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Existem pessoas mais fortes mentalmente que outras?

quinta-feira, 06 de janeiro de 2022

Por que diante de traumas semelhantes algumas pessoas reagem de forma diferente? O que faz com que numa família um filho reaja de forma positiva ao enfrentar um evento estressor, enquanto que outro filho da mesma família reage com pessimismo? Assim, um vai ser bem sucedido da vida e o outro não. Os chamados “fortes” persistem em seus objetivos, se recuperam de um fracasso sem muita dificuldade, mudam de emprego quando querem e conseguem se dar bem sempre. Como conseguem isto?

Por que diante de traumas semelhantes algumas pessoas reagem de forma diferente? O que faz com que numa família um filho reaja de forma positiva ao enfrentar um evento estressor, enquanto que outro filho da mesma família reage com pessimismo? Assim, um vai ser bem sucedido da vida e o outro não. Os chamados “fortes” persistem em seus objetivos, se recuperam de um fracasso sem muita dificuldade, mudam de emprego quando querem e conseguem se dar bem sempre. Como conseguem isto?

É verdade que atendi muita gente em meu consultório que foram fortes a vida toda, com sucesso profissional e econômico, mas que em algum momento, em geral após os 60 anos de idade, apresentaram tristeza, angústia consciente que as perturbaram e, atônitas, se perguntavam: o que é isso? Como haviam sido sempre fortes na vida, agora estavam se estranhando ao se sentirem fracas.

Vejam alguns fatores que explicam, em parte, a razão pela qual alguns podem ser mentalmente mais fortes: 1 - Estas pessoas têm genes que lhes dão melhor vantagem no enfrentamento de situações difíceis na vida. Ou seja, do ponto de vista físico, biológico, neuroquímico, alguns são realmente mais fortes, mais resistentes, nascem com vantagem genética. Outros nascem com herança genética com maior probabilidade de desenvolverem certas doenças mentais e físicas e com menos chance de serem fortes na vida. Injusto? Mas é importante considerar que pessoas que lutaram talvez a vida toda com algum sofrimento mental foram úteis à sociedade, produzindo algo que serviu e serve aos seres humanos, seja na literatura, no mundo científico, na tecnologia etc.

Outro fator que favorece algumas pessoas serem mais fortes na vida tem que ver com o fato de: 2 - terem tido experiências de vida diferentes. Especialmente as experiências que mais influenciam nosso comportamento adulto estão ligadas ao que vivemos na infância. Alguns tiveram uma infância traumática e mesmo assim alguns saíram dela com atitude mental forte, enquanto que outros seguiram na vida com dificuldade. Parece que o mais importante é o que fazemos com o sofrimento e não a presença do sofrimento em si. Mas a pergunta sem resposta científica é o que faz com que alguns reajam positivamente e outros de forma negativa diante dos mesmos traumas?

Um terceiro ponto dos fortes é que: 3 - eles têm uma personalidade diferente. Alguns nascem com personalidade atraente e positiva que abrem portas para bons relacionamentos e aproveitamento de oportunidades. Alguns são carismáticos. Mas aqui cabe uma observação: muita gente rica materialmente, aplaudidas pela fortuna que acumularam, foram ou são pessoas de difícil relacionamento, autoritárias, não é mesmo? Qual a vantagem para elas, afinal?

Em quarto lugar, as pessoas fortes na vida: 4 - têm um ambiente mais saudável. Se você vive cercado de pessoas tóxicas, fica mais difícil. Pessoas mentalmente fortes criam ambientes saudáveis para si mesmas, embora isso não seja fácil.

Finalmente, pessoas mentalmente fortes: 5 - se esforçam mais. Elas dedicam tempo e energia para aprender, crescer e enfrentar desafios. Mas pense que assim como não há um único tipo de treinamento para adquirir força física, a força mental também deve ser personalizada. O que funciona para uma pessoa pode não ser eficaz para outra. Fortes enfrentam o medo, em vez de recuar e buscam aprimorar seus conhecimentos, mantendo mente aberta para aprender.

Para ter força mental a meta não deve ser competir para querer ser mais forte do que outra pessoa. Em vez disso, concentre-se em se tornar um pouco mais forte hoje do que ontem. E não confunda ser forte com agir com força. A verdadeira força tem que ver com reconhecer suas fraquezas, pedir ajuda e trabalhar para se tornar melhor.

Fonte: Amy Morin, www.psychologytoday.com, 15/10/2021.

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Como desejar Feliz Ano Novo?

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Evito assistir os noticiários na TV por existir conflitos de interesses nas notícias. Hoje (27 dezembro, quando redigi esta coluna) numa rede de TV famosa falou-se que a vacinação em crianças contra a Covid-19 é segura. O apresentador fez uma infeliz e errada comparação sobre a diminuição de problemas de saúde no Brasil em crianças por causa de vacinas aplicadas já há muitos anos, dizendo que com a vacina da Covid-19 ocorrerá o mesmo, ou seja, trará benefícios para crianças.

