Blogs

Mobilidade Urbana: falta autoridade para planejar

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Um carro para. Outro também. Logo depois, mais um. Ninguém buzina e muito menos se mexe. Estamos em Nova Friburgo. E assim, um minuto se passa. Mais outro minuto também. Logo depois, muitos minutos. A música do carro que costumava me distrair, agora já passa a me incomodar. Mas não adianta buzinar, estamos em Nova Friburgo.

Um carro para. Outro também. Logo depois, mais um. Ninguém buzina e muito menos se mexe. Estamos em Nova Friburgo. E assim, um minuto se passa. Mais outro minuto também. Logo depois, muitos minutos. A música do carro que costumava me distrair, agora já passa a me incomodar. Mas não adianta buzinar, estamos em Nova Friburgo.

Um carro fechou o cruzamento. Outro também. Logo depois, mais um. Ninguém buzina e muito menos se mexe. Estamos em Nova Friburgo. Nada anda. Nada vai para lá e nem para cá. Nada vem ou desvem. Em meio a um nó cego, só sendo cego para não ver. E todo mundo segue pacientemente esperando.

Um sinal com defeito. Outro também. Logo depois, mais um. Ninguém para ajudar e muito menos para consertar, mas para instalar radares... Estamos em Nova Friburgo. Conseguimos o impossível. Um semáforo que passa 30 segundos aberto e cinco minutos fechado. Carros. Filas e mais trânsito. O sinal abriu, fechou e eu fiquei. Uma, duas, três vezes. Mas não adianta buzinar. Estamos em Nova Friburgo.

Cansado, decido ir a pé. Pessoas andam para cima. Outrora para baixo. Em meio a buracos e carros, disputados os apertados espaços da calçada. Estamos em Nova Friburgo. Uma calçada mal cuidada. Outra modificada ilegalmente pelo morador. Uma cratera aberta pelas concessionárias, de qualquer jeito. Mas, o dia está lindo e reclamar é coisa de gente mala!

Em meio as ruas apertadas, um carro invadiu a calçada. Outro também. Logo depois, mais um. Virou um estacionamento. Estamos em Nova Friburgo. Uma idosa caiu na rua ao pisar em um bueiro solto. Quebrou o braço. Um idoso, atravessando as faixas de pedestres, pisou num buraco e foi de cara no chão. O cadeirante e o cego seguiam intactos, pois nem sabiam por onde começar a atravessar.

Cansado, decidi usar o transporte público. Mas, o ônibus está atrasado. Espero. Um minuto. Dez minutos. Trinta minutos. Estamos em Nova Friburgo. Um range de um lado. O outro, do outro. Com emoção ou sem emoção? Não me perguntaram dessa vez! Caro, quente e cheio. Ora fico a pé, ora de novo preso no trânsito.

Um acidente em Olaria. Outro, em Conselheiro. Logo depois, mais um em Mury. Como tem acidente nessa cidade, não é mesmo? Um envolvendo uma moto. Outro, dois carros. E o último derrubou um poste. Cadê a guarda municipal para ajudar nesse trânsito que dura horas? “Irineu”. Irineu? Se você não sabe, imagina eu...

E o povo anda. E para. Xinga, discute, reclama. E como reclama! São seis horas. São dez horas. São quinze, dezoito, vinte ou até mais. E trânsito não anda de jeito nenhum. As ruas estão cheias. O mundo está cheio demais. De Olaria ao Centro. De Conselheiro ao Centro. Das Braunes ao Centro. Meu Deus, tudo parado!

Não se vai. Não se vem. Não tem volta. Não dá para sair, quem dirá chegar a lugar algum. Tudo parado. E quando tem os famosos eventos que interditam ruas então... Rasgamos o planejamento urbano e as leis de trânsito e dá-se espaço para a lei da sobrevivência: tem a preferência quem tem mais coragem. Que os jogos comecem!

E no Paissandu, tudo segue em paz. “Vez ou outra”, parado. Levando o fluxo para todos os lados da cidade. E o povo segue. Andando devagar. Calmo e sem pressa de ser feliz. Querendo ir. Querendo ficar. Mas ninguém buzina. Estamos em Nova Friburgo. Aqui é diferente!

Tudo parece um problema sem solução. Vai governo. Volta gestão. Trocam-se as peças e tudo parece piorar. Uma rua que era mão, vira contramão, e depois mão, antes de virar novamente contramão. E sabe o que mudou? Ficamos igualmente presos no trânsito, só que agora, confusos, sem saber se podemos entrar na rua ou não.

A mobilidade urbana cada dia está mais cara e cada vez menor. Seja você pedestre, ciclista, motociclista, condutor de carro, caminhoneiro ou usuário do transporte público. Não melhora nada, apenas aumenta a sua contribuição para que um dia, quem sabe, melhore. Ou quem sabe, usa em festa - parece ser uma opção válida.

