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O que você faz com o sofrimento?

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Nessa vida todos temos lutas, decepções, sofrimento. Saúde mental não é ausência de dores emocionais, como tristeza, angústia, medo. Uma pessoa com saúde mental boa tem em alguns momentos tristeza, sofre angústia, experimenta alguns medos dentro de um contexto de situações provocadoras destes sentimentos dolorosos.

Nessa vida todos temos lutas, decepções, sofrimento. Saúde mental não é ausência de dores emocionais, como tristeza, angústia, medo. Uma pessoa com saúde mental boa tem em alguns momentos tristeza, sofre angústia, experimenta alguns medos dentro de um contexto de situações provocadoras destes sentimentos dolorosos.

Existe o perigo de medicar sentimentos desagradáveis em vez de pensar no significado deles para nossa existência e entender de onde eles vêm. Uma boa parte da população está muito medicada com remédios psiquiátricos. Falta a elaboração consciente do sofrimento. Não é que nunca se deve usar medicamentos psiquiátricos. Porém, muitos querem funcionar bem na vida, no trabalho, na família, e lançam mão de comprimidos, priorizando a busca de melhora emocional neles, porque precisam tocar a vida para a frente e não sabem ainda como fazer isso através de um trabalho de psicoeducação, o qual significa aprender a lidar com suas emoções, especialmente as dolorosas, desagradáveis, que causam dor.

Se você prestar a atenção, verá que provações surgem em sua vida, algumas com o fim de destruir sua pessoa, mas que podem ser encaradas como fonte de amadurecimento. Ajudará muito a mudar o rumo da maneira de lidar com situações dolorosas na sua vida, se você mudar a pergunta: “Por que isso está acontecendo comigo”, para: “O que posso aprender com esta situação dolorosa?”

Experiências traumáticas, um acidente de trânsito, perda financeira, divórcio, conflitos conjugais, morte de pessoa querida, decepção, infidelidade conjugal, perda do emprego, perseguição no trabalho, podem ser usadas por nós para nos fortalecer. Depende do olhar que teremos para com estes traumas, da rede de apoio para lidar com eles, e da intenção consciente de aprender com o sofrimento.

Provações, decepções, vêm sobre todos nós em momentos diferentes da vida, algumas mais devastadoras, outras menos, mas em todas podemos ver que surgem forças para enfrentá-las, mesmo tendo que passar temporariamente por uma depressão ou ansiedade excessiva em qualquer modalidade clínica.

A vida não é fácil. As religiões que prometem vida fácil, cheia de prosperidade material e ausência de sofrimento, nisto pregam falsidade. O Chefe do Cristianismo, Jesus Cristo, disse aos que O seguiriam que eles teriam aflições nessa vida, mas que isto não os deveria desanimar. (João 16:33). Não é justo nem verdadeiro afirmar que seguir Jesus garante sucesso financeiro e ausência de problemas. Não há respostas fáceis para o problema do sofrimento na humanidade, tema estudado por pensadores, filósofos e psicólogos. Sabemos que existe um conflito entre o bem e o mal que afeta todas as dimensões da sociedade e de nossa pessoa. Assim, existe sofrimento mesmo nos mais consagrados e praticantes de boa espiritualidade.

Os sofrimentos de hoje podem servir para nos preparar, nos fortalecer para os que virão mais adiante, e eles virão. Independente e apesar disso, é possível ter serenidade, paz e até alegria pessoal, interior. Depende de onde você colocará sua esperança, depende do seu conceito de significado dessa existência e boa compreensão sobre a guerra espiritual entre o bem e o mal, depende do que você faz com sua dor ou do que você permite que ela faça com você, depende dos recursos psicológicos e espirituais pessoais, além do apoio familiar e social de que você dispõe, e depende de fé de que há um Criador bondoso que está atento aos seus sofrimentos e fazendo o melhor para preservar sua sanidade mental e espiritual e sua vida física.

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Perdoar: esquecer ou lembrar?

quinta-feira, 14 de julho de 2022

O conceito popular de perdão afirma que quem perdoa, esquece. Entretanto, penso que para existir perdão genuíno é preciso primeiro lembrar do que houve para depois esquecer. Como é isso? Vamos pensar.

Alguém feriu você quebrando e prejudicando o bom relacionamento que havia antes. Se já não era bom, piorou. Se você mantiver a raiva pela pessoa, será prejudicial para sua saúde, porque você terá perdido a serenidade. Se fingir que está tudo bem, não será verdade, o que também é ruim para sua saúde.

O conceito popular de perdão afirma que quem perdoa, esquece. Entretanto, penso que para existir perdão genuíno é preciso primeiro lembrar do que houve para depois esquecer. Como é isso? Vamos pensar.

Alguém feriu você quebrando e prejudicando o bom relacionamento que havia antes. Se já não era bom, piorou. Se você mantiver a raiva pela pessoa, será prejudicial para sua saúde, porque você terá perdido a serenidade. Se fingir que está tudo bem, não será verdade, o que também é ruim para sua saúde.

