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quarta-feira, 06 de dezembro de 2023

Após inscrições, candidatos ao Bolsa Atleta Municipal são avaliados

        Vencido o prazo para inscrição de atletas para o programa municipal de incentivo “Bolsa Atleta”, no último dia 1º, a Comissão Julgadora, formada por membros do Conselho Municipal de Esportes, está realizando a análise dos pedidos durante esta semana. O resultado final será divulgado no dia 10 de janeiro de 2024.

Após inscrições, candidatos ao Bolsa Atleta Municipal são avaliados

        Vencido o prazo para inscrição de atletas para o programa municipal de incentivo “Bolsa Atleta”, no último dia 1º, a Comissão Julgadora, formada por membros do Conselho Municipal de Esportes, está realizando a análise dos pedidos durante esta semana. O resultado final será divulgado no dia 10 de janeiro de 2024.

        Ao longo dos últimos dias, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer recebeu a documentação de centenas de interessados em concorrer ao recebimento do benefício, que oferece 38 bolsas com valores diversos. Foram em torno de 300 atletas procurando a pasta para obter informações, segundo o último balanço fornecido pela pasta. O número exato de inscritos ainda não foi divulgado.

        “Considero o Programa Bolsa Atleta um grande sucesso. Tenho certeza que vai auxiliar de maneira eficiente aos nossos atletas. Tivemos duas semanas de inscrições, mas o grande boom foi nesses últimos três dias. Vamos aguardar agora a avaliação dos projetos. Desejo sorte a todos os concorrentes", declarou o secretário municipal de Esportes e Lazer, João Victor Duarte.

        O Programa Bolsa Atleta foi instituído em julho deste ano e consiste em apoio financeiro, técnico e material para atletas, paratletas não profissionais e atleta guia. A iniciativa faz parte do plano de governo da atual gestão municipal. Os atletas que representam Nova Friburgo em eventos oficiais municipais, estaduais, nacionais e internacionais têm prioridade. O objetivo do programa é de valorizar e apoiar atletas e paratletas, incentivando jovens a desenvolver a prática do esporte.

        De acordo com a prefeitura, são objetivos do programa valorizar e apoiar atletas e paratletas que participam do esporte educacional e, em casos específicos de acordo com o regulamento de cada modalidade, da prática de alto rendimento, além de incentivar jovens, desenvolver a prática do esporte como meio de ascensão social, através da concessão de bolsas remuneradas e aquisição de materiais, além de estimular veteranos. Atletas friburguenses que hoje moram fora também podem representar a cidade.

O texto da medida cita que o esporte não profissional é a prioridade, mas o município, através de autorização do legislativo, pode cooperar para a sua profissionalização. O Bolsa Atleta atenderá às modalidades olímpicas, paraolímpicas e não olímpicas, com prioridade para aquelas que Nova Friburgo é representada em eventos oficiais, no âmbito estadual, nacional e internacional.

        O programa promete oferecer apoio financeiro, técnico e material a atletas, paratletas não profissionais e atleta guia e, em casos especiais, apoio financeiro excepcional para o custeio de viagens, hospedagens, alimentação, transporte, inscrição em competições e outras despesas do atleta que representará Nova Friburgo.

O programa será concedido pelo prazo máximo de um ano. É obrigatório para a renovação na concessão do programa ou apoio financeiro excepcional a aprovação das contas do requerente contemplado.

Metade das bolsas será destinada ao público feminino, e a outra parte, ao masculino, com valores subdivididos em categorias: Atleta/Paratleta/Atleta-guia Nível Estadual: 26 bolsas no valor de R$ 3 mil anuais, cada; Atleta/Paratleta/Atleta-guia Nível Nacional: dez bolsas de R$ 4.200 anuais, cada e Atleta/Paratleta/Atleta-guia Nível Internacional: duas bolsas de R$ 5.400 anuais, cada.

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    Após período de inscrições, análises são feitas durante esta semana por uma comissão

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    Resultados finais do Bolsa Atleta serão divulgados em janeiro

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Na história

quarta-feira, 06 de dezembro de 2023

Aniversário do Esperança celebrado com evento e homenagens

Aniversário do Esperança celebrado com evento e homenagens

O inesquecível futebol amador de Nova Friburgo vive. A cada homenagem aos personagens desta bela história, que se confunde com a do desenvolvimento do município, o mergulho no passado nos permite recordar. E um desses times que marcaram época no desporto friburguense fez aniversário, celebrado com um evento no último domingo, 3. O Esperança Futebol Clube completou 108 anos nesta terça-feira, 5, e alguns abnegados que contribuíram significativamente com a agremiação verdejante foram homenageados. A atividade foi realizada na sede social do Nova Friburgo F.C., no Centro, e reuniu torcedores, diretores e convidados.
A programação foi aberta com um café da manhã e, em seguida, foram prestadas homenagens de reconhecimento. A mesa diretora do evento foi formada por Carlos Arnaldo Bravo Berbert, o Juca, presidente do Conselho Deliberativo; Luiz Fernando Bachini, presidente do Conselho Diretor; Elberth Heringer, presidente do Friburguense; Eduardo Valentim, 1º secretário; Ivan Gambini, tesoureiro; Suenni Fernandes, vice-presidente, e Joel Duarte (Conselho Diretor).
“É um prazer participarmos deste evento de comemoração dos 108 anos do Esperança F.C. O nosso estatuto determina que nessas datas devemos lembrar de todos que contribuíram para a nossa história. Queremos agradecer a todos que nos ajudaram a construir uma trajetória de glórias”, destacou o presidente do Conselho Diretor, Luiz Fernando Bachini.
A atividade foi apresentada por Landri Schettini e houve também um momento de oração conduzido pelo representante da Igreja Católica, Bento Ferreira. Os hinos Nacional, do Esperança e de Nova Friburgo foram executados pelo saxofonista, Silvio Lamego. O presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Arnaldo Bravo Berbert comentou sobre a trajetória do clube verdejante.
“Ao completar 108 anos queremos agradecer a todos os presentes e aos homenageados. Desejamos manter viva essa tradição do Esperança F.C e do Nova Friburgo F.C.”, destacou Juca.

