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Quando eu morrer... Enquanto vida

sábado, 22 de janeiro de 2022

Quando o céu cai sobre mim
Minha alma evapora
E por um instante deixo de ser eu.
Talvez, eu me transforme no nada.
Uma nuvem traiçoeira me engole
E logo depois me vomita.
A busca por uma chance
É, às vezes, uma saga
Outras, um desperdício.
Aí, ao abrir os olhos e voltar a mim,
Me pergunto
Se o céu, realmente, cai sobre mim
Ou se sou eu que voo ao encontro dele.

 

Quando o céu cai sobre mim
Minha alma evapora
E por um instante deixo de ser eu.
Talvez, eu me transforme no nada.
Uma nuvem traiçoeira me engole
E logo depois me vomita.
A busca por uma chance
É, às vezes, uma saga
Outras, um desperdício.
Aí, ao abrir os olhos e voltar a mim,
Me pergunto
Se o céu, realmente, cai sobre mim
Ou se sou eu que voo ao encontro dele.

 

Nelson Cavaquinho já dizia em seu poético samba “Quando Eu Me Chamar Saudade” que “se alguém quiser fazer por mim que faça agora”. No dom da música, aconselhava: “me dê as flores em vida, o carinho, a mão amiga para aliviar meus ais. Depois que eu me chamar saudade, não preciso de vaidade, quero preces e nada mais”. 

Filho de outro saudoso Nelson que nunca tocou cavaco ou pandeiro, aprendi com ambos que a morte é um mistério, mistério esse que nem tão cedo se pode querer desvendar. Mas a vida está debruçada à nossa frente e na sua simplicidade enigmática quer ser vivida mais do que resolvida.  

Assim, quando eu morrer não se preocupe comigo. Se preocupe comigo enquanto eu estiver vivo. Não quero coroa de flores. Parafraseio o sambista: me dê flores em vida. No dia a dia, me surpreenda numa manhã qualquer em meio ao café ou nesses tempos sórdidos de WhatsApp, me espante com uma ligação telefônica inesperada, sem notícias boas ou ruins, apenas com a meta de dizer que pensou em mim. É mágico ser lembrado. Mais mágico ainda é saber de que foi lembrado e poder retribuir com abraços. 

Essa roupa que nos é emprestada tem como destino ser pó. Enquanto funcional é normal se perguntar: qual a parte mais importante do corpo? Onde estão as memórias, os sentimentos? Coração. Às vezes, cérebro. 

Bom mesmo é quando agora — e só no agora é possível — sentir fluir o que lava a alma. Será que a alma evapora? Pó ou vapor, me beije, me sorria, me presenteie de presença agora, enquanto tenho certeza de experimentar o que é ter alma nessa roupa que me permite ir, vir, escolher, abdicar, voar, sentir.  

A felicidade não está à venda, muito menos está nas vitrines dos magazines ou boutiques de shoppings centers, ainda que a vaidade nos insista a pequenos caprichos capitalistas. Mas a felicidade, esse grande fascínio e objetivo da vida, não pode ser resumida a apenas um termo ou mesmo conjunto de termos. Por mais que tratada de forma empírica, a felicidade jamais conseguiu ser totalmente descrita por filósofos, cientistas ou poetas. Porque a felicidade é mutável de pessoa para pessoa, de trajetória para trajetória, de espaço-tempo para espaço-tempo. É determinada para si ainda que em constante redescoberta, mas absolutamente indefinível como algo único para o coletivo. 

Paz — dirão. A paz é um sonho mundial, como a fraternidade é. Mas o que é paz na Palestina, na África, na favela carioca, na sua casa?    

Quando eu morrer, você não saberá se tenho as respostas, tampouco se mudei as perguntas. Por isso, é em vida que quero confabular com você todos os ensaios-erros possíveis. 

É animadora a consciência de que o que se podia adiar, já não se pode mais. Pois quando não se pode mais adiar, a urgência é uma aliada do desafio que desconhece o medo, ainda que admita que o medo existe. Mas o medo passa a colaborar para se mover. 

O tempo, de repente, já não permite que sejamos tão efêmeros assim. Se a velocidade do mundo antecipa o fado de ser pó ou de evaporar, o novo futuro que se achega diz que idiotização só é enredo na ironia crítica de um desfile de carnaval. Não há por que ficar perdendo tempo com esses. 

Não é mais necessário se reinventar: é urgente. O caminho está posto e não há outro percurso para se caminhar. Quando eu morrer, eu quero que a Terra prossiga para os próximos, mas quero ser lembrado disso em vida. 

Recordo das minhas mãos quando eu ainda era menino. Habilidades evoluíram tanto quanto pelos, força, tamanho e tato. Retrocederão. Pelas minhas próprias mãos, compreendi que nem toda frase vira texto. Pela própria leveza da minha alma, entendo que nem toda palavra é poesia. Pelos vazios pesados do coração, tenho certeza de que nenhuma vida é santa. 

Mesmo na pretensão da imortalidade, mas com a certeza de um dia se chamar saudade, que a vida seja de coleções de histórias que reunidas consigam dar mais do que uma biografia, mas se consumem em um universo particular de gente que fez por você enquanto vida.  

 

Foto da galeria
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Visitas hospitalares suspensas

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Visitas hospitalares suspensas
As visitas a pacientes internados nas unidades hospitalares da rede estadual estão suspensas temporariamente, devido ao elevado poder de transmissão da nova variante Ômicron. Como Nova Friburgo não tem unidades de saúde estaduais, a decisão ainda não afeta a cidade, mas afeta moradores que tem pacientes internados em outros municípios, especialmente na capital que também tomou a mesma medida para as unidades cariocas.