Evito assistir os noticiários na TV por existir conflitos de interesses nas notícias. Hoje (27 dezembro, quando redigi esta coluna) numa rede de TV famosa falou-se que a vacinação em crianças contra a Covid-19 é segura. O apresentador fez uma infeliz e errada comparação sobre a diminuição de problemas de saúde no Brasil em crianças por causa de vacinas aplicadas já há muitos anos, dizendo que com a vacina da Covid-19 ocorrerá o mesmo, ou seja, trará benefícios para crianças.

A verdade é que as vacinas infantis antigas tiveram um longo período de pesquisas antes de serem liberadas, e a da Covid-19 é ainda experimental. Por isso não é cientificamente correto fazer tal comparação. Quando um noticiário (jornal, TV, rádio, revista, web) mostra só um lado da questão, em relação à Covid-19 ou outro assunto, fica a presença da parcialidade da empresa de comunicação. No noticiário citado acima ficou claro que a maneira como anunciaram o tema da vacinação de crianças com o imunizante Pfizer tinha conotação política e não científica. Foi mais um ataque ao presidente da República.

O que seria correto, ético e sem conflitos de interesses neste contexto de vacinação de crianças contra a Covid-19? Seria mostrar ao público estudos variados sobre esta vacina, os que falam de possíveis benefícios e os que falam dos perigos para a saúde das crianças se forem expostas a uma vacina ainda em fase experimental.

Poderosos laboratórios farmacêuticos premiam com altos honorários cientistas que se vendem aos interesses capitalistas desta indústria. Canais de comunicação deixam a ciência de lado (ainda que a citam) para fazerem o sujo jogo político, manipulando a informação para fins partidários e econômicos, com uma roupagem científica comprometida. Isto ilude a população brasileira que só obtém informações por estes canais de TV cheios de conflitos de interesses de poder.

A carta-divulgação da Anvisa (de 20/12/2021) comentou que a decisão de vacinar pessoas entre 5 e 11 anos de idade está baseada em trabalhos realizados pela Pfizer, quando, na verdade, para aumentar a confiabilidade, seria preciso considerar pesquisas de grupos independentes, sem conflitos de interesses. Por causa de disputas políticas visando o poder, a divulgação científica imparcial feita pela mídia é deixada de lado, e a população que se dane.

Por que os principais telejornais do país não mostram os dois lados da ciência sobre a vacina da Covid-19 para o público ser informado e tomar sua decisão pessoal? Não sou contra a vacina da Covid-19, mas sim contra a vacinação indiscriminada e em crianças (por enquanto), e contra o passaporte sanitário que não tem base científica nenhuma, sendo um instrumento de controle político com fins econômicos egocêntricos.

Como dizer “feliz ano novo” num contexto social de manipulação de informação, conflitos de interesses, corrupção descarada, e ataque aos líderes governantes que querem o bem da nação, preservação da família, da ética e da boa moral?

Dr. José Augusto Nasser, médico e neurocientista, formado em Biologia Molecular na Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, um dos centros mais importantes sobre o estudo de contaminação viral do mundo, afirmou numa audiência pública no plenário do CLDF em Brasília em 8/12/2021: “Quem falou que [vacinas da Covid-19] são seguras?” Ele mesmo responde: “As agências (FDA, Anvisa etc.).” E pergunta: “Quem patrocinou os estudos que foram para as agências?” E responde: “As indústrias farmacêuticas!” E complementa: “Como vão dizer que isto não é seguro, se são elas que patrocinam os estudos?” E terminou sua fala dizendo: “Não vacinem suas crianças. Protejam suas crianças. Sejam corajosos para protegerem suas crianças. As crianças têm timo [glândula no peito especializada em defesa imunológica], as crianças têm imunidade natural. As crianças não precisam de algo que é muito, muito pior do que a doença.”

Desejo um Ano Novo com notícias verdadeiras na mídia, sem conflito de interesses. Mas sei que isso não se tornará realidade porque a maldade avança velozmente no mundo. Interesses de poder e econômicos estão tirando nossa liberdade. Então, desejo que você se proteja no Novo Ano com a verdade.

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Podemos aprender com o Natal

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Por que podemos ser duros em aprender coisas importantes na vida? Por que muitas vezes temos que sofrer bastante para aprender? Por que mesmo sofrendo com uma atitude que praticamos, voltamos a fazer a mesma coisa? Não há uma resposta única e simples para questões como essas. 

Por que podemos ser duros em aprender coisas importantes na vida? Por que muitas vezes temos que sofrer bastante para aprender? Por que mesmo sofrendo com uma atitude que praticamos, voltamos a fazer a mesma coisa? Não há uma resposta única e simples para questões como essas. 

Dr. Scott Peck, psiquiatra norte-americano, inicia seu livro chamado “A Trilha Menos Percorrida” com a frase: “A vida é difícil.” A filosofia budista afirma que “viver é sofrer”. Jesus disse que “no mundo tereis aflições”. Melody Beattie autora de livros sobre codependência afetiva, escreveu: “A vida machuca”. Afinal, a vida é boa ou não? Para responder esta questão, talvez tenhamos que fazer outras perguntas: Qual vida? De que pessoa? O que você chama de “vida”?

