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Ibovespa batendo recorde!

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Mas um recorde nada bom...

Enquanto escrevo este texto ainda é dia 16 e o principal índice da nossa bolsa brasileira, o Ibovespa, alcança a marca de 12 pregões negativos consecutivos. Segundo o Valor Data, é a maior sequência de quedas desde a criação do índice em 1968. Preocupante, não acha? Mas quais são os porquês deste cenário e como se proteger?

Mas um recorde nada bom...

Enquanto escrevo este texto ainda é dia 16 e o principal índice da nossa bolsa brasileira, o Ibovespa, alcança a marca de 12 pregões negativos consecutivos. Segundo o Valor Data, é a maior sequência de quedas desde a criação do índice em 1968. Preocupante, não acha? Mas quais são os porquês deste cenário e como se proteger?

O primeiro ponto para entender diante desta realidade é a influência da política monetária sobre as atividades da economia real. Compreender o custo do dinheiro é fundamental para tomar suas decisões de investimentos. Com juros altos o dinheiro torna-se mais caro – e com dinheiro mais caro, menor incentivo ao fomento de novos negócios (ou, até mesmo, expansão de negócios já existentes). É uma lógica simples de risco e retorno. Já que títulos com alta segurança estão me trazendo boa rentabilidade, qual o sentido de assumir riscos desnecessários?

E voltando ao assunto de política monetária, você pode estar se perguntando o porquê de a bolsa brasileira refletir tão negativamente seu resultado diante do primeiro corte de juros na última reunião do Copom. Bom, aqui temos um detalhe de extrema importância para o contexto global: o banco central brasileiro tem certa relevância, mas ainda pouca diante do peso representado pelo banco central dos Estados Unidos. E por lá, vale ressaltar, tivemos novo aumento de juros e com espaço para juros ainda maiores nas próximas decisões do Fomc (o Copom dos EUA). O resultado, portanto, foi de forte direcionamento de capital para fora do Brasil – e quando nossa bolsa perde liquidez, a tendência natural é queda de preços.

Aproveitar o momento ideal é importante para alcançar resultados extraordinários. Mas nem sempre é possível encontrar o timing perfeito em suas operações e por isso existem ferramentas responsáveis por assegurar preços e proteger quedas.

Apesar da sequência de resultados negativos, por exemplo, recentemente vivemos uma forte alta do índice Ibovespa garantir os lucros seria fundamental para se proteger das quedas que vieram depois. Mas como fazer isso? Quais são essas ferramentas?

Agora entram em cena os derivativos. Aqui, você se compromete com operações futuras de compra e venda. Imagine-se, portanto, numa situação em que você tenha comprado ações da empresa X por R$ 42 e quer garantir o direito de venda a este mesmo preço para se proteger do possível cenário de queda. Basta ter comprado uma put no mesmo preço para, se necessário, exercer a venda do papel sem realizar o prejuízo.

Outras possibilidades, entretanto, também existem. Se você fizer combinações específicas entre call e put, estratégias diferentes podem ser estruturadas e abrem possibilidade, até mesmo, para o ganho dobrado no mercado de ações.

É um conhecimento, de fato, complexo e que exige muito estudo. Não ache que o mercado de derivativos é simples, pois você pode acabar confundindo algum detalhe responsável por atribuir resultado devastador em seu patrimônio. Contudo, é claro, o acompanhamento de um profissional da área pode ampliar seus horizontes e possibilitar boas experiências no mercado, mesmo em tempos de crise.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Gênio da lâmpada

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Quem não fantasiou, quando criança, com a possibilidade de encontrar o “gênio da lâmpada mágica” a quem seria possível fazer quaisquer pedidos do mundo? O que você, lá atrás pediria? Três pedidos. Perguntei a crianças próximas e as respostas foram essas: “todo chocolate do mundo”; “férias o ano inteiro”; “ não precisar tomar banho”; “ganhar um animal de estimação”, “morar perto dos meus amigos” e “que Papai Noel existisse de verdade”.

Quem não fantasiou, quando criança, com a possibilidade de encontrar o “gênio da lâmpada mágica” a quem seria possível fazer quaisquer pedidos do mundo? O que você, lá atrás pediria? Três pedidos. Perguntei a crianças próximas e as respostas foram essas: “todo chocolate do mundo”; “férias o ano inteiro”; “ não precisar tomar banho”; “ganhar um animal de estimação”, “morar perto dos meus amigos” e “que Papai Noel existisse de verdade”.

As crianças um dia crescem e os milagres pretendidos por nós, adultos, ganham outra dimensão. Aproveitei a deixa e fiz uma singela “pesquisa de campo” com alguns adultos também:  “ -quais seriam seus três pedidos?”. Agreguei uma dificuldade à pergunta: “ – responda sem pensar”. E ouvi, curiosa e atenta, as suas respostas. E foram justamente elas que me levaram à novas reflexões.