Visitas hospitalares suspensas
As visitas a pacientes internados nas unidades hospitalares da rede estadual estão suspensas temporariamente, devido ao elevado poder de transmissão da nova variante Ômicron. Como Nova Friburgo não tem unidades de saúde estaduais, a decisão ainda não afeta a cidade, mas afeta moradores que tem pacientes internados em outros municípios, especialmente na capital que também tomou a mesma medida para as unidades cariocas.

Unidades municipais
Até o fechamento desta coluna, a Prefeitura de Nova Friburgo não tinha ainda tomado a mesma atitude com relação aos hospitais Raul Sertã e Maternidade Mário Dutra, o que pode ocorrer a qualquer momento. A medida para as unidades estaduais não atinge o direito a acompanhantes de pessoas protegidas por lei. Em casos específicos, eventualmente definidos por necessidade avaliada pela gestão da unidade, pode ser autorizada a visita duas vezes por semana.

Cirurgias eletivas suspensas
Na capital, a Prefeitura do Rio também decidiu suspender temporariamente as cirurgias eletivas que tinham sido retomadas no semestre passado. Em Nova Friburgo, as cirurgias eletivas estão suspensas desde o início da pandemia, em abril de 2020. Diferentemente da grande maioria dos municípios, a Prefeitura de Nova Friburgo seguiu alegando que o motivo deve-se à pandemia como motivo da não retomada, mesmo nos períodos de queda no número de casos e leitos Covid zerados.

Demanda reprimida e sofrimento
Estima-se que mais de duas mil pessoas estão na fila, seja para uma colonoscopia, cirurgia de vesícula ou mesmo ortopédica. Apenas os casos urgentes de ortopedia estão tendo os procedimentos cirúrgicos. Casos em que o paciente aguarda em casa, seguem à espera. Com as altas recentes de casos de Covid, dificilmente as cirurgias eletivas serão retomadas em Nova Friburgo, por agora.

Quase dois anos sem cirurgias eletivas
Se por um lado os pacientes sofrem, há economia de recursos. No entanto, a demanda reprimida necessitará de força-tarefa assim que possível, sendo o mais plausível, mutirões para acelerar as filas. Quando? Ninguém tem essa resposta, já que com a pandemia em baixa, as cirurgias eletivas não foram retomadas, quem dirá por agora em tempos de incertezas com a variante Ômicron. Quanto à economia, certamente na retomada a economia que faz sofrer se dissipará.

Idade estendida para entrar na PM e Bombeiros
A idade máxima para ingresso na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro mudou. Se antes só podia até 30 anos, agora é até 32 anos. A mudança foi feita por lei específica sancionada pelo governador. Apesar de ser recente, valerá para concursos realizados, em curso e os futuros.

Concurso de 2014
Os aprovados no concurso da Polícia Militar realizado em 2014 poderão comprovar a existência de parecer favorável da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) ou ter decisão judicial própria ou análoga autorizando a convocação. A medida que autorizou a convocação desses aprovados, mesmo que atualmente tenham mais de 35 anos — idade limite para ingresso na corporação na época da seleção —, mas que em 2014 estavam dentro das regras.

Concursos futuros
Será considerada a idade do candidato no ato de inscrição no concurso público aberto pela corporação. Além da idade entre 18 e 32 anos, os interessados em participar do próximo concurso da Polícia Militar precisarão ter ensino médio, carteira nacional de habilitação (CNH) e altura mínima de 1,65 metro para homens e 1,60 metro para mulheres.

Polícia Civil
Diferentemente da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, o ingresso na Polícia Civil não tem idade máxima estabelecida por lei e segue a regra dos demais setores do Estado: idade mínima de 18 anos e máxima não estipulada. Porém, os editais podem trazer particularidades e especificar idade. Por exemplo, no concurso de 2005, a Polícia Civil determinou que para concorrer ao cargo de investigador era preciso ter idade máxima de 65 anos até a data da posse.

Provas mantidas
Mas de costume, concursos da Polícia Civil do Rio não costumam colocar essa limitação para ingressar no quadro de servidores. As provas do concurso da Polícia Civil estão confirmadas para este domingo, 23, para a função de auxiliar de necropsia. Já para inspetor de polícia, investigador e técnico policial de necropsia, as provas serão no próximo dia 30. Os locais de prova dessas funções ainda não foram divulgados. Não há indícios de que as provas serão adiadas, mesmo com o avanço da pandemia.

Mais vagas que o previsto
São mais de 40 mil inscritos que disputam 350 vagas imediatas. No entanto, o comando da Polícia Civil diz que esse número de vagas tende a ser maior. O concurso será usado para preenchimento de vacância de cargos por aposentadoria, morte, invalidez e outras situações. A remuneração inicial, pode chegar a R$ R$ 9.924,06.

Palavreando
“O tempo, de repente, já não permite que sejamos tão efêmeros assim. Se a velocidade do mundo antecipa o fado de ser pó ou de evaporar, o novo futuro que se achega diz que idiotização só é enredo na ironia crítica de um desfile de carnaval. Não há por que ficar perdendo tempo com esses”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

O perfil Nova Friburgo Antiga está sempre trazendo boas memórias aos friburguenses. Na rara foto, a vista aérea da antiga vila operária da Fábrica de Rendas Arp. Consegue achar os espaços? A atual Via-Expressa, a Igreja de Nossa Senhora das Graças, o condomínio Roseiral. Os dois últimos já estavam lá. O registro é de 1975, de Wander Fernandes.

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O que cabe em 30 dias?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Cabe uma vida? Cabe a mudança de vida? Cabe a efemeridade da vida? Cabe! Proponho uma reflexão a cada um dos leitores: há 30 dias, estávamos em dezembro, há poucos dias do Natal.