A vida dói porque surgem dores fora e dentro de nós. Dores emocionais, físicas, da alma, de perdas, de maldades contra a gente, ou as que fazemos contra as pessoas. O sábio rei Salomão escreveu que: “Deus fez os seres humanos bons e equilibrados, mas nós criamos muitas complicações.” (Eclesiastes 7:29). Não sei em que classe de seres humanos hoje em dia não encontramos corrupção. Tem corrupção até em CPI que investiga corrupção! A vida é cheia de muita injustiça social, muito abuso perverso e egoísta do poder. E isso dói. Faz a vida doer mais do que precisaria.

O Natal sob o ponto de vista cristão, fala de nascimento de esperança de justiça. No Natal nasceu a Justiça em Pessoa, que viveu vida justa, sempre voltado para aliviar o sofrimento das pessoas. Um modelo máximo e perfeito de ser humano saudável.

O Natal nos ensina a evitar praticar os mesmos erros e nos machucar, ferindo outras pessoas. Você só pode ser feliz ajudando os outros, sem conflitos de interesses. Conflitos de interesses significa você fazer algo na vida, em sua profissão, no exercício de cargos sociais, políticos, empresariais, até eclesiásticos, tendo participações de poder e ganhos materiais, ferindo a justiça, a lisura.

Podemos aprender com o Natal no sentido da espiritualidade. A pandemia da Covid-19 tocou em muitas pessoas no mundo todo no sentido de passar a terem interesse no crescimento espiritual e não continuarem na obsessão pelo crescimento econômico. Cientistas como Harold Koenig (Duke University), John R. Peteet (Harvard University), Kenneth Pargment (Bowling Green State University) têm trazido informações científicas importantes para nossa saúde física e mental relacionadas com a prática da religião e espiritualidade.

Vem coisa pior do que a pandemia da Covid-19 pela frente. Haverá “angústia entre as nações” (Lucas 21:25) mais do que já existe hoje em países com muito sofrimento. O que vai sustentar você? Não será poder econômico, nem político, ou seu status social, sua fama, nem a arrogância e prepotência de alguns. Será o Natal. Podemos aprender a ter força para sobreviver com o Natal. Bom Natal!

 

 

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Passaporte sanitário: conflitos de interesses

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Em 20 de novembro de 2021 a The Lancet, uma das revistas médicas top no mundo, publicou um artigo com o título: “Covid-19: estigmatizar os não vacinados não se justifica”. Estamos perdendo a liberdade social? Em função de que agenda? Quem controla esta agenda de controle mundial?

Em 20 de novembro de 2021 a The Lancet, uma das revistas médicas top no mundo, publicou um artigo com o título: “Covid-19: estigmatizar os não vacinados não se justifica”. Estamos perdendo a liberdade social? Em função de que agenda? Quem controla esta agenda de controle mundial?

O autor desse artigo, Günter Kampf, professor da University Medicine Greifswald, Institute for Hygiene and Environmental Medicine, na Alemanha, declarou não ter nenhum conflito de interesse como cientista. No artigo, ele comenta que nos Estados Unidos e na Alemanha, oficiais do governo têm usado o termo “não-vacinados” afirmando que eles ameaçam os vacinados para Covid-19.

Porém, o dr. Kampf explica que existe evidência de que pessoas vacinadas continuam a ter importante papel na transmissão do vírus da Covid-19. Segundo ele, em Massachusetts, nos Estados Unidos, um total de 469 novos casos de Covid-19 foram detectados durante vários eventos em julho de 2021, e 346 (74%) destes casos foram em pessoas que foram totalmente ou parcialmente vacinadas, sendo que 274 (79%) estavam sem sintomas e os vacinados mostraram carga viral alta.

Segundo o dr. Kampf, nos Estados Unidos, um total de 10.262 casos de Covid-19 foram relatados e os vacinados em 30 de abril de 2021, dos quais 2.725 (26,6%) estavam sem sintomas, 995 (9,7%) foram hospitalizados e 160 (1,6%) morreram. Na Alemanha 55,4% dos casos sintomáticos de Covid-19 em pacientes com 60 anos de idade ou mais ocorreram nos totalmente vacinados, e esta proporção está aumentando. Dr. Kampf diz que na cidade alemã Münster, novos casos de Covid-19 ocorreram em pelo menos 85 (22%) de 380 pessoas completamente vacinadas ou que tiveram recuperação da doença e que foram a uma boate.

Estudos mostram que os vacinados para Covid-19 têm menor risco de desenvolverem a doença de forma grave, mas possuem um papel relevante na pandemia. O professor Günter Kampf explica que tanto os Estados Unidos quanto a Alemanha historicamente têm tido experiências negativas com estigmatizar parte da população devido à sua cor de pele ou religião. Ele faz um apelo aos altos funcionários do governo e cientistas para pararem com a estigmatização de não vacinados, fazendo um esforço para unir a sociedade.

Mas é possível unir a sociedade com tantos conflitos de interesses no meio político, empresarial e até científico para o controle da população? Você sabe a razão desse controle? Um colega médico disse: “Toda a população deveria ser informada sobre vantagens e possíveis riscos de receber a vacina experimental da Covid-19 para tomar a decisão de maneira completamente responsável.” Concordo.