Um pouco da história

A história começa ainda no início do século 20, quando estudantes de várias partes do país migraram para Nova Friburgo e trouxeram a até então desconhecida bola de futebol. Os moradores do bairro Vilage passaram a frequentar o Colégio Anchieta e as partidas amistosas de futebol foram disputadas no campo da escola.
A brincadeira tomou proporções maiores. As famílias Sertã, Spinelli e Van Erven estreitaram as relações e passaram a organizar os jogos. No dia 26 de abril de 1914, uma reunião no Hotel Salusse fundou oficialmente o Friburgo Futebol Clube. O esquadrão vermelho e branco tornou-se o time a ser batido. Em 1915, o Friburgo goleou o União pelo placar de 11 a 0 e os dirigentes, insatisfeitos, responderam à derrota com a criação do Esperança Futebol Clube.

Junto ao time esperancista nasceu uma grande rivalidade que, mais tarde, curiosamente, desencadearia a fusão. Os operários criaram o seu próprio clube de futebol, o União Foot-Ball Club, em fins de 1914. O clube mudaria de nome por causa de um fato inusitado. Em novembro de 1915, em um jogo amistoso contra o Friburgo F.C., o árbitro Peri Bartojo teria beneficiado o adversário. Ao término da confusão, proferiu uma ofensa ao União, cuja camisa era preta e branca.
O preconceito contra o negro era latente na sociedade da época e refletia no futebol, tido como esporte da elite. Por conta da confusão, em 5 de dezembro de 1915, criou-se o Esperança Foot-Ball Club, com as cores verde e branco. O símbolo do clube, o Dragão Verde, foi escolhido por Sebastião Oliveira na edição de 26 de maio de 1955, no Programa Ondas Verdejantes na Rádio Sociedade de Friburgo AM.
A explicação para as cores deve-se ao referencial verde da palavra esperança. A primeira diretoria foi constituída pela assembleia de fundação, tendo como presidente foi Manoel Gonçalves Neto, o Zinho e o vice-presidente era Dídimo Manoel de Oliveira. Os primeiros anos de vida do Esperança F.C. foram difíceis, uma vez que clube não contava com a simpatia nem a aprovação da burguesia, reunida pelo Friburgo.

Dentre tantas outras paixões, o eterno diretor de A VOZ DA SERRA, Laercio Rangel Ventura, era um apaixonado pelo futebol e reservava um espaço especial para o verde e branco do Esperança. Seu pai, Américo Ventura Filho, foi fundador do Esperança Futebol Clube e Laercio herdou essa paixão, trilhando o mesmo caminho. Em 1945 ingressou na categoria juvenil do Barroso Futebol Clube. Laercio teve a oportunidade de atuar ao lado de craques como Robson, Jandir, Arnoldo e outros. Apesar da distância, jamais se afastou de Nova Friburgo, sua cidade natal, tampouco do clube do coração, o Esperança.

No Verdejante da Vila Mariana foi companheiro de atletas como Paulo Banana, mas a trajetória como jogador foi interrompida devido a uma lesão no joelho. Laercio concluiu os estudos e retornou definitivamente para Nova Friburgo, onde passou a fazer parte da diretoria presidida por Juvenal Marques. Em 1967, assumiu a presidência do alviverde do Estádio Oscar Machado. As obras o levaram a ser reconhecido como um dos maiores presidentes do futebol municipal de todos os tempos.


Os homenageados

- Amâncio Mário de Azevedo: médico, vereador, prefeito, diretor e presidente do Esperança F.C.

- Cléris Freitas: comerciante automobilístico, diretor e presidente do Esperança

- Emílio Bachini Filho: sapateiro; fiscal de barreira e ex-atleta do Esperança

- Guaraci Nunes Botelho: funcionário dos Correios; comerciante e presidente do Esperança

- Geraldo Climério Moura: farmacêutico; diretor e presidente do Esperança

- João Baptista da Silva: vereador; bacharel em Direito; contabilista e gerente da Fábrica de Rendas Arp com várias outras atividades na sociedade friburguense

- José Pereira da Costa Filho: técnico de tinturaria industrial e atleta do Esperança

- Jorge de Carvalho: fundador do Esperança

- José da Cunha: ocupou vários cargos no Esperança, apaixonado do clube da Vila Mariana  e industriário da Fábrica de Rendas Arp

- Laercio Rangel Ventura: contabilista, gerente industrial e  financeiro das Indústrias Sinimbu; diretor de A Voz da Serra; tesoureiro, diretor e presidente do Esperança

- Manoel Lopes da Silva: funcionário da Rede Ferroviária Leopoldina, um dos grandes apaixonados pelo Esperança

- Onete Faria Daflon: comerciante; diretor e presidente do Esperança

- Jaci Leôncio: torcedor apaixonado do Esperança. Acompanhava o clube em todos os momentos e policial militar.

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    Homenageados durante mais um aniversário do Esperança F.C.