Percebi dentro daquele contexto em que estávamos, que ninguém demandaria do gênio a paz mundial, alimentos orgânicos para todos, fim da fome, da corrupção, da violência de gênero, do preconceito, a preservação do meio ambiente ou liberdade. Que desperdício. Alguém precisaria pugnar por esses milagres, não? Felizmente, o amor entrou no rol de pedidos. Ninguém falou sobre amor pela humanidade ou por amar a todos os seres. As respostas foram assim:  “ encontrar o amor esse ano”; “ ser feliz no amor”; “não sofrer por amor”; “ finalmente ter sorte no amor”. Percebi que relacionamento importa e muito, a ponto de valer pelo primeiro dos três quaisquer pedidos no mundo.

O que também não me surpreendeu foram os pedidos ligados à parte material e financeira; “ ganhar na mega sena”; “ quitar minhas dívidas”; “comprar meu apartamento”; “ficar rico sem trabalhar”. As respostas foram mais ou menos essas. De fato, é uma preocupação de muitas pessoas.

Diante da realização no amor e o dinheiro no bolso com as contas pagas, fiquei ansiosa pelos próximos últimos pedidos. Bem, devo dizer alguns deles optaram por viagens, uma delas desejou aumentar a família, um quis a tão sonhada felicidade e outros desejaram amenidades.

A brincadeira passou, mas a reflexão permaneceu, afinal de contas, quem não deseja que coisas boas possam lhes acontecer repentinamente? Considerando que o milagre dos três pedidos não passa de uma ficção e não acontecerá com ninguém, o que cada um deles está efetivamente fazendo para alcançar os objetivos não tão milagrosos assim? O que fazem e melhoram em si como pessoas para atraírem o amor verdadeiro? O quanto se esforçam e trabalham para realizarem conquistas financeiras? É bom pensarmos nisso e também sobre a razão de sermos egoístas a ponto de gastarmos nossos desejos emanados para o Universo com propósitos tão-somente individuais e não coletivos também.

E você, quais os três desejos que transformariam sua vida seriam feitos ao gênio da lâmpada mágica? Sejam vocês, ou melhor, sejamos nós os nossos próprios realizadores de sonhos.

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Maio não é o mês das noivas

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Em Nova Friburgo, maio não é o mês das noivas. Considerado o mês delas, por tradição católica, entre outros fatores históricos, maio não tem sido o mês preferido para o matrimônio. Segundo dados cartoriais, neste ano, o quinto mês do ano está com a 2ª posição, com 87 uniões. Junho é o campeão, por enquanto, com 100 matrimônios. No ano passado, maio ficou com a inglória 8ª posição. As pessoas se casaram mais no segundo semestre. 

Meses mais disputados

Em Nova Friburgo, maio não é o mês das noivas. Considerado o mês delas, por tradição católica, entre outros fatores históricos, maio não tem sido o mês preferido para o matrimônio. Segundo dados cartoriais, neste ano, o quinto mês do ano está com a 2ª posição, com 87 uniões. Junho é o campeão, por enquanto, com 100 matrimônios. No ano passado, maio ficou com a inglória 8ª posição. As pessoas se casaram mais no segundo semestre. 


Meses mais disputados

Novembro e setembro têm sido os meses preferidos pelos noivos. Acredita-se que por ser primavera, os meses oferecem mais frescor e o fator climático colabora com eventos ao ar livre. Dos 1.031 casamentos feitos no ano passado, 112 foram em novembro e 110 em setembro. Maio registrou apenas 77 casamentos. Fevereiro foi o mês com menor procura no ano passado: 60. Mas em 2023 foi diferente. Fevereiro teve 80 casamentos, perdendo apenas para junho e maio e empatando com julho.


Segundo semestre

Até agora, Nova Friburgo registrou 581 casamentos, neste ano. Como no segundo semestre há tendência de alta, é possível que 2023 supere 2022. As pessoas se casaram menos no ano passado na comparação com 2021 quando foram realizadas 1.117 uniões, 86 a mais do que em 2022. Ou seja, mesmo com o ápice da pandemia da Covid-19, as pessoas se casaram mais, ainda que com restrições para cerimônias. Em 2020, início da pandemia, foram 912 registros cartoriais de casamento. Em 2019, antes da pandemia, foram 1.182 casamentos.      

 

Mesmo sem pandemia, mortes em alta

Mesmo com o fim da pandemia, Nova Friburgo continua com número de mortes acima da média registrada antes do início da Covid-19, em 2020. Aliás, em 2022, primeiro ano de recuo da pandemia, o número de óbitos registrados no município foi maior do que o de 2020. Foram 1.869 mortes ante 1.848 de 2020. O ano de 2022 fechou como a 3ª pior marca da história, sendo superada apenas por 2021 (ápice da pandemia) com 2.319 óbitos registrados e as 1.876 mortes registradas em 2011 (ano da tragédia climática).


