Blogs

Quando foi que passamos a nos contentar com a mediocridade?

sábado, 11 de novembro de 2023

Quando foi que passamos a nos contentar com a mediocridade? Enxergamos, mas não percebemos. Escutamos, mas não ouvimos. Quem tapa os nossos ouvidos? Temos ou fingimos, (não sei), empatia com os que sofrem… longe. Aos de perto: naturalizamos.

Quando foi que passamos a nos contentar com a mediocridade? Enxergamos, mas não percebemos. Escutamos, mas não ouvimos. Quem tapa os nossos ouvidos? Temos ou fingimos, (não sei), empatia com os que sofrem… longe. Aos de perto: naturalizamos.

Quando foi que, como cidade, passamos a nos contentar com a mediocridade? E aplaude-se o circo de falsas profecias em que se faz de palhaço — a plateia. Vende-se humildade sem humanidade. Paulo Coelho diz que “nada mais vaidoso do que dizer que não tem vaidade”. Nova Friburgo deveria ser a maior de nossas vaidades! Assistimos a um personalismo jamais visto, como se a cidade tivesse um dono, um barão, uma só verdade. “A cidade é do povo”: seria um devaneio?  

Eduardo Larangeira Jácome escreve: “o Ótimo é muito melhor do que o Bom”. Que ótimo ler os alertas deste artigo — temo — otimista. O bom é melhor do que o medíocre. Em que degrau nossa cidade paralisou nesta escada? 

Nos preocupamos (e com razão) com o assassinato em massa de israelenses e palestinos, mas não acendemos uma vela de indignação com as tantas mortes evitáveis que ocorrem, por falta de estrutura, no Hospital Raul Sertã. Viramos uma fábrica de doentes com o abandono da saúde preventiva, da saúde básica. Enxuga-se gelo na aposta equivocada ou na maldade acertada de focar na emergência — comemora-se o número de pacientes em emergência. Que tragédia! Saúde de qualidade é aquela que tem hospital vazio. Quanta falta de visão. Morrem tantos, quando muitos poderiam estar vivos. 

Pouco a pouco, quase que, sorrateiramente, destrói-se a identidade de um povo múltiplo. Atacam-se as instituições que nos trouxeram até 2023. Fazendo música ou cuidando de idosos. Biografando nossa história ou atendendo crianças especiais. Quando a identidade de uma cidade é aniquilada, quando se persegue instituições, se mata o sentimento de pertencimento, e, ao não havê-lo, a cidade perde o sentido de ser cidade. 

Luzes para quê? Natal para quem? Que Papai Noel é esse que desfila com suas renas pelas avenidas da cidade, mas deixa os centros de assistência social sem cestas básicas e as pessoas sem remédio? Acena Papai Noel. A farsa, digo, a festa, está montada. Que se lixe o princípio da impessoalidade. Não é esse Papai Noel que as crianças acreditam. Elas preferem um que faça zerar as filas de creche, mas sem tapeação. Creche de verdade é a que oferta tempo integral. 

Todos gostamos de festa, mas quando falta o pão em casa, não dá para convidar a vizinhança para comer brigadeiros. Ninguém é contra a festa pública de Natal. Mas sem exageros na gastança: nem oito, nem oitenta. Ao básico, o irrefutável, o necessário — tudo! Este deve ser o dever prioritário da gestão pública.                 

Enquanto Nova Friburgo amarga a inglória posição de 36º pior município do país em transparência, postagens nas redes sociais não institucionais vendem a impressão de um “Fantástico Mundo de Boby”. Esse desenho era muito bom. O que se pinta por aqui é brega, sem graça, forçado. 

Medíocres são ótimos em produzir coleção de mediocridades, geralmente, com abuso da fé alheia. Não é apenas opinião. Estão nos números, em que todos os dados alertam para a queda livre de Nova Friburgo, que reflete na qualidade de vida de sua população. Não é de hoje, mas continua de forma acelerada. Talvez a velocidade afete os ouvidos. Perturbe os sentidos. A desorganização vigente não precisa de recursos contingenciados, mas de liderança, apreço, vontade e decisão.  

Não! Não à mediocridade! Sim ao que diz Eduardo Jácome: “não se contentar apenas com o bom e sempre buscar fazer cada vez melhor”. “O bom é inimigo do ótimo” é o que espalha o povo nas ruas. Nova Friburgo tem capacidade de se reinventar para melhor. Tem história que assegura seu destino de ser destaque positivo. Tem sua gente empreendedora e valente. Tem a natureza como grande ativo, tão cobiçado nesses tempos de mudanças climáticas. Conjunto de qualidades únicas que me fazem ser um otimista incurável. Inovação. Sair das caixinhas impostas. Criatividade.    

Desculpem-me se pareceu berrar a minha indignação. Ela não é produto do lamento. Ela vem dos potenciais que enxergo e são surrupiados. Ela vem da força motriz que me faz falar o que não se fala para que ecoe o que não se ouve. Queremos paz e paz não é aceitar o que está posto, mas ser ativo na busca por outros rumos. 

Outra Nova Friburgo é possível e é nosso dever olhar além das montanhas e vislumbrar esta cidade como uma das melhores do País, em clara dissonância com o que mostram todos os rankings atuais que nos comparam com outros municípios. Na pseudo frieza dos números há pessoas. É inaceitável o que está acontecendo.  

Exigimos respeito à democracia, à imprensa livre, à diversidade, ao Estado Laico, à inteligência. O amor há de vencer! Nova Friburgo há de se ver e se ouvir Nova Friburgo de novo.

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Esgotamento

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Quando alguém diz que está estafado, parece que conseguimos captar o cansaço que ele sente pela palavra. Estafa: já inventaram vocábulo mais pertinente para denotar o estado de esgotamento? Talvez a própria palavra “ esgotamento”. Cansaço extremo. Sinal eloquente de quem precisa descansar, pausar, respirar livremente e recompor a energia vital. E então, prosseguir.