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    Presidente do Conselho Deliberativo, Juca fez um passeio pela história do futebol amador

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    Bachini, presidente do Conselho Diretor do Nova Friburgo F.C., destacou a importância de prestar as homenagens

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    Amigos e familiares dos agraciados participaram do evento festivo

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A clareza da fala brasileira

terça-feira, 05 de dezembro de 2023

A gente é incelente neste mundo, professor

A gente é incelente neste mundo, professor

É bem conhecido por nós, brasileiros, o estereótipo do texano como um sujeito grandão, de camisa estampada, que fala alto e se acha mais macho que todo mundo. Se eles soubessem que é isso que pensamos deles, talvez ficassem zangados e, conforme o mesmo estereótipo, um texano zangado pode trazer grandes danos para a integridade física do seu interlocutor. Mas a culpa não é nossa, é dos filmes americanos, principalmente dos faroestes, nos quais o herói enfrenta sozinho uma quadrilha de vinte bandidos, mata todos eles, e nem por isso sua roupa se rasga ou seu cabelo se despenteia.

Tem até uma piada, mais antiga do que a Sé de Braga, cujo prédio é de 1070. Pois bem, o texano mal desembarcou no Galeão e foi botando banca: “Na minha terra todo mundo é muito macho!” O nosso patrício modestamente retrucou: “Aqui metade é homem, metade é mulher, e funciona muito bem”. E funciona mesmo. Se os americanos têm maneira melhor de lidar com esse assunto, podem ficar com ela.

Cada povo fala e vive à sua moda, e o que é poesia em um lugar é grosseria no outro. Se não me engano foi o multi-instrumentista Egberto Gismonti que contou como o comportamento dos japoneses durante um concerto o deixou surpreso.  Além do som dos instrumentos, só o que se ouvia no auditório era um silêncio de pedra. Ninguém respirava. Sabendo da alta qualidade de sua obra, Gismonti certamente contava com aplausos ao fim de cada peça. Nada disso. A plateia inteira se levantava, curvava-se silenciosamente diante do músico e voltava a sentar-se (em silêncio). No Brasil, são comuns os aplausos ─ quando não assobios e gritos ─ mesmo em meio à apresentação.

Outro dia me enviaram uma série de frases que só brasileiro entende. Na verdade, é difícil explicar a quem não conhece português que “pois sim” é negativa e “pois não” é afirmativa. Se um estrangeiro fala com uma de nossas garotas que vai beijá-la, e ela responde “pois sim!”, o mais provável é que ele receba um tapa na cara no lugar do beijo que esperava (se bem que nem todas as garotas brasileiras são assim tão recatadas). Mas o fato é que nosso idioma tem suas maluquices. “A luz dormiu acessa”, “Escuta só pra você ver”, “Essa rua vai pra onde?”, “Tem, mas acabou”, “Tô esperando o sol esfriar”, “Não vi nem cheiro”, e “Fiquei preso do lado de fora” são pérolas do português brasileiro.

Essas são contribuições anônimas, mas algumas têm autoria reconhecida, ou pelo menos alguém a quem elas são atribuídas (atualmente nunca se sabe. Gabriel Garcia Márquez disse que preferia morrer a ser autor de textos que atribuíam a ele na internet). Um diretor de futebol paulista, tido como homem de poucas letras, ficou famoso pelas frases que dizia (ou diziam que ele dizia), as quais, embora sem pé nem cabeça, tinham uma lógica irrefutável. “Esses jornalistas que hoje me criticam um dia escreverão minha autobiografia”, era uma delas. Para dizer que um bom jogador devia sair-se bem tanto na grama seca quanto molhada, teria declarado que um bom atleta precisava ser como pato: “aquático e gramático”. Sensato e experiente, reconhecia: “O difícil, como vocês sabem, não é fácil”. E mais esta, que é um primor de sabedoria e clareza: “Se entra na chuva é pra se queimar”. Encerremos com a que me disse um pedreiro que trabalhou em minha casa: “A gente é incelente neste mundo, professor”. Não entendi nada, mas estou de pleno acordo.

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O verão bate a nossa porta, cuidados a serem tomados

terça-feira, 05 de dezembro de 2023

Faltam menos de 20 dias para o início do verão, talvez a estação mais esperada para quem gosta de sol e calor. No entanto, apesar da descontração e da alegria que ele nos traz, é importante que tenhamos em mente os riscos nele embutidos e as precauções a serem tomadas. O mais interessante é que esses cuidados se apresentam em todos os momentos desses três meses de dias maios compridos e calor intenso.

Faltam menos de 20 dias para o início do verão, talvez a estação mais esperada para quem gosta de sol e calor. No entanto, apesar da descontração e da alegria que ele nos traz, é importante que tenhamos em mente os riscos nele embutidos e as precauções a serem tomadas. O mais interessante é que esses cuidados se apresentam em todos os momentos desses três meses de dias maios compridos e calor intenso. Vou lista-los à medida que eles me vêm a cabeça e o que devemos fazer para não termos de recorrer aos serviços médicos de urgência, mais atarefados nessa época do ano; além das atitudes diárias que, com certeza, vão melhorar nosso bem estar.

A primeira coisa de que me lembro é a hidratação, pois dias mais quentes produzem uma sudorese mais copiosa com a consequente desidratação, com ênfase nas pessoas mais idosas que têm a tendência de beber menos água. A diminuição da sensibilidade do centro da sede faz com que sua hidratação fique prejudicada.  Assim, devemos ingerir no mínimo dois litros de líquidos entre água, água de coco e sucos ricos em vitamina C, tais como limão, acerola e laranja.

Outro fator importante é o uso de protetores solares, seja cremes ou mesmo camisas e chapéus que utilizam, na sua confecção, tecidos com proteção UV (ultra violeta). No verão, o sol está mais próximo da Terra e a consequente exposição aos raios solares é maior. Esse fator acarreta duas consequências importantes, as queimaduras que podem ser até de terceiro grau, aquelas que acometem todas as camadas da pele, a derme, a epiderme e as mais profundas e que podem requerer internação em serviços especializados. Além disso, a exposição prolongada ao astro rei pode acelerar o aparecimento do câncer de pele, sendo o melanoma o mais comum. Claro que são necessários vários verões para que esse risco se torne uma realidade, mas como o efeito é cumulativo, devemos nos precaver sempre. Daí o uso de protetores solares e evitar sol direto a partir das 11h até as 17h. Como os dias, nessa estação são mais longos, ainda dá tempo de pegar um solzinho depois das 17h. Em vez do chá das cinco seria o sol das cinco.

