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A tecnologia do futuro: máquinas que aprendem sozinhas

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Caros irmãos, nesta semana continuamos apresentando neste espaço a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz: 1º de janeiro de 2024, intitulada “Inteligência Artificial e Paz”. Desta vez, trazemos o terceiro e o quarto tópico da mensagem de Francisco:            

Caros irmãos, nesta semana continuamos apresentando neste espaço a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz: 1º de janeiro de 2024, intitulada “Inteligência Artificial e Paz”. Desta vez, trazemos o terceiro e o quarto tópico da mensagem de Francisco:            

“Nas suas múltiplas formas, a inteligência artificial, baseada em técnicas de aprendizagem automática (machine learning), embora ainda numa fase pioneira, já está a introduzir mudanças notáveis no tecido das sociedades, exercendo uma influência profunda nas culturas, nos comportamentos sociais e na construção da paz.

Desenvolvimentos como a aprendizagem automática ou a aprendizagem profunda (deep learning) levantam questões que transcendem os âmbitos da tecnologia e da engenharia e têm a ver com uma compreensão intimamente ligada ao significado da vida humana, aos processos basilares do conhecimento e à capacidade que tem a mente de alcançar a verdade.

A capacidade de alguns dispositivos produzirem textos sintática e semanticamente coerentes, por exemplo, não é garantia de fiabilidade. Diz-se que podem «alucinar», isto é, gerar afirmações que à primeira vista parecem plausíveis, mas na realidade são infundadas ou preconceituosas. Isto coloca um sério problema quando a inteligência artificial é utilizada em campanhas de desinformação que espalham notícias falsas e levam a uma desconfiança crescente relativamente aos meios de comunicação. A confidencialidade, a posse dos dados e a propriedade intelectual são outros âmbitos em que as tecnologias em questão comportam graves riscos, aos quais se vêm juntar outras consequências negativas ligadas a um uso indevido, como a discriminação, a interferência nos processos eleitorais, a formação de uma sociedade que vigia e controla as pessoas, a exclusão digital e a exacerbação de um individualismo cada vez mais desligado da coletividade. Todos estes fatores correm o risco de alimentar os conflitos e obstaculizar a paz.

O sentido do limite, no paradigma tecnocrático

O nosso mundo é demasiado vasto, variado e complexo para ser completamente conhecido e classificado. A mente humana nunca poderá esgotar a sua riqueza, nem sequer com a ajuda dos algoritmos mais avançados. De fato, estes não oferecem previsões garantidas do futuro, mas apenas aproximações estatísticas. Nem tudo pode ser previsto, nem tudo pode ser calculado; no fim de contas, «a realidade é superior à ideia» e, por mais prodigiosa que seja a nossa capacidade de calcular, haverá sempre um resíduo inacessível que escapa a qualquer tentativa de quantificação.

As máquinas inteligentes podem desempenhar as tarefas que lhes são atribuídas com uma eficiência cada vez maior, mas a finalidade e o significado das suas operações continuarão a ser determinados ou capacitados por seres humanos com o seu próprio universo de valores. O risco é que os critérios subjacentes a certas escolhas se tornem menos claros, que a responsabilidade de decisão seja ocultada e que os produtores possam subtrair-se à obrigação de agir para o bem da comunidade. Em certo sentido, isto é favorecido pelo sistema tecnocrático, que alia a economia à tecnologia e privilegia o critério da eficiência, tendendo a ignorar tudo o que não esteja ligado aos seus interesses imediatos.

Isto deve fazer-nos refletir sobre um aspeto transcurado frequentemente na atual mentalidade tecnocrática e eficientista, mas decisivo para o desenvolvimento pessoal e social: o «sentido do limite». Com efeito, o ser humano, mortal por definição, pensando em ultrapassar todo o limite mediante a técnica, corre o risco, na obsessão de querer controlar tudo, de perder o controle sobre si mesmo; na busca de uma liberdade absoluta, de cair na espiral de uma ditadura tecnológica. Reconhecer e aceitar o próprio limite de criatura é condição indispensável para que o homem alcance ou, melhor, acolha a plenitude como uma dádiva; ao passo que, no contexto ideológico de um paradigma tecnocrático animado por uma prometeica presunção de autossuficiência, as desigualdades poderiam crescer sem medida, e o conhecimento e a riqueza acumular-se nas mãos de poucos, com graves riscos para as sociedades democráticas e uma coexistência pacífica.”

Fonte: Vaticano

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A violência contra a mulher

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Pela primeira vez vou abordar um tema delicado e triste, a violência sofrida pela mulher. Eu me senti motivada a escrevê-lo durante a leitura do livro “Dororidade”, de Vilma Piedade, com prefácio de Márcia Tiburi, que viu a palavra nascer, de modo espontâneo, numa tarde de sábado, no Instituto Cultural Rosie Marie Muraro, quando eram discutidos “os rumos no movimento de protagonização de mulheres para a política”. 

Pela primeira vez vou abordar um tema delicado e triste, a violência sofrida pela mulher. Eu me senti motivada a escrevê-lo durante a leitura do livro “Dororidade”, de Vilma Piedade, com prefácio de Márcia Tiburi, que viu a palavra nascer, de modo espontâneo, numa tarde de sábado, no Instituto Cultural Rosie Marie Muraro, quando eram discutidos “os rumos no movimento de protagonização de mulheres para a política”. 