O Papa Francisco disse que vacinar é um ato de amor. Mas praticar amor forçado pode ser estupro. Forçar pessoas a terem que tomar a vacina e apresentarem um passaporte sanitário ou comprovantes de vacinação para entrar em qualquer lugar, é ilógico já que os vacinados com todas as doses podem transmitir a Covid-19. Este passaporte sanitário da Covid-19 serve para controle da população para cumprir uma agenda materialista que interessa aos donos do poder econômico, além de ter raízes em coagir e forçar as pessoas, tirando delas a liberdade de escolha.

Tem ocorrido em alguns países (Austrália, por exemplo) até violência praticada por forças de segurança do governo contra os que pacificamente defendem, por exemplo, não vacinar crianças. Aliás, a OMS – Organização Mundial da Saúde diz para não se vacinar crianças com as vacinas experimentais da Covid-19. A discriminação, perseguição e perda da liberdade em países chamados livres está avançando no mundo, primeiro com a questão da vacina, depois... vamos ver. Sabe para que finalidade estão tirando a liberdade do povo com a coerção vacinal?

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Você foge da angústia?

quinta-feira, 09 de dezembro de 2021

Davi, ex-pastor de ovelhas se tornou rei em Israel nos tempos do Antigo Testamento e fez muita besteira, conforme nos relata a Bíblia. Pregadores dizem que Davi, sendo adúltero e assassino, era um homem segundo o coração de Deus. Mas a verdade é que ele se tornou um homem segundo o coração de Deus depois que se arrependeu profundamente de seus pecados, especialmente do adultério e homicídio.

Davi, ex-pastor de ovelhas se tornou rei em Israel nos tempos do Antigo Testamento e fez muita besteira, conforme nos relata a Bíblia. Pregadores dizem que Davi, sendo adúltero e assassino, era um homem segundo o coração de Deus. Mas a verdade é que ele se tornou um homem segundo o coração de Deus depois que se arrependeu profundamente de seus pecados, especialmente do adultério e homicídio.

A Bíblia mostra a verdade da história humana sem botar panos quentes em ninguém. Davi foi levado pela emoção, sensualidade, e de forma abusiva quis ter a esposa de um dos chefes de seu exército, chamado Urias. Ele mandou que colocassem este militar fiel ao rei Davi na frente da batalha e o deixassem só para ser ferido pelos inimigos. Com isso, Urias foi morto na batalha. Foi uma covardia de Davi e dos comandados dele que executaram esta ordem.

Davi queria ficar com a mulher de Urias, como ficou. Ele adulterou e assassinou um de seus líderes militares. Não pensou mais no assunto. Fugiu para a negação, para o autoengano. Muitos fogem para uma atitude mental de inconsciência da culpa, do jeito cruel e desagradável de ser. Será que fugir de si mesmo é a pior fuga?

O profeta Natã, então, enviado por Deus, foi ter com Davi e contou a ele uma parábola que retratava a injustiça. Quando Davi ouviu o relato, imediatamente disse que o personagem injusto deveria ser punido. Natã, então, disse que ele, Davi, era o homem injusto por ter tomado a mulher de Urias e mandado matá-lo. De repente a ficha caiu, Davi saiu da negação, e admitiu seus erros.

É difícil certas pessoas admitirem seus erros de comportamento se você falar com elas diretamente sobre isso. Podem ser autoritárias, mandonas, prepotentes, arrogantes. Difícil conviver com pessoas assim que, como Davi, ficam na negação o tempo todo, sempre dando desculpa pelo seu comportamento abusivo.

Alguns não sentem angústia porque possuem uma fortaleza do ego e boa capacidade de manejar suas emoções. Mas uma pessoa com estrutura emocional empobrecida, ou alienada pode não reclamar de angústia. Outro tipo de pessoa que parece não ter angústia consciente é aquela com falta de auto-observação. Podem ser muito defensivas, que não se abrem, se acham poderosas, seja porque possuem dinheiro, algum cargo político, empresarial ou social de relevância, ou porque são encharcadas de sentimentos e com isso acreditam que esbanjam amor. O amor maduro envolve o sentimento, mas o sentimento não é, sozinho, o amor.

Por que pessoas negam ter problemas de comportamento? Por que não se auto-observam e admitem seu jeito desagradável? Talvez porque não querem encontrar sua própria angústia. Uma maneira de fugir de pensar na sua angústia é criticar os outros, querer controlar os outros e ter atitude mandona.

Não sente angústia quem sofre de importante diminuição do seu sentido moral. Corruptos são assim. Uns parecem ter transtorno de personalidade por faltar remorso, sentimento de culpa verdadeira e arrependimento. Os que dizem não ter angústia, não têm sintomas, mas o jeito de viver, as práticas no dia a dia antiéticas, exploração de pessoas, ganância material, não são sintomas de doença do caráter?

Outra forma de fugir da percepção da angústia tem que ver com doenças psicossomáticas, que são manifestações da angústia no corpo, incluindo doenças autoimunes e outros sintomas sem diagnóstico de doença orgânica.