Mortes acima da média

A média de mortes em Nova Friburgo, excetuando 2011 e 2020/2021 é de 1.502 por ano. Se 2022 ficou acima da média, mesmo sem o número acentuado de mortes pela Covid, 2023 segue a tendência de alta. Até o último dia de julho, os registros cartoriais apontavam 1.054 mortes no município. No mesmo período de 2022, tinham sido registrados 1.129 óbitos. 


Números seguem elevados

Mantendo-se a média de 150,57 óbitos/mês, há uma tendência de que 2023 feche com algo em torno de 1.810 mortes, sendo a 5ª pior da história. Se o número de mortes tem aumentado no município, o número de nascimentos teve queda até o ano passado, mas deve retomar o crescimento. No ano passado foram 1.932 novos friburguenses. Em 2023, até o último dia 15, os cartórios registraram 1.330 nascimentos. 

 

Mais nascimentos

Com base nos dados cartoriais, em média, nasceram, por mês, 179 friburguenses. Mantendo-se a trajetória, o ano deve fechar em torno de 2.160 nascimentos, superando, portanto, o ano passado e retomando a casa de acima de dois mil como antes da pandemia. Maio foi o mês, até agora, com maior chegada de bebês: 214. Janeiro ficou na sequência com 200. Já fevereiro foi o com menor número de nascimentos (132), seguido de abril (144). 


Pais ausentes aumenta

Dado a se observar é o número de registros de nascimentos sem pai declarado, o chamado de pai ausente. Neste ano, 59 nascidos foram registrados apenas pela mãe. Em todo o ano de 2022, foram 66 pais ausentes. Ou seja, faltando cinco meses para terminar 2023 está próximo de superar o ano passado inteiro. Ainda que o número represente menos de 5% do total de registros de nascimentos, é algo a se destacar.   


Vira-latas

Os "vira-latas", animais sem raça definida, são maioria nos lares brasileiros — representando 40% de todos os cães e 98% de todos os gatos. O levantamento foi realizado com base no banco de dados da plataforma PetCenso. Ainda entre os cachorros, são comuns também os Shih Tzus (12%), Yorkshire Terriers (5%) e Spitz Alemães (4%). Os tutores nacionais ainda preferem cães machos e gatas fêmeas: 51,2% dos cachorros declarados na plataforma são machos, enquanto 48,8% são fêmeas. Já no caso dos gatos, 46,8% são machos e 53,2% são fêmeas.

 

Cidades sustentáveis

Nova Friburgo atingiu a sua pior nota no Índice das Cidades Sustentáveis (53,47), criado em 2015 e analisado anualmente, com foco nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Complementando as informações trazidas pela coluna na semana passada, Nova Friburgo teve piora em dez dos ODS e ficou estagnada em 4, ou seja, não cresceu, nem caiu. Só apresentou melhora em 3 objetivos: Água Potável e Saneamento; Vida Terrestre e Parcerias e Meios de Implementação, ainda que nos dois últimos, a pontuação ainda seja considerada muito baixa. 


Nota por objetivo

Em cada ODS analisado há uma série de segmentações que dão a pontuação final a partir de dados atualizados, extraídos de plataformas oficiais, como o DataSUS, por exemplo. Confira na tabela a pontuação obtida neste ano por ODS. A seta para cima significa melhora, a seta reta significa estagnação e para baixo - piora com relação aos anos anteriores. Lembrando que a pontuação vai de zero a 100, onde zero é o mínimo e 100 o máximo.

1 - Erradicação da Pobreza - 56,77 (↓) 

2 - Fome Zero - 45,82 (↓)

3 - Saúde e Bem-estar - 63,83 (↓) 

4 - Educação de Qualidade - 46,23 (↓)

5 - Igualdade de Gênero - 35,80 (→)

6 - Água Potável e Saneamento - 86,98 (↑)

7 - Energia Limpa e Acessível - 82,98 (→)

8 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico - 64,08 (↓)

9 - Indústria, Inovação e Infraestrutura - 7,85 (↓)

10 - Redução das Desigualdades - 60,53(→)

11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis - 57,36 (↓)

12 - Consumo e Produção Responsáveis - 37,00 (↓)

13 - Ação Contra a Mudança Global do Clima - 89,16 (↓)

14 - Vida na Água - 82,81 (→)

15 - Vida Terrestre - 32,08 (↑)

16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes - 38,92 (↓)

17 - Parcerias e Meios de Implementação - 20,75 (↑)


Restauro ao original

O Nova Friburgo Country Clube está restaurando o famoso quiosque do lago superior, onde funcionava o moinho. A equipe de restauro iniciou uma pesquisa em busca das antigas características da construção e agora está em processo de resgate dos elementos que estiveram soterrados por mais de 70 anos. Este moinho tinha os tijolos aparentes, fazendo alusão a uma pequena torre medieval e remetendo, possivelmente, às origens da família Clemente Pinto e sua relação com as terras portuguesas. 