Quando alguém diz que está estafado, parece que conseguimos captar o cansaço que ele sente pela palavra. Estafa: já inventaram vocábulo mais pertinente para denotar o estado de esgotamento? Talvez a própria palavra “ esgotamento”. Cansaço extremo. Sinal eloquente de quem precisa descansar, pausar, respirar livremente e recompor a energia vital. E então, prosseguir.

Naturalmente, o cansaço extremo sentido por uma pessoa é sensação dela, de dentro para fora. Ela que sabe. Seu estoque de energia lhe pertence em um nível próprio. Só ela consegue suprir, repor, suplantar. Só ela sabe o limite. A quilometragem que ainda consegue percorrer quando o tanque esvazia e a luz vermelha sobressai em si. Mas muitas vezes, podemos captar pelo mero olhar de seu semblante. Não raras vezes, a estafa parece ser coletiva. Para onde olhamos, podemos ver o cansaço, perceber os sinais mais claros e os mais escondidos do esgotamento.

Há momento em que esse estado de espírito é confundido com impaciência, incompetência, preguiça, fraqueza, antipatia, incapacidade. Os sensores sociais são cruéis nessa hora. A sobrecarga, o limite, a saúde debilitada, a pressão do dia a dia, por vezes, são sabidos porém ignorados quando os dedos apontados precedem os cruéis julgamentos. Gente julgando gente o tempo todo. Seres humanos esquecendo-se, por vezes, que são, além de tudo e antes de tudo, humanos.

E dessa sensação de impotência somada à incapacidade humana de suplantar a estafa física e mental, nasce o ideal da força, o buscar “ser forte”, o obrigar-se a parecer forte o tempo todo. Mas como bem disse Clarice Lispector, “ nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respirar nossas fraquezas.” Respirar. Nossas. Fraquezas. É isso.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Renegociação do Fies: boas oportunidades precisam ser aproveitadas

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Há duas semanas conversávamos sobre a necessidade de avaliar aspectos importantes durante a decisão da tomada de crédito e chegamos a conclusões concretas de como recorrer a recursos extras para alcançar determinados objetivos. Hoje o assunto também é crédito, mas voltado para a renegociação de dívidas. Mais especificamente, dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Há duas semanas conversávamos sobre a necessidade de avaliar aspectos importantes durante a decisão da tomada de crédito e chegamos a conclusões concretas de como recorrer a recursos extras para alcançar determinados objetivos. Hoje o assunto também é crédito, mas voltado para a renegociação de dívidas. Mais especificamente, dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Com a recente sanção da lei 14.719/2023 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mais de 1,2 milhão de graduados endividados com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) têm agora a oportunidade de aliviar suas finanças. A resolução publicada no Diário Oficial da União permite que esses estudantes busquem a renegociação de suas dívidas através dos canais de atendimento da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

As dívidas acumuladas, que totalizam cerca de R$ 54 bilhões, poderão ser quitadas com descontos e opções de parcelamento. Neste contexto, o presidente destaca a iniciativa como o “Desenrola da Educação”, visando proporcionar aos profissionais formados pelo Fies a oportunidade de regularizar suas obrigações financeiras e iniciar suas carreiras sem o peso das dívidas.

São algumas as ofertas de renegociação e quitação, mas como o intuito deste espaço não é noticiar e sim educar, vamos analisar as possibilidades e entender como você pode sair beneficiado neste programa. Será o “empurrão” necessário para deslanchar sua carreira profissional.

Vamos começar com algumas perguntas e respostas que podem esclarecer suas dúvidas:

 

- Todos podem participar deste programa?

Não, apenas contratos firmados até 2017 e com inadimplência até 30 de junho de 2023.

 

- Abrir a solicitação de renegociação tem prazo definido?

Sim, você deve procurar a instituição financeira com a qual firmou seu contrato até o dia 31 de maio de 2024.

 

- Quanto os bancos estão oferecendo de desconto?

Varia, por isso vamos precisar desdobrar outros aspectos deste programa.

A lei responsável por viabilizar as ofertas de negociação estabeleceu três grupos e condições para quitação e renegociação de contratos inadimplentes. A data de corte para o prazo de inadimplência é 30 de junho de 2023. Portanto, considere-a ao calcular o tempo que você já deixou de arcar com os compromissos das parcelas.

 

- Débitos vencidos e não pagos por mais de 90 dias

Para quitação com pagamento à vista, o desconto sobre juros e multas pode chegar a 100%. Contudo, se a quitação não for uma possibilidade, você pode refinanciar saldo devedor em até 150 parcelas com desconto de 100% dos encargos (juros e multas).

 

- Débitos vencidos e não pagos por mais de 360 dias (com inscrição no CadÚnico ou beneficiário do Auxílio Emergencial 2021)

O valor consolidado da dívida terá desconto de até 99% para a liquidação integral do saldo devedor e a possibilidade de parcelamento em até 15 vezes.

 

- Débitos vencidos e não pagos por mais de 90 dias

Aqui, as condições são semelhantes ao caso acima, mas com descontos de até 77% do valor consolidado da dívida.

 

Identificar momentos oportunos pode ser crucial para o sucesso financeiro e – nesse caso, também profissional. Busque aproveitá-los com inteligência financeira!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Um nariz de palhaço para mim e outro para você

quinta-feira, 09 de novembro de 2023

Paz uma ova, estrebucho aqui através do seu computador e nas páginas do jornal. Nunca me senti tão belicoso e avesso a essa nova velha politicagem que consome cada ponto desse país. A cada dia, começo a entender os muitos por quês desta estranha sensação de impotência misturada com a indignação de ser também contribuinte desta patota.

