Blogs

Escalada

terça-feira, 21 de julho de 2020

Para pensar:

"A maioria dos grandes males que o homem incidiu sobre si mesmo partiram de pessoas se sentindo muito seguras a respeito de algo que, de fato, era falso.”

Bertrand Russell

Para refletir:

“Como é terrível conhecer, quando o conhecimento não favorece quem o possui.”

Sófocles

Escalada

Para pensar:

"A maioria dos grandes males que o homem incidiu sobre si mesmo partiram de pessoas se sentindo muito seguras a respeito de algo que, de fato, era falso.”

Bertrand Russell

Para refletir:

“Como é terrível conhecer, quando o conhecimento não favorece quem o possui.”

Sófocles

Escalada

A coluna andou registrando, nas últimas semanas, diversos comportamentos adotados pelo atual comando da Procuradoria-Geral do Município que dão margem a questionamentos a respeito de quais interesses ela representa de fato.

Citando apenas dois exemplos, podemos lembrar da sinalização de que responderia apenas a questionamentos em forma de requerimento de informações, e também da recente recusa a receber documento relacionado aos procedimentos necessários à análise das contas de 2018 do Executivo Municipal.

E, bom, era evidente que tudo isso em algum momento iria gerar consequências.

Alegações

A primeira delas ocorreu na última sexta-feira, 17, quando o vereador Professor Pierre encaminhou ofício ao Ministério Público no qual relata o que entende ser “embaraço aos atos de fiscalização” e controle externo, apontando, inclusive, que “opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço” fere textualmente o artigo 11, II, da lei federal 8.429/1992.

Requerimentos

Ao fim de uma série de justificativas o parlamentar requer que seja emitida recomendação urgente ao município a fim de que este se abstenha de rejeitar recebimento direto de quaisquer documentos públicos em suas repartições, especialmente dos órgãos de controle externo; e também um pedido de imediato afastamento de Ulisses da Gama do cargo de procurador-geral do Município “em virtude de apresentar postura incondizente à probidade exigida pelo cargo, tendo em vista as condutas alheias aos princípios republicanos e da administração pública, considerando-se, ainda, o porte violador do CPC e do Código de Ética do Poder Executivo; as práticas já relatadas robustamente em demais notícias encaminhadas ao MPRJ; e a atuação sobejadamente em desacordo com o que preceitua o artigo 209 da Lei Orgânica Municipal”.

Tem mais

Está achando pesado? Pois se acomode bem na poltrona, porque a história não para por aqui.

Na manhã desta segunda-feira, 20, o gabinete do vereador Pierre tornou a remeter ofício ao Ministério Público, desta vez debruçado sobre a distinção feita pela PGM entre ofícios e requerimentos de informações, e a indicação de que não mais atenderia aos primeiros.

O parlamentar manifesta o entendimento de que a ação foi tomada com “o objetivo claro de procrastinar o acesso às informações que foram requisitadas”, “por quem deveria prover máxima transparência e publicidade”.

Aspas

“É certo de que inibir o acesso de informações públicas por esse instrumento concentra-se na tentativa de embaraçar a eficiência do ato fiscalizador, pois a Procuradoria-Geral do Município é sabedora de que questionamentos oriundos dos demais órgãos de controle externo, como o próprio parquet e o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE), tiveram como origem dados obtidos via expediente legislativo por “ofício”. Nesse sentido, atuar para o encobrimento da informação pública, a qual deve ser transparente e disposta à publicidade nos prazos legais, carrega o ato do procurador-geral do município e de seu subprocurador de gravíssimo atentado ao interesse coletivo e a vários princípios da função administrativa pública, dentre os quais, o da probidade.”

Contraponto

Como contraponto, o ofício recorda a postura bastante diversa adotada pela gestão anterior da PGM.

“Considerando, sobretudo, a política jurídica de total e irrestrita transparência que era adotada pelo anterior procurador-geral que buscou incorporar ao corpo técnico da advocacia pública deste município o princípio da máxima transparência e publicidade, que é o que se verifica com a aprovação da lei municipal 4.612/17, regulamentadora da Procuradoria-Geral do Município e de seu Fundo Especial, de iniciativa do então ex-procurador-geral, o qual também propôs a inserção de capítulo específico acerca do órgão na nova Lei Orgânica Municipal”.

Testemunho

A coluna não se furta a testemunhar a veracidade da avaliação acima, e prova disso é que mesmo em meio a eventuais discordâncias foi possível estabelecer uma relação de respeito mútuo, dado o evidente esforço da PGM de então por atuar de maneira preventiva e orientadora, preservando o interesse coletivo e buscando evitar que o Executivo atuasse além dos limites éticos e legais.

De fato, a comparação com a gestão anterior da PGM é extremamente inglória para com a atual.

Inquérito civil

Em resumo, o parlamentar alega que têm sido violados princípios da administração pública, entre os quais o da publicidade.

E, a partir disso, requer “ao parquet que adote as providências para instaurar o competente inquérito civil para apurar o indício fortíssimo de improbidade administrativa praticado, de forma livre e consciente, pelos agentes públicos envolvidos.”

Convocação

O leitor não deve estranhar, portanto, que na ordem do dia da sessão de hoje, 21, na Câmara Municipal, conste a apreciação de “convocação de agentes públicos em razão de atos que redundaram em descumprimento de decisão judicial”.

Resta, agora, ver como o plenário irá reagir à matéria.

Habitualmente a base governista defende que seja feito um convite, e, caso de recusa, que os gestores sejam convocados.

Mas, e quando o tempo é um fator crucial?

Polêmica

A determinação da bandeira vermelha para esta semana, dentro do processo de monitoramento da flexibilização da quarentena, gerou as mais diversas reações por parte da sociedade.