Sim. Dororidade, a dor provocada nas mulheres pelo machismo. Mulheres de várias idades, nacionalidades e raças experimentam diversas formas de sofrimento decorrentes da crueldade física, moral e do abuso psicológico causados pelos maus tratos masculinos, especialmente contra as mulheres negras. Esse tipo de violência é milenar, mantém-se ativo, caminhando no tempo e em todos os espaços do planeta, deixando feridas e cicatrizes no corpo e na alma femininas. Inclusive, muitas morrem. São assassinadas! 

O machismo machuca, deforma e mata. É a expressão da insensatez e da brutalidade masculinas que caracterizam um modo de ser débil e perverso, que vai contra os princípios da dignidade humana. É decorrente de uma cultura que confunde a força física com a falta de empatia para com o próximo, especial e unicamente, com a mulher. Negligencia a proposição primordial do ser humano, descrita na Bíblia, por Mateus (versículo 12, capítulo 7) e que faz parte do Sermão das Montanhas: “façam aos outros o que querem que eles lhes façam”. Nenhum machista quer ser agredido!

O machismo é uma das piores fraquezas de caráter que um homem possa ter, uma vez que revela um relacionamento fundamentado no desamor, no desrespeito e na ausência de virtudes. A civilização moderna vem amadurecendo conceitos relacionados à preservação da vida e da integridade física, moral e emocional, embora ainda cultive mecanismos sociais, políticos e culturais que alimentam o poder misógino. Ainda é um problema muito sério no Brasil, especialmente na região do Nordeste, agravado pela morosidade da justiça para julgar os casos de situações conflituosas. Nosso país, infelizmente, no ano de 2023, registrou 2.000 casos aproximadamente de homicídios femininos. O que revela a existência, mais comum do que se possa imaginar, da violência contra a mulher nos lares brasileiros.

A Lei Maria da Penha nos mostra que o machismo tem sido punido. Entretanto, ainda, o grito feminino reclama por mais rigidez e ecoa nas paredes das casas, nas calçadas das ruas e nos horizontes das cidades.

Quantos séculos ainda serão precisos para a humanidade estancar de vez a violência contra a mulher.

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Base em ação

sábado, 13 de janeiro de 2024

Garotos do Friburguense terão vários desafios este ano

        Se o futebol profissional do Friburguense voltará a campo apenas no fim do ano, as divisões de base do clube terão um 2024 recheado de grandes desafios. Entendo a importância esportiva e social de manter o trabalho com os garotos, a direção de futebol do Tricolor da Serra trabalha com um calendário repleto de competições importantes para a temporada, inclusive a nível nacional.

Garotos do Friburguense terão vários desafios este ano

        Se o futebol profissional do Friburguense voltará a campo apenas no fim do ano, as divisões de base do clube terão um 2024 recheado de grandes desafios. Entendo a importância esportiva e social de manter o trabalho com os garotos, a direção de futebol do Tricolor da Serra trabalha com um calendário repleto de competições importantes para a temporada, inclusive a nível nacional.

As competições do Campeonato Carioca Sub-15, 17 e 20 já são padrões da Federação de Futebol do Rio (Ferj) provavelmente também jogando o Sub-11 e Sub-13, mantendo o calendário de 2023, mas a ideia é expandir.

        Há a projeção de disputar amistosos contra clubes de maior investimento e a possibilidade de participação em uma competição internacional. O Frizão foi convidado para a edição deste ano da Braga Cup, em Portugal, na categoria Sub-15, no final do mês de junho. Como se trata de uma data relativamente próxima em termos de planejamento, o clube ainda está desenhando a melhor solução para disputar o torneio na Europa.

        A primeira das grandes competições que o Friburguense irá participar é a Brasil Soccer Cup (BSC) 2024. O evento, que terá jogos em diversos municípios, acontece entre os dias 1º a 10 de março, com a inédita edição da categoria Sub-14. O campeonato do Sub-16 terá a terceira edição promovida no mês de julho (nas duas primeiras, o Flamengo se sagrou campeão), e o Tricolor da Serra também tem presença confirmada.

 

Brasil Soccer Cup

        A Brasil Soccer Cup vai contar com 32 equipes, entre elas o Friburguense, “representando a Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro”, como resume o perfil oficial do evento nas redes sociais.

Os times serão divididos em oito grupos de quatro. Treze grandes equipes de renome do futebol nacional já confirmaram presença na competição, entre elas Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Atlético Mineiro, Cruzeiro, América Mineiro, Athlético Paranaense, Bahia, Fortaleza e Atlético Goianiense. Internacional e Grêmio geralmente participam do Sub-16, e também podem marcar presença no Sub-14 (os participantes serão definidos até o final deste mês).