Uma pessoa muito dependente quando ferida pelos outros, pode fingir que está tudo bem porque sente que não pode viver sem a aprovação alheia. Então, ela pode dizer que perdoou, quando mantém a mágoa em seu interior. Joga em baixo do tapete da consciência a percepção da verdade emocional pessoal que diz: “Ainda sinto raiva do que aquela pessoa fez comigo.” Então, para perdoar, ela precisará lembrar primeiro. Lembrar o quê? Do que houve, da dor, da tristeza pelo que ocorreu ao ter sido ferida. E lembrar pode doer e muito. Mas é preciso sentir a dor original para que ela possa ir embora.

Então, quem perdoa, lembra. Lembra, vive a dor, expressa adequadamente seu pesar, chora, dorme mal algumas noites talvez, perde o apetite ou come demais por um tempo, se entristece. Isto é normal e depois passa se ela realmente perdoa.

Um extremo de conduta é ficar focado nas próprias falhas e não viver a dor causada por erros dos outros. É como atacar a si mesmo o tempo todo dizendo: “Por que não pensei antes?”, ou “Por que fui confiar tanto?”, ou “Por que não coloquei limites?”. Outro extremo é focar demais nas formas como tem sido maltratado e usá-las como desculpa para manter um comportamento ruim. Ambos extremos de conduta devido a abusos sofridos, prejudicam a recuperação emocional pessoal. O que ajuda?

“Ser perdoado pelos erros que temos cometido contra outros não nos desculpa de nossas ações nem faz nossas ações corretas. Quando perdoamos outros pelos erros que eles têm cometido contra nós, não os desculpamos pelo que eles têm feito. Simplesmente reconhecemos que temos sido feridos injustamente e entregamos o assunto a Deus.” (The Life Recovery Bible, Tyndale, p.1121).

No processo de perdão genuíno não devemos dizer à pessoa que nos feriu: “Tudo bem!  Não foi nada! Não me importo! Deixa prá lá!”. A verdade é que não está tudo bem, foi algo que machucou, importa sim, doeu. Você pode e deve falar como doeu ou ainda dói para a pessoa, se isto couber, e deixe o fazer justiça nas mãos de Deus.

Viva a dor. Fale dela com alguém confiável. E deixe-a ir embora. Daí você poderá estar pronto para perdoar. Porque ao perdoar você se livrará do fardo da ira, do ressentimento, da mágoa. Estará livre. Readquirirá a serenidade. O resto é com a pessoa e com Deus. Se você perdoar, será também perdoado. Uma vez que não somos perfeitos, todos precisamos de perdão. Será que você merece perder a paz interior por causa dos erros dos outros? Lute para perdoar e esquecer a ofensa.

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Como lidar com pessoa implicante?

sexta-feira, 08 de julho de 2022

 Pessoa implicante é ranzinza, impaciente, impertinente, amolante, provocadora, sempre disposta a contender e discutir ou perturbar a paz das outras pessoas.

 Pessoa implicante é ranzinza, impaciente, impertinente, amolante, provocadora, sempre disposta a contender e discutir ou perturbar a paz das outras pessoas.

O que faz uma pessoa se tornar implicante? São vários fatores. Um deles pode ter relação com problemas com sono. Alguns falam com orgulho que só necessitam de 4 a 5 horas de sono por noite. Não entendem que a pouca quantidade de sono pode produzir irritação. Ao dormirmos nosso do corpo-mente restaura a saúde e recarrega as energias. Sem a devida reparação do bem-estar pela privação do sono, especialmente reparação do sistema nervoso central, pessoas podem se tornar irritáveis e agressivas. Nesses casos a solução é dormir mais tempo.

Outras pessoas ficam implicantes porque podem estar com excesso de cafeína no sangue, originada no café ou em bebidas tipo “cola”. Neste caso faz bem para a saúde reduzir ou eliminar as fontes de ingestão de cafeína. Mulheres na fase da TPM ou SPM (Tensão ou Síndrome Pré-Menstrual) apresentam aumento da irritabilidade podendo se tornar implicantes naqueles dias. A suplementação com ácidos graxos ômega-3 ajuda a reduzir os sintomas da TPM, também o uso do óleo de prímula, praticar atividades físicas ao ar livre e bom sono.

Indivíduos deprimidos e bipolares podem ter fases de irritabilidade. Necessitam orientação do médico psiquiatra para corrigir sintomas destas doenças como a irritabilidade. Outros impertinentes são assim em parte porque copiaram este comportamento do pai ou da mãe e repetem na vida adulta. Nestes casos precisam ser honestas consigo mesmas, admitir que estão repetindo este papel imaturo que aprenderam e lutar para evitar isso. Cada um escolhe seu comportamento.

 Têm indivíduos que são impertinentes não porque quem está ao seu redor é alguém desagradável, mas porque eles não estão bem com eles mesmos e não sabendo lidar com isto, perturbam os outros. Às vezes são impulsivas, só pensam no que fazem depois de fazer, ou nem pensam no seu comportamento implicante e no que ele produz nos seus relacionamentos. São pessoas que querem ser amadas, querem que todos estejam bem com elas, mas elas não ligam o “desconfiômetro” para perceberem que estão sendo impertinentes e que isso afasta os outros delas.

Como lidar com impertinentes? Primeiro, esteja atento aos gatilhos deles. O que dispara neles reações implicantes? Barulho? Muita gente perto? Falar demais? Falar de menos? Evite o que você sabe que favorece o comportamento implicante nelas, pelos menos do que depende de você.