Umas favoráveis, outras de revolta. Algumas legítimas e sinceras, outras invariavelmente eleitoreiras e oportunistas.

Respiradores

De todo modo, a questão ampliou a relevância da transparência em relação ao aproveitamento de todos os 71 respiradores disponíveis na rede pública municipal, e a coluna publica agora o resultado do levantamento mais atualizado, realizado na manhã desta segunda-feira, 20.

Distribuição

Unidade coronariana (6); CTI I (6), CTI II (5), UTI Covid (10), Trauma Covid enfermaria (1), Semi-Intensiva Covid enfermaria (8), Centro cirúrgico (1), Isolamento (1), Trauma (4), Repouso Masculino (1), Pediatria CTU (1), Ambulância Samu, um fixo e outro para transporte (2), Ambulância Covid (1).

Subtotal: 47.

Por sua vez, no Serviço de Assistência Ventilatório estão distribuídos outros 24, da seguinte forma: Transporte (sete disponíveis), Leito (seis de backup / disponíveis), Manutenção (11).

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Vivas para a Marisa

terça-feira, 21 de julho de 2020

Vivas para a Marisa

Quem passou o último sábado, 18, recebendo abraços, beijos e manifestações de carinhos de familiares e muitos amigos, foi a simpática empresária do ramo hoteleiro Marisa Dominguez, na foto muito bem acompanhada o marido e grande amigo deste colunista, Alexandre Guerreiro.

Para a querida Marisa, renovadas congratulações com votos de mais felicidades, sucessos e tudo de bom que ela bem merece.

Encontro só em 2021

Vivas para a Marisa

Quem passou o último sábado, 18, recebendo abraços, beijos e manifestações de carinhos de familiares e muitos amigos, foi a simpática empresária do ramo hoteleiro Marisa Dominguez, na foto muito bem acompanhada o marido e grande amigo deste colunista, Alexandre Guerreiro.

Para a querida Marisa, renovadas congratulações com votos de mais felicidades, sucessos e tudo de bom que ela bem merece.

Encontro só em 2021

Entre as muitas decisões e reposicionamentos que se fizeram necessários frente a pandemia do coronavírus, mais uma situação acaba de ser adotada.

Depois de quatro décadas com eventos ininterruptos anualmente, a Associação João Erthal, anuncia que infelizmente não poderá ser realizado em setembro próximo, como estava programado, o 42º Encontro da Família Erthal.

Diante deste quadro, o presidente do 42º Encontro, Milton Erthal Júnior e a presidente da Associação João Erthal, Beatriz Erthal Alves, confirmam que o evento deste ano foi adiado para dia 25 de setembro de 2021.

Aniversários bem marcantes

Além de esbanjar charme e beleza, as queridas irmãs aniversariantes que aparecem aí na foto, Thais Pistila e Vanessa Pistila de Abreu Rohem, que completaram no último domingo, 19, respectivamente 34 e 32 anos, compartilham duas históricas alegrias.

No dia em que Thais comemorava 2 aninhos de idade, para surpresa da mamãe Eliane, a Vanessa nasceu enquanto era realizada a festinha de aniversário da Thais, enchendo a família de felicidade. E vejam só que alegre consciência: uma ganhou uma irmã de presente e a outra, teve o que é incomum, uma festa de nascimento.

Em dose dupla de contentamentos dos pais Eliane e Gérson, André e Mirella (esposo e filha de Thais) e Matheus, Rebecca e Levi (esposo e filhos de Vanessa), nossos parabéns também às amáveis aniversariantes.

Bazar é adiado

A Casa Madre Roselli, uma das mais admiradas entidades assistenciais de Nova Friburgo, fundada pelas Irmãs Dorotéias em 1952 e que desde 2012 é dirigida por leigos católicos voluntários de Nova Friburgo, assiste a dezenas de meninas carentes e também nesta época, tem prestado apoio aos seus familiares.

Para ajudar a reforçar suas ações, a Casa Madre Roselli previa inaugurar nesta segunda-feira, 20, o seu Bazar do Casarão, mas devido à pandemia e a adoção da bandeira vermelha no município, teve que adiar a abertura da obra social que quando houver condições, irá funcionar de segunda à sexta-feira, das 12h às 16h30.

Com idade nova

Quem está com nova idade desde a última sexta-feira, 17, o garotão Brayan Amaral Tardem, que comemorou seus 4 aninhos. Aí na foto ele aparece junto aos pais Roberto e Diana.

Ao querido Brayan, assim como aos seus pais e familiares, nossos cumprimentos e votos de muitas felicidades.

Dor pela Danielle

Os renovados sentimentos deste colunista ao amigo José Luiz Paixão, pela trágica morte no último sábado, 18, em um trágico acidente numa cachoeira de Trajano de Moraes, de sua linda filha, a advogada e funcionária da Polícia Civil, Danielle da Costa Paixão.

Dani, como carinhosamente era chamada por familiares e colegas de trabalho estaria completando justamente hoje, 21, 36 anos de idade.  Condolências à família e descanse em paz, Danielle.

  • Foto da galeria

    Vivas para a Marisa

  • Foto da galeria

    Aniversários bem marcantes

  • Foto da galeria

    Com idade nova

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Onde está teu irmão? (Gn 4,9)

terça-feira, 21 de julho de 2020

*Padre Aurecir Martins de Melo Júnior

A reconstrução de uma realidade pós-pandemia é um dos assuntos mais discutidos nos últimos dias. Contudo, parece que a realização desta expectativa está cada vez mais distante.

Estamos inseridos numa atmosfera de dor e incerteza que abala nossa esperança, enche nosso coração de angústia e alimenta em nós o questionamento: Como faremos para superar esta situação que nos sobreveio de repente e levar em frente nossa vida?