        Algumas cidades sedes já estão confirmadas como sedes, dentre elas Macaé, Campos dos Goytacazes, São João da Barra, Quissamã e Carapebus. Outras que podem confirmar nos próximos dias são Casimiro de Abreu, Rio Bonito e Arraial do Cabo.
        Segundo o diretor de competições da LMD (organizadora da competição, em parceria com a Ferj), Wanderson Agostinho, e que também é o idealizador da BSC, e um dos coordenadores do evento, todas as cidades sedes e as 32 equipes estarão definidas e serão anunciadas oficialmente.
        “Até o fim do mês iremos divulgar todas as cidades sedes e as equipes de maneira oficial. Estamos ainda aguardando alguns documentos que as equipes de pequeno e médio investimento de várias partes do Brasil devem nos enviar. Somente então faremos o anúncio oficial”, garante Wanderson.

        Em busca de internacionalizar a marca, os organizadores da Brasil Soccer Cup afirmaram que a 3ª edição da categoria Sub-16, prevista para o mês de julho de 2024, provavelmente vai poder contar, com algumas equipes do exterior, principalmente sul americanas. Manifestaram-se de forma positiva as equipes argentinas River Plate e Argentinos Jrs, e a equipe Uruguaia Peñarol.

        A Brasil Soccer Cup é realizada desde 2022 pela Liga Macaense de Desportos (LMD), conta com a supervisão da Ferj e é reconhecida oficialmente pela Confederação de Futebol Brasileira (CBF), como um torneio nacional das categorias Sub-16 e Sub-14.

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    Brasil Soccer Cup é um dos desafios da base do Friburguense nesta temporada (Foto: Divulgação)

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    Competição reúne alguns dos maiores clubes do futebol brasileiro em sedes diversas no estado (Foto: Divulgação)

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Friburgo com sede pede água

sábado, 13 de janeiro de 2024

Edição de 12 e 13 de janeiro de 1974 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Friburgo com sede pede água - Hotéis, restaurantes e residências privados do precioso líquido. Cidade, em crise, clama e cobra da atual administração municipal, promessas de campanha eleitoral. Apesar da elevação de tarifas, a água está faltando em toda a cidade. Um grande número de reclamações têm chegado à nossa redação.

Edição de 12 e 13 de janeiro de 1974 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Friburgo com sede pede água - Hotéis, restaurantes e residências privados do precioso líquido. Cidade, em crise, clama e cobra da atual administração municipal, promessas de campanha eleitoral. Apesar da elevação de tarifas, a água está faltando em toda a cidade. Um grande número de reclamações têm chegado à nossa redação.

Professores (com fome) querem salários - Professores da FEC sem receber os salários de novembro, dezembro e 13º salário referentes a 1973. 

Campesina completou 104 anos - Com alvorada festiva, no último dia 6, com sessão solene, e um almoço de confraternização no restaurante Cancelão, a Sociedade Musical Beneficente Campesina Friburguense, comemorou seus 104 anos de atividades em Nova Friburgo. 

Vestibular de odontologia tem inscrições até 31 - Quem quiser disputar 60 vagas para o vestibular de odontologia, da Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo, tem que se apresentar na Rua Sylvio Henrique Braune, no horário das 8h às 22h, nos dias úteis de 2ª a 6ª feira, até o próximo dia 31 do corrente.  

 

Pílulas

Aquela “coisa” horrível, de um tremendo mau gosto, que foi construída na confluência Praça Presidente Vargas - Avenida Alberto Braune, que por si só era um monumento à técnica, à visão e beleza das realizações da administração Amâncio Azevedo parece - finalmente - ter seus dias contados. No princípio desta semana, a “coisa” estava sendo demolida por funcionários públicos. Construída, inaugurada (com placa e tudo!), morre sem que até hoje ninguém saiba o porque de sua existência e significado. Portanto, à primeira grande obra do governo Amâncio, a demolição da “coisa”. Alvíssaras! 

O prefeito municipal também nesta semana reuniu todo o seu secretariado, diretores e chefes de seção diretamente subordinados ao gabinete e alguns “oitentinhas” para manifestar a sua estranheza quanto ao fato de assuntos internos e ocorrências outras havidas em recintos da prefeitura ganhem rapidamente as manchetes de jornais da cidade. 

 

E mais…

Tião Procópio derrota Bento (escolas de samba)...

Sindicato dá funeral para trabalhadores… 

Renato (goleiro do Flamengo) preso em Friburgo…

Espiritismo: Sepe inaugurou sede na cidade

Curso de administração prática… 

 

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Heloísa do Valle (14); Nelson Knust (17); João Mezavilla Teixeira e Carlos Alberto Cariello (18); Elizabeth Folly (19); Sebastião Mattos (20); João Baptista Oliva, Wilson Campos Filho e Terezinha Soares (21).

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Mitigação e análise de riscos

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Investidores e participantes do mercado financeiro enfrentam constantemente desafios associados aos riscos inerentes ao ambiente de negociação. Um dos métodos cruciais para mitigar esses riscos é a análise das classificações de risco fornecidas por agências renomadas, como Fitch Ratings e Standard & Poor's (S&P).

Investidores e participantes do mercado financeiro enfrentam constantemente desafios associados aos riscos inerentes ao ambiente de negociação. Um dos métodos cruciais para mitigar esses riscos é a análise das classificações de risco fornecidas por agências renomadas, como Fitch Ratings e Standard & Poor's (S&P).