Segundo, não deixe que a implicância dos outros perturbe você. Não traga como algo pessoal contra você. Muitos implicantes são assim porque não estão bem com elas mesmas, e não por falhas suas. Se você responder às implicâncias delas com irritação ou implicância também, as coisas só irão piorar.

 Em terceiro lugar, use bom humor. Responda à implicância com algo engraçado, não para debochar, mas para quebrar a tensão do momento. Se o implicante relaxar com sua brincadeira, todos ganham, se ficar mais irritado, fique calado.

Um bebê ou criança pequenina podem parar com a irritação quando a tocamos ou damos colo. Uma quarta estratégia ao lidar com implicante adulto é tocar a pessoa com carinho, oferecer um abraço. Isto pode desmontar a implicância dela.

Em quinto lugar, talvez o implicante queira conversar, e se você tiver tempo, puder e quiser, puxe um diálogo e deixe que ela fale do que a irrita. Oferecer seu ouvido ao implicante pode cooperar para ele relaxar e parar com a impertinência.

Finalmente, uma sexta atitude ao lidar com o implicante é pensar que algumas destas pessoas continuarão a implicar mesmo que você as trate bem e seja legal com elas. Nestes casos o melhor é se desligar, não entrar em discussão com elas, e ir fazer o que precisa e deixando-as de lado, sem desprezo, mas entendendo que você não precisa perder sua serenidade por causa de alguém que parece não estar interessada em querer cultivar boa amizade e não merece tirar sua paz mental.

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Ser feliz?

quinta-feira, 30 de junho de 2022

A felicidade é um tema para filósofos, dramaturgos, psicólogos, teólogos e para o povo em geral também. A experiência de milhões de pessoas que pensam sobre o assunto ao longo dos séculos mostra que felicidade nessa vida é um processo, depende de coisas simples, são momentos mais do que o tempo todo se considerarmos felicidade como ligada à sentimentos agradáveis.

A felicidade é um tema para filósofos, dramaturgos, psicólogos, teólogos e para o povo em geral também. A experiência de milhões de pessoas que pensam sobre o assunto ao longo dos séculos mostra que felicidade nessa vida é um processo, depende de coisas simples, são momentos mais do que o tempo todo se considerarmos felicidade como ligada à sentimentos agradáveis.

Felicidade é um estado do ser, uma experiência pessoal íntima mental. Nessa existência ela não é ausência de dor emocional, como angústia e tristeza. Primeiro porque todos os seres humanos, nascem com a natureza espiritual contaminada com egoísmo, orgulho, vaidade, inveja, que a Bíblia chama de “natureza pecaminosa”. Nesta natureza espiritual perturbada, existe a angústia. Os filósofos chamam de angústia existencial. Todos a temos, sejam bilionários, religiosos, pessoas de qualquer raça, classe social e econômica. E segundo porque existem conflitos psicológicos às vezes inevitáveis nos relacionamentos e da pessoa com ela mesma, o que prejudica a felicidade plena, impossível de obter nessa vida.

Felicidade, neste sentido de possuirmos uma natureza espiritual contaminada, tem muito que ver com vitórias sobre nossos defeitos de caráter. Você vai vencendo o egoísmo inato e passa a ser altruísta, luta contra a vaidade e vai se tornando mais simples, batalha contra o orgulho e vai conseguindo ser humilde.

Alguém perguntou se é possível aprender a ser feliz. Podemos aprender a ter mais momentos felizes sim. Isto vai depender de como lidamos com nossos pensamentos e sentimentos, e com as escolhas que fazemos. O cultivo de pensamentos como gratidão, valorização das coisas boas que existem e funcionam até agora na sua vida, evitar que pensamentos trágicos e pessimistas permaneçam na mente, é um passo. Outro é lutar contra sentimentos de inveja, ressentimentos, mágoas, e lutar contra a tendência que alguns têm de serem pessoas agressivas verbalmente, buscando no lugar disso a mansidão. Você pode ser feita uma pessoa mansa e ser proativa, determinada, empreendedora. Jesus era manso e extremamente empreendedor para o bem da humanidade.

Alguns argumentam que serão hipócritas se buscarem a felicidade estando sofrendo dificuldades. Um grande passo positivo nessa questão é a pessoa observar se ela tem estado obsessiva na busca de ser feliz. Tem gente que fica obcecado com querer mais um imóvel, mais um milhão de reais na conta do banco, mais um carro diferente e novo, e parece que nada sacia. Entendo que o caminho da felicidade possível nessa existência tem que ver com procurar ser um profissional eficaz e honesto, ser uma dona de casa que faz o melhor pela família, ser um estudante que se esforça para aprender, pensar em como pode fazer para produzir a maior quantidade de bem possível para todos, em vez de cultivar uma mentalidade obsessiva para ganho material, fama e poder social.

Também me perguntaram qual a diferença entre alegria e felicidade? Alegria é um sentimento ligado ao estado de felicidade. É o que você sente quando está feliz naquele momento, naquele dia. Interessante que alegria é descrito pela Bíblia como fruto do Espírito Santo. Esta é uma alegria totalmente diferente de, por exemplo, você ficar contente porque seu time de futebol ganhou uma partida. Esta última é uma alegria superficial, que até pode virar irritação e agressão se na próxima partida seu time perder. Por outro lado, a alegria de origem espiritual genuína, profunda, não gerada pela humanidade, não é fútil.

