26), já sendo doada como Mãe de todos os fiéis no sacerdócio batismal, como Igreja, corpo de Cristo.

            A Mãe eucarística ama nos padres o Filho Sacerdote que se configuraram a Ele pelo Sacramento da Ordem, como Cristo Cabeça, na oblação pela salvação de todos. Ama-os como os íntimos cooperadores do poder-amor da missão de Jesus, sendo os filhos queridos, consagrados como instrumentos místicos da ação do Redentor feito Eucaristia, novo nascimento para a vida eterna pelo Batismo, misericórdia no sacramento do perdão, cura e libertação na Sagrada Unção dos Enfermos e presença viva santificadora em todos os sacramentos como Palavra transformadora.

            Ama-os na sua frágil natureza humana que se esforça em corresponder à graça do seu Filho, embora envoltos em limites, pecados e angústias, inseguranças e incertezas, medos, cansaços, desgastes e confusão, o tesouro valiosíssimo do Cristo nos frágeis vasos de argila. Ama-os e os conforta, os sustenta, fortalecendo seus corações, consolando suas almas, na renovação de sua entrega iluminando suas vidas com o coração misericordioso do seu amado Filho, no fulgor e alento do Espírito Santo.

            Ela, a Mãe da Graça, suave e forte que com seu testemunho de perseverança, de resiliência nas dores, de peregrina da fé, instrui e conduz os filhos sacerdotes, cobrindo-os com o seu manto carinhoso de amor que os aquece e revigora para a missão. Maria é a Mãe e o consolo dos sacerdotes que a devem acolher como João na casa de seus corações, "devem venerá-la e amá-la com devoção e culto filial" (Presbyterorum Ordinis, 18).

 

O Papa Francisco convida os sacerdotes a procurar a Virgem Maria, também nas necessidades: ‘Deixem que Ela olhe para vocês, aprendam a ser mais humildes e também mais corajosos para seguir a Palavra de Deus’ (Audiência ao Pontifício Colégio Português de Roma, 08/05/2017).

            ‘Maria, Mãe da Igreja, ajuda-nos a entregar-nos plenamente a Jesus, a crer no seu amor, sobretudo nos momentos de tribulação e de cruz, quando nossa fé é chamada a amadurecer’ (Papa Francisco) ‘...acolhei desde o princípio os chamados, protegei o seu crescimento, acompanhai na vida e no ministério os filhos vossos, ó Mãe do Sacerdote. Amém.’ (São João Paulo I, Pastore Dabo Vobis).

Fonte: A12, Academia Marial de Aparecida

 

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é associado da Academia Marial de Aparecida e Assessor Eclesiástico Diocesano da Comunicação Institucional da Diocese de Nova Friburgo 

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A VOZ DA SERRA é uma viagem universal

terça-feira, 20 de agosto de 2024

            O Caderno Z, mestre em temas variados, nos trouxe um panorama sobre a vida dos solteiros, não para descartar os relacionamentos, mas em função de que o valor está em “buscar o estilo de vida que melhor funcione para cada pessoa”. Eu me lembrei de uma canção que papai cantarolava ao violão: “A vida de casado é boa,/ mas a vida de solteiro é melhor /solteiro vai aonde quer/ casado tem que levar a mulher...”. Nunca achei a música uma regra, porque meus pais iam juntos e felizes para todo lado.

            O Caderno Z, mestre em temas variados, nos trouxe um panorama sobre a vida dos solteiros, não para descartar os relacionamentos, mas em função de que o valor está em “buscar o estilo de vida que melhor funcione para cada pessoa”. Eu me lembrei de uma canção que papai cantarolava ao violão: “A vida de casado é boa,/ mas a vida de solteiro é melhor /solteiro vai aonde quer/ casado tem que levar a mulher...”. Nunca achei a música uma regra, porque meus pais iam juntos e felizes para todo lado. É certo que existe uma sensação de liberdade em estar sozinho, “livre, leve e solto” para decidir sobre suas escolhas. Esse parece ser o x da questão, o prazer de ir e vir, sem satisfações a dar.