Os riscos no mercado financeiro abrangem uma ampla gama de variáveis, desde flutuações nos preços das commodities, por exemplo, ou até mudanças abruptas nas taxas de câmbio e inadimplência. Esses fatores podem ter impactos significativos nos investimentos e no desempenho de portfólios, exigindo uma abordagem estratégica para a gestão de riscos.

As agências de rating desempenham um papel crucial ao avaliar a capacidade de emissores de títulos e instrumentos financeiros de cumprir suas obrigações. As classificações atribuídas, refletem a percepção dessas agências sobre o risco de crédito associado a um determinado emissor. A análise dessas classificações pode ser um farol valioso para os investidores, fornecendo insights sobre a estabilidade financeira e a capacidade de pagamento de uma entidade.

Muito atribuída aos produtos de investimentos relacionados ao crédito, essas classificações vão orientar, principalmente, seus investimentos em títulos bancários (CDB, LCI, LCA etc.) e corporativos (CRI, CRA, Debêntures etc.). Portanto, ao entender a dinâmica da classificação de risco, precisamos ter ciência das formas de mitigá-lo.

 

Seleção Informada de Investimentos: Investidores podem utilizar as classificações de risco para orientar suas decisões de investimento, preferindo ativos com classificações mais elevadas para reduzir a exposição a riscos de inadimplência.

 

Diversificação Adequada: A diversificação de portfólios é uma estratégia eficaz para reduzir o risco de mercado. As classificações de risco auxiliam na escolha de ativos com diferentes níveis de risco, contribuindo para uma carteira mais equilibrada.

 

Monitoramento Contínuo: A dinâmica do mercado pode impactar as condições financeiras de uma entidade ao longo do tempo. O monitoramento regular das classificações de risco permite ajustes rápidos em resposta a mudanças nas condições econômicas.

 

Em um ambiente financeiro volátil, a análise criteriosa das classificações de risco emerge como uma ferramenta essencial para a gestão eficaz de riscos. Ao compreender e incorporar essas classificações em estratégias de investimento, os participantes do mercado podem potencialmente reduzir a vulnerabilidade a eventos adversos, fortalecendo a resiliência de seus portfólios e a segurança patrimonial.

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Desafio

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Promessa do UFC desafia Barboza e fala em “aposentar” o friburguense

No universo das artes marciais, uma boa provocação é comum, seja para apimentar uma luta prevista ou mesmo pressionar os comandantes das organizações por um encontro. Dentro deste contexto, Edson Barboza, ainda no final do último ano, foi desafiado por um dos atletas considerados como “promissores” do UFC.

Promessa do UFC desafia Barboza e fala em “aposentar” o friburguense

No universo das artes marciais, uma boa provocação é comum, seja para apimentar uma luta prevista ou mesmo pressionar os comandantes das organizações por um encontro. Dentro deste contexto, Edson Barboza, ainda no final do último ano, foi desafiado por um dos atletas considerados como “promissores” do UFC.

Muhammad Naimov está no início de sua trajetória, e mostrou não se intimidar com os grandes nomes do peso-pena (66 quilos). Após passar por Nathaniel Wood, conquistando sua segunda vitória no octógono, ele aproveitou para desafiar o friburguense. E até mesmo falou em “ajudar a aposentar” o potencial adversário.

Na coletiva de imprensa pós-UFC 294, Naimov tornou público seu desejo de medir forças com Edson Barboza na sequência e até o provocou. Curiosamente, o atleta reconhece que o profissional, de 37 anos, não é um lutador qualquer no MMA, mas, confiante em seu nível de habilidade, promete encerrar a carreira do mesmo. Barboza vem de vitória épica em cima de Sodiq Yusuff, em outubro, e busca lutas contra atletas no top-10 da categoria.

No entanto, Naimov, que não integra o top-15 da divisão, ignora tal distância entre eles, minimiza o triunfo de Edson e ressalta que não teme sua trocação – principal característica do stricker de Nova Friburgo.

"Quero lutar em janeiro ou fevereiro. Quero lutar com Alex Caceres ou com uma lenda, mas ela precisa se aposentar. Vou ajudá-lo a se aposentar, o nome dele é Edson Barboza. Vai ser uma luta tipo helicóptero. Porque ele vai dar o chute rodado e eu vou dar de volta. Eu não ligo. Também posso vencer Sodiq. Sei como vencer Edson, só isso", declarou o lutador.

Muhammad Naimov, de 29 anos, é uma promessa do UFC. O tajique iniciou sua trajetória no MMA em 2018 e estreou na organização em 2023. Nela, o atleta venceu Jamie Mullarkey e Nathaniel Wood. Como profissional, 'Hillman' construiu um cartel composto por dez vitórias, sendo sete pela via rápida (cinco por nocaute e duas por finalização), e duas derrotas.

Aos 37 anos, Edson Barboza fez novamente história em sua última apresentação. Depois de quase ser nocauteado no primeiro round com Sodiq Yusuff, o friburguense conseguiu uma virada impressionante no peso-pena (até 66,2 quilos) e venceu por decisão unânime (49-46, 48-46 e 48-46). Além disso, Barboza ainda levou o nono bônus de “luta da noite” na organização, um recorde.