Mas, do que adianta reclamar? Vai parecer apenas mais um chato que implica com tudo. “Nova Friburgo, ame-a ou deixe-a?”. Posso até dizer que tentei, mas fiquei preso no trânsito de Conselheiro e, sinceramente, desisti. E sabe o que é pior? É quem tem tanta solução boa empregada no Além de nossas Montanhas.

A maior parte das soluções para Nova Friburgo não precisam de pesquisa, mas sim, de gestão e projetos eficientes. As nossas soluções estão a nossa volta. O que falta é autoridade para planejar que Nova Friburgo consiga encontrar novos rumos ao desenvolvimento do transporte de uma cidade que quer crescer.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Desaprender

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

As crianças crescem na família de origem e vão aprendendo os comportamentos com os pais, irmãos e outras pessoas que convivem de perto com elas. Elas vão adotando maneiras de funcionar boas e ruins porque copiam não só características positivas destas pessoas, mas as negativas também.

Isto é trazido para a vida adulta e a maneira como nos relacionamos hoje no ambiente familiar e social tem essa forte influência absorvida do que vimos em nossos pais e pessoas influentes para nós ao longo dos primeiros anos da infância.

As crianças crescem na família de origem e vão aprendendo os comportamentos com os pais, irmãos e outras pessoas que convivem de perto com elas. Elas vão adotando maneiras de funcionar boas e ruins porque copiam não só características positivas destas pessoas, mas as negativas também.

Isto é trazido para a vida adulta e a maneira como nos relacionamos hoje no ambiente familiar e social tem essa forte influência absorvida do que vimos em nossos pais e pessoas influentes para nós ao longo dos primeiros anos da infância.

Por exemplo, você pode ter sido criada por uma mãe autoritária e abusiva verbalmente, ou por um pai que falava alto e sem respeito pelos filhos e pela esposa, e ter prometido a si mesma que nunca iria agir assim com seus filhos. Os anos passaram, você se casou, surgiram os filhos, e quando abriu os olhos ... está repetindo o mesmo papel negativo que via na mãe, no pai ou em ambos!

Ver isso pode ser desagradável caso você queira a verdade sobre seu comportamento, em vez de ficar na negação e sempre justificando suas explosões emocionais com seu cônjuge, com seus filhos e talvez com outras pessoas. A gente precisa querer a verdade para obter a cura emocional. Sem verdade não tem cura pessoal, familiar, social, espiritual, política. E o desejo da verdade precisa ser cultivado porque ele é aprendido mais do que inato ou herdado. Pelo fato de que todos nascemos com egoísmo em nossa estrutura de caráter, então precisamos lutar de forma ativa e conscientemente contra isso e desejar, buscar, entender e praticar a verdade sobre o melhor comportamento pessoal que podemos ter. Não existe nenhum remédio de farmácia, natural ou sintético, que faça isso por você.

Se você, então, observa que repete com seus filhos os erros que detestava no comportamento de seu pai e/ou de sua mãe que eles tinham com você e seus irmãos, a solução é desaprender o que foi aprendido de errado, de disfuncional.

Muito da obtenção de um comportamento saudável tem que ver com desaprender antigas formas de funcionar como pessoa, consigo mesmo, com os outros, com a vida e com o Deus da sua concepção. Desaprender dói a princípio porque significa que você está percebendo comportamentos errados em si e porque agir de forma diferente requer esforço, consciência, propósito e ação contrárias ao seu habitual. Não é natural e fácil desaprender. O mais fácil é negar seus erros de conduta e tocar a vida para frente sem se importar como que isso prejudica a si e aos outros.

Para desaprender e poder aprender uma nova e melhor maneira de funcionar como pessoa, é preciso pensar. O mundo conspira contra você pensar. A mídia quer que você pense o que ela pensa. A filosofia pós-moderna prega que o mais importante é como você se sente em relação a qualquer coisa. Se você se sente bem, então está certo. A verdade, entretanto, não é que a palavra final de nosso comportamento tem que ser o sentimento. Sentimento flutua e pode nos enganar. O sentimento depende do pensamento, consciente ou não, e se seu pensamento for disfuncional ou distorcido, o sentimento deverá ser também disfuncional, ainda que possa ser prazeroso.

Saúde mental tem muito que ver não só com desaprender a forma de pensar distorcida para adotar a saudável, mas também evitar aprender errado. Saúde mental tem que ver com questionar seus sentimentos que perturbam a si e seus relacionamentos e ver se eles não estão empurrando seu comportamento a repetir o que você sofria em sua infância com seus pais por causa das atitudes de falta de equilíbrio emocional deles. Evite os modelos disfuncionais de comportamento que a mídia poderosamente despeja diariamente seja por vídeos, novelas, revistas, filmes e outras formas de comunicação.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Iluminação pública

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

“A Rua Roberto Azevedo é uma pequena via no centro da cidade, com acesso pela Rua Augusto Cardoso (esquina do restaurante D’Gusto) e está às escuras. As lâmpadas dos postes permanecem queimadas há meses Já cansamos de fazer contato com o setor de iluminação pública da prefeitura para solicitar a substituição e a resposta é sempre a mesma: que esta rua está no cronograma das equipes de manutenção. O pior é que, pelo jeito, as equipes perderam o roteiro que consta essa via.