            O fato de se estar sozinho não significa estar na solidão, até porque o primeiro prazer que devemos ter é ficar bem com a gente mesmo, independente de companhia. “O número de solteiros ultrapassa o de casados no Brasil”. Esse dado indica que são 81 milhões de solteiros e 63 milhões de casados”, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE). Ian Kerner, terapeuta matrimonial e familiar da CNN norte-americana, destacou que se nota uma mudança gradual do “casamento romântico” para o “casamento companheiro”, já que as pessoas estão escolhendo “cônjuges que, no início, são mais como melhores amigos do que parceiros apaixonados”. 

            “Casamento gera felicidade?” A pergunta é de resposta difícil ou incerta. Ouvimos, ao logo dos tempos, máximas interessantes, como “casamento é loteria”; “casamento é sorte”. Monica O´Neal, psicóloga, em Massachussetts, entre muitas considerações, destaca: Seja casado ou namorando, você pode otimizar suas chances de um relacionamento feliz comunicando bem o que o seu compromisso, um com o outro, implica”. Jonathan Rothwell, principal economista da Gallup, afirma: “Acho que nunca chegaremos a um ponto nas ciências sociais em que possamos dizer, com alguma precisão, se o  casamento gera felicidade ou não”. A verdade é que hoje a liberdade começa na liberdade de escolha. Estar ou não em um relacionamento é uma decisão pessoal e intransferível. Vovó dizia: “cada um sabe de si e a vizinhança sabe de todos!”.

            A felicidade é algo muito pessoal e depende dos nossos valores e anseios. Ela não é uma estação onde se desce e estaciona os sonhos. Ela flui durante o percurso e vai se mesclando entre os cascalhos e as pedras preciosas. Sendo assim, casados ou solteiros serão mais ou menos felizes, na medida exata de suas conquistas. A exemplo, em “Sociais”, nesta quarta, 21, é o aniversário de Marly Pinel, uma pessoa feliz, que brilha onde quer que esteja. Seja passeando com seu cachorrinho, desfilando no carnaval, na passarela da Alberto Braune, a felicidade é sempre a sua melhor companhia. Parabéns!

            Felicidade também pode ser aquela sensação boa, de dever cumprido dos doadores de sangue. A charge de Silvério, em tempos de campanhas, faz uma boa propagação, com bandeirinha e tudo: “Doe sangue. Salve vidas!”. Se entendemos que felicidade são momentos que desfrutamos ao logo da caminhada, as tecnologias entram no percurso como facilitadoras de algum momento feliz em nossas vidas. Desfrutar dessas facilidades é abrir janelas para o “admirável mundo novo” na palma de nossas mãos. O IBGE divulgou dados de que o número de idosos usando a internet cresceu consideravelmente no Brasil. Os dados também apontam que o uso do aparelho celular está cada vez mais em alta. E não para por aí, pois a quantidade de TVs por assinatura tem diminuído, enquanto “o uso dos serviços de streaming tem aumentado: eles estão em quatro de cada dez lares com televisão”. A tendência tecnológica prevê mudanças no tamanho das parabólicas analógicas e no uso até de sinal digital. Ou seja, tudo é sinal dos tempos!

            Tudo muda e, especialmente, as mudanças climáticas afetam as estações do ano. Ana Borges nos trouxe página dupla sobre o aquecimento global. “O permafrost do planeta, que é a camada do subsolo da crosta terrestre, está se derretendo e a principal causa é o aumento da temperatura da Terra”. Recomendo leitura intensa e muita reflexão.

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Uma bela história

sábado, 17 de agosto de 2024

AFFM completa 40 anos de trabalho e amor ao futebol de mesa

Um quarentão com fôlego para muito mais. Afinal de contas, nesta longa e bela trajetória, renovar o amor pela modalidade tem sido o mantra. São quatro décadas passando pelas mais diversas transformações da humanidade, colocando para escanteio toda a tecnologia, os games e reforçando o quanto é fantástica a simplicidade de espalhar os botões sobre a mesa, colocar o dado, disco ou bolinha para rolar e, com a palheta, fazer acontecer a mágica do gol.