O atleta de Nova Friburgo, um dos grandes nomes de todos os tempos do UFC na luta em pé, integra o elenco do Ultimate desde 2010, se encontra na 11ª posição no ranking da categoria – liderado por Alexander Volkanovski - e disputou 28 lutas pelo Ultimate, onde venceu 17 confrontos (boa parte deles de maneira marcante) e perdeu 11 combates. Barboza ainda aguarda pela confirmação do próximo desafio.

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    Edson Barboza aguarda por novo desafio, após encerrar 2023 em alta (foto: divulgação)

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    Aos 29 anos, Muhammad Naimov é tratado como ma promessa da organização (foto: divulgação)

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Sem capina

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

“Li na semana passada a reportagem deste jornal denunciando a falta de capina em vários pontos da cidade, onde o mato alto chama atenção. Moro no bairro Braunes e a situação aqui também está bem crítica quanto a falta de capina nas ruas. Desde novembro do ano passado fiz à prefeitura uma solicitação de capina na minha rua e até agora nada. Inclusive tenho o protocolo. A última vez que a equipe da prefeitura esteve aqui para capinar a rua foi em abril (de 2023).

“Li na semana passada a reportagem deste jornal denunciando a falta de capina em vários pontos da cidade, onde o mato alto chama atenção. Moro no bairro Braunes e a situação aqui também está bem crítica quanto a falta de capina nas ruas. Desde novembro do ano passado fiz à prefeitura uma solicitação de capina na minha rua e até agora nada. Inclusive tenho o protocolo. A última vez que a equipe da prefeitura esteve aqui para capinar a rua foi em abril (de 2023). Pago em dia todos os anos um dos IPTUs mais caros da cidade e também o foro e para ter um serviço básico do município tenho que implorar e, o pior, sem conseguir a atenção devida das autoridades. Muito difícil essa situação.” 

Raquel Souza

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13 anos da tragédia

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

442 mortos. 14 desaparecidos. Soma que supõe que após 13 anos, Nova Friburgo teve, no máximo, 456 vítimas fatais pelo evento climático daquela madrugada entre os dias 11 e 12 de janeiro. Ainda que perdurem imaginações de que houve número maior de mortos, as autoridades, inclusive as que fiscalizam como o Ministério Público Estadual, rechaçam essa possibilidade. Até porque foi feito um trabalho minucioso para respeitar a memória de cada família.

Fake news

442 mortos. 14 desaparecidos. Soma que supõe que após 13 anos, Nova Friburgo teve, no máximo, 456 vítimas fatais pelo evento climático daquela madrugada entre os dias 11 e 12 de janeiro. Ainda que perdurem imaginações de que houve número maior de mortos, as autoridades, inclusive as que fiscalizam como o Ministério Público Estadual, rechaçam essa possibilidade. Até porque foi feito um trabalho minucioso para respeitar a memória de cada família.

Fake news

Se o termo fake news ganhou notoriedade a partir das eleições estadunidenses de 2016, notadas também nas eleições brasileiras, a partir de 2018, pode-se dizer que em 2011, em Nova Friburgo, o efeito delas foi sentido na prática, in loco. O boato da represa rompida levou pavor a uma população já fragilizada, por uma mera desinformação. As redes sociais ainda não tinham o poder que tem hoje, mas o transtorno causado neste episódio é uma amostra, na prática, dos efeitos de notícias falsas que nem sempre são percebidas no campo virtual.

Intervenção

O mesmo ocorre quanto ao boato de que o número de mortos foi muito maior, mas teria sido ocultado para que não se tivesse uma intervenção internacional na Região Serrana, citando-se diretamente a ONU. Isto nunca passou de um devaneio. Do ponto de vista formal não há e nem havia justificativas concretas para uma intervenção internacional, assim como os critérios apontados para tal, não citam, em momento algum, qualquer patamar de número de mortos como limite a ser tolerado num determinado episódio, seja ele natural ou provocado.

Centro de Operações e Monitoramento

Treze anos após a tragédia, Nova Friburgo teve avanços no que diz respeito às sirenes e aos postos de abrigo para situações de risco. O monitoramento de cheias de rios feito pelo Governo do Estado se soma, talvez, às únicas experiências da tragédia que perduram em termos de prevenção. O município continua sem um centro de operações e monitoramento, como os existentes nas cidades de Niterói e Rio de Janeiro, por exemplo. Após mais de uma década, a Defesa Civil também parece ter perdido relevância em termos de investimentos e inovação - prioridade.

Engenharia Pública

A engenharia pública, importante instrumento para evitar construções irregulares ou em locais de risco, ainda não foi implantada, mesmo já tendo legislação municipal aprovada que trate do assunto. Ou seja, o legislativo, dentro das suas limitações, fez a sua parte. O Executivo tentou derrubar a proposta, mas ao fim acabou derrotado. No entanto, não dá qualquer sinal de que implantará a Engenharia Pública em curto ou médio prazo.

Habitação

O município não construiu e não há qualquer previsão de construir habitações populares. Dois legados da tragédia, neste sentido, foram os conjuntos habitacionais. O do Parque das Flores, em Conselheiro Paulino, construído com doações de pessoas de todo o país e gerenciado pelo governo municipal da época. Com uma estrutura considerada adequada, dando a possibilidade às famílias contempladas de ampliarem os imóveis.    