A ausência da percepção de angústia é o mesmo que ausência de sintomas? Quem não sente angústia consciente não tem sintomas de sofrimento emocional? Alguns sintomas não são tão evidentes da presença da angústia ou ansiedade excessiva. Exemplos: gaguejar, um tique, a enurese, obesidade, agressividade verbal, consumismo, fissura por sexo, vício em trabalho, entre outros.

Não fuja da angústia. A maneira de resolvê-la é passando por ela, conscientemente. Com isso, entre outras coisas, você se torna menos julgador das pessoas, mais compassivo, e talvez menos agressivo nas palavras em seus relacionamentos.

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Alívio para o perfeccionismo

quinta-feira, 02 de dezembro de 2021

Uma pessoa perfeccionista quer fazer o certo com exagerada preocupação em não falhar em nada. O sábio Rei de Israel, Salomão, disse: “Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?” Isto está em Eclesiastes 7:16, na Bíblia.

Uma pessoa perfeccionista quer fazer o certo com exagerada preocupação em não falhar em nada. O sábio Rei de Israel, Salomão, disse: “Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?” Isto está em Eclesiastes 7:16, na Bíblia.

Um perfeccionista sente necessidade de não errar para não ser chamado a atenção e teme que descubram algum erro seu. Geralmente se pune por ter cometido falhas, mesmo antes que façam comentários negativos sobre ele. Uma das razões que levam alguém a se tornar perfeccionista tem que ver com sentimentos de abandono que a pessoa nutre desde a meninice quando havia em sua família alguma situação afetiva que promovia a negação de sentimentos, quase uma proibição de expressar emoções, incluindo zanga, a pessoa sentia que não poderia discordar de ideias dos outros familiares, sentia medo, insatisfação, e não expunha desejos pessoais.

Têm crianças que quando cometem erros normais da idade, são criticadas pelos mais velhos como se tivessem que ser adultas precocemente e saber tudo. Adultos quando não estão bem consigo mesmos, podem explodir com raiva diante de uma criança que faz uma queixa justa. Mesmo quando uma criança erra ou faz uma travessura, a forma como os pais reagem com ela pode ser exagerada e até pior do que o que a criança fez.

Uma mulher disse: “Em criança, quando eu tinha feito algo incorreto, meu pai alcoólico não falava comigo durante vários dias. Ainda posso me lembrar de me sentir tensa, triste, e sozinha até que ele voltasse a se comunicar comigo; então tudo estaria bem outra vez. Eu me sentia como se estivesse sendo abandonada várias vezes. Não sabia que o pensamento e comportamento alcoólico do meu pai não tinha nada a ver comigo.” (A Esperança para Hoje”, Al-Anon, p.246).

Essa mulher nutria culpa falsa. Sentia que era erro dela o fato do pai ficar emburrado vários dias com ela, quando na verdade ele ficava assim por causa do alcoolismo e dificuldades temperamentais dele.

Ainda que o medo de abandono é um dos medos universais encontrado em todas as crianças (outro é o medo do escuro), o medo do abandono não é natural. Ele indica algum conflito interno na pessoa devido a alguma situação traumática de sua vida.

Algumas coisas que ajudam uma pessoa a aliviar a pressão sobre si mesmo e talvez sobre outros devido à uma atitude perfeccionista podem ser: 1) Pare de ficar chato consigo mesmo exigindo perfeição demais. Isto não significa tornar-se irresponsável. Significa permitir-se relaxar. 2) Não precisa fazer dez coisas ao mesmo tempo para agradar a todos. 3) Evite ficar querendo adivinhar o que poderá agradar os outros. 4) Acabe com as atitudes de agradar a todos o tempo todo custe o que custar. É impossível fazer isto e não perder sua saúde. Se alguém lhe pressiona ou desagrada, você tem direito de dizer coisas como: “Me dê algum tempo para pensar nisto.”, “Não posso dar minha resposta final agora. Mais tarde lhe digo o que decidi.”, “Não tenho certeza.”, “Não sei.” 5) Não se preocupe em ter que explicar seus motivos para uma pessoa explosiva que não pensa com sensatez, que não consegue escutar o que você tem a dizer. Temos o direito de ser quem somos e temos a responsabilidade de procurar crescer no nosso ritmo em direção a ser uma pessoa melhor. Sem exageros perfeccionistas.

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Saúde mental e oração

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Dr. Kenneth Pargament, professor emérito de Psicologia da Bowling Green State University, em Ohio, estuda como se usa a religião para lidar com traumas da vida e diz que a tendência é que o impulso religioso aumente em momentos de crise, exatamente o que ocorreu no auge da pandemia da Covid-19, quando pessoas no mundo todo procuraram fontes espirituais de apoio, consolo e proteção contra a angústia, o medo, a tristeza.

Dr. Kenneth Pargament, professor emérito de Psicologia da Bowling Green State University, em Ohio, estuda como se usa a religião para lidar com traumas da vida e diz que a tendência é que o impulso religioso aumente em momentos de crise, exatamente o que ocorreu no auge da pandemia da Covid-19, quando pessoas no mundo todo procuraram fontes espirituais de apoio, consolo e proteção contra a angústia, o medo, a tristeza.