“A Rua Roberto Azevedo é uma pequena via no centro da cidade, com acesso pela Rua Augusto Cardoso (esquina do restaurante D’Gusto) e está às escuras. As lâmpadas dos postes permanecem queimadas há meses Já cansamos de fazer contato com o setor de iluminação pública da prefeitura para solicitar a substituição e a resposta é sempre a mesma: que esta rua está no cronograma das equipes de manutenção. O pior é que, pelo jeito, as equipes perderam o roteiro que consta essa via. Contribuímos mensalmente com a taxa de iluminação pública, cobrada junto às nossas contas de luz domésticas e não temos o serviço na porta de nossas casas. É uma afronta.” 

Moradores da Rua Roberto Azevedo

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Oportunidade

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Sprint Run é atração para os amantes da corrida em Nova Friburgo

Sprint Run é atração para os amantes da corrida em Nova Friburgo

       O atletismo é uma das modalidades mais praticadas pelos friburguenses e praticamente encerrando o calendário de eventos deste ano, a Prefeitura de Nova Friburgo, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer, com apoio das secretarias municipais de Cultura e de Ordem e Mobilidade Urbana, realiza a segunda edição da corrida Sprint Run. A prova será realizada no próximo domingo, 17, com concentração às 16h e largada às 18h, na Via Expressa.
        Em um formato de cinco quilômetros, a corrida é aberta para todos os interessados. A procura pela prova foi tão grande que as inscrições se encerraram no último dia 5  aproximadamente 24 horas depois de serem abertas. Para a retirada dos números de participação, no dia do evento, os organizadores pedem a doação de alimentos não perecíveis que serão destinados para a Secretaria de Assistência Social atender famílias em vulnerabilidade.
        Após a largada, no parque de exposições da Via Expressa, os participantes irão percorrer a Avenida José Pires Barroso, sentido Cônego, realizando a volta na Rua Romão Aguilera Campos, ao final da Via Expressa, na chegada ao Cônego, retornando pela Avenida José Pires Barroso até o início da via, próximo ao Friburguense. De lá, os atletas farão o retorno até a chegada de volta à entrada do parque de eventos da Via Expressa. Os motoristas devem ter atenção às alterações no trânsito que serão promovidas, por conta da realização do evento.
        Os primeiros três lugares feminino e masculino serão premiados com troféus e os primeiros 500 participantes receberão medalhas. Além de premiação para os primeiros colocados, a prova terá diversos outros brindes e premiações para os participantes, como vale-compras, camisas, área de atleta com ponto de hidratação e mesa de frutas, além de uma celebração especial para os 200 primeiros colocados.

 

 

  • Foto da galeria

    Via Expressa será o palco principal para a realização do evento no próximo domingo

  • Foto da galeria

    Segunda edição da corrida Sprint Run acontecerá em um local tradicional para provas esportivas na cidade

  • Foto da galeria

    O São Cristóvão conquistou o título da Série B2 Estadual ao vencer o Belford Roxo, por 1 a 0, na tarde do último domingo, 10, no Nélio Gomes, na segunda partida da decisão. Alemão, na segunda etapa, marcou o gol do título do Time Cadete, que havia empatado sem gols com a equipe da Baixada na primeira partida da final. Além do título, o São Cristóvão vai jogar a Série B1 em 2024, assim como o Belford Roxo, por ter chegado na final da B2. Ou seja, as duas equipes serão adversárias do Friburguense na próxima temporada.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Mais um ano chega ao fim

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Não sei se é por causa da idade, a sensação para os que nasceram há mais tempo é diferente, ou se por que houve uma alteração na maneira em que as horas passam, a verdade é que 2023 voou e já estamos há 13 dias do início das festas de fim de ano, o Natal e o réveillon. Parece que foi ontem que eu escrevia minha última coluna do ano de 2022, antes de fazer a parada para um merecido descanso. Vida que segue e eis me aqui, me dirigindo aos meus leitores, em um ano que marcou um acontecimento importante para mim.

Não sei se é por causa da idade, a sensação para os que nasceram há mais tempo é diferente, ou se por que houve uma alteração na maneira em que as horas passam, a verdade é que 2023 voou e já estamos há 13 dias do início das festas de fim de ano, o Natal e o réveillon. Parece que foi ontem que eu escrevia minha última coluna do ano de 2022, antes de fazer a parada para um merecido descanso. Vida que segue e eis me aqui, me dirigindo aos meus leitores, em um ano que marcou um acontecimento importante para mim.