Terra Nova

O outro conjunto é o condomínio Terra Nova, construído com recursos federais. Um grande complexo que desprezou as histórias das famílias e colocou, para não dizer amontoou, todas elas em um mesmo lugar. Pior: o projeto não foi completado, não oferecendo as devidas estruturas prometidas na contrapartida do Estado e do município, como escola, creche, quadra esportiva e posto de saúde. Sem contar o impacto de mobilidade urbana ao distrito de Conselheiro Paulino, o que em nenhum momento foi pensado. 

Responsabilidade municipal 

Em 2020, após longa burocracia, o Terra Nova foi entregue à responsabilidade da prefeitura, que passou a ter total independência para fazer as intervenções no condomínio. O que se percebe é a falta de fiscalização, planejamento ou orientação às ações feitas pelos próprios populares e quase nada de concreto para equipamentos públicos na área. As preocupações com segurança também existem e especialistas defendem que, mais importante do que a polícia, é a assistência social e projetos de educação, esporte e cultura.

Lembrar para não esquecer

A cultura de prevenção deve ser uma constante. Ainda que o tempo amenize a dor sentida, 2011 não pode ser esquecido, em memória dos que perderam suas vidas, mas também como pressão para: que a Defesa Civil tenha investimentos; que exista de fato uma política habitacional, que se tenha monitoramento e operação com resposta rápida; que se organize fundo financeiro para resposta imediata a eventos provocados por chuvas e que se pense seriamente em planos para os desafios que as mudanças climáticas impõem.       


 

Calendário de pagamentos

O Governo do Estado, como nos dois últimos anos, pagará os servidores públicos até o terceiro dia útil de cada mês, durante todo este novo ano. Os depósitos em conta, no entanto, podem ocorrer antes desta data, inclusive, no último dia útil do mês trabalhado. Ao longo de 2023, houve algumas antecipações quanto ao 3º dia útil. A primeira parcela do 13º será depositada no dia 28 de junho, enquanto a segunda está programada para o dia 20 de dezembro. 


 

UFF Nova Friburgo

A unidade de Nova Friburgo da Universidade Federal Fluminense abriu inscrições para um novo processo seletivo para  a contratação de um professor substituto na área de Análises Clínicas. Para se inscrever, é necessário possuir graduação completa em nível superior, com mestrado em Ciências da Saúde, Ciências, Área da Saúde ou Ciências Biológicas. O salário será de R$ 4.692,37, acrescido de R$ 658 de auxílio-alimentação, entre outros benefícios.

Etapas

Os interessados devem se inscrever no período entre os próximos dias 17 a 30, exclusivamente via internet, no site da UFF. Será cobrada uma taxa de participação no valor de R$ 60. Como forma de classificação, os candidatos serão avaliados em três etapas: prova escrita, prova didática, além de análise de currículo vitae, previstas para ocorrerem no período de 5 a 8 de fevereiro.


 

Carnaval 2024

Contagem regressiva para a folia. Faltam apenas 30 dias para o carnaval começar. Blocos de rua já com seus abadás à venda. Escolas de samba na finalização de suas alegorias e fantasias. Preparação final das comissões de frente, alas coreografadas e treinos quase diários para os casais de mestre-sala e porta-bandeira. Sambas já na ponta da língua das torcidas. Dia 9 de fevereiro tudo começa com o bloco das piranhas. Já é quase hora de escolher a fantasia.    

Saudade

A Unidos da Saudade promove nesta sexta-feira, 12, às 21h, em sua quadra, o grande encontro. A roxo e branco receberá os intérpretes das demais escolas em uma grande festa do samba friburguense. Todas as co-irmãs estão confirmadas: Vilage, Alunão, Imperatriz, Globo de Ouro, Unidos do Imperador, Bola Branca e Raio de Luar. Todas em um mesmo lugar.       

Vilage

Todas as quartas e domingos de janeiro, a Vilage vai fazer ensaios de comunidade. No meio de semana, à noite. Domingos, às 17h, sempre na quadra da agremiação. Com o enredo “Xaxado”, a Vilage tentará o inédito pentacampeonato do carnaval friburguense. 

Imperatriz

Os ensaios de comunidade da Imperatriz de Olaria acontecem todas as quintas deste mês. No sábado, 20, e no domingo, 28, realiza ensaio show, com todos os segmentos. Já a bateria ensaia todas terças-feiras. Antes, neste domingo, 14, a vermelho e branco realiza o almoço da velha-guarda em conjunto com a diretoria e a harmonia. Aberto à comunidade.      

Milagres de momo

Foi definido que cada escola que desfila no domingo receberá R$ 180 mil de subvenção como ajuda pública. Geralmente, cada uma das quatro agremiações desfila com quatro a cinco alegorias, cada vez maiores, mais luxuosas e com efeitos especiais. Somadas, no mínimo, apresentam 16 carros alegóricos. 

Carnaval x Natal

Somadas, recebem da municipalidade R$ 720 mil para serem investidos ainda nas fantasias e nos profissionais que atuam nos desfiles. Ou seja, as quatro juntas receberão quase R$ 400 mil a menos do que foi pago para seis alegorias que participaram do desfile de natal. O milagre parece que não é de Natal, mas de Carnaval. A ajuda de custo (melhor termo que pode ser usado), neste ano, no entanto, teve um aumento de 12,5% com relação ao ano passado. Ainda bem a quem do que as agremiações apresentam e investem.         