Paz uma ova, estrebucho aqui através do seu computador e nas páginas do jornal. Nunca me senti tão belicoso e avesso a essa nova velha politicagem que consome cada ponto desse país. A cada dia, começo a entender os muitos por quês desta estranha sensação de impotência misturada com a indignação de ser também contribuinte desta patota.

Eu mesmo estou surpreso, portanto, com o quanto me envolvi emocionalmente ao saber dos repasses dos royalties de diversos setores e dos altos valores das taxas de iluminação pública - pagas por nós - que foram destinadas a contratos milionários para decorar carros alegóricos e montar som na rua no Natal.

É estranho, porque nem os recentes escândalos vividos nos últimos dez anos dos poderes Executivo nacional e estadual me deixaram tão enfurecido e comovido. Talvez seja o aspecto pessoal em perceber como cada pequena má decisão tem interferido diretamente na minha e na sua vida.

Como usuário do Hospital Municipal Raul Sertã é visível - seja você também usuário ou não - de que a situação da saúde no município é precária. Lembro-me da madrugada do último dia 28 de outubro, em que necessitei buscar atendimento médico ortopédico na unidade pública de saúde aberta naquele horário.

No longo tempo entre triagem e o atendimento na recepção - num hospital vazio - um idoso teve uma crise convulsiva na recepção do hospital. Veio a buscar apoio numa cadeira de espera, até que caísse no chão. Uma cena forte e que toca. Os enfermeiros realizaram o atendimento do rapaz, que passou longos minutos agonizando no chão.

Após um considerável tempo, uma cadeira de rodas foi trazida ao local. O inconsciente paciente, ainda muito trêmulo, foi colocado na cadeira de rodas. Sabido que uma crise epilética mata, quando o homem foi ser levado para o atendimento, perceberam suas pernas rastejavam pelo chão impedindo a locomoção do paciente.

Ao analisarem o problema, perceberam que a cadeira de rodas – que custa em média uns R$ 400 a R$ 600 - estava quebrada. O equipamento só tinha um único apoio para pés, que nem estava lá essas coisas. E assim, numa cadeira de rodas quebrada e com um enfermeiro tentando dar um jeito para o  pé do paciente não encostar no chão, foi levado um senhor com risco de morte.

Logo depois, chegou um jovem rapaz que havia se acidentado ao andar de moto, com ferimentos nada bonito de se ver em seus dois pés. Enquanto eu e muitas outras pessoas esperávamos a triagem, comecei a perceber como o nosso hospital, que atende toda a região, está caindo aos pedaços – literalmente.

Faltam cadeiras de espera para os pacientes. As paredes e os tetos descascam tinta em meio as muitas infiltrações. Ironicamente, em alguns pontos, a iluminação do hospital público é inexistente. Cadeiras de roda, quebradas. As filas de exames lotadas. E sem contar, os escândalos expostos pela “Operação Baragnose” quanto as falhas nas licitações da alimentação, deflagrada pela Polícia Federal no começo do ano.

Após ser atendido por uma médica, fui direcionado ao setor de raio-x do hospital, onde, novamente, encontrei o rapaz do acidente de moto, numa cadeira de rodas. Ao ser chamado para “bater uma chapa”, constatou-se que apesar do seu pé machucado, a cadeira de rodas não conseguia passar por um estreito corredor e levá-lo assim, até a máquina do raio-x.

Dessa forma, o jovem rapaz que pouco conseguia se levantar, foi “convidado” a ir andando até a máquina e enfim, fazer o exame. Depois de algumas horas, eu saí extremamente pensativo e encabulado sobre o que havia vivido naquela curta madrugada. Mas quando falamos de gestão pública, até o básico parece difícil.

Dois dias depois, não surpreendentemente, o teto da recepção do hospital caiu após uma forte chuva. Felizmente, não veio a machucar ninguém. Na semana passada, tivemos a irônica, “feliz e empolgante” notícia de que Nova Friburgo terá um dos seus Natais mais coloridos e com os carros alegóricos mais exuberantes, com parte do orçamento transferido de royalties e das taxas de iluminação pública, mesmo diante de toda problemática existente no município.

E para fechar com chave de ouro, a irônica, “alegre e cativante” notícia de que todos os partidos na Câmara dos Deputados estão unidos, como uma bonita e forte família, para inflar ainda mais, o Fundão Eleitoral das eleições do ano que vem para valores que extrapolam os R$ 6 bilhões.

Nossas problemáticas não importam para ninguém! Estamos sozinhos. E quando se trata do nosso dinheiro tudo é uma grande festa das quais não somos convidados ou beneficiados com nada! Um nariz de palhaço para mim e outro para você, contribuinte.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Mercado friburguense

quinta-feira, 09 de novembro de 2023

O mês de novembro começou movimentado para o mercado friburguense. E não foi com a abertura de novos hortifrutis e drogarias que - diga-se de passagem -  tomaram a Avenida Alberto Braune. Melhor do que lojas fechadas, é claro. Pelo menos três grandes empreendimentos foram ou serão abertos em espaços icônicos do cotidiano local.  

 

Banco

O mês de novembro começou movimentado para o mercado friburguense. E não foi com a abertura de novos hortifrutis e drogarias que - diga-se de passagem -  tomaram a Avenida Alberto Braune. Melhor do que lojas fechadas, é claro. Pelo menos três grandes empreendimentos foram ou serão abertos em espaços icônicos do cotidiano local.  

 

Banco

Na Alberto Braune, o espaço, que abrigou por muito anos o Itaú, deu lugar a outra instituição financeira. Foi inaugurado na semana passada a unidade da cooperativa bancária Sicred. O espaço, que tem arquitetura europeia, ganhou as cores da nova bandeira e foi ornamentado com um visual que contempla a natureza. Lembrando que outra agência do Itaú que foi fechada, próxima à rodoviária, virou igreja. 

