O faz de conta é uma brincadeira importante na infância porque a criança, ao recriar o mundo através da imitação de pessoas e personagens em seus papéis e funções, começa a entender as relações inter-humanas e as atividades realizadas na vida coletiva. As histórias na literatura infantil também recriam os fatos e possuem atualidade, mesmo as que são contextualizadas em tempos mais antigos.
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana

Tereza Cristina Malcher Campitelli
Momentos Literários
Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.
A formação do leitor é de responsabilidade da família, da escola e do Estado. Começa desde a mais tenra idade através da escuta de histórias contadas e lidas, do manuseio dos livros e visualização das suas imagens e pelo prazer de brincar.
Stephen Hawking, astrofísico teórico britânico e escritor, um dos mais renomados cientistas, há 30 anos previu que em 2025 o mundo entraria em uma nova era tecnológica devido à disseminação dos computadores, ao avanço da robótica em várias áreas de produção e atividade humana, o desenvolvimento da Inteligência Artificial, dentre outras.
Hoje, pensando no que ia escrever às vésperas do Dia das Mães, um dia divino em que se comemora a vida, o começo e a transformação, me deparei com a mãe da Chapeuzinho Vermelho, personagem silenciosa, de quem pouco se sabe e se conhece na literatura, mas que guarda um significado profundo.
Nova Friburgo participou do Dia Mundial da Criatividade e Inovação (World Criativity Day), um evento global promovido pela ONU, durante os dias 21, 22 e 23 de abril, quando realizou diversas atividades gratuitas com a finalidade de promover o desenvolvimento humano com a participação de educadores, artistas, empreendedores, pesquisadores e demais agentes de mudança.
Depois de escrever a coluna passada sobre a riqueza imperceptível contida em cinco minutos, inspirada pelo livro “O Idiota”, de Dostoiévski, fiquei divagando antes de dormir, durante aquela hora em que conversamos com os anjos, com nosso presente, passado e futuro, até que uma ideia veio me instigar: a eternidade! Existe?! Se existe, como será? Que conceito abstrato! Entre exclamações e indagações, cheguei a uma conclusão, a mais simples e óbvia, a mais inquestionável por mim. Talvez os físicos, filósofos ou religiosos possam dar outros esclarecimentos e interpretações.
Nossa capacidade de apreender a realidade é complexa e abrange os processos de captação dos estímulos através dos sentidos e dos processos mentais que englobam o domínio cognitivo e são sujeitos às influências dos valores, crenças e aspirações. Por que estou me referindo aos modos com que a pessoa capta a realidade para abordar a riqueza contida em cinco minutos? Cinco minutos — um brevíssimo tempo que pode mudar os rumos da vida, conter impressões significativas e revelações. Além de proporcionar sensações inéditas, inesquecíveis.
No seu aniversário de oitenta anos vale a pena convidá-lo para uma prosa, apenas para falar da sua vida em um lugar tão especial para nós que vivemos aqui, entre árvores, montanhas e rios. Em uma região abençoada pela beleza, pelo povo simples e guerreiro, que constrói sua vida dia a dia; cada cidadão a seu modo. E, desde que você nasceu foi se espalhando pelas ruas da cidade, flanando como borboleta pelo quotidiano, escrevendo matérias sobre os acontecimentos. Expondo a competência de ser imprensa.
Acredito que as pessoas já se depararam com os desafios de terminar algo, colocar um ponto final ou mesmo, como se diz por aí, virar a página. O que começa termina e, se assim não for, o acontecer perde seus sentidos. Se toda praça termina numa rua, como os mares acolhem as águas dos rios, o que finda abre um leque de possibilidades; o fim não extingue as energias. Como dizia Lavoisier, na natureza tudo se transforma, e o que resta tem energia suficiente para fazer novo começo acontecer, uma força capaz de nos permitir dar uma volta no rumo da vida e não nos deixar à deriva da história.
Certa vez, conheci uma médica budista, Dra. Nazareth Solino, que já não está mais entre nós, infelizmente, que me disse: o maior desafio a enfrentar no dia é acordar de manhã, levantar-se, colocar-se a disposição para fazer o dia acontecer e dar os primeiros passos. É uma atitude que possui graus diferentes de dificuldades e, por maior que seja, é o melhor que temos a fazer para começar mais uma jornada.