Numa Bíblia que uso, o salmista do Salmo 43, versículos 3 e 4, diz assim: “Envia a Tua [de Deus] luz e a Tua verdade, para que me guiem e me levem ao Teu santo monte e aos Teus tabernáculos. Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu.” Mas tem um asterisco dizendo para ler uma nota no pé da página onde diz que no original hebraico, o idioma do Antigo Testamento, em vez de “de Deus, que é a minha grande alegria”, está “de Deus que é a alegria da minha alegria”. Interessante, não é? A alegria genuína é uma Pessoa. Então, você precisa ter esta Pessoa para caminhar na vereda da felicidade.

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Perdi o amor, e agora?

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Li um artigo interessante de uma escritora freelancer sobre saúde, psicologia e relacionamentos com o título “Então, você não está mais atraído pelo seu parceiro. E agora?” Vejamos algumas ideias dela e algumas minhas sobre esse tema.

Li um artigo interessante de uma escritora freelancer sobre saúde, psicologia e relacionamentos com o título “Então, você não está mais atraído pelo seu parceiro. E agora?” Vejamos algumas ideias dela e algumas minhas sobre esse tema.

No namoro e noivado é mais fácil você se sentir atraído ou atraída pelo seu parceiro (a). Quando a paixão está na cabeça, existe vontade de estar junto, conversar, compartilhar experiências, sentimentos, ideias. Porém, na medida em que o relacionamento se aprofunda e segue no tempo, e ambos se casam, surge uma rotina e cada um quer ficar na sua zona de conforto emocional. Este tipo de fenômeno é muito comum numa maioria dos casais casados.

Para alguns casais a perda da atração pode ser algo só físico. Mas para outros esta perda atinge algo mais profundo no relacionamento. Daí, para tentar resolver isso comece pensando no que acontecia quando você conheceu seu parceiro, sua parceira pela primeira vez. Provavelmente você sentiu uma atração física e junto disso estava o mistério de conhecer alguém novo. Você imaginou como aquela pessoa seria e tinha interesse em se tornar alguém atraente para ela.

Quando o relacionamento se tornou de longo prazo, o interesse pode ter mudado no sentido de você não mais ficar tão preocupado com o que o outro pensaria de você. Neste caso, você foi deixando de fazer esforços para manter o relacionamento agradável. Possivelmente você foi parando de compartilhar mais experiências novas emocionantes. Isto produziu uma estagnação gerando tédio entre ambos.

Quando surge um primeiro filho aí é que a atração pelo cônjuge pode parecer mais difícil de existir porque vem o sono, o cansaço no cuidado da criança, surgem novas responsabilidades e a vida pode ficar mais corrida. Os filhos também contribuem para roubar a atenção do cônjuge, o que é comum nos casamentos. Porém, é possível recuperar a atração afetiva pelo cônjuge. Veja cinco passos que terapeutas de casais recomendam:

1 - Descubra o por quê – o que fez com que a chama do desejo se apagasse? Será que foi quando vieram os filhos e seu cônjuge começou a priorizá-los em vez de você? Se sente ressentido porque ele/ela deixou de cuidar da aparência? Você tinha imaginado que ele/ela seria um tipo de pessoa e na convivência descobriu ser bem diferente? Houve brigas em que o outro feriu você de forma muito dolorosa o que contribuiu para o afastamento?

2 - Tome a iniciativa – o mais comum é um cônjuge culpar seu companheiro ou companheira de ter causado o afastamento do casal. Mas é importante refletir sobre como você contribuiu para o problema. Não existe casamento em que o problema do casal seja só de um. Se você está se sentindo ressentido por seu parceiro não atender às suas necessidades, você já falou sobre o que quer? O amor não é uma bola mágica que faz o outro saber o que você deseja sem você precisar falar. Fale do que sente falta, mas fale de uma forma não agressiva.

3 - Tente resolver o problema de forma atenciosa – isto significa fazer a sua parte. Mas o diálogo é importante, porque tem coisas que não se resolvem sem uma conversa. Se prepare para a conversa. Se você tem dificuldade de falar, é bom anotar num papel os itens que quer conversar. Ao ter o diálogo, seja honesto e respeitoso. Fale de como você se sente com o que o outro faz e que não lhe agrada.

4 - Faça um plano – após o diálogo monte uma estratégia para os próximos dias e semanas para atuarem juntos a fim de buscarem o interesse mútuo novamente. Pode ser cozinharem juntos, fazer um passeio agradável, irem a um novo restaurante. Ajudará ter momentos de conversa só sobre os dois, em vez de falar de filhos, negócios, trabalho.

5 - Considere ajuda externa – se você tentou o que sabia e podia e não está funcionando, então pense em procurar ajuda com um conselheiro matrimonial de experiência, um terapeuta de casais para ter algumas consultas de orientação.

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Confiança e saúde mental

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Cientistas respeitados no mundo, como Harold Koenig, psiquiatra da Universidade Duke, na Carolina do Norte, John R. Peteet, psiquiatra da Universidade Harvard, Kenneth I. Pargament, professor de psicologia clínica na Universidade Estadual Bowling Green, estudam e pesquisam sobre a conexão entre saúde mental e espiritualidade. Um dos tópicos de estudo é a confiança e mente saudável. Confiar em pessoas confiáveis ajuda a reduzir o estresse. Confiar num Deus bom favorece a saúde mental. O que significa confiar? O que é confiar em Deus de modo que ajude a saúde mental?