Uma atenção especial deve ser dada a alimentação, seja na praia, seja no dia a dia. O calor excessivo deteriora com mais rapidez os alimentos e aí, todo cuidado é pouco. Na areia é recomendável evitar as frituras por duas razões, a primeira por desconhecermos a qualidade do óleo (quantas vezes ele está sendo utilizado antes de ser trocado?) e, mais importante, frituras podem mascarar o gosto de alimentos estragados. Pastéis, palitos de camarões, empadas seja de camarão, palmito ou frango, iscas de peixe, ostras nem pensar. O melhor é o consumo de sorvetes (além do mais refrescam), de biscoitos de polvilho, queijo coalho assado no carvão, mesmo assim procurando se certificar da qualidade do mesmo. Mais saudável é o consumo de alimentos levados de casa e conservados no isopor. Ou, então, se utilizar dos quiosques, no calçadão da praia. A vantagem é que eles têm geladeira e no caso das frituras, podemos observar a cor do óleo. Os riscos de infecções alimentares são muito grandes, com as consequentes diarreias e vômitos que podem agravar possíveis desidratações o que aumenta a probabilidade de internações.

Com relação às bebidas alcoólicas os cuidados preventivos, também, se fazem necessários. Aqui, o problema reside no consumo exagerado de álcool, pois o mar, mesmo pelas pessoas sóbrias, tem de ser respeitado, imagine por aqueles que tenham passado dos limites. O risco de afogamento é maior não importa se são exímios nadadores.

Da mesma maneira que álcool e direção não combinam, água que passarinho não bebe e mar, também é uma combinação explosiva. Ninguém vai deixar de tomar uma cervejinha estupidamente gelada, ainda mais com o calor causado pelo sol e pelo que emana das areias, mas que o faça com moderação. Se a moringa estiver cheia, evite de entrar na água. Mar é mar e não importa se agitado ou não. O problema é que se agitado, o respeito é maior, se calmo pode levar a excessos.

Para finalizar, é importante usar roupas leves, principalmente nas crianças, assim como o uso de chapéus ou bonés, para evitarmos aquela expressão jocosa de que fulano está “assando os miolos”.

É claro que meu artigo foi mais voltado para o lazer à beira do mar, mas é importante lembrar os muitos trabalhadores que são obrigados a se exporem ao sol. Eles devem ser orientados a usarem bonés ou chapéus e o uso intermitente de protetores solares. Sabemos que são caros, mas a prevenção vale a pena. Uma campanha através dos nossos meios de comunicação ajudaria bastante.

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Rival vem da Baixada

terça-feira, 05 de dezembro de 2023

Belford Roxo conquista acesso e será adversário do Frizão em 2024

Belford Roxo conquista acesso e será adversário do Frizão em 2024

O final da temporada de competições se aproxima, e com ele, algumas definições importantes para o ano que vem. O Friburguense, por exemplo, conheceu mais um adversário que irá enfrentar na Série B1 do ano que vem, competição mais importante do calendário tricolor. O Belford Roxo chegou na final da Série B2 Estadual e conquistou o acesso para a Série B1 ao golear o Zinzane, por 5 a 0, na tarde do último domingo, 3, no Nélio Gomes, no jogo de volta das semifinais da competição, e garantiu também o acesso.

Yan, com um hat-trick, e Denilson, duas vezes, marcaram os gols do time da Baixada, que tinha empatado em 0 a 0 com o Zinza no jogo de ida. Agora, o Belford Roxo aguarda o vencedor de São Cristóvão e Bonsucesso, que decidiram, nesta segunda-feira, 4, a outra semifinal, no Ronaldo Nazário. O jogo não foi encerrado até o fechamento desta edição.

Esta partida, inclusive, teve que ser interrompida e retomada em outra data. Uma briga generalizada que acabou em invasão e paralisou o jogo entre as duas equipes no último dia 26 de novembro. O Bonsucesso acusa torcedores do São Cristóvão de terem iniciado a ação, do lado de fora do estádio. Entretanto, institucionalmente, o clube cadete nega participação de seus torcedores na confusão. A alegação é de que não havia, na briga, ninguém uniformizado com algo que remeta ao time da Rua Figueira de Melo.

Através das redes sociais, rapidamente viralizaram vídeos que mostram cerca de 20 torcedores tentando invadir o estádio e espancando pelo menos duas pessoas que estavam no portão principal da Rua Teixeira de Castro. Estes dois agredidos eram torcedores do Bonsucesso.  

Na sequência da partida iniciada e interrompida, Bonsucesso e São Cristóvão não balançaram as redes nos 35 minutos restantes e o placar permaneceu 1 a 1, no Estádio Leônidas da Silva, na Rua Teixeira de Castro, zona norte da capital, no último dia 30.

Mesmo já tendo uma ideia do desenho para o ano que vem, tendo como base o calendário desta temporada, o Frizão só deve voltar a disputar uma partida oficial em setembro de 2024. Antes, porém, deverá ter a Copa Rio como primeiro compromisso. A Série B1, equivalente à terceira divisão do Rio, só começará após a disputa da A2, que irá definir os rebaixados e futuros adversários do time de Nova Friburgo.

Além do Friburguense, estão confirmados na edição do ano que vem as equipes do Barra da Tijuca, Belford Roxo, Goytacaz, São Gonçalo, Macaé, Nova Cidade, Paduano e Pérolas Negras. Duque de Caxias e Serrano conquistaram o acesso para a A2 de 2024, enquanto 7 de Abril e Serra Macaense foram rebaixados para a Série B2.