Pesquisa apurada

Originalmente um moinho de fubá, o pequeno edifício também se configura como um folly (do inglês) ou uma fabrique de jardin (em francês) - típico elemento decorativo dos jardins românticos. O moinho foi desativado em meados do século 20, quando sofreu um incêndio. Na época, a construção já tinha sido revestida por argamassa, coberta de sane e contornada por uma varanda de madeira. Depois do acidente, o edifício só foi recuperado na década de 1980 por Claudio Piragibe, que optou por manter a estrutura octogonal rebocada de branco e coberta com chapas metálicas. Com a finalização dos trabalhos, o monumento pretende ficar o mais próximo do que foi concebido há mais de 100 anos.  

 

Vilage

A atual tetracampeã do carnaval friburguense retoma neste domingo, 20, a disputa de samba-enredo para o seu desfile do ano que vem. Mais um samba será eliminado e apenas cinco seguirão para as semifinais, quando mais duas composições serão cortadas, restando apenas três na grande final, programada para 2 de setembro.

 

Palavreando

“Entre na única vida que te pertence. A sua mesma. Todas as outras, até as imprestáveis, apenas se emprestam a você por alguns momentos. Três minutos ou menos se for esquete. Comédia ou drama. Musical? Quantos atos? Haverá intervalo. Quanto tempo dura uma transa? Em transe. Perguntas não importam”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

Foto da galeria
#OMELHORFRIODORIO Suas árvores no seu céu com seu luar: será possível captar?
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Descriminalização da maconha no Brasil. Entenda

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Composta em 1998 pelo artista Gabriel O Pensador, a música intitulada 'Cachimbo da Paz' revitaliza um polêmico debate que perdura ao longo de gerações tanto no Brasil como no mundo.  Trazendo consigo toques de relevância contemporânea que margeiam a nossa realidade, nas letras da canção, o rapper declara: "Cada um experimenta o cachimbo da floresta; alegam que é excelente; alegam que não presta; há quem queira proibir, há quem queira autorizar; e essa polêmica atinge até mesmo o Congresso".

Composta em 1998 pelo artista Gabriel O Pensador, a música intitulada 'Cachimbo da Paz' revitaliza um polêmico debate que perdura ao longo de gerações tanto no Brasil como no mundo.  Trazendo consigo toques de relevância contemporânea que margeiam a nossa realidade, nas letras da canção, o rapper declara: "Cada um experimenta o cachimbo da floresta; alegam que é excelente; alegam que não presta; há quem queira proibir, há quem queira autorizar; e essa polêmica atinge até mesmo o Congresso".

Apesar dos quase 30 anos de sua composição, a música expõe temáticas sensíveis que atualmente tem sido rediscutidas no cenário nacional. Ainda que o debate não tenha chegado nas nossas câmaras legislativas, nesta quinta-feira, 17,  a missão do Supremo Tribunal Federal será julgar a descriminalização do porte da maconha para uso pessoal.

O julgamento

O julgamento não se dará em um único dia e certamente não teremos o veredito ainda nesta semana. Pode não parecer, mas as sessões do STF são longas e os votos dos ministros são bem embasados e demorados. É possível que somente depois de alguns meses tenhamos o veredito.

Afinal, alguns de vocês devem estar se perguntando: “Com tantos problemas no Brasil, é o momento ideal para falarmos de maconha?”. Bom, a verdade é que apesar da pauta levar o nome da droga, os debates são extensos, e abordam outros assuntos, como  o superencarceramento, o racismo, a legislação brasileira e a rotina do judiciário.

Desde 2015, o julgamento seguia parado na Suprema Corte. O estopim, se deu pela condenação de um homem por tráfico de drogas depois de ter sido flagrado com três gramas de maconha. A quantia apreendida equivale a metade de um sachê de açúcar desses que encontramos na padaria.

O que é tráfico e o que é uso?

Não existe uma regra clara e a legislação é confusa. Desde que a nova lei de drogas foi aprovada em 2006, aumentou em 340% o encarceramento de pessoas por porte de drogas que acabam sendo condenadas por tráfico. O porte para consumo não dá pena de prisão, mas a lei também não especifica qual é a quantidade considerada para consumo.

Nesse passo, a polícia, o judiciário e a promotoria é que acabam decidindo o que é tráfico e o que é consumo. Não existe uma regra clara. “Ter droga em depósito” pode ser definido como uso ou como tráfico. Atual legislação gera distorções, que variam em muito em consequências. No uso, uma simples condução a delegacia, no tráfico, uma pena de prisão com pena mínima de cinco anos em regime fechado.

E nesse sentido, vivemos no limbo e na indecisão de quem julga que reproduz sua visão de mundo nas sentenças. Assim, de um lado, um homem negro preso por menos de um sachê de açúcar de maconha, enquanto do outro lado, temos o filho de uma desembargadora, branco, apreendido com 130 quilos de maconha no carro, solto.