AFFM completa 40 anos de trabalho e amor ao futebol de mesa

Um quarentão com fôlego para muito mais. Afinal de contas, nesta longa e bela trajetória, renovar o amor pela modalidade tem sido o mantra. São quatro décadas passando pelas mais diversas transformações da humanidade, colocando para escanteio toda a tecnologia, os games e reforçando o quanto é fantástica a simplicidade de espalhar os botões sobre a mesa, colocar o dado, disco ou bolinha para rolar e, com a palheta, fazer acontecer a mágica do gol.

Dos mais experientes aos mais jovens, dezenas de friburguenses se descobriram apaixonados pela modalidade nos últimos 40 anos. E uma das principais responsáveis é a Associação Friburguense de Futebol de Mesa. Nesta segunda-feira, 19, a AFFM completa quatro décadas de existência, perpetuando a modalidade, colecionando títulos, glórias e, principalmente, amizades.

"A AFFM levou o futebol de mesa a clubes, praças e coretos, shopping, escolas e blocos de samba, colégios, lan houses, videolocadoras, calçadas e até na rua mesmo”, ressalta o presidente Fernando Cruz, em uma de suas entrevistas para A VOZ DA SERRA.

A associação surgiu através de alguns apaixonados pelo esporte, a exemplo de Fernando Caruso, Aladir Romão, Gustavo Valadares, Antônio Paulo Batista e Jairo Leão. Cruz, que foi um divisor de águas na história da instituição, foi apresentado à AFFM através de um exemplar de A VOZ DA SERRA, em 1989. Ainda no início, os jogos tinham lugar na casa de Antônio, na Rua Nossa Senhora de Fátima. Pouco tempo depois, Gustavo Valladares negociou com o sogro um espaço na Rua Sete de Setembro, no Centro, onde a associação permaneceu por uma década.

A perda da antiga sede trouxe consequências, e muitas foram positivas para a divulgação e disseminação da modalidade por todo o município. As mesas espalhadas pelos mais diversos cantos de Nova Friburgo — desde o barracão do bloco carnavalesco Bola Branca, Sesi, Sesc, até um espaço a céu aberto na Avenida Júlio Antônio Thurler, em Olaria — atraíam fãs. Uma espécie de corrente foi formada e a "novidade” se espalhou pelos mais variados cantos de Nova Friburgo.

A visita do ex-jogador e atual presidente do Vasco da Gama, Roberto Dinamite, ao espaço montado em um shopping ajudou a alavancar a divulgação do esporte – o estabelecimento permitiu a permanência no local por quase um ano, sem cobrar nada.

Mas a história da Associação Friburguense de Futebol de Mesa pode ser dividida em antes e depois da gestão de Fernando Cruz. O advogado vendeu dois carros, uma sala comercial e contraiu uma dívida considerável para ser quitada em cinco anos, e assim, conseguiu comprar a cobertura de um prédio situado na Rua Prefeito Eugênio Müller 222, no centro da cidade. “Há coisas na vida que, se não fizermos, nos arrependemos. O que nós vivemos aqui nesses anos e ainda vamos viver não tem preço”, relata.

A sala foi adaptada e reúne diversas mesas montadas para os jogos, além de boa parte da história construída durante três décadas. A participação é gratuita e desde 2010,  não é necessário efetuar qualquer tipo de cadastro (exceto quando o atleta é federado), tampouco ser habilidoso; basta estar disposto a participar desta modalidade esportiva que resiste ao tempo.

Outro ponto fundamental nesta história é a participação do empresário Rogério Faria, que através da amizade com Fernando, firmou parceria entre a Associação e a Stam Metalúrgica, em 2008. Este foi o combustível para possibilitar as viagens e o consequente sucesso da AFFM nas competições estaduais. Paralelo ao acordo, os botonistas receberam o apoio do Friburguense Atlético Clube, onde a instituição também possui uma sala.

Com tanta coisa boa para relatar e a paixão pelo futebol de mesa cada vez mais fortalecida, os talentos se multiplicam e os títulos são conquistados. Dentre os principais estão o Estadual de 2015, na modalidade 12 Toques, e o pentacampeonato Estadual Interclubes Modalidade Pastilha, nos anos de 2011, 2012, 2018, 2019 e 2023. Fora os prêmios individuais, etapas e participações e resultados em competições nacionais e internacionais. Com espaço, fôlego e capacidade para seguir sendo motivo de orgulho para Nova Friburgo.