 

Antigo ABC

Com quase dois meses além do previsto, o antigo ABC, que também já foi Barateiro, Compre Bem e Extra, vai virar Supermarket. A rede prevê reabrir as portas do imenso imóvel, já sob nova marca, ainda nesta primeira quinzena de novembro. O dia exato não foi definido até o fechamento desta coluna, por conta de possíveis atrasos na entrega de fornecedores. Funcionários já estão de prontidão para a abertura que pode ocorrer a qualquer momento.  

 

Novo hiper

Com modificações profundas, especialmente nas entradas, agora com apenas uma grande porta metálica. As cores, predominante preto, seguem o padrão da rede que tem outra unidade em Nova Friburgo, localizada em Mury. A parte interna também muda bastante o padrão com relação ao empreendimento anterior. O estacionamento no 2º andar seguirá servindo ao hipermercado. A inauguração promete grandes promoções e pode ser anunciada de um dia para o outro.   

 

Quintal

Já na ponte da Rua Sete de Setembro, também no Centro, o antigo Maurição passou a abrigar casas noturnas. Primeiro foi o saudoso Casarão de Minas, depois o Barbatana. Na última quarta, 1º, foi inaugurado o Nosso Quintal. Com estilo beer garden, promessa de boa comida e música, especialmente, samba. A qualidade gastronômica vem da marca consolidada do tradicional Cesar´s Bar, que assumiu o espaço.

 

Tijuca

Neste ano ainda há a previsão de pelo menos mais uma grande inauguração. O Tijuca Bar, onde era a Emporium, no final da Via-Expressa. Os últimos detalhes estão sendo finalizados e a abertura da casa com o jeitinho carioca do grupo Scavarda´s deve abrir ainda neste mês. A promessa é de muitos petiscos, feijoada e roda de samba. Outra inauguração aguardada é a da academia SmartFit, no Espaço Arp. Ainda sem previsão, possivelmente ficando para o início de 2024.

 

Vinhos da Serra

Nova Friburgo tem vinícola e a iniciativa está presente também em Petrópolis. O empreendedorismo considerado inusitado por muitos - produzir vinho no Estado do Rio de Janeiro - conta agora com a ViniSerra. Trata-se de uma associação que reúne os vitivinicultores dos municípios da região com o objetivo de fortalecer a indústria de vinhos, promovendo a qualidade, a inovação e a autenticidade de seus produtos - impulsionando ainda mais a reputação da região como produtora de vinhos de alta qualidade.

 

Estudos

Está inserido na iniciativa, o projeto "Desenvolvimento e novas territorialidades: a construção da indicação geográfica dos Vinhos de Inverno da Serra Fluminense". O projeto da Faperj busca destacar e proteger a qualidade excepcional, a inovação e a história por trás dos vinhos únicos da serra fluminense. 

 

Indicação geográfica

O casamento com o projeto acadêmico é perfeito com o objetivo principal da associação: unir os vitivinicultores da serra em uma organização coesa e colaborativa, que tem como foco o compromisso pela obtenção de Indicação Geográfica (IG) para os vinhos da serra fluminense, destacando a autenticidade e unicidade dos produtos da região. Produtores de vinho, em grande ou menor escala podem ter outras informações através do e-mail associar@viniserra.com.br e solicitar também o formulário de associação para preenchimento.

 

Viralizou

Está percorrendo o Brasil a fora, em várias páginas de memes e de jornalismo das redes sociais, uma passagem para o intervalo do RJTV 2ª edição, da InterTV, afiliada da Rede Globo na Região Serrana, da última terça-feira, 7. Enquanto o apresentador chamava o intervalo comercial, como é tradição, a câmera parada, mostrava cena do cotidiano friburguense. O que era para ser apenas uma paisagem tranquila de Nova Friburgo, ao vivo, acabou flagrando uma briga com luta corporal entre dois homens. 

Jornal, ao vivo, tem dessas coisas

Logo um grupo se aproxima, faz roda em volta da briga e, aparentemente, não tenta apartar os indivíduos. O apresentador, Vinicius Ferreira, parece não perceber o flagrante e segue normalmente a chamada. A situação inusitada está percorrendo o mundo da internet. Não temos informação sobre o desfecho da história. Espera-se que tenha terminado em paz.  

 

Nada incomum

O que não é incomum, é a situação no local. Taxistas, que atuam nas proximidades, relatam que é comum brigas na Praça Dermeval Barbosa Moreira, entre outras situações diversas que causam, no mínimo, espanto. Há solicitações para maior policiamento ou mesmo a presença mais efetiva da Guarda Municipal, por ali. 

 

Situações diversas

O que geralmente pode ser visto, é uma viatura da Guarda Municipal na esquina da praça, quase em frente à Rua Farinha Filho, mas somente em determinadas horas do dia. Segundo os taxistas, durante a madrugada é quando acontecem situações mais adversas. Um dos motoristas, que prefere não se identificar, resume com a frase: “Não viram nada do que é esse Centro de Turismo, à noite”.

 

Centro de Turismo

Aliás, um questionamento cada vez mais presente: “para que serve aquele Centro de Turismo e naquele local?” De fato, quase não passam turistas ali. Um elefante branco que serviu em outro tempos. A Praça do Suspiro seria um local muito mais apropriado para um equipamento como aquele. Há quem defenda a manutenção do espaço, pois serve como apoio para os eventos que ocorrem na Praça Dermeval. Mais adequado não seria ter então estruturas móveis?  

 

Novas viaturas

A Polícia Militar está ganhando reforço nas viaturas. Com investimento de R$ 47,2 milhões, foram adquiridos 218 novos carros. Eles serão distribuídos pelo Estado e Nova Friburgo deve receber algumas desses veículos. No ano passado, foram entregues 513 viaturas. Em 2023, portanto, menos do que a metade com relação a 2022. 

Viatura elétrica

Foi concluído também um teste com um veículo elétrico. O carro híbrido do modelo Song Plus DM-I é da chinesa BYD, líder mundial em vendas de carros elétricos. O resultado da avaliação, no entanto, ainda não foi divulgado. 