Duque campeão

O Duque de Caxias venceu o Serrano pelo placar de 1 a 0, na tarde do último sábado, 2, diante de 800 pessoas no Marrentão, no jogo de volta da final do Campeonato Carioca da Série B1 e tornou-se o campeão da terceirona estadual. A partida, realizada num gramado irregular, foi marcada por muitas expulsões. Logo aos 21 minutos, o goleiro Luis Henrique levou cartão vermelho infantilmente, por reclamação excessiva com o árbitro Carlos Tadeu Ferreira, levando dois amarelos. Ao 25, após uma cobrança fechada de escanteio de Walber, Rafinha desviou de cabeça contra o próprio patrimônio, no que seria o único gol do duelo.

No segundo tempo, o Tricolor da Baixada também ficou com dez em campo aos 17 minutos, após a expulsão de Edmário, por falta dura em Talisson. O Serrano lutou pelo empate, tendo algumas chances de gol, mas não conseguiu balançar as redes. Na parte final, muita confusão, primeiro envolvendo Chula e Alexsandro, depois Cleyton e um gandula, com direito a policiamento em campo. Aos 50, novo tumulto, com invasão generalizada das duas equipes (incluindo comissões técnicas e dirigentes) no campo de jogo por cinco minutos. Juan Evangelista e Talisson foram expulsos, ficando nove de cada lado.

Assim, o Duque de Caxias conquistou um título inédito, com 100% de aproveitamento dentro de casa (sete vitórias). Vale lembrar que o Serrano também garantiu a vaga para a Série A2 do Campeonato Carioca de 2024.

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    Com vaga na final e acesso garantido, Belford Roxo será adversário do Frizão em 2024

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    Conturbado duelo entre Bonsucesso e São Cristóvão define mais um rival do Friburguense na B1

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    Invicto em casa, Duque de Caxias faturou o título da terceirona desta ano

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A VOZ DA SERRA é mestre em nos trazer pautas enriquecedoras!

segunda-feira, 04 de dezembro de 2023

Apesar de o Natal ser a tônica de todo o mês de dezembro, há datas a serem festejadas e o Caderno Z não deixaria de nos trazer as comemorações do Dia do Samba, celebrado em 2 de dezembro. Entretanto, num país tropical como o nosso, cheio de gingas e misturas, todo dia é dia de sambar, pois “quem não gosta de samba bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé”, conforme definiu Dorival Caymmi. Aliás, são muitas as definições e homenagens a esse ritmo envolvente que faz a gente balançar até intuitivamente.

Apesar de o Natal ser a tônica de todo o mês de dezembro, há datas a serem festejadas e o Caderno Z não deixaria de nos trazer as comemorações do Dia do Samba, celebrado em 2 de dezembro. Entretanto, num país tropical como o nosso, cheio de gingas e misturas, todo dia é dia de sambar, pois “quem não gosta de samba bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé”, conforme definiu Dorival Caymmi. Aliás, são muitas as definições e homenagens a esse ritmo envolvente que faz a gente balançar até intuitivamente. Mas o samba que “nasceu lá na Bahia” não foi algo de fácil aceitação na sociedade, pois “houve uma época em que era proibido sambar. Os locais de samba, no século 19, eram bem malvistos, considerados perigosos, sujos, verdadeiros  locais de perdição...”. Essa discriminação foi perdendo a força e consta na história que o primeiro samba “Pelo telefone”, de Donga, emplacou em 1916.

Seria impossível estabelecer qual o melhor de todos os sambas, porque eles são como se fossem os nossos filhos: cada um tem a sua personalidade e o seu valor. São imortais, tanto os seus autores, quanto os seus intérpretes. Cada samba tem uma essência capaz de penetrar a nossa alma. Wanderson Nogueira foi capaz de traduzir, "palavreando" o seu entendimento: "Ah, o samba! Traduz um jeito de viver e ainda que se fantasie de malandragem, é de gente nobre e trabalhadora. É trilha de novela, é conjunto de sentimentos que escapole, é perpetuação de raízes, é grito de reparação da história, é declaração de amor pelo lugar de onde se vem: Madureira? Cordoeira! É canto de liberdade, é puro suco de brasilidade...”. Sim, é isso mesmo, um “suco de brasilidade” que a gente bebe para esquentar o corpo e refrescar a alma!

Ana Borges entrevistou Leonardo Coutinho, “a voz jovem do pagode” de apenas 27 anos de idade, “nascido no samba”. Filho de bamba, sambista é, pois desde a barriga da mãe, “o Léo Guaravita”, iniciou sua jornada musical. O pai, Paulinho Guaraná, deu exemplos de sobra. Aos sete anos, o menino já desfilava com os pais em agremiações carnavalescas. Aos nove, aprendeu cavaquinho. Na Campesina Friburguense estudou teoria musical e alguns instrumentos de sopro. Aos 12 anos, fundou seu primeiro grupo de pagode e a carreira deslanchou. A recompensa: “... acredito que o maior prazer de qualquer músico seja sentir as emoções que o nosso som vai despertando no público, o que somos capazes de provocar nas pessoas com música, com nosso show”. Lindo!

Provocar emoções é o que dá sentido ao Caderno Z com temas que nos aproximam da arte, da cultura e de tudo o mais que possa nos aprimorar. Na verdade, o Jornal A VOZ DA SERRA é mestre em nos trazer pautas enriquecedoras, seja da nossa cidade, região e até mundial. É rico em conteúdos densos, dá voz aos debates, chama os setores públicos para as suas responsabilidades, abre espaços para esclarecimentos, sempre convidando o povo à prática do exercício da cidadania. Ler é conhecimento!