Cabe uma vida? Cabe a mudança de vida? Cabe a efemeridade da vida? Cabe! Proponho uma reflexão a cada um dos leitores: há 30 dias, estávamos em dezembro, há poucos dias do Natal.

De lá pra cá, quantas coisas aconteceram? Provavelmente, muitas. Quantos reencontros? Quantas despedidas? Quantos abraços? Como foi sentir esperança? Brindar com alguém querido? Fazer planos de ano novo ?  E aí, tomou sua dose da vacina? Buscou alguém no aeroporto ou na rodoviária? Viajou? Montou sua árvore de Natal? Fez alguma sobremesa para a ceia? Comeu rabanada? Vestiu branco no réveillon? Contraiu Covid? Influenza? Se afligiu? Está preocupado por alguém? E a rinite, voltou? Como  foram os dez dias de chuva constante? Sentiu medo? Se emocionou? Se despediu de alguém? Prometeu cuidar da saúde? Refez votos com seu amor? Está procurando um amor? Pretende estudar mais? Quer mais equilíbrio para sua vida? Quanta vida cabe em nossos dias! E como as coisas mudam rápido. Este é um fato com o qual precisamos lidar.

A vida se mostra efêmera todos os dias, não é? Por isso, nunca me pareceu tão sábio o básico conselho de aproveitarmos cada segundo e vivermos o dia de hoje com a plenitude que ele merece. Devemos gozar das boas companhias, desempenhar nossas funções com presença e realmente desfrutar do dia de hoje.

Uma conhecida me relatou esses dias tudo o que aconteceu na vida dela de dezembro para cá. A dinâmica foi intensa realmente. A família dela teve a alegria de um nascimento e a tristeza de uma despedida. Ela foi demitida em dezembro e contratada por outra empresa em janeiro. Quase todos os seus familiares contraíram Covid na noite de Natal, após um reencontro emocionado entre os parentes. De lá pra cá, uma sobrinha dela bateu com o carro e sofreu danos da enchente em Minas Gerais. Ela, que havia escapado do vírus em dezembro, disse que está há duas semanas sofrendo agora com a Influenza. Lembra do emprego novo que ela conseguiu agora, no início do mês? Já foi dispensada antes mesmo de começar, pois não pôde iniciar suas funções laborais no dia combinado em razão dos sintomas gripais.

Todas essas estórias me foram contadas em um rápido encontro virtual e me fizeram refletir bastante ao desligar a chamada. E ela autorizou que estivessem nesta coluna uma mensagem clara sobre a importância de valorizarmos cada dia, cada momento, pois as circunstâncias mudam a todo instante.

E esta é uma mensagem de ano novo que gostaria de registrar para vocês. Mesmo já imbuídos pela rotina e preocupações, pela maré de anseios e informações por todos os lados, pela vida multitarefas, é importante refletirmos sobre estarmos efetivamente presentes em tudo o que fazemos, em tudo o que vivermos. Presença. Que sejamos e estejamos presentes.

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Pensa em ser acionista?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Já parou para pensar sobre o que acontece quando você compra ações através da bolsa de valores? Entender o conceito por trás do homebroker (plataforma de negociação das corretoras de valores) é fundamental para fazer parte da filosofia das companhias e viver a tese dos seus investimentos. Compreender os objetivos e modelos de negócio das empresas é tão fundamental quanto refletir seus valores – ambientais, sociais, trabalhistas e muitos outros – ao portfólio de ações dos seus investimentos.

Já parou para pensar sobre o que acontece quando você compra ações através da bolsa de valores? Entender o conceito por trás do homebroker (plataforma de negociação das corretoras de valores) é fundamental para fazer parte da filosofia das companhias e viver a tese dos seus investimentos. Compreender os objetivos e modelos de negócio das empresas é tão fundamental quanto refletir seus valores – ambientais, sociais, trabalhistas e muitos outros – ao portfólio de ações dos seus investimentos.

Contudo, antes de partirmos direto para esses propósitos, vamos rever alguns conceitos a fim de democratizar o conhecimento presente neste texto. Comecemos, então, definindo a bolsa de valores.

Para tornar possível os negócios em setor de bolsas, é necessário que empresas de infraestrutura de mercado financeiro exerçam atividades primordiais, como – de acordo com a própria bolsa de valores brasileira – a “criação e administração de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para todas as principais classes de ativos, desde ações e títulos de renda fixa corporativa até derivativos de moedas, operações estruturadas e taxas de juroS e de commodities”. No Brasil, existe apenas uma empresa responsável por exercer tais atividades, a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. Ao redor do mundo, por exemplo, existem diversas outras; como a Nasdaq e a Bolsa de Nova York, nos Estados Unidos; a Bolsa de Valores de Londres, na Inglaterra; a Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha e por aí vai.

Contudo, isso pode ficar ainda mais simples quando tomamos consciência de as bolsas globais serem como uma feira (exatamente como essas de frutas, legumes e carnes) onde encontram-se vendedores e compradores dispostos a negociar determinado produto. Todavia, nessa grande e tecnológica feira da bolsa de valores, negociam-se as empresas. Mas, então, como chegar nessa “feira da bolsa de valores”?

Antes de mais nada, é necessário tornar-se cliente de alguma corretora ou banco de investimentos; são as instituições financeiras, as responsáveis por realizar a comunicação entre você e a bolsa de valores. É através do homebroker – plataforma de negociação disponibilizada na sua conta da corretora de valores – dessa instituição que você poderá comprar suas ações; e agora começa a sua jornada por boas escolhas. Portanto, falemos delas!

Compor um portfólio de ações não é fácil; mas o conceito é simples!