 

Transição socioambietal 

Por ser híbrido, tem dois motores: um movido a eletricidade, e outro a combustão. Juntos, garantem a potência de 235 cavalos e permitem que o carro vá de zero a 100km em oito segundos, além de 1.000 quilômetros de autonomia, com as duas baterias. O valor de mercado é de R$ 269.990. O Governo do Estado do Rio segue os estudos para transição de frota, mais econômica e com o compromisso ambiental de diminuição de emissão carbono.      


 

Carnaval 2024

Neste sábado, 11, a Imperatriz de Olaria apresenta os protótipos de suas fantasias para os desfiles do Carnaval 2024. Com o tema festa do enredo, a festa está garantida com a apresentação dos segmentos da vermelho e branco e ainda o Pagodão do Gabriel. O evento começa às 21h, na quadra da agremiação. 


Ensaios a todo vapor

A praticamente três meses do carnaval, as escolas de samba friburguenses estão acelerando o ritmo. Passaram a ser semanais os ensaios das baterias e das comissões de frente. Também se intensificaram os treinamentos dos casais de mestre-sala e porta-bandeira, assim como das alas coreografadas. Nos barracões, a solda já está comendo solta na confecção das alegorias, tudo para colocar os desfiles na avenida sem sustos.      


Palavreando      

“Pouco a pouco, quase que, sorrateiramente, destrói-se a identidade de um povo múltiplo. Atacam-se as instituições que nos trouxeram até 2023. Fazendo música ou cuidando de idosos. Biografando nossa história ou atendendo crianças especiais. Quando a identidade de uma cidade é aniquilada, quando se persegue instituições, se mata o sentimento de pertencimento, e, ao não havê-lo, a cidade perde o sentido de ser cidade”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Você se lembra que é uma criatura?

quinta-feira, 09 de novembro de 2023

Você se lembra que é uma criatura? Se puder, dê uma olhada agora ao redor onde possa ver pessoas. Repare os movimentos delas. Algumas falam, outras leem algo no computador, outras ainda andam pela calçada. Estão vivas como eu que escrevo esse texto e você que o está lendo.

Quanta história existe em cada um de nós! Genética, epigenética, família, infância, escola, amigos, igreja. Somos resultado de tudo isso. Uma complexidade, não é mesmo? Somos uma complexidade maravilhosa, e ao mesmo tempo frágeis porque de repente surge a morte. Chato pensar na morte, não é?

Você se lembra que é uma criatura? Se puder, dê uma olhada agora ao redor onde possa ver pessoas. Repare os movimentos delas. Algumas falam, outras leem algo no computador, outras ainda andam pela calçada. Estão vivas como eu que escrevo esse texto e você que o está lendo.

Quanta história existe em cada um de nós! Genética, epigenética, família, infância, escola, amigos, igreja. Somos resultado de tudo isso. Uma complexidade, não é mesmo? Somos uma complexidade maravilhosa, e ao mesmo tempo frágeis porque de repente surge a morte. Chato pensar na morte, não é?

Parece que vamos vivendo no automático como se fôssemos viver para sempre, como se não existisse fim, morte, aniquilamento. É bom estar vivo. Mas é bom também pensar que vamos morrer porque isso pode nos ajudar em muitas coisas. Inclusive a pensar como viver com melhor qualidade de vida, que não tem que ver necessariamente com crescimento econômico.

Pensar que somos criatura ajuda. O que é uma criatura? É alguém que foi criado, que não tem existência própria, que não pode perpetuar a vida. Somos isso como raça humana. Não somos deuses. Não temos vida própria, inerente ao nosso ser. Temos vida emprestada. Temos um prazo de validade, o qual pode ser maior ou menor dependendo de vários fatores, principalmente os ligados ao estilo de vida.

Meditar por uns momentos, vez ou outra, em nossa finitude pode assustar, porque surgem pensamentos que nos lembram que estamos caminhando para a morte. Mas pode ajudar porque podemos pensar sobre o significado da nossa vida e corrigir a tempo aquilo que pode nos matar mais rápido.

Talvez nos tornaremos mais humildes e menos arrogantes ao pensar que somos criaturas. Talvez nossa vida poderá se tornar mais útil. Poderemos caminhar rumo ao desapego de bens materiais, evitar discussões improdutivas, atitudes corrompidas, competição destrutiva.

Matamos uns aos outros talvez porque nos esquecemos que todos somos criatura. Somos semelhantes. Como criaturas somos irmãos. Precisamos uns dos outros. A função na vida não é roubar os outros, não é agredir as pessoas, não é acumular riqueza para viver com egoísmo e depois morrer. Não é ficar competindo para ver quem é melhor nisso ou naquilo, seja no meio comercial, empresarial, vida artística e esportiva, mundo político, ambiente familiar.

Somos criaturas. Pense nisso com mais frequência. Acho que pode ajudar a viver melhor, com simplicidade serena, com menos ansiedade e menos tristeza.

 

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Fluminense conquista a América

quarta-feira, 08 de novembro de 2023

Após oito participações na maior competição da América Latina, incluindo o vice-campeonato de 2008, quando foi derrotado nos pênaltis, pela equipe da LDU, do Equador, em pleno Estádio do Maracanã, o Fluminense se torna o grande campeão em 2023. Em sua nona participação na maior e mais importante competição sul americana, com um Maracanã lotado, o tricolor das Laranjeiras finalmente conseguiu realizar seu sonho, no último sábado, 4.

Após oito participações na maior competição da América Latina, incluindo o vice-campeonato de 2008, quando foi derrotado nos pênaltis, pela equipe da LDU, do Equador, em pleno Estádio do Maracanã, o Fluminense se torna o grande campeão em 2023. Em sua nona participação na maior e mais importante competição sul americana, com um Maracanã lotado, o tricolor das Laranjeiras finalmente conseguiu realizar seu sonho, no último sábado, 4. Data histórica, que ficará na lembrança de sua apaixonada torcida, que jamais duvidou de uma taça que faltava, na sua tão repleta sala de troféus da Rua Álvaro Chaves.