*Padre Aurecir Martins de Melo Júnior

A reconstrução de uma realidade pós-pandemia é um dos assuntos mais discutidos nos últimos dias. Contudo, parece que a realização desta expectativa está cada vez mais distante.

Estamos inseridos numa atmosfera de dor e incerteza que abala nossa esperança, enche nosso coração de angústia e alimenta em nós o questionamento: Como faremos para superar esta situação que nos sobreveio de repente e levar em frente nossa vida?

Na semana passada, refletimos sobre o que podemos aprender com esta situação complexa e dolorosa. Sem dúvida, o impacto de tudo o que está acontecendo, as graves consequências que se descortinam e se vislumbram, a dor e o luto por nossos seres queridos nos desorientam, entristecem e paralisam. Mas, ao mesmo tempo, nos provocam a tomar as rédeas da situação e começar uma nova etapa na história da humanidade.

Não podemos sepultar a esperança, é preciso fortalecê-la pela realização de nossas práticas pessoais e sociais de justiça, caridade e solidariedade. Como uma pequena porção de fermento leveda toda a massa (cf. Mc 8, 14 -21), toda atitude é, na verdade, um passo em direção ao futuro.

Todas as vezes que saímos de nossa comodidade e caminhamos ao encontro das dores e angústias das pessoas vulneráveis e anciãs que atravessam a quarentena na mais absoluta solidão, quando de alguma forma ajudamos as famílias que não sabem como colocarão um prato de comida sobre a mesa, e tantas outras formas que poderíamos enumerar, concretizamos um encontro condolente com nosso semelhante.

A Pontifícia Academia para a Vida em nota reflete: “A pandemia de Covid-19 nos coloca numa situação de dificuldade sem precedentes, dramática e global: a sua força de desestabilização do nosso projeto de vida cresce a cada dia. Estamos vivendo um paradoxo que nunca teríamos imaginado: para sobreviver à doença, devemos nos isolar uns dos outros, e vivendo assim, percebemos que viver com os outros é essencial para a nossa vida” (30 mar. 2020).

Somos todos responsáveis! Mais uma vez se comprova que não há lugar para o egoísmo no futuro da humanidade. Aquele que escreve sua história dando as costas ao sofrimento dos irmãos e excluindo-se da responsabilidade na construção de um futuro melhor, fere a essência da comunidade.

No panorama atual, podemos perceber o quanto isso atinge a nós. O isolamento (afastamento) social é a principal, se não a única, arma que temos no momento para combater a contaminação pelo coronavírus. Sobre este tema, advertiu o Santo Padre: “Cada ação individual não é uma ação isolada, para o bem ou para o mal, ela tem consequências para os demais, porque todo está conectado em nossa casa comum; e se as autoridades sanitárias ordenam o confinamento nos lugares, é o povo que o faz possível, consciente de sua corresponsabilidade para frear a pandemia” (Papa Francisco, Un plan para ressuscitar, 14 abr. 2020).

Assim, se agimos como um só povo podemos pôr fim não só a esta crise que vivemos, mas a tantas outras epidemias que massacram a humanidade. Do simples uso de máscara de proteção ao voto consciente, assumimos que somos corresponsáveis e protagonistas na tarefa de tornar possível um novo mundo.

Padre Aurecir Martins de Melo Júnior é coordenador da Pastoral da Comunicação da Diocese de Nova Friburgo. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

Foto da galeria

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

No fascínio dos temas, A VOZ DA SERRA é o nosso melhor amigo!

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Torna-se um desafio ainda maior embarcar na viagem, quando a plataforma de embarque abraça um tema que me é tão familiar. O Caderno Z escolheu homenagear a data de 18 de julho, Dia do Trovador. Neste 2020, um ano totalmente atípico, não foi possível realizar a festa dos Jogos Florais de maio, por conta da pandemia do coronavírus. Foram, até então, 60 eventos sem interrupção, desde 1960. Uma tristeza pela situação agravante em todo o mundo.

Torna-se um desafio ainda maior embarcar na viagem, quando a plataforma de embarque abraça um tema que me é tão familiar. O Caderno Z escolheu homenagear a data de 18 de julho, Dia do Trovador. Neste 2020, um ano totalmente atípico, não foi possível realizar a festa dos Jogos Florais de maio, por conta da pandemia do coronavírus. Foram, até então, 60 eventos sem interrupção, desde 1960. Uma tristeza pela situação agravante em todo o mundo. Contudo, a trova está muito honrada, como se vê nas declarações: “Nesse turbilhão de transformações, onde tudo muda a cada instante, nossa trova se engalana, vestindo o orgulho de tanto prestígio em A VOZ DA SERRA...”. Sem possibilidade de uma festa para 2020, “vestimos traje de gala no Caderno Z”!

Fazendo parte dos “Quatro As” que apoiaram a criação dos Jogos Florais, a celebração nas páginas do jornal é mais uma prova de que A VOZ DA SERRA faz parte das seis décadas de história da trova em Nova Friburgo. Os trovadores que ilustram o caderno com suas mensagens dão provas também do amor que sentem pela “Meca dos Trovadores”. Os inesquecíveis, imortais, quanta saudade! A exibição de algumas trovas vencedoras, tudo lindo, maravilhoso! E até uma “oficina” com as artimanhas da trova, que pode até ser um desafio, mas, é um bom investimento para a elasticidade da mente.

Deixamos o Caderno Z e já com saudade de sua leitura. Mas, em compensação, somos apresentados a algo muito interessante: “Tecidos de cera de abelha”, ideais para a substituição das embalagens plásticas. A produtora dos tecidos em Nova Friburgo, Maribel Albreschtt, explica que “basta usar a temperatura das mãos para moldar qualquer tipo de embalagem, como cobrir potes sem tampas, pães, queijos, legumes, frutas e verduras”. O tecido ainda tem a vantagem de ser lavável para reutilização. Sensacional!