Na atual legislação, muitas pessoas são punidas com a prisão por portarem quantidades consideradas irrisórias de maconha enquanto outras seguem soltas. Muitas vezes, a baliza para um juiz determinar o que é tráfico e o que é uso são totalmente subjetivos, como: o local da apreensão das drogas, a classe social da pessoa, o trabalho dela, a cor da pele e o grau de estudo.

Alexandre de Moraes em seu voto citou um estudo: 'Branco precisa estar com 80% a mais de maconha do que o preto para ser considerado traficante'. Na prática, sabemos que uma pessoa branca apreendida com um cigarro de maconha e moradora do alto das Braunes tem uma pena diferente de uma pessoa negra apreendida com o mesmo cigarro, sendo moradora do Alto de Olaria.

Liberação da venda não é cogitada

Apesar de ainda faltarem sete ministros para darem seus pareceres e seus votos finais, o atual placar é de 4 a 0 para a descriminalização da maconha para uso pessoal. Não há no presente momento, qualquer discussão que autorize ou permita a venda de maconha de forma indiscriminada. O crime de tráfico ainda existirá e com duras penas.

Um estudo do Ipea aponta que 27% dos réus condenados por tráfico de maconha portavam menos de 25 gramas da droga. No caso de uma decisão do STF que estipule até 25 gramas como a quantidade considerada para consumo próprio poderia tirar 45 mil pessoas da cadeia e diminuir a população carcerária do país em 6%.

Vale lembrar que a autolesão não é crime. O Estado não pode te punir se você quiser beber veneno, beber álcool em excesso, comer açúcar demais ou ingerir sustâncias que não são legais para sua saúde. O que atualmente, o Supremo Tribunal Federal pretende definir é a baliza de como podemos diferenciar um traficante de uma pessoa que faz o uso adulto da cannabis. 

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Humildade, mansidão e longanimidade

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Algumas características de nosso comportamento facilitam ou prejudicam nosso relacionamento com a gente mesmo, com os outros, com a vida e com Deus. Por isso faz bem pensar e autoavaliar como você está em relação à estas três qualidades do caráter: humildade, mansidão e longanimidade.

Algumas características de nosso comportamento facilitam ou prejudicam nosso relacionamento com a gente mesmo, com os outros, com a vida e com Deus. Por isso faz bem pensar e autoavaliar como você está em relação à estas três qualidades do caráter: humildade, mansidão e longanimidade.

Humildade não é ser pobre materialmente. Ela não é uma característica negativa da pessoa, não é autodepreciação. Humildade tem que ver com não ser arrogante, é uma virtude positiva que em alguns sentidos significa valorizar os outros e ter uma atitude de servir, de ajudar. Ter a mentalidade de ajudar é uma postura na vida contrária ao egocentrismo e produz bem-estar na pessoa que a pratica, além de beneficiar quem recebe sua ajuda.

Mansidão não é somente uma característica da pessoa não briguenta que consegue ter bom autocontrole emocional. Uma pessoa mansa também é alguém que não se exalta ou não é excessivamente impressionada com o senso de importância própria. Uma pessoa mansa é cortês, gentil, dócil.

Já a longanimidade é a qualidade de uma pessoa capaz de suportar provocações sem perder a paciência e explodir. Ela lida com firmeza diante de contrariedades sempre em benefício dos outros. Não é um indivíduo ingênuo, fraco, mas paciente.

Se pensarmos no oposto destas virtudes, teríamos, então, o orgulho como oposto à humildade, a impetuosidade contrária a mansidão e a impaciência como oposta à longanimidade.

Mas é possível vencer estes defeitos de caráter, caso você queira e faça esforços neste sentido ao tomar a decisão de querer amadurecer nestes aspectos do comportamento. Primeiro de tudo, reconheça a presença destes defeitos em sua personalidade, ou seja, não use racionalizações para negar a existência do problema. Pelo contrário, admita. Diga para si mesmo: “Tenho problemas com orgulho, com descontrole emocional, com impaciência.” A admissão do problema já é meio caminho andado para o tratamento.

Em seguida, preste atenção quando estes defeitos surgem em seu comportamento. Assim que um deles surgir e você perceber, este é o momento para dizer para si mesmo em pensamento: “Não vou e permitir funcionar dessa forma (agressiva, impaciente, arrogante, orgulhosa...)!”

Sua vida, sua saúde geral, seus relacionamentos, sua satisfação na vida irão evoluir passo a passo para melhor ao você perseverar no exercício mental de lutar contra estes defeitos de caráter. As pessoas irão perceber e suas relações se tornarão de melhor qualidade. Sua vida terá melhor qualidade.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Quando interessa interpretar mal a fala dos outros

terça-feira, 15 de agosto de 2023

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, se viu envolvido na semana passada numa confusão causada por interpretação distorcida daquilo que falou. Zema é alinhado com a direita, muito bem votado nas últimas eleições para govenador e um possível candidato às presidenciais de 2006. Natural, portanto, que suas proposições tenham provocado tamanha celeuma por parte da esquerda, já que para ela tudo que não for canhoto só pode extrema direita.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, se viu envolvido na semana passada numa confusão causada por interpretação distorcida daquilo que falou. Zema é alinhado com a direita, muito bem votado nas últimas eleições para govenador e um possível candidato às presidenciais de 2006. Natural, portanto, que suas proposições tenham provocado tamanha celeuma por parte da esquerda, já que para ela tudo que não for canhoto só pode extrema direita.