Comprar ações te faz acionista: um pequeno sócio de determinada companhia/empresa. Portanto, é importante compor o seu portfólio com ações de empresas que julga ser coerente tornar-se sócio. Não faz sentido algum comprar determinado papel (nomenclatura técnica sinônima à “ação”) de uma empresa sem saber, nem mesmo, quais os produtos e/ou serviços tal empresa oferece para a sociedade. É a partir daqui que você começa a pôr seus valores em questão: procure entender o propósito da companhia; sua relação e responsabilidade com a sociedade; entenda se os produtos e/ou serviços são realmente relevantes e rentáveis.

Além de toda essa filosofia de investimentos, entra também a visão fundamentalista; é somente aqui que você analisa os resultados das empresas e, caso bons ou minimamente promissores, adiciona-as ao seu portfólio. Mas lembre-se, ponto fundamental é diversificação! Uma carteira bem distribuída, com algumas boas empresas e de diferentes setores são fundamentais para diminuir os riscos de mercado (os riscos que toda empresa está sujeita).

Mais importante que começar a investir, é entender a filosofia por trás do investimento. E isso é bastante simples!

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Atravessamos uma revolução sem nos dar conta

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Um fato inegável é que a humanidade cria e transforma a todo tempo o mundo à sua volta. Somos tomados por ambições que nos levaram a grandes descobertas e invenções que mudaram não só a história, mas a própria evolução da espécie.

Podemos pontuar algumas invenções que à época pareciam um pequeno avanço, mas que se tornaram um grande passo para que o nosso dia-a-dia seja cada vez mais diferente. O que seria da evolução humana sem o fogo, a roda, a pólvora e o papel? A história seria escrita em linhas muito diferentes!

Um fato inegável é que a humanidade cria e transforma a todo tempo o mundo à sua volta. Somos tomados por ambições que nos levaram a grandes descobertas e invenções que mudaram não só a história, mas a própria evolução da espécie.

Podemos pontuar algumas invenções que à época pareciam um pequeno avanço, mas que se tornaram um grande passo para que o nosso dia-a-dia seja cada vez mais diferente. O que seria da evolução humana sem o fogo, a roda, a pólvora e o papel? A história seria escrita em linhas muito diferentes!

A geração da energia elétrica foi um salto gigantesco para o crescimento da população humana, que passou a ter mais qualidade de vida e aumentou sua expectativa de vida. Estudos estimam que a falta de energia no planeta, somente no primeiro mês, mataria 80% da população por falta de água tratada, escassez de comida por ausência de métodos de conservação e ausência de informação.

O mundo muda o tempo todo. Compartilho aqui uma história engraçada que minha mãe sempre me conta. Ela diz que em sua época de serviço em um  banco, percebeu um rapaz com um aparelho preto, algo tão grande como um tijolo, preso no cinto da calça e com uma antena gigantesca. Depois de muito estranhamento, questionou ao rapaz o que seria aquilo. E ele respondeu: “É um telefone, só que você usa ele sem fio e carrega com você”. Indignada, minha mãe questionou: “Você não já tem um telefone em casa? Para que quer outro?”

Hoje, é inegável que uma das maiores revoluções do mundo moderno veio daquele tijolão preto que as pessoas carregavam e agora chamamos de “telefone celular inteligente” (smartphones). O aparelho hoje é tão tecnológico que para se ter ideia, a capacidade de processamento de um smartphone hoje é muito maior do que a do computador que a Nasa usou para levar o homem à lua.

Fato é que o mundo passa por pequenas mudanças dia após dia e que possuem um impacto gigantesco na nossa sociedade. Mas será que estamos nos dando conta disso?

O surgimento do metaverso

“Meta” quer dizer além; e “verso” quer dizer universo. O futuro da internet, atualmente, está no desenvolvimento do metaverso que será um mundo virtual e interativo em que as pessoas poderão conviver dentro dele. Parece esquisito? E de fato é!

Você já assistiu ao filme dirigido por Steven Spielberg chamado “Jogador nº1”? O filme retrata a história de um garoto que mora em um bairro pobre, mas assim que põe o óculos de realidade virtual, ele é transportado para um mundo totalmente diferente em que seu avatar pode interagir num novo plano de existência, com pessoas de qualquer lugar do mundo.

A criação de um universo paralelo em que pode-se trabalhar, ganhar dinheiro, conhecer pessoas, comprar imóveis e personagens é uma realidade. A revolução recairá sobre tudo no mundo, especialmente sobre o modo em que temos as nossas relações interpessoais, o uso em massa de dinheiro virtual e a economia global.

E a corrida pela hegemonia do metaverso apenas começou. Em outubro de 2021, Mark Zuckeberg, dono do Facebook, Instagram e WhatsApp, mudou o nome da sua empresa para “Meta” e anunciou um investimento inicial no seu próprio universo de R$ 150 bilhões.

Bom, e se você ainda tem dúvida de que esse projeto será uma grande revolução, saiba que a Microsoft acaba de pagar o equivalente a R$ 380 bilhões pela aquisição da Activision Blizzard, uma empresa de jogos.  A venda da gigante do mundo dos games, não somente bate recordes pelo seu valor - que assusta – mas torna-se um grande passo para o que iremos chamar do novo normal.

Importante mostrar que não só as empresas de tecnologia estão se movimentando com o metaverso. A Nike, fabricante de tênis, somente no ano passado, lucrou R$17 milhões com a venda de 600 sapatos virtuais. A Adidas, empresa concorrente, não ficou atrás e arrecadou cerca de R$ 125 milhões com a venda de itens não físicos.

O mundo muda mais rápido do que podemos notar. E você? Está preparado para vivenciar uma revolução que ficará na história?