Cientistas respeitados no mundo, como Harold Koenig, psiquiatra da Universidade Duke, na Carolina do Norte, John R. Peteet, psiquiatra da Universidade Harvard, Kenneth I. Pargament, professor de psicologia clínica na Universidade Estadual Bowling Green, estudam e pesquisam sobre a conexão entre saúde mental e espiritualidade. Um dos tópicos de estudo é a confiança e mente saudável. Confiar em pessoas confiáveis ajuda a reduzir o estresse. Confiar num Deus bom favorece a saúde mental. O que significa confiar? O que é confiar em Deus de modo que ajude a saúde mental?

Dicionários definem “confiar” assim: colocar algo, alguém ou a si próprio sob a guarda ou os cuidados de pessoa, instituição em quem se tenha confiança; crer, acreditar na verdade das intenções ou das palavras de alguém; entregar alguma coisa a alguém sem receio de perder ou de sofrer dano. Confiar é acreditar na confiabilidade, verdade, habilidade ou força de algo.

Quando se trata de confiar em Deus, isso significa crer em Sua confiabilidade, Sua Palavra, Sua capacidade e Sua força. Muitas décadas atrás existia um consenso social em que a palavra de uma pessoa era lei. Em negócios, por exemplo, quando alguém dava sua palavra dizendo que pagaria certo valor em dinheiro dentro de uma semana pela compra feita, se ele era um indivíduo honesto – “de palavra” – todos acreditavam e o negócio era feito verbalmente.

A corrupção e falta de confiança na palavra das pessoas caiu tanto que mesmo com documentos registrados em cartório praticam-se fraudes. Perdeu-se a confiança na palavra por surgir uma cultura de mentiras, tipo “levar vantagem”. Isto tem que ver, entre outras coisas, com a visão materialista da existência, o que é uma mediocridade.

Mas a Bíblia, o manual de vida dos cristãos, diz que Deus não pode mentir. Deus é de palavra, cumpre Suas promessas. Confiar em Deus significa acreditar no que Ele diz sobre Si mesmo, sobre o mundo visível e invisível, sobre a realidade e sobre cada um de nós.

Confiar em Deus é mais do que sentimento; é escolher ter fé no que Ele diz, mesmo quando seus sentimentos ou circunstâncias querem que você acredite em algo diferente. Confiar não é sentir, não é emoção. Sentimentos são importantes em nossa vida mental e de relacionamentos, mas eles não são confiáveis o suficiente para você basear sua vida neles. Sentimentos podem mudar de um minuto para outro. Assim, confiança não é sentimento, mas a certeza na palavra de alguém, na promessa que alguém fez, no que ela disse que faria e fará por você. Sentimentos ou emoções flutuam como o tempo atmosférico. O céu pode estar azul e com sol, e daqui a uma hora tudo pode mudar, vindo um céu nublado e chuva.

Por outro lado, Deus não muda. Ele é o mesmo ontem, hoje e amanhã. Portanto, Ele é digno de confiança. Confiar em Deus não é ignorar seus sentimentos ou a realidade. Não significa fingir que está tudo bem quando não está. Confiar em Deus, que favorece sua saúde mental, quer dizer viver uma vida de crença e obediência a Deus, mesmo quando a situação está difícil.

Mesmo Sigmund Freud, que veio de uma família judia, mas parece que se tornou ateu, reconheceu que os crentes, ou seja, aqueles que confiam, tem melhores defesas contras certas aflições mentais.

Pense: a confiança em Deus que causa saúde mental não depende do que você sente. Depende de pensar racionalmente no que Ele prometeu fazer em sua vida e crer, sentindo isso ou aquilo. Na confiança está o descanso e a força para enfrentar, provações e sofrimentos. (Veja em Isaías 30:15).

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Café: bom para a saúde?

quinta-feira, 09 de junho de 2022

O café é gostoso. Mas será mesmo saudável? Li um artigo com o título “Xícara de café não tão perfeita”, escrito pela médica dra. Elizabeth Ostring, de Auckland, na Nova Zelândia e publicado em 23 de fevereiro de 2015. Leia o original nesse link: https://adventistreview.org/news/no-so-perfect-cup-of-coffee/

O café é gostoso. Mas será mesmo saudável? Li um artigo com o título “Xícara de café não tão perfeita”, escrito pela médica dra. Elizabeth Ostring, de Auckland, na Nova Zelândia e publicado em 23 de fevereiro de 2015. Leia o original nesse link: https://adventistreview.org/news/no-so-perfect-cup-of-coffee/

Os adventistas do Sétimo Dia têm muita informação sobre saúde, têm mais de 300 hospitais em vários países, várias faculdades de Medicina e de outras áreas das ciências da saúde e muitas universidades no mundo todo. Em seu trabalho educacional eles defendem a alimentação vegetariana, abstinência de bebidas alcoólicas, fumo e outras drogas, recomendam a prática de atividades físicas, uso de água pura em abundância, exposição adequada à luz solar, usar com equilíbrio mesmo os alimentos saudáveis, boa respiração de ar puro, repouso apropriado, convívio o mais possível na natureza e confiança no poder de Deus.