Na realidade Zema defendeu a formação de um bloco das regiões sul-sudeste, o Cosud, nos moldes do já existente Consórcio Nordeste. De acordo com ele, “Além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos – que é o que nunca tivemos – protagonismo político”, afirmou o mineiro, acrescentando que é preciso “que o Brasil pare de avançar no sentido que avançou nos últimos anos – que é necessário, mas tem um limite – de só julgar que o Sul e o Sudeste são ricos e só eles têm que contribuir sem poder receber nada”. Aliás, essa é a realidade nua e crua da federação brasileira, quando vemos a carga de investimentos financeiros que convergem para o nordeste, um verdadeiro saco sem fundo. Desse ponto de vista, o que se pode pensar é que isso seria um sinal inequívoco de que as políticas para o desenvolvimento das áreas mais pobres estariam fracassando e seria necessário revê-las, em vez de se retirar ainda mais recursos dos estados mais fortes economicamente. É o que acontece ano a ano, há décadas.

O petismo e seus aliados no mundo político e na opinião pública trataram de criar a narrativa de um Zema xenófobo (ou até mesmo separatista), adversário dos estados de outras regiões, especialmente o Nordeste. Flávio Dino (PSB), ministro da Justiça e ex-governador do Maranhão, acusou a “extrema-direita” – de “fomentar divisões regionais” e chegou a chamar o mineiro de “traidor da pátria”. João Azevêdo (PSB), governador da Paraíba, adotou a mesma linha e acusou Zema de incentivar “uma guerra entre regiões”; em uma enorme ironia, a manifestação de Azevêdo foi feita na qualidade de presidente do Consórcio Nordeste, ou seja, de um grupo que funciona exatamente nos mesmos moldes do Cosud.

No entanto, uma reflexão deveria ser feita sobre a divisão da federação brasileira. Por quê? Porque ela é injusta, uma vez que estados mais ricos e populosos não têm uma representatividade na Câmara dos Deputados, proporcional a essa diferença. Na realidade os estados maiores acabam ficando sub representados e os menores super representados. Nosso modelo difere daquele dos Estados Unidos, onde a representação dos componentes da federação americana é móvel, variando de acordo com cada censo.

De acordo, ainda, com o pensamento das esquerdas, os estados mais ricos o são em função de terem sido mais favorecidos, mesmo argumento que levaram às políticas de cotas nas universidades e distribuição de vagas em concursos públicos. Isso nem sempre retrata a realidade, pois uma vontade mais forte de se dedicar ao trabalho ou aos estudos pode ser o diferencial. Na minha opinião, trata-se, na realidade, de agir preventivamente, atacar o “mal” pela raiz. Zema é governador de Minas Gerais, um estado politicamente importante, alinhado com os ideais que sempre nortearam os rumos corretos da sociedade como a honestidade, a decência, o crescimento da família e dos bons costumes. Além do mais, tem uma forte aprovação dos eleitores de seu estado e, sobretudo, faz um grande governo. E, é claro, isso o qualifica para a disputa das próximas eleições presidenciais, como representante da direita. Sendo uma ameaça para as pretensões das esquerdas, de se perpetuarem no poder, tem de ser desqualificado desde o início, mesmo com a utilização de falsos argumentos.

Acredito que a população brasileira, à medida que o tempo passa, já tenha conseguido a discernir o certo do errado e que, de sã consciência, não esteja satisfeita com o que está ocorrendo no Brasil desde a eleição de 2012. O tempo dirá e, Zema, pense duas vezes antes de emitir opiniões, pois o risco de ser mal interpretado, levianamente, sempre existe.

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AVS é um banquete literário para todos os gostos!

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Iniciar a viagem literária embarcando no Caderno Z é roteiro de emoções na certa. Ainda mais quando se trata de homenagear o Dia dos Pais. Christiane Coelho, que nos brindou com a matéria, me colocou na mesma situação, pois, eu não poderia iniciar a coluna, sem falar também do meu pai, o meu herói. Sempre presente, papai era autodidata e de tudo um pouco compartilhava com a gente. Eu e meu irmão conhecíamos o mundo pelos mapas e livros. Tabuada, verbos, capitais dos países e dos estados, faziam nossas noites festivas.