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O desafio para nossa saúde mental em 2022 e sempre

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Nossa mente é complexa, não somente quanto aos processos bioquímicos e elétricos cerebrais, mas quanto aos intrincados pensamentos e sentimentos que experimentamos. Na verdade, uma coisa tem que ver com a outra, ou seja, aqueles processos têm que ver com estes pensamentos e sentimentos e vice-versa.

Nossa mente é complexa, não somente quanto aos processos bioquímicos e elétricos cerebrais, mas quanto aos intrincados pensamentos e sentimentos que experimentamos. Na verdade, uma coisa tem que ver com a outra, ou seja, aqueles processos têm que ver com estes pensamentos e sentimentos e vice-versa.

O professor Antonio Damásio, chefe do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Iowa, no livro “O Erro de Descartes”, cita: “...a razão pode não ser tão pura quanto a maioria de nós pensa que é ou desejaria que fosse, e que as emoções e os sentimentos podem não ser de todo uns intrusos no bastião da razão, podendo encontrar-se, pelo contrário, enredados nas suas teias, para o melhor e para o pior.” (p.12). Razão e emoção se entrelaçam e interdependem. Não há, portanto, uma razão pura, sem ter sido influenciada por nenhum sentimento, assim como não há nenhum sentimento sem ter sido influenciado por algum pensamento (razão).

“A alma respira através do corpo, e o sofrimento, quer comece no corpo ou numa imagem mental, acontece na carne.”, afirma o professor Damásio (p.18). Há uma interligação entre mente e corpo, inseparável.

Antigamente se achava que havia no cérebro humano regiões específicas para cada função. Por exemplo, acreditava-se que havia uma única região responsável pela visão. Hoje sabe-se que “a função de cada parte individual do cérebro não é independente, mas uma contribuição para o funcionamento de sistemas mais vastos, compostos por essas partes individuais. ...Podemos agora dizer com segurança que não existem ‘centros’ individuais para a visão, para a linguagem ou ainda para a razão ou para o comportamento social. O que na realidade existe são ‘sistemas’ formados por várias unidades cerebrais interligadas.” (p.35).

A Neurologia, a Psiquiatria, a Psicologia Médica, a Imunologia, a Endocrinologia, até a Filosofia, Sociologia e Teologia, têm verificado que há uma interligação entre estas áreas do saber, que todas precisam de todas. Para nossa saúde mental precisamos interligações sociais, compartilhamento, noção e prática de vivência em comunidade.

Não fomos criados para competir, mas para compartilhar. Precisamos entender melhor isto. Entender que eu e você dependemos de cada outro ser ao nosso redor. Que cada um tem sua importância e participação na formação da saúde ou da doença social.

Preciso da Natureza, preciso do meu vizinho, preciso do lixeiro, do frentista do posto de gasolina, do canto do passarinho, do sol, da lua, da chuva, etc. A vida e a saúde funcionam dentro de um sistema e é compreendendo a visão sistêmica que podemos nos posicionar mais humildemente na existência, e isto é saudável.

Nossa saúde mental no Ano Novo, e em qualquer época, dependerá, portanto, de compreendermos esta interdependência entre corpo e mente, entre o individual e o social, entender que somos apenas parte de um todo, que precisamos uns dos outros, e que viveremos melhor ao compartilhar e não ao competir.

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Fábricas reduzem jornada de trabalho

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Fábricas reduzem jornada de trabalho
O ano de 2022 começou sem o otimismo que perdurou na indústria metalúrgica friburguense em 2021, mesmo com a pandemia. Após ótimos resultados que refletiram inclusive no aumento de empregos, as vendas caíram, o que levou à diminuição da demanda por produção. Pelo menos duas grandes fábricas locais, que vendem para todo o continente, iniciaram o ano com demissões e redução da jornada de trabalho.  

Fábricas reduzem jornada de trabalho
O ano de 2022 começou sem o otimismo que perdurou na indústria metalúrgica friburguense em 2021, mesmo com a pandemia. Após ótimos resultados que refletiram inclusive no aumento de empregos, as vendas caíram, o que levou à diminuição da demanda por produção. Pelo menos duas grandes fábricas locais, que vendem para todo o continente, iniciaram o ano com demissões e redução da jornada de trabalho.  

Vendas em queda
Desde novembro, segundo profissionais ligados ao setor, vem se sentindo uma brutal diminuição no número de pedidos. A curva seguiu caindo. A inflação descontrolada e a consequente queda no consumo pode ser um dos fatores, além do aumento de juros para financiamento de imóveis e reformas. No entanto, há esperança de que uma prevista retomada do setor de construção civil possa reverter o quadro. Para o setor de fechaduras e cadeados, porém, a retomada tem um delay, ou seja, leva mais uns meses para sentir o reflexo desse possível aumento nas vendas.     

Saldos positivos interrompidos
As demissões ocorridas em janeiro só devem refletir na plataforma Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) no fim de fevereiro, quando a Secretaria Nacional de Trabalho divulga os dados consolidados do mês anterior. Pode ser que Nova Friburgo registre mais desemprego do que emprego, após 12 meses seguidos de altas e saldos positivos.

Setores em dificuldades
Além das demissões no setor metalúrgico, se somarão ao número do desemprego de Nova Friburgo, as vagas criadas para períodos temporários de fim de ano no comércio e em confecções. O setor de eventos que está tendo novas restrições por conta da alta de casos de Covid-19 e H2N3, também pode reforçar o aumento do desemprego. O que pode reduzir os danos são as vagas criadas pela administração pública municipal que abriu concorrências simplificadas de vagas nos setores de saúde e educação. A conferir.