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    Chegada de Fernando Cruz à AFFM é um divisor de águas nesta história de 40 anos (Foto: Divulgação)

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    Sede na Rua Prefeito Eugênio Müller está ativa e recebe dezenas de botonistas semanalmente (Foto: Divulgação)

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    Título de 2015 foi um dos muitos momentos marcantes pa-ra a AFFM e para o esporte friburguense (Foto: Divulgação)

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Trânsito continua fazendo vítimas em Friburgo

sábado, 17 de agosto de 2024

Edição de 17 e 18 de agosto de 1974 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes

Edição de 17 e 18 de agosto de 1974 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes

Trânsito: continua fazendo vítimas em Friburgo - O trânsito de Friburgo voltou a registrar novas vítimas. Eis a relação dos feridos da semana: Natalício Dias, 33 anos; Paulo Roberto dos Santos, 14 anos; Plínio José Lopes, 33 anos; Marlene Gabeto Boareto, 27 anos; Elza Pereira, 9 anos; Édson Pereira, 11 anos; Itamar Lúcio de Paula, 17 anos; José Orlando Jordão Silva, 18 anos; Pedro Jorge Faria Navega, 22 anos; Humberto Gonçalves Neves; José Latanzi; João Batista da Costa Martins, 55 anos; Antonio Carlos da Silva, 14 anos.

Os coretos da Saudade - Domingo enluarado, praça repleta de povo. Casais de namorados trocam juras e ternuras. Barraquinhas fabricando pipocas quentes e o algodão que lambuza a cara e a roupa das crianças alegres. Moleques, com muitas artimanhas, praticam… molecagens!

Lixo no rio dá multa - A partir de agora quem for apanhado jogando lixo às margens ou nos leitos dos rios da cidade, será multado em 50% do salário-mínimo. A informação é do setor de Imprensa da prefeitura que adianta ainda que fiscais da municipalidade irão agir com todo rigor no cumprimento da norma.

Friburgo sem meningite - Em reunião, o corpo médico do Hospital Santo Antônio, da Santa Casa da Misericórdia, mostrou à imprensa os resultados negativos da meningite em Nova Friburgo. 

Clínica geriátrica - Possivelmente dentro de um mês estará funcionando em Nova Friburgo a primeira clínica geriátrica do Centro-Norte fluminense, que visa o tratamento especializado de doenças da velhice.  

 

Pílulas

  • Como o negócio é “slogan” vamos continuar: “Quem com concurso fere, com concurso será ferido”. O prefeito atual, nos últimos dias de sua gestão anterior, realizou um concurso para administração de funcionários, o qual foi considerado ilegal pelo seu sucessor, ilegalidade essa reconhecida pelo Juiz de Direito de Nova Friburgo. Os concursados recorreram, e, há dias, o Tribunal de Justiça os deu ganho de causa, obrigando ao nosso Moisés a descascar o abacaxi por ele mesmo plantado. 
  •  Pagar os funcionários parece não ser o forte da atual administração, e sabendo-se que o número de concursados é grande a prefeitura terá que dispor de um grande numerário para pagar os salários atrasados, a que os funcionários têm direito, pois a coerência (com quem o prefeito não mantém boas relações) manda o encerramento do processo na área estadual. 

 

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Messias de Moares Teixeira, Albertino Moreira Costa, José Luiz Longo, Jonas Sampaio Farias e Olga Maria Parca (19); Aloysio Martins Yaggi (20); Carolina Polo de Castro Nunes, Ricardo Ventura El-Jaick e Geraldo Pinheiro (21); Aristides Freire e Verônica Villaça (22); Willian Barroso, Benicio Araripe, Ronaldo Ventura, Maria Enir Batista da Silva, Rosa Ramos Bussinger e Virgínia Lúcia Lima (23); Mariama Villa Moura e Áurea Rosa (24); Jaqueline Marujo (25).