Em “Esportes”, Jhennifer Alves comenta sobre o cancelamento do Campeonato Interclubes de Natação em virtude da pandemia: “Para nós é um alívio, sim, em meio a tudo o que estamos passando. Começar uma olimpíada dentro da data prevista seria muito ruim. Eu, por exemplo, já estou dentro de casa há uma semana, e para nós, nadadores, é algo muito ruim”. A Meia Maratona Internacional do Rio 2020 também foi cancelada.

Uma reportagem maravilhosa! É assim que me refiro ao brilhantismo da matéria sobre o Colégio Anchieta – “Uma conexão histórica”. Nosso colega Fernando Moreira conversou com o reitor do Anchieta, padre Luiz Monnerat, o protagonista da façanha de encontrar cinco corações de prata, datados de 1903 e 1904. No interior de um deles, padre Toninho achou um papel com o nome de 69 alunos. Achou também uma mensagem escrita pelo reitor da época, em agradecimento ao “amabilíssimo Jesus” por ter concedido a graça de preservar os alunos da epidemia da varíola. Uma verdadeira joia de achado!

Depois de haver liberado até as atividades de turismo na cidade, com o aumento  para 822 infectados por coronavírus e 50 mortes por Covid-19, Nova Friburgo entra no estágio da bandeira vermelha. O avanço da pandemia por aqui causa insegurança e ainda assim, tem gente com dificuldade de cumprir as medidas restritivas. Pois se não vai por bem, que vá por mal com o fechamento do comércio e outras proibições de funcionamento que já estavam liberadas. É isso que dá, pois não saber cumprir regras atrasa todo o processo para o “novo normal”. A máxima de Alexander Pope, em Massimo é oportuna: “Algumas pessoas nunca aprendem nada, porque entendem tudo muito depressa.”.

Nesta segunda-feira, 20, foi celebrado o Dia do Amigo. Guilherme Alt mandou bem na matéria sobre os encontros virtuais com “maquiagem, drinks e até roupas de sair”. Foi então que me toquei na expressão “roupas de sair”, e pensei nas minhas roupas nos cabides do closet. Coitadas, elas precisam pegar sol. Acho que nem sei mais me “arrumar” para sair. Entretanto, se “amigo é coisa pra se guardar...”, vamos guardá-lo no coração. Em caso de um encontro,  na sugestão de Silvério, siga a charge: uma boa cotuvelada é o suficiente. O mais fica para depois! No momento, preservar uma amizade é mantê-la distante.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Entre palavras e geringonças

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Ninguém gosta de ser tomado pelo inesperado, que não tem a formalidade de chegar sem ironia. Sem avisos, costuma vir com abre-alas, cortejos e alegorias.

**

Ninguém gosta de ser tomado pelo inesperado, que não tem a formalidade de chegar sem ironia. Sem avisos, costuma vir com abre-alas, cortejos e alegorias.

**

Ah, pobre de todos nós que necessitamos do computador para escrever. Somos dependentes desta geringonça, que, repentinamente, fecha a cara e resolve não funcionar. Quem é amante das letras, dificilmente tem facilidade com máquinas. Como também, tais artefatos não se preocupam com escritores, apesar de precisarem deles para ganhar espaço no mundo. Afinal de contas, quem escreve seus manuais, artigos para a mídia e outros textos importantes para a sua divulgação?

As palavras têm longevidade, versatilidade e são viajantes. Vestem-se com os mais variados figurinos e são enfeitadas com adereços inéditos, uma vez que os escritores, por serem perfeccionistas e gostarem de autenticidade, precisam até inventá-las para melhor expressarem o que pensam. Já as máquinas vivem por tempos reduzidos, rapidamente são superadas por outras mais modernas. Com toda essa pequenez de valor, são de tamanho imenso diante de uma simples palavra, sempre carregada de sentidos. Ora pois sim!, uma palavra não precisa de vitrines, nem de anúncios para mostrar o seu poder. Basta ser lida ou mesmo dita em voz baixa. Tem a humildade dos heróis.  

Por muitas razões, acredito que palavras e geringonças nunca vão se entender bem, apesar de uma depender da outra. O escritor sempre se alimentou de palavras, e, por determinação da modernidade, deixou-se enlaçar pela tecnologia. Ah, sem ela, hoje, reconheço, não teria como sobreviver. Charles Chaplin sabia muito bem disso!, ao ser engolido por uma máquina no filme Tempos Modernos, que sabiamente escreveu e produziu. Ele criou uma metáfora que mostrou o que iria acontecer com a humanidade nas próximas anos, previsão confirmada pelo astrônomo Marcele Geiser, que considerou que as máquinas fazem parte, cada vez mais, do corpo humano, completando-o ao engrandecer ou recuperar suas capacidades.

 Os computadores, para os escritores, são prolongamentos mecânicos das mãos, substituindo-as no ato de escrever; da memória, guardando produções, ideias e projetos; da comunicação, facilitando a interação com o mundo; da pesquisa, possibilitando o acesso com as mais diferentes fontes de informação. É uma relação que por tanto ampliar as oportunidades de realização e de diálogo, que se transformou em objeto pessoal e intransferível.

Há ainda outra questão essencial. Há escritores que perderam o hábito de escrever com as mãos e precisam recuperá-lo para elaborarem seus textos. Assim, tudo se torna caótico quando esta máquina fecha a cara. Emburra.

**

Amigo leitor, esta coluna me é um desabafo. Mesmo chamando meu computador de geringonça tecnológica, estou numa tristeza sem dó porque está velho e fez parte da minha vida por um longo tempo. Ele é meu amigo. Vou fazer de tudo para recuperá-lo. Mas se não for possível, vou guarda-lo como um companheiro até nas horas de solidão.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Os frutos

sábado, 18 de julho de 2020

Para pensar:

"Algumas pessoas nunca aprendem nada, porque entendem tudo muito depressa.”