Com o incentivo de pessoas chegadas, principalmente da minha professora de jornalismo e grande amiga, Cristina Gurjão, resolvi escrever um livro e tornei-me escritor. Em 18 de outubro, foi a noite de autógrafos da “A mídia falada chega a Nova Friburgo” que aborda a fundação da ZYE-4 Rádio Sociedade de Nova Friburgo Ltda, hoje a nossa Rádio Nova Friburgo FM. Na realidade ela era AM, mas um decreto federal de 2017 deu um prazo até o final de 2023, para que todas as emissoras do país, passassem a transmitir na frequência FM. A Friburgo AM se antecipou a essa data de já alterou sua frequência.

Para aqueles que não puderam ir à noite de autógrafos, e se quiserem, podem adquiri um exemplar com o próprio autor, através da Amazon pelo site da editora In Media Res, no Facebook ou na livraria da Confeitaria Dona Emília, na Avenida Alberto Braune. Para aqueles leitores que se interessam pelos bons momentos vividos pela nossa cidade e pela história de Nova Friburgo, é uma leitura recomendada.

Ainda mais que a inauguração da Friburgo FM foi um acontecimento muito importante em 1º de junho de 1946, que encheu de orgulho os moradores da época em que Friburgo era uma cidade mais provinciana, culta, limpa e com ruas e avenidas bem pavimentadas e conservadas. Mas, naquela época, tínhamos prefeitos e não os oportunistas do século 21 que se preocuparam muito pouco com os destinos da cidade. Não adianta grandes eventos turísticos numa cidade onde o desleixo é a tônica. A cidade de Gramado-RS é um exemplo vivo do que estou falando.

Um outro evento, esse de triste memória, foi a perda do Campeonato Brasileiro, versão 2023, pelo Botafogo. Com uma performance invejável, no primeiro turno, onde chegou a colocar 13 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o time da estrela solitária amargou um quinto lugar, na classificação geral. Aliás, a campanha do segundo turno foi lastimável, digna de um time rebaixado. Alguma coisa de grave aconteceu e o tempo se encarregará de explicar tão pífia performance.

Mas, no geral, apesar de corrido, foi um bom ano, com saúde, paz e tranquilidade. Lógico que nem tudo é um mar de rosas e tivemos perdas importantes de amigos que nos deixaram para sempre. Não vou citá-los, pois poderia esquecer de algum nome e não me perdoaria por isso. No entanto, não poderia deixar de citar a Elisa Fátima Pecci que conheci  primeiro como minha paciente, que precisava emagrecer uns quilinhos, para entrar no seu vestido de noiva. Depois, como minha chefe no Serviço Social da Indústria (Sesi), numa convivência que durou por longos 20 anos, de 1978 até 1997, quando foi implantado o plano de demissão voluntária, naquela instituição e a maioria dos funcionários teve de acatá-la. Que Deus a tenha em seus braços, pois com sua índole tranquila e educada ajudou muita gente, naquela instituição.

A vocês, meus leitores, colegas de A VOZ DA SERRA e, em especial, a Adriana Ventura, sua diretora-presidente, desejo um Feliz Natal e um 2024 com muita saúde, muita paz e que todos os desejos sejam atendidos. Meu muito obrigado aqueles que me acompanham neste espaço todas as quartas feiras.

Até 2024.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Muitas histórias…

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Elo Futsal completa 45 anos de atividades, jogos e encontros

Elo Futsal completa 45 anos de atividades, jogos e encontros

               A nossa vida é feita de Elos. Daqueles que se perpetuam, muitas vezes, sem uma explicação lógica. Porque a lógica da nossa vida, através dos elos que construímos, é eternizar momentos que fazem o nosso coração transbordar felicidade. O esporte une, transforma e perpetua. Quem está e quem já se foi. E ao longo dos últimos 45 anos, dentre tantos que passaram, todos ainda lá estão. Na quadra ou no coração do grupo atual, que toda semana, durante praticamente todo o ano, veste os uniformes, calça as chuteiras e entra em quadra ou em campo. Encanto que se reforça a cada gol e a cada resenha pós-pelada.

        Para celebrar essa história, a Câmara Municipal promoveu, na semana passada, sessão solene em homenagem aos 45 anos do Elo Futsal. O evento, proposto e presidido pelo vereador Claudio Leandro, reuniu atletas da equipe, familiares e trovadores de Nova Friburgo. Dentre os destaques, a apresentação da camerata da Euterpe Friburguense e a entrega de uma moção especial de louvor à equipe. A seção local da União Brasileira dos Trovadores (UBT) promoveu um concurso de trovas, com a temática do Elo, e a premiação aconteceu durante a sessão solene. O secretário municipal de Esportes, João Victor Duarte, também prestigiou o evento.
                Ao longo do período, filhos, netos e familiares dos primeiros atletas se juntaram a amigos que também passaram a fazer parte do grupo, sempre com o objetivo de se reunir para jogar a tradicional pelada e confraternizar. No final dos anos 1970, José Tadeu e Jairo Campos terminaram o período no serviço militar, mas a amizade permaneceu. A partir de uma conversa entre eles, surgiu a ideia de reunir um grupo regularmente para jogar futebol e o desejo foi repassado para Orani, o então diretor do Instituto Pátria e Cultura. Era o início, em 1978, de uma história que já tem 45 anos.