Em “Esportes”, Vinicius Gastin noticiou os 108 anos do inesquecível Esperança Futebol Clube. Quando o clube “pendurou as chuteiras”, a esperança de preservação de seu legado não foi em vão. Os “esperancistas fizeram história no futebol friburguense” e Luiz Fernando Bachini, Juca Bravo, meu primo, ambos do Nova Friburgo Futebol Clube, entre outros, estão empolgados com as celebrações. Viva o Esperança!

A visita do governador do Estado do Rio de Janeiro ao nosso município, na última quinta-feira, 30 de novembro, foi mais do que proveitosa. Na agenda dos compromissos, constou a inauguração da obra do sistema de drenagem no centro da cidade, com cerimônia na Rua Farinha Filho, obra que tem o objetivo de conter as antigas inundações no centro. As obras do futuro Hospital do Câncer foram revistas e há uma promessa de término no segundo semestre de 2024. Com tanto carisma por seus empreendimentos, o governador recebeu o título de cidadania friburguense, proposto pelo vereador José Roberto Pacheco Folly. Bonita iniciativa, vereador. Parabéns!

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Mandando bem em Sampa

segunda-feira, 04 de dezembro de 2023

Um jovem universitário friburguense, que mora e estuda em São Paulo e que, tem tudo para brilhar muito na área da economia, teve seu trabalho selecionado entre três finalistas pelo Banco BTG Pactual, em Sampa.

A essência de sua criação se baseou na análise de certa empresa com recomendação de compra ou venda de ações e justamente hoje, 5, deve ocorrer a escolha final por parte de sócios do BTG e CEO da empresa.

Seja qual for o desfecho, o querido jovem friburguense que já merece aplausos, é o meu xará Luiz Antônio Espíndola Mastrangelo (foto).

 

Um jovem universitário friburguense, que mora e estuda em São Paulo e que, tem tudo para brilhar muito na área da economia, teve seu trabalho selecionado entre três finalistas pelo Banco BTG Pactual, em Sampa.

A essência de sua criação se baseou na análise de certa empresa com recomendação de compra ou venda de ações e justamente hoje, 5, deve ocorrer a escolha final por parte de sócios do BTG e CEO da empresa.

Seja qual for o desfecho, o querido jovem friburguense que já merece aplausos, é o meu xará Luiz Antônio Espíndola Mastrangelo (foto).

 

Mais vivas para o Peixoto!

Conforme esta coluna mencionou na edição passada, no último dia 1º, o conhecido boa praça Antônio Peixoto completou 75 anos de idade, porém, um registro a mais se torna oportuno.

Ele com familiares e alguns amigos estará comemorando a nova idade no próximo sábado, 9, com um animado churrasco. Enviamos ao Peixoto, renovados votos de congratulações e muitas felicidades.

 

Aniversários e presentão a caminho

O querido casal da foto, Paulo Lúcio Gundling Pinel e Juliana Mara Schultz Silva Martins Pinel viveu uma ocasião bem marcante semana passada com a iniciação de Paulo na maçonaria friburguense e agora, curte novos momentos de felicidades conjuntas.

Isso, por que o Paulo Lúcio está completando hoje, 5, seu 32º aniversário, mesma idade que sua esposa Juliana completará na próxima sexta-feira, 8.

O maravilhoso presente que eles bem merecem está a caminho e vai chegar em janeiro de 2024: é a Isis, primeira filhinha do jovem e belo casal. Parabéns!  

 

Chegando: livro escrito com os olhos

Contagem regressiva para a admirada Elzany Maria Govea lançar o seu livro “Equilibrando com Ela” (foto): será no próximo dia 12 (terça-feira da próxima semana), às 19h na Casa de Festa La Paradis, em Duas Pedras.

Elzany se destacou como professora na cidade, inclusive na Escola do Sesc, mas, infelizmente, foi acometida, há dez anos, com a cruel doença ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), que fez com que todos os seus sentidos ficassem paralisados, exceto os seus olhos.

E foi a partir disso, que há dois anos, Elzany em vez de sucumbir ante a sua situação física, optou por usar apenas suas vistas através de um programa especial de computador, digitar seu livro contando sobre aquele mal e como é ter e conviver com a ELA.

 

Lançamento de Mirna na 6ª feira

A goiana Mirna Schuler, esposa do conhecido friburguense dr. Renato Henrique Gomes da Silva, formada em Serviço Social e especialista em Terapia Familiar Sistêmica, lança em Nova Friburgo na próxima sexta-feira, 8, o livro “Tantos contos, poesia que transborda”, concebido como ela mesma define, “em pequenas gotas, doces, amargas, leves, tristes, alegres, esquisitas e de gratidão. Cada leitor sentirá um sabor diferente, de acordo com sua história, seu momento e seu jeito de ser”.

A sessão de autógrafos da querida Mirna Schuler será na Aliança Francesa de Nova Friburgo, Rua Carlos Alberto Braune, 11 Centro, final da Rua Monte Líbano.

 

Decadente patamar botafoguense

Depois da alta surpreendente e da baixa decepcionante, com certeza muda aquela velha máxima de que “tem coisas só acontecem ao Botafogo”.

Agora, lastimavelmente o mais certo é: “Tudo acontece ao pobre Botafogo”.

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Maria, advento da Graça de Deus

segunda-feira, 04 de dezembro de 2023

Iniciamos no último domingo, 3, um novo ano litúrgico, de celebração da fé da Igreja, do Mistério Salvífico, com o tempo do Advento, preparando as duas vindas do Senhor, a sua consumação da história, na glória final e a seu nascimento como redentor das nossas vidas e corações. E na próxima sexta-feira, 8, celebraremos a Imaculada Conceição de Maria, dia santo de guarda para todos os católicos.