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Trânsito com problemas antigos

sábado, 17 de agosto de 2024

“Provavelmente lá pelos anos 2050 eu vou abrir o jornal A VOZ DA SERRA e ler reportagens sobre autoridades que ainda estarão tentando, através de panfletos, argumentos e discursos promover a paz no trânsito, sem nenhum resultado, claro. O lado bom é que se isso acontecer significa que não fui atropelada por nenhum motorista bêbado ou motoqueiro imprudente. Sigo e sempre seguirei fazendo a minha parte, e espero que os órgãos responsáveis também façam a sua focando no seu papel de multar e punir quem não respeita a lei muito menos a vida dos outros.

“Provavelmente lá pelos anos 2050 eu vou abrir o jornal A VOZ DA SERRA e ler reportagens sobre autoridades que ainda estarão tentando, através de panfletos, argumentos e discursos promover a paz no trânsito, sem nenhum resultado, claro. O lado bom é que se isso acontecer significa que não fui atropelada por nenhum motorista bêbado ou motoqueiro imprudente. Sigo e sempre seguirei fazendo a minha parte, e espero que os órgãos responsáveis também façam a sua focando no seu papel de multar e punir quem não respeita a lei muito menos a vida dos outros. Friburgo precisa de mais ordem no trânsito.”

Vanessa Pereira 

 

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Incentivo a mais

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Após 14 anos, Bolsa Atleta federal tem valor do benefício reajustado

        O presidente Lula recebeu, no Palácio do Planalto, em Brasília, ainda antes do embarque, atletas que representaram ou vão representar o Brasil nas Paralimpíadas de Paris, na França. No encontro, Lula assinou decreto que reajusta em 10,86% o Bolsa Atleta, programa que completa 20 anos em 2024 e estava há 14 anos sem reajuste.

Após 14 anos, Bolsa Atleta federal tem valor do benefício reajustado

        O presidente Lula recebeu, no Palácio do Planalto, em Brasília, ainda antes do embarque, atletas que representaram ou vão representar o Brasil nas Paralimpíadas de Paris, na França. No encontro, Lula assinou decreto que reajusta em 10,86% o Bolsa Atleta, programa que completa 20 anos em 2024 e estava há 14 anos sem reajuste.

        “Quando foi criado o Bolsa Atleta a cultura brasileira, muitas vezes, não levava em conta que, antes das pessoas se tornarem importantes, famosas e terem patrocínio privado, muitas pessoas não tinham sequer um tênis para praticar o seu esporte. O empresário não tem nenhuma obrigação de olhar para um atleta que não tem medalha de ouro, mas o Estado brasileiro e o governo têm que olhar para todos os atletas e mais para aqueles que podem, no futuro, ganhar medalha de ouro se tiverem condições de praticar esporte”, disse o presidente.
        Os Jogos Olímpicos começaram no dia 26 de julho e foram até o último domingo, 11. A delegação brasileira contou com 277 atletas, sendo 153 mulheres e 12 homens. Já as paralimpíadas serão realizadas do próximo dia 28 a 8 de setembro, com 124 atletas brasileiros.
        Atualmente, mais de nove mil esportistas recebem o Bolsa Atleta, que varia de R$ 370 a R$ 15 mil. Os novos valores, com reajuste, começam a ser pagos em agosto para todas as categorias do incentivo: Estudantil, Base, Nacional, Internacional e Olímpica/Paralímpica.
        O reforço também vale para a Bolsa Pódio, a categoria mais alta do programa, voltada a atletas classificados entre os 20 primeiros do ranking mundial de suas modalidades e com mais chances de conquistar medalhas nos grandes eventos internacionais.
        A judoca Rafaela Silva recebe o auxílio há 15 anos, e em Paris, participou de sua terceira olimpíada. “É muito importante para uma atleta de alto rendimento ter segurança e tranquilidade de poder se preparar, se dedicar só ao seu sonho que, no meu caso, é treinar judô. Tenho hoje a segurança de ter o meu Bolsa Atleta, meu Bolsa Pódio, todo mês na minha conta, que me permitem ajudar minha família e custear meu material do trabalho”, disse.
        Rafaela tem uma carreira promissora e, em 2008, tornou-se campeã mundial sub-20. Três anos mais tarde, já entre os adultos, foi prata no campeonato mundial, na França. Nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, acabou desclassificada, mas, no ano seguinte, tornou-se a primeira judoca brasileira campeã mundial. Nas olimpíadas do Rio, em 2016, conquistou a medalha de ouro em sua cidade natal. Em 2022, ganhou novamente o título mundial. Nas Olimpíadas de Paris, acabou ficando sem medalha nos 57kg do judô.
        O ex-atleta paralímpico e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, destacou que o Bolsa Atleta tem sido crucial para a formação de atletas de elite no Brasil e que muitos dos esportistas que conquistaram medalhas em competições são beneficiários do programa. Segundo ele, em 2021, dos mais de 300 atletas que foram para as olimpíadas de Tóquio, 242 recebiam a bolsa. Já nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-americanos de Santiago, em 2023, 90% dos medalhistas contam com o auxílio.