        Os primeiros jogos aconteceram no ginásio Celso Peçanha, duas vezes por semana. À época, os campeonatos esportivos surgiram pela cidade e os empecilhos para alugar uma quadra foram muitos. A vontade de continuar reunindo o grupo superava qualquer dificuldade e as partidas se dividiam pelo Clube do Prado, Ginásio Glauber Rocha, Duas Pedras, Rendas Arp, Colégio Canadá, Torrington, Licínio Teixeira e Nossa Senhora das Dores. Não importava a distância e nem o obstáculo.

        Os laços de amizade foram fortalecidos e 20 anos depois o IPC de Futebol de Salão passou a se chamar Elo Futsal. “Certa vez, chegamos a uma quadra onde havia acontecido uma prova no dia anterior. Havia mais de 300 cadeiras e nós, um grupo de oito jogadores limpou o local para podermos jogar. Perguntaram ao Orani como iríamos tirar tudo, e ele, na hora, respondeu: tirando. Arrumamos rapidamente e jogamos”, recorda o professor José Tadeu.
        O desafio de arrumar a quadra antes de a bola rolar foi uma rotina durante o período no Clube do Prado. Aos sábados, as mesas e cadeiras tomavam conta do espaço para a realização dos bailes, e a limpeza na manhã de domingo ficava por conta do grupo. Quando o jogo começa, a união fica um pouco de lado. A vontade de vencer, as discussões sobre faltas e pênaltis e as reclamações fazem parte dos encontros.
        O primeiro uniforme do Elo, no início dos anos 80, tinha a predominância do vermelho nas camisas, calções e meiões, com detalhes em branco. A estreia aconteceu na quadra do Colégio Canadá, onde atuaram José Tadeu, Márcio, Geci, Alessandro, Marco, Luis Argentino e Gilberto. Desde então, várias versões foram utilizadas até chegar ao atual modelo.

  • Foto da galeria

    Representando o Elo, o professor José Tadeu recebeu a Moção Especial de Louvor oferecida pelo vereador Claudio Leandro

  • Foto da galeria

    Sessão solene reuniu alguns dos jogadores mais antigos e também o secretário de Esportes de Nova Friburgo

  • Foto da galeria

    Durante o evento, a UBT premiou as melhores trovas em homenagem à equipe

  • Foto da galeria

    Familiares, amigos e trovadores prestigiaram a sessão solene

  • Foto da galeria

    Jogadores do Elo estiveram presentes à homenagem na Câmara Municipal

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA é uma sucessão de credibilidades!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

            Eu sou da geração baby boomers e sinto que falar da geração Z, tema do suplemento do jornal na edição do último fim de semana, é como dar um salto maior do que o passo. Da máquina de escrever para o teclado de um computador não foi mistério, porém, muito longe da sabedoria da geração dos nascidos entre 1995 e 2010. O domínio das tecnologias é a marca dessa geração que é chamada também de “os nativos digitais”. São mais livres para lidar com as diferenças e não se importam tanto com resultados financeiros, pois investem muito mais em qualidade na formação profissional.

            Eu sou da geração baby boomers e sinto que falar da geração Z, tema do suplemento do jornal na edição do último fim de semana, é como dar um salto maior do que o passo. Da máquina de escrever para o teclado de um computador não foi mistério, porém, muito longe da sabedoria da geração dos nascidos entre 1995 e 2010. O domínio das tecnologias é a marca dessa geração que é chamada também de “os nativos digitais”. São mais livres para lidar com as diferenças e não se importam tanto com resultados financeiros, pois investem muito mais em qualidade na formação profissional. Gostam de agregar, são autênticos e transparentes.

            O perfil da geração Z é bem flexível e “essa turma defende uma moda sustentável, confortável e inclusiva”. Descontruir padronizações e não priorizar distinção de gênero são características fortes, o que faz da Z uma geração a ser seguida até pelas gerações passadas. As pesquisas apontam que a tendencia para 2024 será um modo de vestir mais suave, embora abusando da sofisticação. No tema do caderno, que também é Z - “O que move a Geração Z” é tudo o que quebra tabus, liberta o pensamento e abre espaço para modos de viver a plenitude da vida. Isso é bonito!