Alexander Pope

Para refletir:

“Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar.”

Bertrand Russell

Os frutos

Para pensar:

"Algumas pessoas nunca aprendem nada, porque entendem tudo muito depressa.”

Alexander Pope

Para refletir:

“Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar.”

Bertrand Russell

Os frutos

O leitor que tenha alguma familiaridade com a política sabe bem que os discursos definitivamente não são a maneira mais fácil de separar o joio do trigo, uma vez que quem não tem lastro para levantar certas bandeiras ou justificar a confiança popular que ciclicamente pleiteia geralmente não tem embaraços quanto a preencher tais lacunas com informações inventadas ou distorcidas.

Em resumo: ainda que haja diferenças perceptíveis no falar, é na conduta que residem os frutos pelos quais a árvore deve ser identificada.

Conduta

Quanto à fiscalização, por exemplo, são evidentes duas posturas muito distintas.

De um lado existem fiscalizadores que defendem determinadas bandeiras o tempo todo, indo às últimas consequências no processo de apuração e levando informações ao conhecimento da Justiça.

E de outro há aqueles que fiscalizam apenas esporadicamente, como forma de extorsão, sobretudo em período eleitoral.

Estes últimos, se conseguem o que querem, nunca mais tocam no assunto.

Mera coincidência

Tomando exemplos ao acaso, qualquer semelhança com a realidade sendo mera coincidência, poderíamos dizer que o leitor pode ter certeza de estar diante de representantes do segundo grupo se algum dia topar com um vereador fazendo pesados ataques à empresa que faz transporte escolar ou para tratamento fora de domicílio, para em seguida nunca mais voltar ao assunto; ou um vereador que apresente requerimento de informações a respeito da adesão a uma ata de registro de preços superfaturada e em seguida não faça nada a respeito; ou ainda um vereador que assuma a Secretaria de Saúde e, ao ter acesso a informações comprometedoras, prefira usar isso como trunfo para ter influência e indicar dezenas de pessoas, do que comunicar à Justiça.

Sorte a nossa

O mesmo vale, ainda pensando em exemplos ao acaso, para nomeados que, diante de uma CPI incumbida de investigar possíveis irregularidades na Saúde, afirmem ter provas sobre a ocorrência de ilícitos, e no momento de tornar isso público façam de tudo para não serem mais encontrados.

Ou para o vereador que se esforça para presidir uma CPI voltada a investigar os serviços prestados por uma concessionária, e na prática atua como defensor da empresa.

Sorte a nossa que jamais tivemos qualquer uma dessas situações por aqui, não é verdade?

Alívio

Quando observamos, portanto, toda a dinâmica que ao longo do atual governo municipal desconfigurou por completo a relação poder concedente/concessionária, no que diz respeito ao transporte coletivo, é um alívio saber que vivemos numa cidade livre deste tipo de prática.

Do contrário, imaginem só, alguém poderia suspeitar das intenções, nas vilas marginais, quando tentou-se prorrogar por mais cinco anos um contrato que todos sabiam ser improrrogável.

Ou quando da recusa a reajustar a tarifa, enquanto havia um contrato a assegurar poder de negociação ao Palácio Barão de Nova Friburgo.

Ainda bem

Ou pior: alguém poderia acreditar que a situação de extrema fragilidade em que o governo atualmente se encontra pudesse ter sido evitada caso tivesse dada, desde o início, a devida atenção à nova licitação, ou que ataques recentes à empresa pudessem ser fruto, imaginem só, de alguma insatisfação impublicável.

Ter essa paz de espírito quanto à honestidade de todos os agentes públicos envolvidos nessa degeneração é reconfortante, porque não seria exagero dizer que vivemos atualmente uma profunda crise de bastidores relacionada ao transporte coletivo que pode, sim, chegar ao extremo de paralisar temporariamente o serviço, com consequências inimagináveis.

Coincidências

De fato, todo este cenário faz lembrar uma antiga profecia dos índios Sinimbu, encontrada há algumas décadas em pintura rupestre na Caverno do Eco, próxima ao Morro da Cruz, e traduzida recentemente por um antropólogo grego chamado Ironicus Maximus.

De novo, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Profecia

“Naqueles dias, nos domínios do grande cão de pedra, a corrupção chegou a tal ponto que o principal cocheiro da cidade era obrigado a distribuir onças e garoupas a 11 dos 21 caciques do conselho tribal, além de mensageiros e comunicadores, do glutão de uma tribo marginal e diversos outros parasitas sociais, para que pudesse continuar a circular suas carroças.

Por fim, o empreendimento do cocheiro ficou em real situação de falência e o negócio acabou sendo passado a um grupo forasteiro, que passou a sofrer os ataques de quem não queria perder a fartura de outrora.”

Pé no freio

Pouco após o início do processo de flexibilização, como observou-se também em diversas cidades de clima e porte parecidos com Nova Friburgo, o acentuado aumento no número de casos e a evolução das taxas de ocupação em CTIs destinados ao tratamento da Covid-19 alterou o contexto rumo aos parâmetros que determinam a bandeira vermelha, e toda a paralisação das atividades a ela atrelada.

A notícia é evidentemente desanimadora, e deveria servir de convite à reflexão de quem se comportou diante da flexibilização como se a pandemia tivesse terminado.

Quanto ainda teremos de perder antes de amadurecermos, hein?

A propósito...

Desde a última segunda-feira, 13, os repórteres de A VOZ DA SERRA Guilherme Alt e Fernando Moreira têm enviado constantes solicitações à prefeitura pedindo informações sobre as taxas de ocupação dos leitos de enfermaria e CTI dos hospitais de Nova Friburgo.