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    Programa federal terá reajuste nos benefícios após 14 anos (Foto: divulgação)

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    Atualmente, mais de nove mil esportistas recebem o Bolsa Atleta, que varia de R$ 370 a R$ 15 mil (Foto: divulgação)

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Diversificar é investir com mais segurança

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Manter uma relação saudável com seus investimentos é fundamental para viver essa experiência de maneira segura e positiva. Portanto, é preciso estudar. Você não precisa ser especialista, afinal, você pode deixar isso para seu consultor ou assessor de investimentos; mas entender o que será feito com o seu dinheiro é fundamental para se sentir mais à vontade.

Manter uma relação saudável com seus investimentos é fundamental para viver essa experiência de maneira segura e positiva. Portanto, é preciso estudar. Você não precisa ser especialista, afinal, você pode deixar isso para seu consultor ou assessor de investimentos; mas entender o que será feito com o seu dinheiro é fundamental para se sentir mais à vontade.

Falar em investimentos, contudo, faz com que a amplitude tome proporções quase ilimitadas e hoje vou adentrar de forma mais específica em ativos de renda variável; como ações, moedas e commodities, por exemplo. Para isso, vale ressaltar a necessidade de uma carteira de investimentos diversificada e de acordo com o seu perfil.

Existem duas formas de investir em renda variável: a primeira é optar por bons fundos de investimentos em ações (FIC e/ou FIA), recorrendo a gestoras com bom histórico operacional e com taxas justas de acordo com o serviço oferecido; a segunda opção de investimento em ações é através do home broker de sua corretora e aqui começamos a elaborar nosso planejamento (lembre-se sempre de que existem profissionais certificados para atuar na sua assessoria de investimentos e você pode estar sempre em contato com seu assessor para elaborar e seguir este planejamento).

Voltando à lei máxima dos investidores (a diversificação), precisamos falar sobre a correlação de ativos, uma relação estatística para metrificar (variando de -1 a 1) a relação entre ativos. Já ouviu falar?

 

Esta correlação pode se dar de quatro maneiras distintas:

• Correlação perfeitamente positiva (índice igual a 1)

• Correlação negativa

• Correlação positiva

• Correlação perfeitamente negativa (índice igual a -1)

 

As correlações perfeitas são situações ideais e – como tudo que é ideal – impossíveis de acontecer. Contudo vamos estudar as positivas e negativas para entendermos qual é a mais indicada para o seu portfólio de ações.

Basicamente, as correlações positivas se dão quando dois ativos (por haver relação estrita de mercado) fazem movimentos semelhantes entre valorizações e desvalorizações: como exercício, busque comparar os gráficos do barril de petróleo Brent e as ações de Petrobras e verá a influência da cotação do barril de petróleo sobre uma empresa petrolífera. Por outro lado, há a correlação negativa quando dois ativos se movimentam de maneira graficamente opostas: também, como exercício, compare os gráficos de dólar e Ibovespa e irá reparar um movimento espelhado entre os ativos; e faz sentido, afinal, quando o Ibovespa está em crescimento há uma tendência de valorização do real perante o dólar.