            Sair de situações engessadas é o que nos ensina a Geração Z. Wanderson Nogueira vem palavreando: “Nem toda segunda-feira é de preguiça. Nada tão sem graça quanto feriados nos domingos, mas mesmo nessa condição, domingo é o primeiro dia da semana e para muitos a terça pode ser o último dia. Portanto, não somos dias enfileirados no calendário. Somos o agora de céus nublados e os ontens de Sol a pino...”.    Energias boas, sempre. Para bons entendedores, Palavreando basta!

            Papai Noel se vê em apuros na charge de Silvério. A poluição sonora contracena com as boas intenções do bom velhinho. As motos! Sempre as motos barulhentas quebrando o encanto do Natal. Contudo, a situação deverá melhorar porque a Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana,  com apoio de agentes de trânsito e do 11º Batalhão de Polícia Militar, tem promovido uma série de ações fiscalizadoras em vários pontos da cidade. Já foram retidas 67 motocicletas com irregularidades e tomara que os infratores se conscientizem do incomodo que provocam por onde passam.

            Ana Borges entrevistou Eduardo Ramos, professor de matemática, ator e o protagonista da peça “A Promessa”. Toda a entrevista é de uma preciosidade admirável e, sem que fosse sua intenção, Eduardo nos deu uma tremenda aula de vida. Destaco um trecho, entre tantos outros maravilhosos: "Ter vocação é importante para qualquer atividade, mas não creio que seja o único quesito necessário. Essa história romantizada de que “a pessoa nasce sabendo” não funciona bem assim. Sempre vai existir alguma coisa que você pode melhorar. Ter a humildade de entender suas imperfeições e estar aberto para aprender são aspectos fundamentais para tudo na vida. No teatro, fico sempre muito atento aos que outros fazem, tanto na trupe quanto fora dela."  Lindo!

            Tudo o que a gente deseja é uma cidade maravilhosa para se viver. O período natalino, por si só, é lindo e com a decoração que se espalha pelo Centro, no Country Clube e no Espaço Arp tudo reluz, em especial, durante a noite. A Avenida Comte Bittencourt está um deslumbre para os olhos. A Alberto Braune é o verdadeiro “sonho de uma noite de verão”. (Mendelssohn e Shakespeare se orgulhariam de tamanho feito!). A Praça Dermeval Barbosa Moreira é o mundo encantado, onde as crianças e até os adultos se sentem no reino da felicidade. Com músicas natalinas, então, maravilhoso!

Entretanto, o leitor Júlio Cidade, em “Leitores online”, chamou a atenção para o péssimo estado dos bancos da Praça Getúlio Vargas. Esse reparo nem seria dispendioso. Vejam a minha ideia: a prefeitura daria a tinta e trocaria o madeiramento quebrado. Lançaríamos a campanha da pintura  - “Adote um Banco da Praça”. Eu seria a primeira na fila de adoção, com meus pincéis e a bandeja. Seria sonho o povo pintando os bancos? Natal também é praticar boas ações para a nossa cidade. Mãos à obra, pessoal!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Níver de 7.5 bem festejado

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

O amigo de muitos amigos e gente boa toda vida, Antonio Peixoto somou 75 anos no último dia 1º, e festejou a idade nova neste sábado, 9, na casa do filho Augusto, nas Braunes. A celebração reuniu, além da esposa Therezinha, filhos, netos, nora, genros e amigos. Teve churrasco, distribuição de amostras da cachaça Sinhá Brasil, bolo com os parabéns para você e homenagem surpresa de sua neta Clara, de 11 anos, que é uma talentosa cantora, inclusive no estilo lírico.

O amigo de muitos amigos e gente boa toda vida, Antonio Peixoto somou 75 anos no último dia 1º, e festejou a idade nova neste sábado, 9, na casa do filho Augusto, nas Braunes. A celebração reuniu, além da esposa Therezinha, filhos, netos, nora, genros e amigos. Teve churrasco, distribuição de amostras da cachaça Sinhá Brasil, bolo com os parabéns para você e homenagem surpresa de sua neta Clara, de 11 anos, que é uma talentosa cantora, inclusive no estilo lírico.

Ao prezado Antonio, na foto com seus familiares e no detalhe em companhia da neta Clara e esposa Therezinha, nossos renovados parabéns com votos de felicidades como ele e todos os seus bem merecem.

 

Campanha de Natal dos DeMolays

Os queridos jovens que integram o Capítulo 138 da Ordem DeMolay de Nova Friburgo, uma espécie de maçonaria juvenil e que são ligados a Loja Maçônica Jacques de Molay, com sede no Tingly, estão empreendendo uma belíssima campanha e que merece todo apoio.

Os DeMolays estão arrecadando alimentos não perecíveis para o Natal dos mais necessitados. Para cada um de nós fazer a nossa parte é muito fácil, já que basta entregar suas doações até o próximo dia 23 em um dos seguintes pontos de coletas: lanchonete Sabor Brasileiro (Rua Leuenroth); lojas Eleganzza, no Cadima Shopping e Nação Rubronegra, no Espaço Arp, e no curso Wizard, nas filiais das ruas Duque de Caxias ou General Osório.