Os repórteres pediam mais transparência na divulgação destes dados, mais especificamente no que diz respeito aos dados relativos aos fins de semana.

De fato, a crescente taxa de ocupação evidenciada a cada boletim divulgado durante esta semana evidenciou ainda mais a necessidade de informações sobre todos os dias de cada semana.

Interesse de todos

Em resposta a questionamentos complementares enviados nesta sexta-feira, 17, a Secom reconheceu a legitimidade da insistência e informou que vai passar a detalhar melhor os próximos boletins.

A mudança mais significativa será justamente a inclusão das taxas de ocupação dos sábados e domingos, nos boletins das segundas-feiras.

Exemplo bacana do comprometimento com a informação de qualidade nas duas pontas do trabalho, que facilitará o trabalho jornalístico como um todo, com benefícios diretos para a população.

Troca de experiências

Na próxima sexta-feira, 24, uma live com início previsto para 10h e encabeçada pelo MercoSerra irá reunir os secretários municipais de Saúde de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, para uma pertinente troca de experiências envolvendo estratégias de prevenção e as práticas que têm alcançado melhores resultados.

O encontro poderá ser acompanhado através do canal da Acianf no YouTube.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Dr. Dermeval Barbosa Moreira entrega o primeiro título do Hospital São Lucas

sábado, 18 de julho de 2020

Edição de 18 e 19 de julho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchete:

Edição de 18 e 19 de julho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchete:

  • Dr. Dermeval entrega primeiro título do Hospital São Lucas e afirma que confia em todos os friburguenses - No início da semana, o médico Dermeval Barbosa Moreira, em ato informal, fez a entrega do certificado de reserva de ações, número 1, do Hospital São Lucas, a um dos primeiros adquirentes, o sr. José Newton Bizzotto – um dos proprietários do Supermercado Bizzotto. Representando a direção da Casa de Saúde São Lucas, estiveram presentes os cardiologistas Mário Haiut e Jesuíno Olívio da Cunha, além de jornalistas e corretores do empreendimento, convidados para assistirem as solenidades. Na ocasião, o dr. Dermeval Barbosa Moreira, rapidamente, afirmou simbolizar aquela entrega ao sr. José Newton Bizzotto, “uma verdadeira outorga da confiança que depositou em todos os friburguenses, no momento em que lhes passo às mãos os destinos da empreitada a que ora nos lançamos, cujas metas buscam alcançar melhores condições para o bem-estar de todo o povo desta cidade”. Acredito — frisou o conhecido médico — "que, muito em breve, os objetivos iniciais do corpo médico da Casa de Saúde São Lucas, estarão plenamente concretizados, graças à decisiva colaboração que o povo de Nova Friburgo começa a prestar-lhe”.
  • Saramago Pinheiro é o novo presidente da Assembleia Legislativa do nosso Estado - O operoso e prestigiado deputado Darcílio Alves foi eleito o primeiro secretário da Casa do Povo.
  • Dr. Paulo Vassallo de Azevedo - Para desincompatibilizar-se, já que é candidato pela legenda do MDB ao legislativo estadual, deixou as funções de chefe de gabinete do prefeito Amâncio Azevedo, o dr. Paulo Vassallo Azevedo, que desde o primeiro dia da atual gestão desempenha com brilho e entusiasmo o mencionado cargo.
  • Tenente Manoel Carneiro de Menezes - O prefeito Amâncio Azevedo acaba de designar o prestimoso e querido chefe do Departamento de Turismo, tenente Manoel Carneiro de Menezes, para a chefia de seu gabinete, na vaga decorrente do afastamento do titular, dr. Paulo Vassallo Azevedo, que deixou o cargo para concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa de nosso Estado.
  • Mensagem de Geremias na reabertura da Assembleia destaca pontos básicos de seu governo - Durante 40 minutos, o governador Geremias de Mattos Fontes apresentou aos deputados um relato do que foram os seus três anos e meio de administração, enumerando as principais obras, com destaque para os empreendimentos considerados de infraestrutura e para implantação do Centro de Processamento de Dados, que, segundo afirmou, colocou o Estado do Rio numa posição vanguardeira na tecnologia do país. O chefe do Executivo destacou também a criação da Secretaria de Água e Saneamento, como um procedimento inédito, objetivando concentrar técnica e recursos na solução do problema do abastecimento de água e instalação de esgotos em todo o território fluminense. Lembrou que vai deixar iniciada a obra do interceptor oceânico, destinado a eliminar a poluição da Baía de Guanabara. Outros empreendimentos citados pelo governador numa área de importância foram: a criação do "holding" financeiro da Nova Coderj; construção do Centro de Abastecimento de Tribobó, a unificação das concessionárias de energia em torno da CELF, que passou a deter o controle de 70% do território estadual; a construção de 17 subestações de energia e a implantação das cooperativas de eletrificação rural, que até o final do ano serão 20 em todo o Estado: criação do Serviço Médico Volante e construção de 2.186 salas de aula.
  • MDB - A base fluminense do partido não aceitou participar da Mesa da Assembleia, nos cargos inexpressivos que lhe foram destinados pela agremiação oficial que somente tornou-se majoritária pelo "grande jogo" das conquistas por adesões, pelas cassações e pela excepcional condição política proporcionada pelo “Partido de cima".
  • Torrington: A fábrica Torrington, situada em Olaria, recebeu a visita de diretores que vieram da América do Norte. Mais detalhes em nossa próxima edição. 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Rita de Cássia Cordeiro (6); Paulo Fernando Costa (18); Marcos Haiut (19); Roberto Ventura El-Jaick (20); Tunney Kassuga, João Queiroz Teixeira, Germando Ferreira de Carvalho, Carlos Jacob Marchon, Georg Henze, Janine Jordão e Marcelo Merecci (21); Kátia Rocha (22); Lúcia Mello e Souza, Carlos Curio e Roberto Solon de Pontes (23); Renato Albino Filho, Regina Coeli, Jayro Winter, Flávio Folly e Paulo Humberto Chaves (24); Henrique Malheiros (25).