Iniciar a viagem literária embarcando no Caderno Z é roteiro de emoções na certa. Ainda mais quando se trata de homenagear o Dia dos Pais. Christiane Coelho, que nos brindou com a matéria, me colocou na mesma situação, pois, eu não poderia iniciar a coluna, sem falar também do meu pai, o meu herói. Sempre presente, papai era autodidata e de tudo um pouco compartilhava com a gente. Eu e meu irmão conhecíamos o mundo pelos mapas e livros. Tabuada, verbos, capitais dos países e dos estados, faziam nossas noites festivas. Férias, passeios, domingos, carnavais, sorvetes, em tudo, papai dizia, “presente”! Mais tarde, quando eu cresci, ele se tornou o meu melhor feedback. A gente criava as nossas metáforas e se entendia até nos olhares. E quando vinha uma data festiva, em que eu dizia: – “Pai, ainda nem comprei o seu presente!” Ele me respondia, numa boa: “Deixa de ser boba! O meu presente é você!”

Os depoimentos no “Z” formam uma constelação paternal, incrível e os pais citados se sobressaem em suas atitudes, assim como Edgar Mafort, que cuida do neto Arthur, desde que o pequeno tinha sete meses. Começou em meio período, até que passou para tempo integral, das fraldas às transmissões de valores. É um verdadeiro herói. “Faz almoço, dá lanche, faz dormir, leva para passear, faz compras com ele, inventa e ensina brincadeiras...”. Que lindo!  

O avô de Miguel, Sérgio Ricardo Sodré Imbuzeiro, é outro exemplar vovô. A sintonia nos cuidados é tanta que os pais do pequeno não saberiam o que seria se não fosse a aposentadoria do avô e, por sua vez, o avô não saberia o que seria de sua aposentadoria se não fosse a presença do neto em sua vida. 

Ricardo Alexandre de Oliveira é um paizão para os netos e para tornar a relação mais intensa ainda, ele se inseriu no judô e participa até de competições de futebol. Sua esposa, Pérola Luiza, a vovó das crianças, elogia o marido:

“Ele representa a segurança e a fortaleza para os meninos, que briga e acolhe. Um coração sem tamanho. Um bom pai, marido e um avô especial!”.

Carlos Pierre Vieira, o papai de Caio, também não faz por menos. O menino conta com a sua presença, de forma abrangente. Além do envolvimento diário, Pierre, no fim de semana, faz “o dia dos homens”, levando o filho “ao campo para jogar bola, na praça para brincar, para lanchar” e vão, somente os dois.

As irmãs Luana e Paula descrevem a performance do pai, o sempre disposto, Paulo Pontes. Pelo visto, ele constrói as pontes de uma relação incrível com as netas, pegando até a estrada para ajudar no que for preciso. Minha querida amiga, Chris Coelho, eu também choro com você, embora sejam choros diferentes. Eu, por ter meu pai numa saudade enorme e, você, por ter seu pai, dedicado, amoroso e tão participativo na vida das cinco netas e uma bisneta.

“São tantas horas de doação, tantas vezes que larga tudo para ajudar, socorrer, levar a um médico, mesmo fora da cidade, ter uma conversa para trazer conforto, uma oração...”.

– Não tem preço, não é amiga, ter uma presença assim na vida da família. Só mesmo a gratidão. E enquanto nos encantamos com tantos relatos maravilhosos, a vida segue e persiste o “desafio de conseguir um lar para crianças”.

Em “Sociais” na semana passada, dia 10, o querido Joel completou mais uma primavera e a ele desejamos saúde e muita seresta. Também no dia 10, completando 20 anos, no auge de suas conquistas, Arthur Fonseca. O jovem, que está seguindo os passos do pai, Eloir Perdigão, cursa Comunicação Social na Estácio e faz estágio na TV Zoom, na função de repórter. Parabéns!

O Dia Nacional das Artes, 12 de agosto, é lembrado na charge de Silvério e os leões, no alto de uma imponência, lamentam a demora na restauração do Centro de Arte. Falando em leões, cresce o número de micos-leões-dourados no Estado do Rio. Mais notícia boa: - A concessionária Águas de Nova Friburgo é finalista na categoria ‘Proteção e restauração de ecossistemas’, da 5ª edição do Prêmio de Sustentabilidade da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto. As águas vão rolar. Brindemos!

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Vivas para o Bernardo!

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Bernardo Cordeiro de Queiroz, o menino da foto, como o galãzinho mais foto do mundo e por demais amado pelos pais Marcelo Ribeiro de Queiroz e Tamires Verly Cordeiro, completa amanhã, dia 16, seu 1º aninho de muitas felicidades para contentamentos de todos.

Por esta alegre e maravilhosa razão, nossos parabéns ao lindo Bernardo, com votos também de felicidades ao querido casal de pais Tamires & Marcelo.

 

Mais um do Leonardo!

Bernardo Cordeiro de Queiroz, o menino da foto, como o galãzinho mais foto do mundo e por demais amado pelos pais Marcelo Ribeiro de Queiroz e Tamires Verly Cordeiro, completa amanhã, dia 16, seu 1º aninho de muitas felicidades para contentamentos de todos.