Não foi um jogo de encher os olhos, pois se de um lado o Fluminense tem uma maneira de jogar interessante e vistosa, de outro o Boca Juniors se caracterizou por jogar fechado, fazendo o tempo passar e tentando levar as decisões para os pênaltis. Além de ter bons cobradores, tem um goleiro cuja especialidade é defender penalidades. Foi com esse recurso que eliminou vários adversários, inclusive o Palmeiras nas semifinais.

Desde o primeiro tiro de meta que os azuis e amarelos de Buenos Aires ganhavam tempo, o mesmo acontecendo com a cobrança dos laterais. Fazer o tempo passar era o seu objetivo. Esqueceram de avisar a German Cano, o artilheiro das Laranjeiras, que inclusive ultrapassou o, também, ídolo Fred na artilharia da Libertadores. Eram decorridos 36 minutos do primeiro tempo quando chegou a hora de fazer o L. Em boa jogada entre Keno e Arias, o camisa 11 do Fluminense cruzou rasteiro para encontrar Cano na grande área, que, assim como já é conhecido, precisou de apenas um toque na bola para abrir o placar. A retranca estava furada o que obrigou os Xeneizes (torcedores do Boca Juniors) a arrefecerem um pouco, a euforia inicial.

Mas, a tensão não havia ainda terminado, pois a vantagem no placar resultou em duas alterações; o Boca teve de mudar sua maneira de jogar partindo para o ataque e o Fluminense recuou seu time, aceitando esse domínio adversário. Não demorou muito, com um gol de Luís Advíncula, o Boca Juniors empatou aos 27 minutos do segundo tempo. O lateral-direito, puxou para o meio e, com espaço, acertou chute de fora da área para decretar a igualdade no marcador. Diga-se de passagem, uma pedrada indefensável para o ótimo goleiro Fábio. Com esse placar o segundo tempo terminou e, após 15 minutos de intervalo, seguiu-se a prorrogação de mais dois tempos de 15 minutos.

 Foi aí que o dedo do técnico Fernando Diniz apareceu, lançando o que para mim é o segundo melhor atacante do tricolor das Laranjeiras, John Kennedy. Com velocidade e dribles ele incendiou o jogo até que aos oito minutos da prorrogação, ele acertou um chute forte de fora da área e correu até a arquibancada para comemorar o gol nos braços da torcida, mas recebeu o segundo cartão amarelo e terminou expulso. Isso porque na comemoração dos gols, mesmo se o tento for anulado, os jogadores podem ser punidos em quatro ocasiões: subir nos equipamentos de proteção do campo e/ou se aproximar dos torcedores de modo a causar falhas de segurança ou ferir os princípios de segurança; fazer gestos ou ações provocativas, debochadas ou inflamatórias; cobrir a cabeça ou o rosto com máscara ou outro artigo similar; tirar a camisa ou cobrir a cabeça com a camisa.

Num gesto de imaturidade e pura emoção pelo momento vivido, e, talvez por desconhecimento das regras, John Kennedy foi expulso e deixou o seu time com dez jogadores. No entanto, os deuses ontem eram tricolores e pouco depois, numa confusão perto da área do Fluminense, Frank Fabra deu, também infantilmente, um tapa no rosto de Nino sendo expulso pelo fraco juiz chileno, após consulta ao VAR.

Restabelecida a igualdade numérica de dez contra dez, o futuro campeão se impôs e ainda perdeu um gol feito que bateu na trave. Não demorou muito e o árbitro encerrou a partida, consagrando o Fluminense como legítimo campeão da Libertadores das Américas, versão 2023.

A lamentar a conhecida incivilidade dos argentinos que provocou brigas e correrias nas areias da praia de Copacabana. Aliás, a torcida do Boca é conhecida pela sua agressividade; comprovei isso no aeroporto de Ezeiza, quando estava voltando da Argentina em final de outubro e o time do B. Juniors embarcava para São Paulo, onde eliminaria o Palmeiras, nos pênaltis. Causaram um verdadeiro tumulto no saguão.
Parabéns ao tricolor e mesmo não sendo torcedor do Fluminense termino minha coluna desta semana com o início do seu hino: “Sou tricolor de coração, sou do time tantas vezes campeão, fascina pela sua disciplina, o Fluminense me domina, eu tenho amor ao tricolor....”, escrito pelo genial Lamartine Babo.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

O exemplo germânico

quarta-feira, 08 de novembro de 2023

É como se eles fossem donos do queijo e nós, dos buracos do queijo

É como se eles fossem donos do queijo e nós, dos buracos do queijo

Como diria Euclydes da Cunha, o brasileiro é antes de tudo um esbanjado. Não precisei de muito estudo ou de refinadas pesquisas para chegar a essa conclusão. Fiz a descoberta num estalo, sem maiores reflexões, apenas observando um grupo de pessoas que se afastava da mesa de um restaurante. A comida deixada nos pratos dava para reabastecer até mesmo quem estivesse há dias sem mastigar nada além da própria saliva. Grande é a fome no mundo e não menor é a quantidade de alimentos jogados fora todos os dias. Mandamos para o lixo pedaços de carne que muita gente gostaria de roer até os ossos. Mas a fome alheia não corrói nosso estômago. Como pilheriou Mario Quintana, “Por pior que seja a situação da China,/ Os nossos calos doem muito mais”. Para ficarmos apenas aqui no pátrio quintal, basta dizer que, de todos os alimentos que o Brasil produz, 10% vão para o lixo. 