 

É hoje, lançamento da Elzany

Chegou a hora: é na noite de hoje, 12, a partir das 19h, na casa de festas Le Paradis, lodo depois do Hospital São Lucas, a festa de lançamento do belíssimo livro “Equilibrando com Ela” – foto com Elzany Govea no detalhe. A autora de 68 anos mostra em 160 páginas um grande exemplo de força e determinação. Elzany é professora e há alguns anos foi acometida, infelizmente, dos terríveis males causados pela doença ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), que a deixou com todos os seus sentidos paralisados. Mesmo assim, ela escreveu nos últimos dois anos este livro com o que lhe restou, que foi os movimentos de seus olhos. Para isso, utilizou um moderno programa de computador.

 

Confraternização com Dr. Derly

O juiz do Trabalho dr. Derly Mauro Cavalcanti, que está desfrutando de merecida aposentadoria após muitos anos de atuação em Nova Friburgo, apesar de residir na Granja Comary em Teresópolis, mantém no coração seu amor por nossa cidade e claro, pelas incontáveis amizades conquistadas por aqui.

Tanto assim, que hoje, 12, ele participa de um encontro de confraternização de fim de ano com muitos amigos em uma churrascaria de Mury.

 

Com pé na cova

A partir de 2024, o Governo Federal estará implementando algumas alterações na lista de atividades permitidas e não permitidas no MEI (microempreendedor individual).

Entre, por exemplo, as que não mais poderão estar enquadradas como MEI, estão “coveiro”, “removedor e exumador de cadáver e “sepultador”.

 

Palestra hoje: Imigração Alemã

Edmilson Schneider, presidente do Centro Cultural Teuto Friburguense estará proferindo palestra hoje, 12, às 18h, na sala 217 do bloco 1 do Polo da Uerj aqui em Nova Friburgo.

O tema será o “Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil” e todos estão convidados a mergulharem nesta interessante parte de nossa história.

 

Missa de Natal hoje no Raul Sertã

Hoje, 12, às 15h30 na Capelinha do Hospital Raul Sertã, o bispo diocesano Dom Luiz Antonio Lopes Ricci celebra Santa Missa de Natal, por solicitação e organização da Pastoral da Saúde e Capelania Hospitalar. A celebração será dedicada a orações pela saúde dos pacientes internados. 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Declaração Universal de Direitos Humanos é uma via mestra, diz o Papa

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Logo após rezar o Angelus, no último domingo, 10, o Papa Francisco recordou que há 75 anos, mais precisamente em 10 de dezembro de 1948, era assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos: “É como uma via mestra, na qual foram dados muitos passos em frente, mas ainda faltam muitos e, infelizmente, por vezes retrocedemos. O empenho pelos direitos humanos nunca termina! Neste sentido, estou próximo de todos aqueles que, sem proclamações, na vida concreta de cada dia lutam e pagam pessoalmente por defender os direitos daqueles que não contam.”

Logo após rezar o Angelus, no último domingo, 10, o Papa Francisco recordou que há 75 anos, mais precisamente em 10 de dezembro de 1948, era assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos: “É como uma via mestra, na qual foram dados muitos passos em frente, mas ainda faltam muitos e, infelizmente, por vezes retrocedemos. O empenho pelos direitos humanos nunca termina! Neste sentido, estou próximo de todos aqueles que, sem proclamações, na vida concreta de cada dia lutam e pagam pessoalmente por defender os direitos daqueles que não contam.”

A adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Assembleia Geral das Nações Unidas representou uma das conquistas mais significativas da comunidade internacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial e foi a base para o desenvolvimento de uma estratégia para a promoção e proteção dos direitos humanos em todo o mundo. Este código ético de importância histórica fundamental foi o primeiro documento a estabelecer universalmente (ou seja, em todas as partes do mundo) os direitos que dizem respeito a cada ser humano.

Ao celebrar este importante aniversário, é necessário reconhecer os enormes progressos alcançados, mas também refletir sobre os múltiplos desafios que impedem o pleno usufruto de todos os direitos humanos por cada indivíduo.

 

A Declaração Universal dos Direitos do Homem

Entre os direitos fundamentais do ser humano estão o direito à vida, o direito à liberdade individual, o direito à autodeterminação, o direito a um julgamento justo, o direito a uma existência digna:

Artigo 1: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."

Artigo 2: "Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outro estatuto. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

Artigo 3: "Todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal."

Artigo 4: "Ninguém pode ser mantido em escravidão ou em servidão; a escravatura e o comércio de escravos, sob qualquer forma, são proibidos."

Artigo 5:  "Ninguém será submetido a tortura nem a punição ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes."

Artigo 6:  "Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento como pessoa perante a lei."