 

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Previsível

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Para pensar:
"Você não pode fazer nada a respeito do quão longa será sua vida, mas pode fazer sobre sua largura e sua profundidade.”
H.L. Mencken

Para refletir:
“A ave que se habitua com a paisagem rasteira, perde o gosto pela altura.”
Provérbio indiano

Previsível

Para pensar:
"Você não pode fazer nada a respeito do quão longa será sua vida, mas pode fazer sobre sua largura e sua profundidade.”
H.L. Mencken

Para refletir:
“A ave que se habitua com a paisagem rasteira, perde o gosto pela altura.”
Provérbio indiano

Previsível

Conforme alguns já anteviam, a Procuradoria-Geral do Município se recusou, na tarde de quarta-feira, 15, ao receber cópia do ofício 29/2020 da Comissão de Finanças, Orçamento, Tributação e Planejamento, mantendo sua postura de aproveitar toda e qualquer oportunidade de atrasar a apreciação das contas da Prefeitura de Nova Friburgo relativas a 2018.

Está no seu direito?

Sim, está.

É uma postura digna?

Bom, aí cabe a cada um avaliar.

Útil

Em meio a tudo que poderia ser dito sobre o atual comando da PGM, talvez o predicado mais negativo seja reconhecer que ela está alinhada e em perfeita harmonia com o atual governo municipal.

A pressão pela mudança de comando, por sinal, se deu exatamente em busca disso, como ademais também ocorreu na Secretaria de Infraestrutura e Logística.

O tempo provou que o perfil valorizado pela atual administração é muito específico, a partir de uma interpretação bastante própria do termo “cargo de confiança”.

Descrédito (1)

Criticar tal postura, todavia, seria chover no molhado, não fosse por um exemplo bastante concreto e sintomático que nos foi dado por muitas vozes na quarta-feira, 15.

Veja o leitor que o grau de confiança na atual gestão municipal é tão frágil, que bastou um dia um pouco diferente para que começassem a circular boatos de que estaria em curso uma articulação para levantar fundos destinados ao comércio de votos ou sentenças.

E que, a partir de tal movimentação, o destino das contas poderia ser alterado, no plenário ou fora dele.

Descrédito (2)

Tal teoria - que carece de materialidade e a coluna evidentemente não chancela - não circulou fora dos muros da Prefeitura, mas dentro deles.

E não foi ecoada apenas por servidores insatisfeitos, mas também em médios escalões, onde, em teoria, informações privilegiadas deveriam circular.

A coluna evidentemente se posiciona contra toda e qualquer informação leviana e inverídica - e é disso que se trata, até se prove o contrário -, mas lamenta que o atual nível de descrédito do Palácio Barão de Nova Friburgo, e também de um bom punhado de vereadores, tenha sim muitas razões para ser justificado.

Desigualdade

O leitor sabe bem que a Prefeitura Municipal é, de longe, o maior empregador em Nova Friburgo.

Infelizmente, contudo, as condições oferecidas a grande parte desse funcionalismo estão longe de serem justas.

De fato, tem muita gente que se mata de trabalhar para receber, ao fim de cada mês, um salário mínimo, ou pouco mais que isso.

Pessoas que geralmente pagam aluguel, e levam uma vida muito, muito apertada.

Faz tempo

Sendo muito franco, essa é uma situação que diz mal, em maior ou menor grau, de todas as gestões recentes, e que se torna ainda mais aviltante quando se observa a diferença de tratamento reservada a indicações de natureza política, a partir de critérios raramente técnicos.

Em campanha todos dizem que isso vai mudar, mas na prática tudo se mantém, quando não se acentua.

Justiça

Todavia, não apenas pelo devido respeito a quem de fato carrega o piano da administração municipal, mas também pelo próprio impacto que a prefeitura desempenha - ou precisa desempenhar - na economia friburguense, sobretudo no contexto de retração econômica que temos pela frente, é crucial que a distribuição de valores dentro da folha de pagamento seja menos discrepante, e que isso mude sem demora.

Que tal?

Ao próximo prefeito, portanto, a coluna deixa aqui uma sugestão, que não traria qualquer impacto sobre o valor total da folha, mas certamente seria muito benéfica para melhorar a vida de servidores e ampliar a capacidade de consumo de nossa população: encerrar as gratificações, mesmo que temporariamente, e acrescentar a divisão proporcional do valor economizado aos vencimentos dos servidores de carreira, até que eles possam ser aumentados de forma definitiva.

Em especial entre os que ganham menos.

Não é mais tolerável que as GNs sejam utilizadas como moeda de troca.

Avanço (1)

Ainda a esse respeito, a coluna faz questão de registrar uma notícia positiva por parte do governo municipal, que acaba de sancionar e promulgar a lei municipal 4.742 que altera o vencimento base dos agentes comunitários de saúde e de endemias, em adequação ao disciplinado na lei federal 13.708/2018.

O rendimento das categorias, que era de R$ 1.100,33, passará a ser de R$ 1.400.

Avanço (2)

E mais: atendendo a cobrança da Comissão de Finanças, Orçamento, Tributação e Planejamento da Câmara Municipal, o Executivo concordou em realizar o pagamento de maneira retroativa a janeiro de 2019.

O alcance ainda é pequeno, o aumento ainda é restrito, e a motivação da iniciativa foi externa.