Mas não é só com comida. Com a água é a mesma coisa. Deixamos a torneira aberta enquanto cantarolamos aquele antigo samba de carnaval: “As águas vão rolar!”  Nos postos de gasolina há um relógio apressadinho vai marcando o quanto colocamos no tanque e quanto isso nos custará. Nas torneiras não tem relógio nenhum, salvo o hidrômetro, mas esse fica lá fora, na calçada (e o que os olhos não veem o bolso não sente ─ nem a consciência). É como se a água caísse do céu. Bem, é de lá mesmo que ela cai, mas não chega à torneira por um milagre celeste: antes se infiltra na terra, passa por mil processos de limpeza e só depois é que entra em nossas casas, carregada de cloro e de custos.

Com a energia elétrica nos comportamos como se ela fosse de graça como a luz do sol (se é que a luz do sol ainda é de graça). Tem gente que esbanja até remédio: se o médico recomenda uma vitamina, aproveita e compra um laxante, um analgésico e umas pastilhas pra garganta. Uma parte da população se orgulha das tantas roupas que tem guardadas; outra, usa as mesmas duas camisas alternadamente.  Na verdade, é uma só, virada pelo avesso ─ dia sim, dia não.

Mas creio que nem todos os povos são assim. Nos meus tempos de adolescente, ouvi falar de um casal de alemães que bem poderia servir de exemplo aos brasileiros. Creio que nos bastaria imitá-los para, em pouco tempo, reerguer a nossa combalida economia. Eles eram uma demonstração viva da razão pela qual a Alemanha é uma das grandes potências econômicas do mundo.  É como se eles fossem donos do queijo e nós, dos buracos do queijo.

Aquela dupla sabia economizar! Certa vez correu entre os operários que o germânico chefe, criticando o esbanjamento dos seus subordinados brasileiros ─ aos quais limitava a ida ao banheiro, onde eram bem capazes de exagerar no gasto de papel higiênico, sabão e água (sem falar no tempo que ficavam sentados no vaso, pensando num jeito da passar as horas sem trabalhar), pois bem, esse econômico senhor informou, com justo orgulho, que em sua casa um tubo de creme dental rendia por meses. Para isso, era marcada no produto a data em que ele era posto em uso e o dia em que ele poderia ser dado por findo. Se alguém esbanjasse, a família ficava escovando os dentes com dedo (à vontade) e água (com parcimônia), até que o prazo se cumprisse. Contudo, a esposa desse poupador emérito certa vez lastimou que o marido, tão contido em tudo o mais, tivesse o mau hábito de usar o palito uma só vez e jogá-lo fora depois do almoço, quando o recomendável seria guardá-lo para o jantar, usando uma extremidade de cada vez, fazendo-o render o dobro.  “Pra isso é que os palitos têm duas pontas”, sentenciava ela, com a sabedoria de quem sabe o valor da poupança.

Agora que você terminou de ler, feche a torneira e apague a luz.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA é o encontro de mentes afins!

segunda-feira, 06 de novembro de 2023

         Com tantos feriados, o penúltimo mês do ano ainda concentra outro festejo: 6 de novembro, Dia do Riso. O Caderno Z vem com o tema “Rir é o melhor remédio”. Tirando aqueles que vão ao cinema e pagam ingresso para dar boas gargalhadas, rir ainda é de graça. Uma conversa entre amigos, uma contação de piadas ou rir de alguma crise que nos remeta a preocupações, tudo pode ser engraçado se estivermos propensos ao otimismo.

         Com tantos feriados, o penúltimo mês do ano ainda concentra outro festejo: 6 de novembro, Dia do Riso. O Caderno Z vem com o tema “Rir é o melhor remédio”. Tirando aqueles que vão ao cinema e pagam ingresso para dar boas gargalhadas, rir ainda é de graça. Uma conversa entre amigos, uma contação de piadas ou rir de alguma crise que nos remeta a preocupações, tudo pode ser engraçado se estivermos propensos ao otimismo. O ator friburguense Leonardo Benvenuti Tavares, o Doutor Abelhito, destaca: “A nossa missão é dar  prosseguimento ao trabalho no ambiente  hospitalar que vem construindo, ao  longo desses anos, uma parceria bem-sucedida entre artistas e profissionais de saúde”. Mais do que um prazer, o riso alivia o estresse da ansiedade e da depressão, além de fortalecer o sistema imunológico.

Se o riso adulto é restaurador e cura tantos males, o que dizer do riso das criancinhas?  Wanderson Nogueira definiu bem esse riso: “Bebê sorrindo é pureza que se fotografa na memória para sempre. O que estará sonhando o pequenino? Como podem gargalhar banguelas por essas caretas que adultos fazem? Sorriso verdadeiro desmonta o mau humor. Sorrisos mudam o mundo — para melhor. Sorrisos podem alterar a trajetória dos dias. Dirão que sorrisos até podem alterar as posições das estrelas...”. Em qualquer situação, “sorrisos são capazes de desarmarem o mal”.

O dia a dia é um palco onde podemos achar o riso nas coisas mais simples. Como exemplo, o Governo do Estado do Rio de Janeiro prorrogou até abril de 2024, a isenção do ICMS sobre a venda de arroz e de feijão, considerando que os dois produtos fazem parte da alimentação básica do povo brasileiro.

Motivos de sobra, nós, os tricolores e até os adversários, temos para sorrir com a vitória do Fluminense na Libertadores. A Fluburgo que partiu para o Maracanã não deu com os burros n´água. Ao contrário, mergulhou nas ondas do mar tricolor que tingiu o Estádio Mário Filho. Que lindeza!