Iniciamos no último domingo, 3, um novo ano litúrgico, de celebração da fé da Igreja, do Mistério Salvífico, com o tempo do Advento, preparando as duas vindas do Senhor, a sua consumação da história, na glória final e a seu nascimento como redentor das nossas vidas e corações. E na próxima sexta-feira, 8, celebraremos a Imaculada Conceição de Maria, dia santo de guarda para todos os católicos. Ninguém melhor que a Mãe do Senhor, discípula fiel do seu filho, preservada de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, para nos conduzir neste itinerário de conversão e preparação do encontro com o Senhor.

Ave Plena de Graça! Com este anúncio o arcanjo Gabriel descortinava um novo cenário místico para toda a História da Salvação! E com o sim da jovem Virgem de Nazaré, o céu e a terra se encontravam num matrimônio libertador. No seu ventre sagrado, o chamado se transformava na encarnação do Verbo, Jesus Cristo, nosso Redentor. Maria era então o próprio advento da glória do Criador no seu plano de restauração de todo o cosmo e da humanidade, de todo horizonte natural e histórico, portal da esperança e da certeza de que o eterno se instaurou no tempo e o divino se humanizou para divinizar o humano. Como no tempo litúrgico do advento, começava a confiante espera e o espírito de entrega ao mistério, na gravidez da fé, como a dócil Mãe na sua resposta humilde e despojada: "Eu sou a serva do Senhor. Faça-se em mim, segundo a sua palavra". A forte e perseverante missionária que guardava tudo no silêncio do seu coração, acreditando que se cumpririam todas as promessas do Senhor. Maria, exemplo da espera resiliente e confiante, proativa na serenidade, fiel no serviço cotidiano da construção do Reino.

Toda a Igreja é chamada a seguir Jesus Cristo e o modelo é a sua Mãe que Ele nos deu como nossa Mãe, entregando-a, no alto da cruz, a nós, representados no apóstolo São João: "Filho, eis aí a tua mãe. Mãe, eis aí o teu filho". Ela foi a primeira discípula missionária do seu Filho,  que o concebeu primeiro no coração e só depois no ventre, como afirma Santo Agostinho, porque Ele já era a Palavra, o Verbo divino que ela acolhia como dedicada seguidora dos mandamentos, como filha de Sião, conhecedora das profecias sobre o Messias que nasceria de uma virgem e que se chamaria Emanuel - Deus conosco, conforme Isaías 7,14.

A grande novidade é que ela seria o cumprimento desta boa nova, a simples jovem de uma pequenina e pobre cidade do interior, o humilde que Deus escolhe para confundir e desbaratar o sistema dos que se julgam doutos e dominadores de tudo, centralizadores da relevância. Também esta espiritualidade deve ser seguida por toda a comunidade eclesial missionária: a da simplicidade e do escondimento, referenciando sempre Deus, como centro, Cristo e sua missão, instaurando o seu Reino de justiça e de paz, de verdade e de amor. A espiritualidade da humildade e da fortaleza no Senhor, como a casa sobre a rocha, sabedoria que sabe onde põe a sua fé e o sentido de sua vida e trabalho missionário.

Maria é sempre mais aquela estrela matutina que precede e anuncia o Sol de nossa salvação que é Jesus Cristo, seu filho amado, aquela estrela do mar que guia e orienta a todos nós, navegantes do barco da Igreja e do mundo, indo à frente, na singeleza e força de sinal d'Aquele que é o Senhor, o que nos liberta com seu poder, sua luz radiante de Graça e redenção.

É assim o advento vivo que nos prepara e ensina os caminhos da correspondência livre e amorosa, a total oferta da vida nas mãos de Deus, para servirmos como instrumentos humildes do plano maior da iluminação, do resgate, da promoção, do renascimento e salvação de tantos irmãos, vontade paternal do Senhor.

Caminhemos com Maria, como Maria, nestes tempos e clima espiritual do Advento, preparando a recepção de Jesus nos nossos corações, concentrados no seu amor e sinalização de luz, interiorizados na dimensão do amor ao próximo, no grande significado da doação da cruz que já se faz presente no presépio, no esvaziamento missionário que já se ouve no hino do glória contido e no ensaio do coro dos anjos para a festa natalina, no rebrilho transformador do coração d'Aquele que nascendo na Belém do mundo, quer nascer agora dentro de nós, num novo olhar, num novo sentir, numa revolução do amor fraterno! Recebamos, com fé e caridade, alegria e paz, o maravilhoso Deus que vem até nós para encontrar os frutos do que já semeou, os talentos multiplicados dos dons que nos concedeu, a paz luminosa que dimana da sua própria presença em nosso meio. E digamos, então, com Maria, a Mãe da Igreja: "Marana tha" - "Vem, Senhor Jesus!"

 

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é assessor eclesiástico da Comunicação Institucional da Diocese de Nova Friburgo 

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Meio ambiente

segunda-feira, 04 de dezembro de 2023

“Participei de uma reunião na semana passada sobre Gestão de Resíduos Sólidos, na Acianf, na qual estiveram 12 representantes de vários  segmentos. Vi nesse número uma inspiração. O que vi e ouvi lá foi o resultado de um trabalho de apostolado. Aprendi em pouco mais de uma hora o que não soube por tantos anos. Lamento que Nova Friburgo não tenha em sua gestão executiva um olhar específico e voltado para a educação ambiental, gestão e execução de um Plano de Resíduos Sólidos. Isso é inimaginável. 

“Participei de uma reunião na semana passada sobre Gestão de Resíduos Sólidos, na Acianf, na qual estiveram 12 representantes de vários  segmentos. Vi nesse número uma inspiração. O que vi e ouvi lá foi o resultado de um trabalho de apostolado. Aprendi em pouco mais de uma hora o que não soube por tantos anos. Lamento que Nova Friburgo não tenha em sua gestão executiva um olhar específico e voltado para a educação ambiental, gestão e execução de um Plano de Resíduos Sólidos. Isso é inimaginável. 