Sextas-feiras de folga
Para evitar mais demissões, uma das tomadas de decisões de algumas dessas fábricas de cadeados e fechaduras foi a redução da jornada de trabalho, com o fim de horas extras. Para gerar mais economia, o fim de semana foi estendido e a sexta-feira ou não tem atividades ou estão restritas a setores específicos. Os trabalhadores ficam em casa. O retorno normal só deve ocorrer quando o mercado se reaquecer. Lembrando que a redução de jornada de trabalho não é uma novidade e é um método instituído pelas gestões em tempos difíceis.         

Abuso na venda de testes Covid-19
Ainda que em Nova Friburgo não tenha se visto algo que está ocorrendo em outras cidades brasileiras, as autoridades estaduais, especialmente o Procon, estão de olho. A lei da oferta e demanda, além da estimada falta de testes em breve, estão inflacionando os preços dos testes de laboratórios e os vendidos em farmácias.

Preços mantidos em Nova Friburgo
Em uma rápida pesquisa feita pela coluna, averiguamos que os valores seguem os mesmos de antes da alta de suspeitas de Covid-19 e H2N3, em Nova Friburgo. Nas farmácias, a média segue, a depender do teste, entre R$ 80 e R$ 120. Já nos laboratórios, os exames continuam variando entre R$ 150 e R$ 250. Em ambos os casos, é preciso fazer a marcação prévia.    

Aumento previsível
No entanto, é provável que uma nova leva de testes que chegue à cidade tenha aumento de preço pela lei do mercado. Ou seja, não será diretamente culpa dos vendedores finais, pois eles devem receber os insumos com valores reajustados. Aliás, há quem diga que se receber novos testes já será bom, uma vez que já há falta dos produtos em alguns fornecedores.

Especulação também existe
Para além de Nova Friburgo, no entanto, o alerta está ligado: há suspeitas de que alguns fornecedores e até estabelecimentos finais estão escondendo os testes para questões especulativas. As multas, nesses casos, podem chegar a R$ 11 milhões. Por aqui, abusos de farmácias e laboratórios serão fiscalizados e se comprovados - punidos. O consumidor é fundamental nessa fiscalização com denúncias aos órgãos competentes.

Passaporte de vacina
Já são pelo menos seis países no mundo que estabeleceram legalmente a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 para circular nas ruas. Pesadas multas têm sido aplicadas para quem desrespeitar a norma. Áustria e Equador estão entre essas nações. Ainda que a medida pareça extrema, repito a pergunta que tenho feito há tempos: por que Nova Friburgo é uma das poucas cidades que sequer se aventa a possibilidade de passaporte de vacina para entrar em locais fechados?

Friburguenses em dia, mas e os turistas?
Segundo a prefeitura, 81% da população geral friburguense está vacinada e 94% da população em idade de se vacinar (igual ou maior de 12 anos) está com a segunda dose já aplicada. Segundo especialistas, com 90% da população geral vacinada se garante a sonhada imunidade coletiva. Com o início da vacinação infantil, Nova Friburgo deve atingir os 90% em quatro meses. As crianças tomarão duas doses, com intervalo de dois meses de uma para a outra. Ainda que os números friburguenses estejam acima da média, a exigência do passaporte seria vital, por exemplo, quanto aos turistas.

Palavreando
“Somos células espalhadas que precisam se conectar para formar o mundo. A dimensão de universo se forma nas partículas e nas particularidades de cada uma delas. Cada peça é importante para formar a imagem desse imenso quebra-cabeça. Não estamos sozinhos. Não somos solitários nas multidões”.

“Em Roma a fúria do leão, o aço da lança jorrava no chão, o sangue inimigo na lei do mais forte, reflete perigo o fio de corte”.  Com esse como um dos refrões, a Unidos da Saudade revelou em grande festa, o seu samba para o Carnaval 2022. O clipe audiovisual já está disponível no canal da agremiação no YouTube. Falando sobre a indústria metalúrgica, um dos trechos mais bonitos do samba - que tem o Estandarte de Ouro, Evandro Malandro, como um dos compositores - é a passagem para o refrão principal: “E hoje Nova Friburgo é referência na indústria e na ciência, o meu despertar, o samba é o aço que resiste, sentimento que persiste e faz o meu povo cantar...”

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Uma polêmica desnecessária

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O membro do Supremo Tribunal Federal (STF), sr. Edson Fachin, criou uma polêmica desnecessária. Aliás, o substantivo membro foi grafado porque ministro é um cargo do governo indicado pelo presidente da República e que pode ser destituído quando esse bem entender. Como o seu cargo é vitalício, membro do STF é mais do que satisfatório. Não deve, também, ser chamado de vossa excelência, pois sendo um jurista, não deve ter tratamento de juiz. 

O membro do Supremo Tribunal Federal (STF), sr. Edson Fachin, criou uma polêmica desnecessária. Aliás, o substantivo membro foi grafado porque ministro é um cargo do governo indicado pelo presidente da República e que pode ser destituído quando esse bem entender. Como o seu cargo é vitalício, membro do STF é mais do que satisfatório. Não deve, também, ser chamado de vossa excelência, pois sendo um jurista, não deve ter tratamento de juiz. 

Tem coisas que passam despercebidas, mas que persistem a incomodar as pessoas cultas e interessadas no bem estar do Brasil, uma delas é o tal do idioma neutro. Isso porque a Constituição do Brasil, de 1988, no seu introito diz as seguintes palavras: “Constituição Federal de 1988: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil, que em seu artigo 13 diz ser a língua portuguesa o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

Recentemente saiu no Consultor Jurídico de novembro de 2021: “Por verificar preliminarmente ofensa à competência privativa da União para legislar sobre diretrizes e bases da educação, o ”ministro” Edson Fachin, do STF, suspendeu a lei do Estado de Rondônia que proíbe a denominada linguagem neutra na grade curricular e no material didático de instituições locais de ensino, públicas ou privadas, e em editais de concursos públicos. A decisão liminar foi tomada nos autos de uma ação direta de inconstitucionalidade e será submetida a referendo do plenário”.