Vinicius Gastin nos trouxe informações sobre o 1º Aberto de Xadrez de Nova Friburgo que acontecerá no sábado, 11, a partir das 8 horas, na Oficina Escola de Artes, Antigo Fórum. O evento, coordenado pelo professor Guilherme, visa difundir e até quem sabe, resgatar a tradição do xadrez, que mereceu, em 1927, inauguração do Clube de Xadrez, no Suspiro. Atualmente, acontecem encontros e aulas, aos sábados, no Complexo Educacional Paulo Rónai, no antigo Colégio Cefel. Quando se fala em xadrez, é impossível que eu não me lembre do meu amigo Monteiro, ex-professor do Senai e enxadrista dos bons. Pessoa incrível que conheci nos quadros da Ordem Rosacruz, onde também se estabeleceu um grupo na prática do xadrez, na década de 90.

Em “Há 50 Anos”, repercutiu na cidade a entrevista do psicólogo Nilton Baptista, concedida à Rádio Sociedade de Friburgo. Versando sobre o tema “pais, filhos e escola”, o palestrante destacou a “inadequação dos métodos tradicionais de violência e repressão, observados em nossa época, onde a compreensão e o esclarecimento são e devem ser os métodos aceitáveis...”.  Que tal, doutor Nilton, o senhor atualizar uma palestra sobre educação, 50 anos depois do grande evento de 1973?

Paula Farsoun comemora 6 anos de sua coluna “Com a Palavra”, no jornal A VOZ DA SERRA. Nota-se em sua doce escrita no especial de aniversário, a “dicotomia” entre o prazer de festejar e o desagrado ante as mazelas do mundo. A guerra conflita em seu coração: “É difícil seguir a vida como se tudo estivesse normal, porque não está...”. Contudo, minha querida, se plantarmos amor conforme você tem plantado, jamais faremos a guerra. Não promover a guerra é paz ao nosso redor, na família, na vizinhança, nas cidades, no país. Nosso brado retumbante de paz, para alcançar além dos oceanos, levará milênios e ainda assim a humanidade não chegará ao topo da paz universal, porque essa paz tem que viver da mente. É uma questão de propósito! Parabéns, Paula Farsoun por transmitir a paz “com a palavra”! 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Mudança de idade à vista

segunda-feira, 06 de novembro de 2023

Sábado que vem, 11 de novembro, o dia será da bela e querida Francielen Cunha Longo (foto), dividindo com as amadas filhas Maria Eduarda e Júlia, demais familiares e amigos mais próximos, a felicidade de estar completando mais um aniversário natalício.

À super Francielen, que se desenvolve cada vez mais junto ao serviço social, atividade pela qual se declara apaixonada, nossas antecipadas congratulações com votos de mais e mais felicidades como ela bem merece.

 

Vai completar mais um!

Sábado que vem, 11 de novembro, o dia será da bela e querida Francielen Cunha Longo (foto), dividindo com as amadas filhas Maria Eduarda e Júlia, demais familiares e amigos mais próximos, a felicidade de estar completando mais um aniversário natalício.

À super Francielen, que se desenvolve cada vez mais junto ao serviço social, atividade pela qual se declara apaixonada, nossas antecipadas congratulações com votos de mais e mais felicidades como ela bem merece.

 

Vai completar mais um!

Desde já, os parabéns desta coluna, assim como de todo timaço de AVS, ao advogado e maior autoridade estadual da maçonaria em nosso Estado na atualidade, André Luís da Rosa que é o Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil, no Rio de Janeiro.

O admirado André Luís estará na próxima sexta-feira, dia 10, completando 56 anos de idade.

 

Querida senhora que se foi!

Sexta-feira, dia 3, faleceu aos 93 anos de idade completados no dia 2 de abril passado e foi sepultada neste sábado, dia 4, a estimada Srª. Maria Daudt Thurler, vista na foto com amado e inseparável amor de sua vida, Sr. Sebastião Donato Thurler, fundador da indústria plástica Thurlerflex.

Dona Maria e o Sr. Donato celebraram com familiares em bela festa registrada por esta coluna em junho passado, suas Bodas de Manjerona, marcando 73 anos de feliz união matrimonial, agora interrompida pela separação da morte.

Descanse em paz Sra. Maria, que além do esposo, deixou 8 filhos, 16 netos, 8 bisnetos e, como diz Santo Agostinho em certo ponto de suas célebres colocações, ela apenas passou para o outro lado do caminho.

 

Alegrias e zoeiras do futebol

E os times de futebol do Rio neste final de semana, hein?  Fluminense, merecido campeão inédito, Flamengo de sempre fazendo sua parte e por fim, Vasco e Botafogo, sendo Botafogo e Vasco.

Sem considerações e comentários a mais, apenas com o adendo: coisas do futebol.

 

Parabéns ao Lúcio Flavo!

Apesar do pequeno atraso, ainda vale o registro de satisfação, para compartilhamento de muita gente em nossa cidade.

O conhecido boa praça Lúcio Flavo Gomes da Silva, aniversariou na última sexta-feira, dia 3, ele que marcou memoráveis passagens pelo setor administrativo da Câmara Municipal e também A Voz da Serra ao lado do seu grande amigo de saudosa memória Laercio Rangel Ventura.

 

Triste cesta fora do Mão Santa

Assim como “basqueteiros” e população de Franca/SP, muita gente de nosso Estado e região, incluindo, claro, o nosso estimado friburguense apaixonado por basquetebol Toni Ventura, ficaram tristes e indignados justamente com a atitude do grande astro do “esporte da cesta” do Brasil, Oscar Schimidt, o “Mão Santa” em razão de uma declaração sua feita no podcast “Tiracatiscast”, episódio 362 apresentado quarta-feira passada pelos divertidos Bola e Carioca.

Oscar, em entrevista ao lado do seu amigo e companheiro de seleção brasileira Marcel, em determinado momento disse textualmente: “P..., Franca/SP é uma cidade de Merda”.

A “União de Defesa da Cidadania de Franca/SP, que existe há anos até com CNPJ, emitiu grave carta de repúdio ao Mão Santa, colocando até na sua sede, a camisa dele como tapete para que todos limpem os pés.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.