Dr. David H. Rosmarin, professor de psicologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e diretor do Programa de Espiritualidade e Saúde Mental do McLean Hospital, em Belmont, Massachusetts comenta que os cientistas têm feito pouca pesquisa sobre benefícios da oração para a saúde humana, em grande parte por falta de financiamento na comunidade médica para pesquisa espiritual.

Dr. Rosmarin explica que é difícil estudar cientificamente a oração. E diz que a oração só é provável que tenha benefícios para a saúde mental para aqueles que estão abertos a ela. Existem características de como orar que fazem as orações benéficas para você lidar com seus medos, ansiedade, tristeza, que tem que ver com pensar no que você diz na oração, orar de forma espontânea, usando palavras simples como num diálogo, sendo sincero e honesto no que diz, tendo uma postura humilde, perseverando na oração, crendo que Deus escuta de verdade.

Dr. Rosmarin diz às pessoas curiosas sobre oração para imaginar uma conversa de coração para coração com alguém com quem não conversam há algum tempo e relata uma pesquisa feita sobre oração que mostrou que ela pode ter benefícios semelhantes à meditação porque pode acalmar seu sistema nervoso, conduzir à serenidade e esperança, e pode fazê-lo ficar com menos emoções desagradáveis.

Um estudo publicado em 2005 no Journal of Behavioral Medicine comparou formas seculares e espirituais de meditação e descobriu que a meditação espiritual era mais calmante. Na meditação secular, você se concentra em algo como em sua respiração ou uma palavra não espiritual, o “mantra”. Já na meditação espiritual, você se concentra em uma palavra ou texto espiritual, por exemplo, lê um texto bíblico sobre um evento como um milagre de Jesus, ou parte do Sermão da Montanha, e imagina a cena como se estivesse ali.

Neste estudo, dividiram pessoas em grupos, uns ensinados a meditar usando palavras de autoafirmação (“Eu sou amor”) e outros com palavras que descreviam um poder superior (“Deus é amor”). Meditaram 20 minutos por dia durante quatro semanas. Os cientistas descobriram que o grupo da meditação espiritual teve maiores diminuições na ansiedade e estresse, e humor mais positivo.

Alguns cientistas que estudam a oração creem que as pessoas que oram se beneficiam de um sentimento de apoio emocional. Amy Wachholtz, professora de Psicologia Clínica da Universidade do Colorado, em Denver, explica: “Imagine carregar uma mochila hora após hora. Vai começar a parecer muito pesada. Mas se você puder entregá-la a outra pessoa para segurar por um tempo, ela vai parecer mais leve quando você a pegar novamente. Isso é o que a oração pode fazer, ou seja, permite que você alivie seu fardo mentalmente por um tempo e descanse.”

Um estudo de 2004 coordenado pelo dr. Pargament, sobre métodos religiosos de enfrentamento no Journal of Health Psychology descobriu que as pessoas que se aproximam de Deus como colaborador em suas vidas tiveram melhores resultados de saúde mental e física, e as pessoas com raiva de Deus, que se sentem punidas ou abandonadas, ou que renunciam à sua responsabilidade e jogam para Deus o que elas deveriam fazer, tiveram piores resultados.

A oração também pode ajudar seu casamento, de acordo com estudos coordenados pelo dr. Frank Fincham, da Faculdade de Ciências Humanas da Florida State University, em Tallahassee. Eles descobriram que quando as pessoas oram pelo bem-estar de seu cônjuge, por sentirem emoções negativas no casamento, ambos - o que faz a oração e o que a recebe - relatam maior satisfação no relacionamento. "A oração dá aos casais a chance de se acalmar e reforça a ideia de que você está no mesmo time.”, diz Frank.

Fonte: https://www.psychologicalscience.org/news/the-science-of-prayer-2.html

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Melhorando a confiança para uma melhor saúde mental

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

No site www.webmd.com/mental-health/signs-trust-issues foi colocado um interessante artigo sobre confiança e saúde mental. Se você tem dificuldade para confiar, isto pode ter relação com coisas que podem ser melhoradas. Confiança em relacionamento humano tem que ver com crer no caráter, na habilidade, na verdade de alguém. Precisamos de confiança para desenvolver relacionamentos saudáveis, seguros e satisfatórios. Viver desconfiando é um estresse.

No site www.webmd.com/mental-health/signs-trust-issues foi colocado um interessante artigo sobre confiança e saúde mental. Se você tem dificuldade para confiar, isto pode ter relação com coisas que podem ser melhoradas. Confiança em relacionamento humano tem que ver com crer no caráter, na habilidade, na verdade de alguém. Precisamos de confiança para desenvolver relacionamentos saudáveis, seguros e satisfatórios. Viver desconfiando é um estresse. Para você seguir bem num relacionamento, é preciso confiar na pessoa.

Quando não existe confiança num relacionamento, surgem pensamentos, sentimentos e ações prejudiciais, como julgamentos negativos, suspeita e ciúme. Se a desconfiança persiste, podem surgir problemas como abuso emocional e físico. As pessoas podem ter problemas de confiança ligados a depressão, ansiedade excessiva, medo de abandono, estresse pós-traumático, esquizofrenia e outros fatores.