Esse ato foi em função de ação impetrada no STF, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) que sustenta, entre outros pontos, que a lei estadual 5.123/21, a pretexto da defesa do aprendizado da língua portuguesa de acordo com a norma culta e as orientações legais de ensino, apresenta preconceitos e intolerâncias incompatíveis com a ordem democrática e com valores humanos. (https://www.migalhas.com.br/quentes/355086/fachin-suspende-lei-de-ro-que-proibe-linguagem-neutra-em-escolas)

Ao que me consta as Academias de Letras, tanto do Brasil, como a de Portugal, não aprovaram essa aberração que é a linguagem de gênero, aliás, a da França cortou pela raiz essa agressão ao idioma francês, proibindo linguagem neutra nos estabelecimentos de ensino da França. Portanto, não cabe a um membro do STF legislar em causa própria, transgredindo a Carta Magna do país, acintosamente.

Nada contra a autoafirmação do movimento LGBT..., pois a discriminação sempre foi um mal a ser combatido, mas o respeito às pessoas que têm opiniões diferentes têm de ser preservado. Afinal, ser contra ou a favor de coisas que fogem ao status quo vigente, é uma questão de opinião pessoal, que também é respaldada pela Constituição Federal. Não é justo que um idioma seja transfigurado em função da vontade de uma minoria. Na língua portuguesa, até deliberação em contrário, palavras femininas se grafam com “a” e masculinas com “o”, salvo as exceções como mar, sol, nuvem, carruagem, opinião etc. Será que se eu me dirigir a “um membri do STF, por exempli i ministri  Alexandri de Morais, eli vai ficar satisfeiti?”.

Esse papo de linguagem de gênero é muita falta do que fazer e é com desgosto que eu vejo um membro da mais alta corte do país se prestar a um papel como o do sr. Fachin, ao acatar tal petição. Afinal, o seu régio salário deveria ser para tratar de coisas mais sérias, como a defesa intransigente de nossa Constituição, coisa que muitas vezes seus próprios colegas de instituição, transgridem. Exemplos não faltam, mas o mais flagrante foi o de Ricardo Lewandowski ao chancelar a destituição da ex-presidente Dilma Roussef, mas manter seus direitos políticos, apunhalando mortalmente nossa Carta Magna. Como diria Nelson Rodrigues, outros exemplos pululam no cotidiano do Brasil.

Espero que a lucidez, algo que na maioria das vezes falta ao colegiado do STF, ao se reunir para deliberar sobre mais essa transgressão constitucional, coloque a mão na consciência e que aborte mais essa insensatez.

 Aliás, o Brasil não merece a corte suprema que tem.

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A VOZ DA SERRA é o orgulho friburguense!

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

O Caderno Z é um alambique de surpresas, onde podemos beber a mais saborosa de todas as bebidas - o conhecimento. Embebedar-nos de cultura é a sua missão e, quanto mais bebemos em suas edições, mais podemos manter o equilíbrio. Afinal, beber até cair em reflexões, é elevar a nossa mente. Se eu fosse escolher a trilha sonora da viagem de hoje, certamente, seria “O Cio da Terra”, para “decepar a cana, recolher a garapa da cana, roubar da cana a doçura do mel...”.

O Caderno Z é um alambique de surpresas, onde podemos beber a mais saborosa de todas as bebidas - o conhecimento. Embebedar-nos de cultura é a sua missão e, quanto mais bebemos em suas edições, mais podemos manter o equilíbrio. Afinal, beber até cair em reflexões, é elevar a nossa mente. Se eu fosse escolher a trilha sonora da viagem de hoje, certamente, seria “O Cio da Terra”, para “decepar a cana, recolher a garapa da cana, roubar da cana a doçura do mel...”. E vamos cantando para festejar o Dia do Cortador de Cana (último domingo, 16), o que já é motivo para o primeiro gole da “aguardente de cana”, que se tornou “o terceiro destilado mais consumido no mundo e o primeiro no Brasil”. O orgulho nacional é tanto que, somente em nosso país, “as aguardentes de cana-de-açúcar podem ser chamadas de cachaça”.

Caninha, pinga, cana, qualquer que seja a denominação, a cachaça ganhou simbolismo a partir da Semana de Arte Moderna de 1922, e foi assumindo seu porte na sociedade, inibindo o desenvolvimento da, então, cultura europeia. O historiador Câmara Cascudo, em seu livro “Prelúdio da Cachaça”, faz defesas da “branquinha” e conta que na luta pela independência do Brasil, a cachaça era servida “nas reuniões conspiratórias dos inconfidentes das Minas Gerais”. Contudo, é preciso saber escolher, pois, “não existe bafo nem ressaca para uma cachaça de qualidade”. Sendo uma bebida de teor altamente hedonístico, é preciso moderação. Wanderson Nogueira pergunta: “Qual é a sua cachaça?” A minha, que me deixa tonta, de tanto conteúdo que eu bebo, é viajar nos roteiros de A VOZ DA SERRA! Que bebida boa e cristalina!

Ainda no clima festivo da cana-de-açúcar, um brinde especial para o nosso querido Vinicius Gastin, aniversariante desta quarta-feira, 19. Felicidades! Seguindo em frente, roteiro abaixo, damos de cara com a charge de Silvério, que exibe os trambolhos que os postes da cidade carregam. Encontrar o fio da meada do problema é a tentativa do mutirão entre dez empresas de telefonias e telecons, além de representantes da Prefeitura de Nova Friburgo. Reduzir os emaranhados e retirar os fios em desuso são objetivos de ação. Por tanto peso nos ombros, os postes agradecem a faxina.