Artigo 7: "Todos são iguais perante a lei e, sem qualquer discriminação, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação."

Artigo 8: "Todas as pessoas têm direito a um recurso efetivo dado pelos tribunais nacionais competentes contra os atos que violem os seus direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei."

Artigo 9: "Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado."

Artigo 10: "Todas as pessoas têm direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública julgada por um tribunal independente e imparcial em determinação dos seus direitos e obrigações e de qualquer acusação criminal contra elas."

 

Fonte: Vatican News

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

O valor da educação

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Sou educadora, de formação. O meu olhar tem este viés porque tudo o que vivemos é carregado de aprendizado. Até mesmo o conectivo “e”, que significa união; ninguém o utiliza sem ter a intenção de adicionar, posto que a adição é transformadora e reúne significados que podem ser observados e refletidos. Aliás, a observação é o ponto de partida dos processos educativos.

Sou educadora, de formação. O meu olhar tem este viés porque tudo o que vivemos é carregado de aprendizado. Até mesmo o conectivo “e”, que significa união; ninguém o utiliza sem ter a intenção de adicionar, posto que a adição é transformadora e reúne significados que podem ser observados e refletidos. Aliás, a observação é o ponto de partida dos processos educativos.

Nestes dias, por acaso, mensagens, podcasts e conversas me trouxeram a educação como tema de reflexão. Ao me debruçar sobre as teorias educacionais, a construção de uma pessoa, de um lugar e, especialmente, de um país acontece sobre as bases educacionais. O crescimento individual é ilimitado através das capacidades e possibilidades que podem ser atingidas sem limites preestabelecidos. Da mesma forma, as realizações de uma nação dependem da evolução dos seus cidadãos.

As gerações mais novas recebem dos seus antepassados um saber adquirido através da experiência milenar que é repassada de diversas formas. Hoje, os meios de comunicação são facilitadores, porém o contato interpessoal possui força de influência e absorção eficientes, decorrentes das relações afetivas e dos processos de identificação.

Também não podemos esquecer que a literatura guarda a maior fonte de saber existente no planeta. 

Os processos de aprendizagens começam no momento do nascimento quando a criança vai aprendendo, dia a dia, a interagir com o ambiente e com as pessoas com quem tem contato. Inclusive, com ela mesma ao perceber seu corpo e suas emoções. O corpo e a mente humana são versáteis, possuindo qualidades e habilidades múltiplas que podem ser estimuladas, desenvolvidas e, consequentemente, transformadas, possibilitando às pessoas realizar tarefas cada vez mais especificadas e complexas. Os processos educativos nos tornam mutantes, principalmente quando há a consciência de que podemos nos aperfeiçoar para melhorar nossos modos de viver.

A leitura é um recurso educativo valoroso, mesmo os livros de literatura ficcional para crianças e jovens. Certamente a literatura é arte e sua intenção não é pedagógica. Entretanto, ao abordar a experiência existencial nas histórias infantis, guarda pressupostos educativos relevantes. “Pinóquio”, por exemplo, escrito por Carlo Collodi, é uma obra que deveria ser lida por todos. Como também “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carol. E outras, como o “O Sítio do Pica-pau Amarelo”, de Monteiro Lobato, “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry ou “O Mundo de Sofia”, de Jostein Gaarder. Mas não é somente a prosa literária que o jovem pode ser incentivado a ler. A obra de Shakespeare tem belíssimas adaptações para o público juvenil. 

A formação do leitor é um processo educativo e encontra no prazer de ler seu objetivo principal. É iniciado na mais tenra infância com livros de ilustrações e sem texto. O gosto pela leitura é construído ao longo de anos e segue a vida infantil e juvenil. O adulto, quando leitor, tem uma visão ampla e aprofundada dos fatos, que são esclarecidos por várias ciências, como a filosofia, psicologia, sociologia, biologia, geografia, história, dentre outras. Como também pela vivência daqueles que transpõem para o papel suas reflexões através da prosa e da poesia. 

Um pensar parcial é frágil. O saber comum é inteligente e rico, sem sombra de dúvidas, mas se enriquecido pela leitura oferece maiores possibilidades ao sujeito de interagir no ambiente, de expressar-se para abordar com clareza e objetividade seus pontos de vista. De tirar conclusões e tomar decisões.

Infelizmente as oportunidades educacionais e os programas de estímulo à leitura são ainda precários no Brasil. Nem todos têm acesso ao livro e à educação. Acredito que a maioria das crianças e jovens gostaria de tê-lo! Foi triste escutar de um grupo de jovens que gostariam de ler mais, mas não podiam pela impossibilidade de adquirir os livros, mesmo nas bibliotecas. 

Assim, cabe-me, mais uma vez, reforçar o valor da educação e da leitura nesta coluna semanal. Não deixa de ser como um canto de alguém diante do mar, sempre atraente, indomável e pouco desconhecido.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.