Quer saber se você tem problemas de confiança? Veja alguns sinais: 1) Ficar verificando os fatos que lhe disseram, mesmo sem motivo para duvidar do que a pessoa lhe disse. 2) Sempre esperar o pior do que farão com você, suspeitando dos motivos dos outros. 3) Manter-se afastado das pessoas com dificuldade de se abrir para elas, com medo de ser vulnerável e íntimo. 4) Ter muito ciúme, sentindo-se sempre ameaçado como se o outro o fosse enganar.

O que fazer para melhorar os problemas de desconfiança? Se eles estão muito graves e criando muitos problemas nos seus relacionamentos, pode ser útil ter algumas consultas com psicólogo para discutir estas coisas e verificar que possivelmente está existindo o cultivo de pensamentos distorcidos sobre desconfiança por alguma razão que pode não ser ligada ao fato do outro estar enganando ou não ser confiável. Às vezes podemos trazer para a vida adulta problemas de confiança por situações traumáticas vividas no passado infantil e isto perturbar relacionamentos adultos nos quais não existe motivo para desconfiar.

Na terapia psicológica com bom profissional aprende-se a ter novas maneiras de pensar para vencer sentimentos negativos, ajuda a separar problemas passados de medos futuros e se reconstrói a confiança nos relacionamentos atuais.

Se houve em sua vida alguma situação que produziu a perda da confiança, como num caso de infidelidade conjugal, é possível reconstruir a confiança. Quem traiu precisa pedir perdão, mostrar sincero arrependimento pelo erro cometido, oferecer alguma compensação pelo deslize praticado e não mais repetir o mesmo comportamento que perturbou a confiança.

Se um amigo, esposo, esposa ou outro ente querido tiver problemas de confiança, esforce-se para ser mais honesto e transparente em suas interações com ele e, na verdade, com todos. Faça esforços para ser menos defensivo no contato com eles, expondo suas ideias, seus propósitos, com palavras claras, sinceras e honestas.

Diga o que quer dizer, mas faça isso com respeito e clareza. Procure ser direto, objetivo, claro ao pedir o que você quer do seu relacionamento. Não use frases genéricas tipo “quero ser mais amada”, ou “melhore seu relacionamento comigo”. Explique para o outro o que isto significa em termos práticos. O amor não é uma bola mágica de maneira que você diz uma frase genérica, não clara e o outro tem que adivinhar tudo o que você não disse.

Abrir o coração, falar do que sente, ser honesto em seus pensamentos, sentimentos e conduta, ser objetivo nos pedidos, fazer isso com respeito, sem gritaria, sem crises histéricas, sem manipulação, tudo isso favorece um bom relacionamento com amor e promove a confiança.

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O que fazer com meu filho rebelde?

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Grande parte dos pais desta geração atual tem dificuldade em equilibrar o afeto e o exercício da autoridade para com seus filhos. Décadas atrás se errava por exagero na disciplina aplicada aos filhos, pouco diálogo e muitas exigências. Nesta geração o erro principal que os pais estão praticando, mesmo amando seus filhos, tem que ver com permissividade, prática inadequada da autoridade, e com isso os filhos assumem o comando, exigem coisas, se portam como se fossem donos do pedaço.

Grande parte dos pais desta geração atual tem dificuldade em equilibrar o afeto e o exercício da autoridade para com seus filhos. Décadas atrás se errava por exagero na disciplina aplicada aos filhos, pouco diálogo e muitas exigências. Nesta geração o erro principal que os pais estão praticando, mesmo amando seus filhos, tem que ver com permissividade, prática inadequada da autoridade, e com isso os filhos assumem o comando, exigem coisas, se portam como se fossem donos do pedaço.

Muitos pais oferecem coisas boas aos filhos, mas recebem um retorno pequeno em termos de obediência, respeito, colaboração em tarefas de casa. Onde está o problema? Primeiro de tudo, pai e mãe de um filho ou filha com comportamento inadequado e abusivo, precisam pensar que isto não se tornou assim da noite para o dia. Deve ter faltado colocar disciplina correta desde que o filho, que hoje é rebelde, preguiçoso, descansado, impaciente e até agressivo, era pequeno. Pode ter faltado pulso firme da parte dos pais. Daí a criança ficou mimada, cheia de vontades, e egoísta.

Os pais atuais precisam retomar o controle da educação dos filhos assumindo o papel de autoridade que lhes é devido no lar, o que é diferente de autoritarismo. As crianças precisam do papel de autoridade dos pais para saberem se posicionar na vida de maneira respeitosa, responsável, produtiva. Se os pais são omissos e negligentes na aplicação da disciplina devida, seus filhos aprendem que podem fazer o que querem, na hora que querem e do jeito que desejam. E isto é algo que a realidade da vida adulta que eles terão que enfrentar não tolera.

Se você pai e mãe tem oferecido a seus filhos presentes, eletrônicos, passeios e se têm dado afeto, então eles precisam dar um retorno disso. E o retorno tem que ser colaborar com pequenas tarefas em casa, mesmo tendo uma empregada doméstica, tem que ser obediência às ordens justas dos pais, tem que se empenharem nos estudos, respeitar os mais velhos, e respeitar a autoridade do pai e da mãe.