Com a primeira quinzena de 2022 transcorrida, o ano novo já parece arrastando as sandálias. Se uma “portaria do Ministério da Saúde entrar em vigor, nossa cidade poderá deixar de receber mais de R$ 1 milhão em recursos destinados a cirurgias de alta complexidade, como as cardíacas”. Haja coração para suportar tanta pressão!

O INSS suspendeu, temporariamente, as perícias médicas, por conta do aumento de casos de Covid-19 em todo o país. Já a prova de vida dos segurados volta a ser obrigatória. A partir de fevereiro, caso a exigência não seja cumprida, os pagamentos poderão ser suspensos. Os beneficiários devem fazer a prova de vida no banco de seu pagamento, em caixas eletrônicos, nas agências e nos aplicativos bancários.

A Prefeitura de Nova Friburgo abriu novo concurso para contratar médicos e as inscrições podem ser feitas até a próxima sexta-feira, 21, das 10h às 17h na “Sala de Gestão de Crise” no 1º andar do antigo prédio da OI,  em  frente à prefeitura, ou por meio eletrônico no endereço comissaocurriculon@gmail.com até as 23h59 de sexta-feira, 21. O edital completo no Diário Oficial Eletrônico pode ser conferido em www.novafriburgo.rj.gov.br. A lista das funções é bem intensa. Vale conferir!

É bom mesmo que haja profissionais disponíveis, pois saúde é primordial. Falando nisso, estamos numa nova onda de Covid-19 e de casos de problemas respiratórios. O  novo decreto municipal reduz público em eventos de 50% para 30%, limitando, para espaços fechados, a capacidade de ocupação para 300 pessoas. Dependendo do tamanho do salão e do sistema de ventilação, tanta gente assim forma uma aglomeração considerável. Para espaços abertos, o limite é de 500 pessoas. Mesmo sendo ao ar livre, Deus nos livre de um retrocesso, quando tudo parecia sob controle!

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Paz friburguense

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Paz friburguense

A bela e bucólica localidade de Rio Bonito de Cima, na região do distrito de Lumiar, que reúne propriedades rurais de alguns artitas, passa a contar com mais uma admirada figura da telinha.

A talentosa atriz Juliana Paes é a mais nova proprietária de belo sitio em Rio Bonito e a partir de agora poderá ser vista por lá com mais facilidade.

Vivas para Margarida

Paz friburguense

A bela e bucólica localidade de Rio Bonito de Cima, na região do distrito de Lumiar, que reúne propriedades rurais de alguns artitas, passa a contar com mais uma admirada figura da telinha.

A talentosa atriz Juliana Paes é a mais nova proprietária de belo sitio em Rio Bonito e a partir de agora poderá ser vista por lá com mais facilidade.

Vivas para Margarida

Ontem, 17, quem passou o dia recebendo manifestações de carinho, apreço e parabéns, aos quais incluímos os nossos, foi a conhecida Margarida Leão (foto), assistente social e também irmã do padre Antonio Leão.

Super querida e cheia de amigos, ela merece os sinceros parabéns com votos de tudo de bom, saúde e alegrias.

Pró Hospital da Criança

O valoroso Bloco da Jurema, que desenvolve como razão de sua existência, continuadas campanhas sociais, como a que arrecada, há anos, lacres das latinhas de cervejas e refrigerantes para conseguir cadeiras de rodas e, assim, servir instituições e pessoas necessitadas, acaba de abraçar mais uma significativa causa.

O bloco aderiu ao Desafio Solidário do Hospital da Criança no Rio de Janeiro e, na semana passada, seu diretor-fundador Márcio Assis (foto), recebeu um certificado de participação e agradecimento, pela arrecadação de mais de 260 quilos de tampinhas plásticas de garrafas de bebidas e quase 30 quilos de lacres de latinhas, auxiliando assim a unidade de saúde.

Parabéns ao Aguilera!

Ainda em tempo de poder registrar a satisfação desta coluna, endereçamos nossos cumprimentos a um dos mais conhecidos e tradicionais contadores de Nova Friburgo que marcou época no passado também como vereador: Mário Aguilera Campos.

Isso, porque no último domingo, 15, junto aos familiares ele completou mais um aniversário! Saúde e paz. 

Baile beneficente no Roqueano

No próximo dia 30, um domingo, acontecerá no Roqueano Social Clube, em Olaria, a partir das 18h, um baile beneficente com toda a arrecadação da bilheteria revertida para ajudar ao Ricardo Luiz, amigo de muitos amigos, e que vem travando uma dura luta contra o câncer.

Os ingressos vão custar R$ 10 e como atrações, estarão se apresentando ao vivo no evento, Jonathan Lima, Silvinho do Arrocha, Duo Camuflagem, Guin Rocha, Bruno Teclas e André Moreno. Taí uma boa dica de diversão com cunho social para ajudar quem está realmente precisando.

Country sendo Country

Impecavelmente digna e dos mais justos aplausos, a concorrida solenidade de posse dos novos presidentes do Nova Friburgo Country Clube que aconteceu na noite da última sexta-feira, 14.

Por isso também, cumprimentos aos presidentes empossados Roosevelt Serafim Concy a frente do Conselho Diretor; Joílson Wermelinger Araújo no Conselheiro Deliberativo e Celso de Oliveira Santos no Conselho Fiscal, este último que por sinal deu aula de gestão até passar a presidência a Roosevelt.

 

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