Seguindo a ideia de correlação negativa – e evidenciando as possibilidades dentro dos mercados de bolsa –, é importante destacar as estratégias de seguro de carteira. Imagine uma nova crise e bolsas despencando mundo afora e sua carteira de investimentos protegida. É o que acontece quando estabelecemos uma forte correlação negativa dentro de uma estratégia de proteção do capital, mas este já é um assunto extenso e precisa de um texto só para ele.

Por ora, ao planejar sua carteira de investimentos é importante saber o papel de cada ativo e como este vai influenciar sua estratégia. Investimentos via Bolsa de Valores são complexos (apesar de bastante intuitivos) e a falta de planejamento esconde grandes riscos. Portanto, vale ressaltar: boas estratégias podem se mostrar a melhor decisão para seus investimentos.

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Sobre a espiga de arroz e a vida

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

"Quem foi rei nunca perde a majestade ", diz o provérbio. Pensemos, pois, na ideia que se extrai não da frase, mas do sentimento de pertencimento a essa posição superior versus o treinamento de humildade muitas vezes imposto pela vida o qual parece encomendado para aprimorar aqueles que detém dessa soberba ou vaidade.

"Quem foi rei nunca perde a majestade ", diz o provérbio. Pensemos, pois, na ideia que se extrai não da frase, mas do sentimento de pertencimento a essa posição superior versus o treinamento de humildade muitas vezes imposto pela vida o qual parece encomendado para aprimorar aqueles que detém dessa soberba ou vaidade.

Muitos dizem que quanto mais alto se voa, maior costuma ser o tombo. Animador ou desanimador? Acho que depende do solo que se semeia enquanto a subida é preparada. Não temos que temer. Quem tem a terra protegida, pode ser que eventual queda nem machuque. Quem planeja um voo responsável minimiza a chance de queda. Quem encontra proteção Superior, provavelmente sequer vislumbrará o risco. Quem plantou gratidão das pessoas nessa caminhada, certamente encontrará cuidados e acolhimento. Ou seja, tem mais a ver com a maneira de voar do que com a altura atingida.

É muito estranho imaginar uma existência sem prospecção de melhora em alguns aspectos da vida, sem sonhos que fomentem os movimentos, sem base para apoiar os pés para subir mais degraus da escada. É tão bonito observar o voo dos pássaros, tão bonito perceber o voo de gente. Ainda mais essa gente que aprendeu a voar, sem esquecer do quão firme e instável é o solo onde nasceu, sem esquecer do ninho de onde veio.

Tom Jobim propriamente disse que “o Brasil não é para principiantes”. O mundo todo talvez não seja. É preciso aprender, resistir, empregar esforço e sobreviver. Constantemente. Preferencialmente e prioritariamente, de forma digna. Quantos entre nós vivem sentindo-se rei da vida do outro? Quantos entre nós esquecem diariamente de exercer a humildade? E a humanidade? Quantos tentam voar sem asas, com asas quebradas, com asas roubadas, com asas falsas? Que voam sem terem para onde irem ou para onde voltarem? Sem rumo na vida? Quantos sequer sabem que podem voar e não enxergam para além da folha seca do ninho?

Somos toda essa gente múltipla, diversa, complexa por natureza. Seríamos melhores se nos apoiássemos a voar, se nos ensinássemos, nos apoiássemos, se subíssemos os degraus da escada e de cima, puxássemos os próximos para um patamar melhor, um nível mais alto da escala de valores. A desigualdade social é estrondosa. Há muitos que se pensam majestades e olham para os demais como súditos. E vice e versa. Gente que não voa e não deixa os demais voarem. Essa gente que não quero ser nem ter perto de mim.

E pra fechar essa prosa da mesma forma que começamos, rememoro o provérbio: "Quanto mais carregada de grãos, mais se curva a espiga de arroz". É sobre humildade. E muito mais.

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Alerta

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Brasil registra três mortes por dia de crianças e jovens por afogamento

O alerta é sempre muito válido, e os números reforçam a importância de chamar atenção para o tema. O Dia Mundial de Prevenção do Afogamento foi celebrado no último dia 25 de julho, e segundo levantamento divulgado pelo do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em média, três crianças e adolescentes perdem a vida por afogamento, diariamente, no Brasil.