O que pode estar faltando é o correto exercício da autoridade de forma a exigir respeito da parte das crianças e jovens sem os pais terem que gratificar seus filhos por eles praticarem atitudes respeitosas e obedientes. Isto é obrigação deles na função de filhos.

Não presenteiem um comportamento que é devido da parte do filho. Ficar submisso ao filho e deixar que ele se torne um egoísta exigente e com isso ele se torna irritadiço, respondão e agressivo, é um erro a ser corrigido agora mesmo. Não adianta levar a criança ou jovem ao psicólogo para concertar comportamentos ruins dele, se vocês pais não agem corretamente aplicando disciplinas adequadas e exigindo respeito pela autoridade dos pais no lar.

O comportamento respeitoso dos filhos para com os pais é o normal a ser esperado deles tanto para com os pais quanto para com pessoas mais velhas. Se os pais presentearem bons comportamentos dos filhos, isto faz com que eles se achem, consciente ou inconscientemente, no direito de perder o controle emocional desrespeitando os pais a menos que sejam gratificados com um presente.

Como corrigir isso? Os pais precisam enxergar quando e como condescendem com as exigências egoístas dos filhos e mudar isso para que os filhos aprendam que eles não podem ter o que querem na hora que querem, aprendam que os pais não são empregados ou mordomos dos filhos e que precisam respeitá-los como pais.

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Coragem de ser para não adoecer

quinta-feira, 04 de novembro de 2021

Uma advogada norte-americana, bem sucedida financeira e profissionalmente teve câncer de mama, e quando recebia ajuda psicológica para lidar com o abalo emocional que ocorre com um diagnóstico deste, compreendeu que vinha fazendo na vida não o que ela realmente queria e gostava. Ela sempre desejou estar envolvida com música, mas deixou isto de lado e tocou a vida para a frente como advogada. Depois que o câncer surgiu, ela decidiu mudar radicalmente sua vida profissional, passando a fazer o que sempre desejou: música.

Uma advogada norte-americana, bem sucedida financeira e profissionalmente teve câncer de mama, e quando recebia ajuda psicológica para lidar com o abalo emocional que ocorre com um diagnóstico deste, compreendeu que vinha fazendo na vida não o que ela realmente queria e gostava. Ela sempre desejou estar envolvida com música, mas deixou isto de lado e tocou a vida para a frente como advogada. Depois que o câncer surgiu, ela decidiu mudar radicalmente sua vida profissional, passando a fazer o que sempre desejou: música.

Lawrence LeShan, psicólogo que trabalhou mais de 20 anos só com pacientes terminais, verificou que pessoas portadoras de câncer que fizeram mudanças como esta feita pela advogada, tiveram uma recuperação da doença e uma sobrevida bem melhor e maior do que as que não fizeram mudança alguma. (ver livros dele como “O Câncer como Ponto de Mutação”, “Brigando pela Vida”).

Não é necessariamente fácil identificar o que se deseja na vida. Há pessoas que ficam confusas sobre o que querem. Algumas pensam que querem algo, vão em busca, conseguem, e em seguida surge o vazio e a necessidade de redefinir o desejo. Muitas não identificam o desejo pessoal.

Muitos que desenvolvem um câncer passam por cima de si mesmos em várias coisas na vida tendo dificuldade de se impor no bom sentido da palavra. Se alguém pisa no pé deles, eles é que pedem desculpas. Têm poucos canais para expressar sentimentos, reprimindo-os demais. Apresentam dificuldade de colocar limites e, assim, são vítimas de abuso com frequência.

Para estas pessoas, aprender a colocar limites é difícil, mas é uma necessidade. E precisam fazer isto como um treinamento, pois para elas não é algo natural. Geralmente se sentem culpadas se dizem “não”. Elas têm uma batalha pessoal dupla porque, precisam lutar para terem coragem de colocar limites e precisam se libertar da falsa culpa por fazer isto. Enquanto que para outras pessoas isto é muito natural, para aquelas mais tímidas é como se fosse um parto.

Parece que alguns indivíduos que têm muita dificuldade de expressar emoções, canalizam inconscientemente para uma parte do corpo a tensão pela sobrecarga emocional não expressada e experimentada conscientemente. Daí surge naquela parte do corpo uma enfermidade que chamamos de “psicossomática”.

O corpo ajuda a mente a não surtar. Enquanto aquela pessoa não conseguir lidar com suas tensões emocionais de maneira consciente e construtiva, o corpo irá absorver o conjunto de sentimentos e implodirá no seu ponto mais fraco (ou mais forte?), que chamamos de “órgão de choque”, que é o órgão ou sistema onde naquela pessoa o estresse emocional mais se manifesta.

Então, aprender a identificar desejos, colocar limites, expressar o que sente, emitir opiniões sem medo, impor respeito sem agressividade, pedir ajuda, dizer “não” ou “sim” mais próximo da verdade interior do que do desejo de agradar ou de não magoar os outros, colaboram para que a saúde melhore e algumas enfermidades que se manifestam no físico, mas que têm origem na mente, não ocorram ou se ocorrerem, sejam minimizadas e não tão agressivas contra a vida.

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