Há alguns anos a revista Geográfica Nacional publicou matéria de capa, mostrando que existem três povos no mundo com maior longevidade: de Okinawa no Japão, Sicilianos na Itália e Adventistas do Sétimo Dia. Uma das recomendações de saúde dos adventistas é evitar o consumo de cafeína, seja em refrigerantes, em chás como o chá mate, chá preto, chá verde, ou no café. Não é uma proibição do uso de cafeína, mas uma recomendação. A dra. Elizabeth diz que por 100 anos os Adventistas do Sétimo Dia se destacaram por apresentarem o que chamavam de “esquisitices sociais” por exemplo, por não fumarem. De décadas para cá a ciência tem provado os malefícios do consumo de tabaco. Não era esquisitice. E a ciência também reconhece que eles estão corretos ao recomendar os benefícios de um estilo de vida sem álcool e sem carne.

Kenneth Kendler, diretor do Instituto Virginia para Genética Psiquiátrica e Comportamental, estudou 3.600 gêmeos. Devido ao uso generalizado da cafeína, é difícil encontrar pessoas suficientes que não usem cafeína para formar a população de pessoas em situação semelhante necessária para comparar com as que usam. Assim, o estudo deste cientista só pôde mostrar o que uma redução no uso de café revelou. Ele descobriu que mais de cinco xícaras de café por dia dobravam o risco de transtornos de personalidade antissocial, ataques de pânico, ansiedade, depressão e uso de maconha, cocaína e álcool. Ele disse que o café é uma substância que “influencia a maneira como você pensa”.

A cafeína em uma “xícara de café” é em geral medida por uma xícara de café tradicionalmente fabricado. Mas a quantidade de cafeína em uma xícara varia bastante. Um estudo dos EUA descobriu que o café de uma cafeteria famosa tinha cerca do dobro do teor de cafeína de outras marcas disponíveis. Além disso, os tamanhos das xícaras de café se expandiram muito. Um grande café desta cafeteria famosa tem cerca de 3,3 vezes o volume de uma xícara de tamanho padrão, assim, apenas uma xícara desta cafeteria pode ter o teor de cafeína de 6,6 xícaras padrão.

A cafeína aumenta a pressão arterial, o colesterol no sangue e a taxa de bebês que nascem mortos, está associada ao aumento de ataques cardíacos em pessoas com uma variante genética específica e aumenta os distúrbios do sono.

Mas e os benefícios de desempenho não valem a pena? A Biblioteca Cochrane, principal coleção mundial de informações médicas baseadas em evidências, conclui que não há evidências de que a cafeína melhore o desempenho físico ou mental. O benefício mais comum apontado para o café é que ele é rico em antioxidantes. Qual a alternativa? Antioxidantes são prevalentes em frutas, vegetais, legumes e nozes, cujo consumo não produz problemas para a saúde como o café.

Conclusão: a cafeína é cada vez mais reconhecida pela comunidade científica como causadora de problemas de saúde. Bebidas cafeinadas não melhoram a qualidade de vida; elas apenas aumentam os custos financeiros e de saúde. Você pode substituir por café de milho, de cevada. É gostoso também e saudável!

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Proteja seus filhos!

quinta-feira, 02 de junho de 2022

Um candidato à presidência do Brasil disse que seu companheiro candidato à vice-presidência, não foi contra o impeachment da ex-presidente do Brasil. A verdade é que este político, que antes atacava fortemente o que agora é seu companheiro de chapa, foi sim contra a permanência no poder executivo federal da ex-presidente.

Um candidato à presidência do Brasil disse que seu companheiro candidato à vice-presidência, não foi contra o impeachment da ex-presidente do Brasil. A verdade é que este político, que antes atacava fortemente o que agora é seu companheiro de chapa, foi sim contra a permanência no poder executivo federal da ex-presidente.

É irritante e triste ver gente de poder na sociedade usar mentira abusiva e cínica e ainda estar bem nas estatísticas. Rollo May, profundo pensador e psicanalista, dizia que a sociedade aprendeu o “cinismo social”, ou seja, acostumar com a violência, a corrupção. A pressão da maldade aumenta dia a dia, ligada aos conflitos de interesses de grandes empresas, políticos, magistrados de qualquer nível e até de donos de igrejas que exploram o povo com falsos milagres e mensagens de prosperidade econômica, totalmente fora dos conceitos bíblicos verdadeiros.

Podemos crer que corruptos furtam para enriquecerem rápida e facilmente e só isso. Mas isto é uma parte do problema. Existe uma agenda ligada ao conceito de “nova ordem mundial” que visa destruir ou perverter os conceitos de vida honesta, de boa conduta moral e ética. A meta é atacar a liberdade e a verdade, em nome de “ecologia”, de “domingo para a família”, “igualdade social”, “acabar com preconceito”, “segurança sanitária”. Tudo isto parece bonito e correto. A verdade é que a guerra entre o bem e o mal, dentro de nós, na sociedade, nas corporações, nos poderes públicos, nas denominações religiosas, nas sociedades secretas, avança e chegará ao clímax em breve, com leis ditatoriais tirando nossa liberdade. Já estamos sentindo o gostinho disso, por exemplo, com o passaporte sanitário.