Gay do Carnaval

Estão abertas as inscrições para o Concurso Gay do Carnaval que neste ano chega à sua 21ª edição. A festa, que já tem se tornado uma tradição do carnaval friburguense, acontece na segunda de carnaval, dia 12 de fevereiro, na Praça Dermeval Barbosa Moreira, onde será montado o palco principal da folia. Para se inscrever, basta preencher um formulário no site da Secretaria de Turismo. As inscrições podem ser feitas até o próximo dia 28. O evento é feito em parceria com a Liga das Escolas de Samba. 

Concurso de Fantasias

Também no site da Secretaria de Turismo seguem abertas as inscrições para o Concurso de Fantasias. Os interessados só têm até o próximo dia 18 para se inscrever. Para a eleição de Rainha e Rei Momo, as inscrições terminam antes: amanhã, 12. Ambos concursos, acontecem antes do Carnaval, no próximo dia 28, no ginásio do Friburguense.      

 

Palavreando

“Roda como a porta-bandeira. Levanta as suas bandeiras. Somos nossas paixões. Faz das suas paixões seu sobrenome. E ainda que pareça colecionar utopias, lembre de Galeano: siga caminhando até o horizonte”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

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Precisamos retomar o brilho de sermos friburguenses

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

De férias pelo sul do Brasil, nesta semana ao revisitar minhas memórias de quando vim novamente morar em Nova Friburgo - depois de 12 anos morando em João Pessoa-PB, fiquei pensativo e um pouco incomodado por constatar como a nossa amada cidade se estagnou e parou no tempo.

De férias pelo sul do Brasil, nesta semana ao revisitar minhas memórias de quando vim novamente morar em Nova Friburgo - depois de 12 anos morando em João Pessoa-PB, fiquei pensativo e um pouco incomodado por constatar como a nossa amada cidade se estagnou e parou no tempo.

Quando comparo os mesmos cenários de outrora com os dos dias atuais, através das memórias e das fotos, lembro, talvez, de um comércio ou outro que trocou de lugar. Entretanto, como cidade, é incontestável: nada mudamos significativamente, que realmente nos fizesse olhar para trás e nos orgulharmos de como mudamos os rumos do nosso futuro.

Um dia, já fomos referência. Nossa história nos mostrou que nascemos para brilhar, mas não estamos brilhando. Vivemos em um parque dentro de uma cidade ou numa cidade dentro de um parque? Todo mundo terá uma resposta particular para essa pergunta.

Entretanto, deixando de lado as nossas paixões e favoritismos políticos, honestamente, lhes pergunto: nos últimos 12 anos de gestão da nossa cidade, você é capaz de me dizer uma iniciativa que mudou os rumos da vida dos friburguenses? Creio que a grande maioria das pessoas não tem uma resposta para essa pergunta – o que é triste!

Sem termos um bom parâmetro definido perto de nós, cada vez mais vamos nos acostumando com menos, fazendo com que qualquer coisa seja melhor do que nada. E assim nos contentamos com aquele emprego meia-boca, com um salário mais ou menos, com uma relação sem reciprocidade, com amizades por interesse.

Nos acomodamos em sentarmos no penúltimo lugar na plateia só para ver o show ou mesmo com o que sobra da janta, com as migalhas que alguém deixa cair. E sabe porque a gente se contenta? Porque se acomoda, se apropria daquela zona de conforto e resolve morar nela, esquecendo que merece mais, que pode mais, que consegue mais.

Não me lembro de uma Nova Friburgo que vivesse tanto a sua zona de conforto como atualmente. Onde são feitas apenas as coisas mornas, onde tomamos aquele café meio quente e achamos que está ótimo e que nada melhor poderia estar sendo feito com a nossa vida. Quando na verdade, a vida está acontecendo e nós estamos parados.

A cidade em nada cresceu em oportunidades. Para muitos, o melhor caminho ainda é a saída - seja para estudar, trabalhar ou viver. Junto com os investimentos, se foram as fábricas, levando consigo perspectivas de mudanças de vida e, ano após ano, nos acostumamos a ver mais e mais pessoas indo embora, nos esvaziando em oportunidades.

Você já pensou em sair do seu emprego? E já se perguntou para onde vai depois de sair? Afinal, temos oportunidade de escolher em Nova Friburgo? As opções são exatamente as mesmas, apenas mudando o lugar em que você vai trabalhar, sem melhores condições ou qualquer perspectiva de crescimento na vida. E não pense que para quem empreende também está fácil.

Contudo, será que só merecemos isso? Podemos querer o primeiro lugar, desejar um relacionamento saudável, sonhar com um cargo de presidente, querer ter o corpo dos nossos sonhos. Mas parte importante desse processo, de se entender como cidade, é achar-se merecedor dessas conquistas.

Porém, talvez por estarmos absortos nesse cataclismo o achamos normal, aceitável. Apáticos perceptivamente, seguimos apenas buscando como nos adequarmos ao “status quo”. Afinal, como podemos querer crescer em uma cidade que não cresce em nenhum aspecto?