Brasil registra três mortes por dia de crianças e jovens por afogamento

O alerta é sempre muito válido, e os números reforçam a importância de chamar atenção para o tema. O Dia Mundial de Prevenção do Afogamento foi celebrado no último dia 25 de julho, e segundo levantamento divulgado pelo do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em média, três crianças e adolescentes perdem a vida por afogamento, diariamente, no Brasil.

A SBP analisou os registros de óbitos ocorridos entre 2021 e 2022, quando houve mais de 2,5 mil vítimas desse tipo de acidente que, de acordo com a entidade, é completamente evitável. As crianças de 1 a 4 anos de idade foram as principais vítimas, com 943 mortes, seguidas de adolescentes de 15 a 19 anos (860 óbitos). O estudo incluiu as faixas etárias de 10 a 14 anos (com 357 óbitos); de 5 a 9 anos (291); e os menores de um ano (58).

“Falta cuidado, falta proteção. Falta os pais saberem que criança precisa de supervisão do mundo adulto e de um ambiente protegido, porque tem coisas que você evita adaptando esse ambiente à atividade de uma criança”, avalia a pediatra Luci Pfeiffer. As mortes são resultado também da imprudência de pais e de filhos, acrescentou.

A médica atribui a grande incidência de óbitos por afogamento em crianças de 1 a 4 anos de idade à falta de proteção nos ambientes que os menores frequentam. “E a partir daí, tanto a falta de equipamentos de segurança, como na adolescência pela falta de exemplo e supervisão, porque adolescência também tem que ser supervisionada”, observa.

Os afogamentos entre adolescentes se dão mais em águas naturais, como rios, lagos e praias, quando eles se arriscam em lugares desprotegidos e deixados sem supervisão. Entre as crianças pequenas, a maioria dos acidentes acontece dentro de casa, na lavanderia, no banheiro, na piscina e em lugares de lazer.

Algo curioso é acrescentado pela especialista: boias de braço e circulares e brinquedos flutuantes devem ser totalmente evitados. A única proteção comprovada internacionalmente na prevenção dos afogamentos é o uso de colete guarda-vidas, com certificado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e reconhecimento pela Marinha Brasileira.

Também é recomendado que a criança de 3 a 4 anos deve estar à distância de um braço dentro d’água do adulto cuidador. De 2 anos para baixo, ela deve estar junto do adulto.

Outra fato perigoso, na avaliação da médica, são os brinquedos em que a criança fica sentada fora da água, como cavalinhos, porque podem virar de um jeito que fiquem em cima da criança. Mesmo que a criança saiba nadar aos 12 anos, ela tem que ter supervisão direta de um adulto. Entre 3 e 4 anos, mais ainda.

O estado que mostra o maior número de registros de mortes no período analisado é São Paulo (296), devido, em grande parte, à população maior, seguido da Bahia (225), Pará (204), Minas Gerais (182), Amazonas e Paraná (131), cada. Os acidentes fatais envolvendo crianças e jovens do sexo masculino corresponderam a 76% dos registros nos anos pesquisados, enquanto as meninas somaram 24%. Muitas crianças que não chegam a se afogar apresentam graves sequelas.

Por regiões, o maior número de óbitos foi encontrado no Nordeste (375, em 2021, e 398, em 2022), seguido da Região Sudeste (324 e 348), Norte (275 e 222), Sul (157 e 143) e Centro-Oeste (143 e 124). Entre as ações preventivas eficazes está a proibição da livre entrada de crianças pequenas em ambientes como cozinhas, banheiros e áreas de serviço e a importância de bloqueios que impeçam o acesso de menores.

“Precisa ter portões na cozinha, porque isso evita também a ocorrência de queimaduras, sobretudo em crianças pequenas que estão na fase de engatinhamento. São lugares de risco a cozinha, lavanderia, porque uma criança pequena que ainda não tem domínio do seu caminhar, se ela cair em uma bacia com dez centímetros de água, pode se afogar. Baldes e bacias não podem estar no chão com restos de água, bem como as piscininhas de plástico”, recomenda Pfeiffer.

Foto da galeria
Número de afogamentos de crianças reforça o alerta para cuidados a serem tomados (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)
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