Há um cinismo materialista no mundo que dá nojo. Olhe o absurdo de ideologias que avançam pressionando negativamente nossos filhos. Uma pessoa disse que um amigo dela ficou preocupado porque o filho não queria ir mais à faculdade. O pai do rapaz achou estranho e conversando com seu filho, este disse que na faculdade ele estava sendo pressionado a ter contato sexual com um homem para, então, definir que ele é heterossexual, caso não gostasse do contato homossexual. O argumento na faculdade é que o rapaz só pode definir que é heterossexual após experimentar um contato gay e ver que não gosta disso.

Veja esta notícia liberada no último dia 25 de maio pela Agência Brasil, do Governo Federal: “Os dados, coletados em 2019, mostram que 94,8% da população adulta, o que equivale a 150,8 milhões de pessoas, identificam-se como heterossexuais, ou seja, têm atração sexual ou afetiva por pessoas do sexo oposto; 1,2%, ou 1,8 milhão, declaram-se homossexual, tem atração por pessoas do mesmo sexo ou gênero; e, 0,7%, ou 1,1 milhão, declara-se bissexual, tem atração por mais de um gênero ou sexo binário.” Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2022-05/ibge-divulga-levantamento-sobre-homossexuais-e-bissexuais-no-brasil

A pesquisa mostrou que quase 95% da população brasileira é heterossexual. Mas a agenda gay quer enfiar pela goela da sociedade seus pensamentos, preferências sexuais, ideologias sem base científica. Você precisa proteger seus filhos contra isso. Quando é que a minoria LGBTQ vai respeitar a sociedade, em vez de querer implantar sua agenda nas escolas, faculdades e até igrejas? Querem viver suas preferências sexuais? Vivam. Vocês têm liberdade para isso e que deve ser respeitada. Mas vocês não têm o direito de forçar sua agenda sobre a sociedade.

Ficar tocando na mesma tecla de serem vítimas de preconceito pode ser uma desculpa para forçar conceitos sobre sexualidade humana se tornarem oficiais, mesmo não tendo comprovação científica nenhuma. Se o candidato à presidência, que mais uma vez mentiu cinicamente sobre seu companheiro de chapa, ganhar as eleições, entre outros problemas de liberdade, as crianças e jovens do Brasil estarão em maior perigo de serem influenciados pela agenda gay, pela falta de respeito deste grupo e pelas perversões político-filosóficas que serão implantadas no país. Porém, o mau não vencerá ao final. Pense bem povo. Proteja seus filhos.

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Dormir até tarde é coisa de preguiçoso?

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Depende. Pode ser. Pode ser sintoma da depressão (falta de energia para levantar). Ou algo ligado a um hábito que moldou um biorritmo na pessoa, ou uma necessidade para quem trabalha de noite. Ou algo prazeroso para se fazer num feriado, ou dia de folga, quando se sente satisfação em ficar na cama lendo, pensando e cochilando.

Depende. Pode ser. Pode ser sintoma da depressão (falta de energia para levantar). Ou algo ligado a um hábito que moldou um biorritmo na pessoa, ou uma necessidade para quem trabalha de noite. Ou algo prazeroso para se fazer num feriado, ou dia de folga, quando se sente satisfação em ficar na cama lendo, pensando e cochilando.

A necessidade de sono varia de pessoa para pessoa. Uns funcionam bem com cinco horas de sono por noite, outros sentem que precisam de dez horas. Alguns rendem bem na parte da manhã, outros na parte da tarde e da noite. Há indivíduos que lutam com um mau humor matutino, uma espécie de falta de energia ao acordarem pela manhã, energia esta que aparece bem mais tarde de maneira normal.

As crianças que sofreram abusos verbais e físicos ao acordarem pela manhã, praticados por adultos que cuidavam delas, não entendem bem o que há com elas, ficando na dúvida se serão pessoas preguiçosas ou não já que podem ter desenvolvido um desânimo matutino como consequência dos ataques verbais sofridos na infância. Elas não precisam desenvolver depressão para terem esta apatia matutina, porque muitas conseguem na parte da tarde e da noite produzir bem.

Se você gosta de dormir até tarde não se critique com isso usando como modelo de sanidade social o padrão de acordar cedo como sendo o único saudável. Pode até não ser saudável, por exemplo, em pessoas com Transtorno Afetivo Bipolar tipo 2 quando na Fase Hipomaníaca (euforia menos acentuada), dormem muito pouco, levantam muito cedo com um “gás” total, agitam, fazem um monte de coisas ao mesmo tempo, podem trabalhar 15 horas sem parar e continuar com energia, fazem transações comerciais ou outras desregradamente (comprando o que não pode etc.) mas isto devido à alterações de neurotransmissores que promovem o TAB na Fase Maníaca.

Outros acordam cedo, mas canalizam toda uma ansiedade no trabalho, ou seja, o pique para o trabalho cedo pode ser para algumas pessoas uma forma de jogar para dentro do inconsciente emoções difíceis de serem expressadas e experimentadas. Isto ocorre muito com o chamado “workaholic”, ou compulsivo para o trabalho. E também, claro, há a pessoa normal que gosta de acordar cedo, e ir trabalhar, ou caminhar, ou ler, meditar vendo a natureza.