Mas, ainda assim, é uma notícia positiva e que merece registro.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Pausa

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Há momentos na vida em que pausas se fazem mais que necessárias, por uma série de motivos. Talvez seja mais interessante projetá-las com estratégia, inteligência e planejamento, compreendendo sua importância. Não sei se as pessoas conseguem. O que vejo com bastante frequência é a pausa forçada. Aquela imposta pela vida, pelas circunstâncias, por fatores externos. Ou mesmo quando o corpo grita, a saúde é prejudicada, as forças se esvaem e aí, não resta outro caminho, senão sentir na pele os sinais e ... parar.

Há momentos na vida em que pausas se fazem mais que necessárias, por uma série de motivos. Talvez seja mais interessante projetá-las com estratégia, inteligência e planejamento, compreendendo sua importância. Não sei se as pessoas conseguem. O que vejo com bastante frequência é a pausa forçada. Aquela imposta pela vida, pelas circunstâncias, por fatores externos. Ou mesmo quando o corpo grita, a saúde é prejudicada, as forças se esvaem e aí, não resta outro caminho, senão sentir na pele os sinais e ... parar.

Recebemos cotidianamente uma avalanche motivacional para seguirmos sempre em frente, haja o que houver, venha o que vier. E por mais que realmente seguir em frente por vezes seja o caminho mais recomendável, percebo que não raras vezes precisamos é de uma pausa efetiva para respirarmos, para nos reconectarmos, para reunirmos forças, renovarmos o repertório, oxigenarmos a mente e darmos consolo ao corpo, muitas vezes tratado com tanta displicência ao longo dos dias de rotina pesada.

Nosso templo precisa de cuidados. E ouso dizer que precisamos priorizá-lo, elevá-lo ao patamar do topo, vertermos nossa atenção, nossas ações, em prol dele, sem o qual simplesmente não temos como seguir adiante. Isso envolve todos os cuidados com nossa saúde física, mental, espiritual... envolve ser presente, respirar com atenção, ler bons livros, pensar em coisas boas, sonhar com um futuro bom, exercitar o corpo, trabalhar com gratidão, amar e ser amado, cuidar das relações e tudo aquilo que é intangível, primordial e que faz a vida ter sentido.

Essa pausa a que me refiro não é o ficar estático. É o respeito ao tempo de florir-se, de não atropelar a si próprio em nome dessa correria desvairada que impõe barulho em nossas vidas. É o saber respeitar limites, dar descanso ao corpo e refrescar a mente de maus pensamentos, de demandas, além da conta e telas coloridas. É o dispersar-se menos com o que não interessa e deixar a mente fluir.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Consciência de consumo

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Os tempos são difíceis, a recessão é uma realidade e o consumo desajustado pode causar sérios danos futuros. A falta de planejamento é o maior problema tecnicamente solucionável no meio financeiro e é lhe auxiliar neste ponto, o objetivo da coluna de hoje. Contudo, vale ressaltar brevemente a relevância do fator psicológico do consumo; quando maus hábitos fazem parte da rotina de consumo, este é um ponto importante a ser considerado.

Os tempos são difíceis, a recessão é uma realidade e o consumo desajustado pode causar sérios danos futuros. A falta de planejamento é o maior problema tecnicamente solucionável no meio financeiro e é lhe auxiliar neste ponto, o objetivo da coluna de hoje. Contudo, vale ressaltar brevemente a relevância do fator psicológico do consumo; quando maus hábitos fazem parte da rotina de consumo, este é um ponto importante a ser considerado.

A profunda – e incrivelmente rápida – crise de 2020 tem deixado rastros marcantes na economia real: o desemprego segue crescendo, alguns projetos de lei cogitam possíveis recontratações (acordadas) com reajuste salarial e, ainda assim, o consumo tem aumentado – principalmente no setor do varejo. Veja, o consumo não é nem de longe um problema primário para a economia; pelo contrário, é importante no processo de superação de crises e uma das formas de tornar isso possível é o controle inflacionário promovido pelo consumo regular – ou incentivado. Todavia, quando o consumidor não tem dinheiro para assumir compromissos os problemas começam a aparecer. Primeiramente dentro de casa, com a crise no orçamento doméstico, e posteriormente com o impacto no mercado de crédito.

Portanto, planeje-se, o consumo inconsciente pode causar danos enormes em tempos como os atuais. E o principal deles é diretamente no seu bolso. Ficam aqui, então, algumas dicas de como estabelecer o consumo saudável no seu cotidiano:
• Compare e estude os preços: saiba o que precisa comprar e comece a ter seu planejamento bem definido; assim você terá tempo para pesquisar preços e, acredite, você vai se surpreender com possibilidade de boas economias.
• Compre o que for comprar: a sua convicção, como consumidor, é o que vai ditar a relação entre o vendedor e você. Caso não queira comprar algo fora do planejado, não compre. Cuidado com as técnicas de vendas.
• Fique atento na internet: lojas virtuais devem receber cuidados especiais, atente-se sempre à veracidade e confiabilidade dos sites; as compras na internet envolvem uma série de riscos que podem ser evitados com conhecimento e um pouco de bom senso. Procure saber se a loja virtual é verídica; desconfie de preços extremamente fora dos valores de mercado; cuidado com a divulgação indevida de seus dados pessoais; e confira o valor do frete.
• Antes de parcelar, faça as contas: parcelamentos parecem ser uma “mão na roda”, mas sem o devido planejamento e estudo do seu orçamento, podem ser a semente do caos nas suas finanças. Lembre-se, no próximo mês virão novos consumos e você não merece viver para pagar boletos.

Educação Financeira não é fundamentada apenas em termos técnicos e complexos, é a rotina de todos que usam dinheiro como ferramenta de aquisição.

Por que comprar o que não é necessário? Pagar juros depois ou poupar antes? Vale a pena pesquisar preços? Só você tem o controle de como gastar seu dinheiro e alocar suas finanças pessoais. Por isso, tome boas decisões. Pense nisso!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.