“Ainda que a figueira não floresça, nem a vinha dê seus frutos, a oliveira não dê mais o seu azeite, nem os campos, a comida; mesmo que faltem as ovelhas nos apriscos e o gado nos currais: mesmo assim eu me alegro no Senhor, exulto em Deus, meu Salvador!” (Hab 3,17-19)
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana

A Voz da Diocese
a voz da diocese
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo.
“E a luz brilha nas trevas, e as trevas não a dominaram” (Jo 1,5).
Esta semana a liturgia da Igreja Católica celebrou o ‘Domingo Gaudete’, conhecido como o Domingo da Alegria. Isto inspirado pelas palavras do apóstolo Paulo na segunda leitura: “Estai sempre alegres!” (1Ts 5,16). É verdade que, à primeira vista, estas palavras nos incomodam profundamente. Questionamentos como: não posso me entristecer? Como ser alegre o tempo todo com tudo isto que está acontecendo ao nosso redor? São apenas alguns dos que vêm em nossa mente.
Seguindo nossa reflexão sobre o Advento – tempo de preparação para o Natal - somos chamados a olhar com atenção e esperança o momento crítico da história que estamos vivendo. Assim como os povos ansiavam a vinda do Messias para libertá-los do poder das trevas e do pecado e de toda opressão, esperamos ansiosos pela celebração do Natal e pela superação da crise mundial gerada pelo coronavírus.
No último domingo, 29 de novembro, iniciou-se o tempo litúrgico do Advento, um momento de espera e preparação para o Natal. A cada ano a liturgia da Igreja nos faz recordar que o Senhor do Tempo entrou no tempo para dar novo significado à história da humanidade, e fez de cada instante porta para a eternidade (cf. YouCat, 184-185).
“A carne mais barata do mercado é a carne negra”. Esta música composta por Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellette, que ganhou espaço na Música Popular Brasileira na voz de Elza Soares, enaltece as qualidades, por muitos ignorada, da população negra na construção deste país. Mas, ao mesmo tempo, denuncia feridas abertas da sociedade brasileira: a desvalorização, o descaso, a falta de respeito, a segregação, o preconceito...
No último domingo, 15, celebramos o Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco há quatro anos. A referida data tem como principal intenção conduzir nossa reflexão e atenção às necessidades dos irmãos menos favorecidos e à nossa responsabilidade na construção de um mundo melhor.
A humanidade anseia ardentemente pela paz. Esta deve ser buscada em cada decisão e ação dos agentes sociais. A Doutrina Social da Igreja adverte que a paz é posta em perigo quando o homem é ferido em sua dignidade e quando a organização social não é orientada em direção ao bem comum, isto é, a construção de uma sociedade pacífica só será possível com a defesa e promoção dos direitos humanos (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 494).
Estamos nos aproximando do final de mais um ano, no itinerário anual o mês de novembro é de uma aura de certeza e esperança. Duas celebrações marcam o início deste mês, a Solenidade de Todos os Santos e a comemoração dos fiéis defuntos, últimos dias 1º e 2.
A proximidade das eleições municipais 2020 e o cenário atual de pandemia no Brasil são um convite para que os fiéis católicos e todas as pessoas de boa vontade façam uma reflexão madura sobre o exercício consciente da sua responsabilidade cristã e cidadã na construção do bem comum.
Como pastores do povo que nos foi confiado por Jesus Cristo, nós, os arcebispos e bispos católicos do Estado do Rio de Janeiro, Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), desejamos oferecer alguns elementos para esta reflexão.