Aliás, para falar de educação, é preciso que pensemos na ampla definição dos seus sujeitos. Falamos da educação nas escolas, mas preciso é que verifiquemos como se comportam os agentes políticos, os gestores públicos, empresas e cidadãos. Todos aqueles que deveriam exemplificar...

Presenciarmos um Natal com flocos de isopor imitando neve, não é o melhor dos caminhos para educar nossos pequenos.

Assistir a esse "espetáculo" sem denunciar seu despropósito é se omitir. Vi com muito bons olhos o interesse e o nível de engajamento dos atores ali presentes. E me vi contemplada na esperança de ter em nossa cidade uma iniciativa com o potencial para mudar os rumos de um plano deficiente, apresentado por uma empresa sediada em São Paulo tão distante de nossa realidade, e até geograficamente indiferente, quanto distante está de atender as nossas reais necessidades.

Parabéns a Acianf e aos presentes na reunião. Obrigada por nos dar a chance de participar dessa troca de saberes e busca de soluções. Que na próxima reunião sejamos um número bem maior de educandos e educadores, que sigam "apostolando" por um mundo sustentável.”

Deidi Lucia Rocha

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O peso do plástico: o impacto das sacolas plásticas no meio ambiente e em nossas vidas

segunda-feira, 04 de dezembro de 2023

Opa! Tudo verde? Bora para uma Prosa Sustentável!

O assunto de estreia desta coluna é para quem não abre mãos de umas comprinhas: As “benditas” sacolas plásticas. Aparentemente simples e convenientes, elas têm um impacto complexo e devastador no meio ambiente e, por extensão, na saúde humana. Desde sua produção até seu descarte, essas embalagens têm consequências significativas que exigem uma reflexão urgente sobre nossos hábitos de consumo.

Um oceano de plástico: poluição e ameaça à vida marinha

Opa! Tudo verde? Bora para uma Prosa Sustentável!

O assunto de estreia desta coluna é para quem não abre mãos de umas comprinhas: As “benditas” sacolas plásticas. Aparentemente simples e convenientes, elas têm um impacto complexo e devastador no meio ambiente e, por extensão, na saúde humana. Desde sua produção até seu descarte, essas embalagens têm consequências significativas que exigem uma reflexão urgente sobre nossos hábitos de consumo.

Um oceano de plástico: poluição e ameaça à vida marinha

A produção massiva de sacolas plásticas contribui diretamente para a poluição do nosso planeta. A fabricação dessas embalagens requer a extração de recursos finitos, além de liberar substâncias tóxicas e gerar resíduos poluentes. Uma vez descartadas, as sacolas plásticas frequentemente encontram seu caminho “livre, leve e solta” para oceanos e rios, onde representam uma séria ameaça à vida marinha.

Animais marinhos frequentemente confundem sacolas plásticas com alimentos, levando à ingestão acidental e, em muitos casos, à morte por sufocamento ou obstrução digestiva. A presença generalizada de microplásticos provenientes da degradação de sacolas plásticas também afeta a saúde dos ecossistemas aquáticos.

O tamanho do problema

O impacto das sacolas plásticas não se limita às águas. Em ambientes terrestres, essas embalagens persistentes poluem solos, prejudicando a flora e a fauna locais. A longa vida útil do plástico significa que mesmo uma única sacola pode persistir no meio ambiente por centenas de anos, liberando lentamente substâncias tóxicas durante esse período. Segundo a informação apresentada numa publicação do Meu Resíduo, os sacos plásticos podem levar entre 400 a 1.000 anos para se decompor no planeta.

A indústria enfrenta desafios significativos para retirar essas embalagens de circulação, uma vez que sua produção está profundamente enraizada em práticas comerciais consolidadas. A resistência à mudança e a falta de alternativas baratas e prontamente disponíveis são obstáculos que as indústrias precisam superar para promover uma transição para embalagens mais sustentáveis.

A fabricação de sacolas plásticas consome quantidades significativas de recursos não renováveis, como petróleo, e contribui para emissões de gases de efeito estufa. Além disso, o processo de produção frequentemente libera poluentes atmosféricos e resíduos tóxicos, impactando negativamente a qualidade do ar e do solo. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, entre 500 milhões e um trilhão de sacolas plásticas são consumidas em todo o mundo por ano. Segundo a cartilha da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), no Brasil, estima-se o consumo de 41 milhões de sacolas plásticas por dia, 1,25 bilhão por mês, e 15 bilhões por ano.

Agora que você já percebeu o grande problema das sacolas plásticas no meio ambiente, chegou a hora de agir pelo bem de toda a humanidade, afinal a mudança para um mundo melhor começa dentro de cada um de nós.

Algumas soluções incluem:

1. Uso de sacolas reutilizáveis: Optar por sacolas reutilizáveis, reduzindo a dependência das descartáveis.

2. Reciclagem adequada: Descartar as sacolas plásticas nos locais apropriados para reciclagem.

3. Incentivo a alternativas sustentáveis: Apoiar e promover iniciativas e empresas que oferecem alternativas mais sustentáveis, como sacolas reutilizáveis que permite o consumidor usar uma mesma bolsa diversas vezes. 

4. Conscientização: Educar a sociedade sobre os impactos negativos das sacolas plásticas, incentivando a mudança de comportamento.

O caminho para um futuro sustentável envolve ações coletivas. Ao repensar nossos hábitos de consumo, podemos contribuir significativamente para a redução do impacto ambiental das sacolas plásticas e construir um mundo mais saudável para as gerações futuras.

Tudo verde sempre!

 

Alex Santos é ambientalista e CEO da EcoModas Soluções Sustentáveis

Contatos: Alex.santos@ecomodas.com.br - @alex.ecomodas

Esta coluna é publicada, quinzenalmente, às terças-feiras.

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