Maria Regina Yazbek, tinha 23 anos de idade quando assumiu a empresa dos pais administrando-a, após alguns cursos de preparação. A empresa – Movicarga – fundada em 1973 por seus pais, sob o comando dela, enfrentando preconceitos de funcionários, clientes e fornecedores no início, teve o número de funcionários saltado de 15 para mil, sendo que o faturamento anual da empresa passou na ocasião sob a gestão dela de US$ 600 mil para US$ 20 milhões, sendo uma empresa líder em movimentação de cargas e uma das grandes do setor de logística industrial do Brasil. Ela conseguiu contratos com a Fórmula 1 no Brasil, e com logística em shows como o de Madonna, Michael Jackson, Rock in Rio. Numa entrevista da www.catho.com.br, na seção Carreira & Sucesso, edição 222, quando perguntado a ela qual o seu sonho de consumo, ela respondeu: dormir até tarde. 

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Tem dor nessa vida

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Dr. Scott Peck, famoso psiquiatra norte-americano começa seu best-seller “Road Less Travelled” (A Trilha Menos Percorrida) com “A vida é difícil.”. No centro da filosofia budista encontramos a afirmação de que “viver é sofrer”. Jesus disse que “no mundo tereis aflições”. Melody Beattie escreveu: “A vida machuca” (“Pare de se maltratar”, 2003, Record). Quando uma pessoa morre é comum dizer-se: “Descansou.” Ora, afinal, a vida é boa ou não? Talvez tenhamos que fazer outra pergunta: Qual vida? Ou ainda, de que pessoa? E mesmo assim, em que momento?

Dr. Scott Peck, famoso psiquiatra norte-americano começa seu best-seller “Road Less Travelled” (A Trilha Menos Percorrida) com “A vida é difícil.”. No centro da filosofia budista encontramos a afirmação de que “viver é sofrer”. Jesus disse que “no mundo tereis aflições”. Melody Beattie escreveu: “A vida machuca” (“Pare de se maltratar”, 2003, Record). Quando uma pessoa morre é comum dizer-se: “Descansou.” Ora, afinal, a vida é boa ou não? Talvez tenhamos que fazer outra pergunta: Qual vida? Ou ainda, de que pessoa? E mesmo assim, em que momento?

Outro dia percebi que havia ao mesmo tempo sol, uma chuva fininha, uma corrente de ar quente que passou por meu carro, e mais adiante um ar frio. A vida parece ser assim, sem previsões, e parece que a imprevisibilidade esta cada vez maior em tudo, nas decisões judiciais, numa eleição política, no tempo atmosférico, numa relação conjugal.

A vida, aquilo que mantém eu e você vivos é algo maravilhoso, sem dúvida. Olha um cadáver. Inerte. Sem circulação. Sem cor na pele. Sem vida. Onde está a vida que o fazia se movimentar segundos antes da morte? Onde está aquela energia que movia o corpo e a mente? A Bíblia diz que está com Deus, a Fonte da vida (veja Eclesiastes 12:7). Neste sentido, a vida, como energia que nos faz estar vivos agora é maravilhosa! Não temos controle sobre ela. Não podemos dizer a ela: “Fica aqui em meu corpo mais 50 anos!” e ela ficar. Podemos antecipar seu desaparecimento, mas não temos poder para esticar sua permanência mais do que está proposto.

E como é a vida no sentido de como vivemos, de como decidimos ou não decidimos as coisas, de como nos relacionamos uns com os outros, e de como sentimos nossos sentimentos, como pensamos? É boa ou ruim? Feliz ou infeliz? Depende.

Você pode um dia estar se sentindo muito bem. Pode estar sereno, em paz, e pensar: “Puxa, quando é que isso (essa sensação) vai embora?” “Por que não fica assim sempre?” Mas aprendendo a viver um dia de cada vez, uma emoção de cada vez, então você pode deixar aquele pensamento de lado, e curtir o momento agradável. O que é bom passa, mas o que é desagradável também passa. Vem o sol, depois vem a chuva, depois vem o mormaço, em seguida uma neblina, depois um pouco de frio, em seguida o céu azul e o sol esquenta. Tudo imprevisível, assim é nossa vida.

As palavras “sempre” ou “nunca” são perigosas. Nunca sabemos o que virá. Nunca disse para um paciente meu “Você vai ter que usar este medicamento o resto de sua vida!” Por que não dizia isso? Por que não tinha e não tenho condições de afirmar tal coisa. Muitas coisas fantásticas podem ocorrer na vida de uma pessoa em termos terapêuticos ou curativos que nunca imaginaríamos ser possível pela Medicina convencional. Por isso, no máximo, posso afirmar: “Pode ser que você vá precisar usar isto por muito tempo. Mas, vamos ver o que ocorrerá no futuro.”

A vida dói porque vêm dores de fora e de dentro de nós. Dores emocionais, dores físicas, de perda, de abusos, de maldades feitas contra a gente, ou que fazemos contra pessoas. Deus fez os seres humanos bons e equilibrados, mas nós criamos muitas complicações. A vida é bela, mas temos dores. Saúde mental não é ausência de tristeza, ansiedade, medo, mas é não se apavorar quando sentir isto, é ter paciência consigo mesmo quando sentir isso, e aguentar estas emoções desagradáveis até que elas passem sem se drogar com qualquer coisa. E ter esperança de melhora e recuperação.

 

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