E sinceramente, não escrevo esse texto com qualquer pretensão política, mas pelo puro desejo que enxergo ser comum à outras pessoas de nossa cidade, englobando toda a pluralidade de etnias, gênero, sexualidade, classe sociais e de idade: o desejo de termos novamente o brilho e o orgulho de morarmos em uma cidade modelo, como um dia já fomos.

É inegável que existiram iniciativas dos poderes Executivo e Legislativo municipais. Umas mais inteligentes, outras menos. Decisões acertadas, outras erradas. Entretanto, a grande verdade é que percebemos nos olhos dos friburguenses, a perda do brilho nos olhos quanto uma mudança expressiva em nossa cidade que atinjam significativamente a nossa vida, além de festas e mais festas.

Infelizmente, nós friburguenses, vivemos a mesma vida de exatamente 12 anos atrás e talvez, até um pouco pior: com menos oportunidades, com mais trânsito, com salários menores, com menos investimentos externos, menos infraestrutura, mais violência e mais insegurança do que seremos no futuro. Esse é o sentimento que paira em Nova Friburgo.

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Você é uma pessoa confiável?

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Podemos confiar em pessoas confiáveis. Quais as características de uma pessoa confiável? O tipo de temperamento influi nisso porque, por exemplo, alguém com temperamento sanguíneo exagera na sua fala, por exemplo, dizendo que foi numa festa de aniversário onde tinha muitos docinhos e salgadinhos, quando na realidade tinha pouco. O sanguíneo não está necessariamente mentindo, mas para ele é mais importante o relacionamento do que os detalhes do que ele diz.

Podemos confiar em pessoas confiáveis. Quais as características de uma pessoa confiável? O tipo de temperamento influi nisso porque, por exemplo, alguém com temperamento sanguíneo exagera na sua fala, por exemplo, dizendo que foi numa festa de aniversário onde tinha muitos docinhos e salgadinhos, quando na realidade tinha pouco. O sanguíneo não está necessariamente mentindo, mas para ele é mais importante o relacionamento do que os detalhes do que ele diz.

Há muitos anos li um artigo no antigo Jornal do Brasil sobre o por que políticos mentem tanto. Uma das explicações é que muitos deles passam a crer que a mentira é a verdade. Claro, também por conflitos de interesses. E existe o perigo de você ser enganado crendo que algo é verdade, quando não é.

O que faz uma pessoa confiável? Ela faz o que disse que faria, e não faz o que disse que não faria. E se precisar mudar sua atitude, ela explica a razão disso baseada na verdade e não na manipulação por causa de interesses egocêntricos e corruptos. Não viola suas promessas decepcionando as pessoas. Tem integridade e fortes valores morais saudáveis que ela pratica. Faz bons amigos, é um bom cooperador numa empresa, bom cônjuge, familiar agradável, bom vizinho.

Uma pessoa confiável nunca faz fofoca, não compartilha informações particulares de outras pessoas. Ela não furta, não pega para si objetos de outras pessoas sem autorização do dono. Mantém sua palavra. Um político confiável, ao ser eleito, procura cumprir as promessas de sua campanha e durante a campanha não fica prometendo o que não pode cumprir.

Décadas atrás, muitos negócios eram feitos sem contrato escrito, mas garantida pela palavra do indivíduo confiável. Interessante que isso ocorria mais entre pessoas do interior.

O indivíduo confiável ao assumir um compromisso, ele o cumpre. Pode demorar porque existem fatores alheios à sua vontade que podem prejudicar a execução do que ele disse que faria, mas ele faz.

O confiável nunca mente e não faz qualquer coisa que não seja baseado na verdade. Quando ele ou ela lhe diz alguma coisa, pode crer que é verdade. O indivíduo confiável é consistente com o que diz, ou seja, ele não diz numa hora que, por exemplo, um político oponente é a pior coisa para o país e depois, em outra hora, se une a este político para atividades de poder. Neste caso ambos podem não ser confiáveis, porque como você vai confiar em alguém que disse que você é a pior coisa para o país? Como um vai confiar no outro? Uma pessoa confiável tem preocupação com sua reputação em vez de praticar atitudes desonestas sem se preocupar com ser ou não uma pessoa de confiança.

Ser uma pessoa de confiança faz de você alguém que respeita a si e aos outros, sem humilhar e intimidar os demais. É transparente em vez de ficar cochichando no ouvido das pessoas com intenção maldosa. Não tem duas caras, uma no trabalho e outra em casa e outra ainda na comunidade religiosa que frequenta.

Um indivíduo confiável demonstra interesse genuíno pelo bem estar de outros. Não tem uma fachada ou discurso de bondade, de “bem comum”, participando, entretanto, por detrás dos bastidores na organização de eventos ditatoriais e enganadores para a população.

Uma pessoa de confiança mede bem suas palavras em vez de viver dizendo de forma decorada que “tem o maior respeito por” fulano, quando não tem. Não bajula para ganhar afeto, poder, dinheiro, fama. É uma pessoa discreta em vez de “cheguei” que é a que quer chamar a atenção sobre si em qualquer ambiente. É bom ser de confiança, faz bem para todos.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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