Por esta alegre e maravilhosa razão, nossos parabéns ao lindo Bernardo, com votos também de felicidades ao querido casal de pais Tamires & Marcelo.

 

Mais um do Leonardo!

Um grande abraço de congratulações com votos de muitas felicidades para o simpático Leonardo Asth, diretor da Rádio Nova Friburgo FM que amanhã, 16, inaugura nova idade. Parabéns, mais sucessos e tudo de bom!

 

Trabalho extra no Country

Em razão da forte e surpreendente ventania da tarde deste sábado, a dedicada equipe de funcionários do Nova Friburgo Country Clube está se dedicando a um trabalho que não estava programado.

Isso, em razão da necessidade de limpeza de várias ruas e partes internas do parque, que ficaram sujos de folhas, galhos e até pequenas árvores que caíram frente ao forte vendaval.

 

Rotary Olaria realizou posses

O Rotary Clube Nova Friburgo, na noite da última quarta-feira no Chakay promoveu concorrida assembleia festiva, conforme mostra a foto, de posse de sua diretoria, contando com presenças de ilustres convidados, inclusive o prefeito Johnny Maycon.

Desta forma, na oportunidade, o querido presidente Dr. Bruno Freitas, empossado mês passado com todos os presentes de Rotarys da cidade, promoveu a posse de sua diretoria assim composta: Carlos Eduardo Cortez – Cadu (Tesoureiro e Vice Presidente), Thiago Agrello (Secretário), Roberto Vianna (1º Protocolo), Mirtes Garuba (2º Protocolo), Marco Aurelio Pinheiro (Desenvolvido de quadro associativo), Jonas Cordeiro e Marcelo Mendonça (Diretores Administrativos).

Outro passo importante empreendido pelo Rotary Olaria naquela oportunidade foram as reposses, no retorno para quadro do clube, dos seus queridos rotaryanos Jonas Cordeiro, Marco Aurélio Mendonça e Mirtes Garuba.

 

Seminário pelo Dia do Maçom

Na tarde/noite do próximo sábado, 19, acontecerá no Commemori o “1º Seminário Regional de Maçonaria”, por iniciativa e realização da Loja Maçônica Indústria e Caridade, com participações das demais entidades coirmãs de nossa região.

O evento contará inicialmente com quatro relevantes palestras seguidas de celebração festiva. Tudo por conta das comemorações do “Dia do Maçom Brasileiro” que tem sua data oficial reverenciada anualmente no dia 20 de agosto.

 

Lions: mudança familiar na presidência

Sábado, dia 19, durante festiva com almoço por adesão na Rua Paulo Ceccon Salarini, no Prado, o Lions Clube Nova Friburgo estará empossando seu novo presidente e diretoria para o Ano Leonístico 2023/2024.

À frente, na presidência uma mudança doméstica: a esposa Vera Lúcia, após duas brilhantes gestões, passa o comando daquele clube de serviço para o seu querido esposo José Patrício.

 

Encontro de Colecionadores

Conforme esta coluna noticiou na última edição, está confirmadíssimo pelo dedicado organizador Alex Colecionador do Vasco, a 5ª edição do “Encontro de Colecionadores de Camisas de Futebol” para este sábado, 19, durante todo o dia no Cadima Shopping. Vale à pena prestigiar.

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A Família, Fonte de Vocações

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Iniciamos como Igreja, no último domingo, dedicado aos pais, a Semana Nacional da Família que, dentro do Ano e do mês Vocacional, tem como tema "A Família, Fonte das Vocações", levando todas as paróquias, comunidades eclesiais missionárias, todas as pastorais e movimentos a refletir sobre a importância da instituição familiar, como berço e sementeira dos diversos vocacionados de Deus. Vocação vem do verbo Vocare, em latim, que significa "chamar".

Iniciamos como Igreja, no último domingo, dedicado aos pais, a Semana Nacional da Família que, dentro do Ano e do mês Vocacional, tem como tema "A Família, Fonte das Vocações", levando todas as paróquias, comunidades eclesiais missionárias, todas as pastorais e movimentos a refletir sobre a importância da instituição familiar, como berço e sementeira dos diversos vocacionados de Deus. Vocação vem do verbo Vocare, em latim, que significa "chamar".

A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da CNBB e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar nos apresentam um valioso subsídio, a "Hora da Família", com vários encontros e celebrações sobre as diversas vocações, trazendo junto reflexões da "Hora da Vida". Na apresentação, o presidente da Comissão Episcopal, D. Ricardo Hoepers, nos diz:

"Neste tempo em que vivemos o Sínodo, todos somos chamados à comunhão, participação e missão. No seio familiar, Igreja doméstica, com suas alegrias e tristezas, com seus dons e suas fragilidades, Deus chama as diferentes vocações para servir a Igreja, na multiplicidade de carismas a serviço da missão. Quanto mais nossas famílias compreenderem a importância de cultivar dentro dos lares os valores cristãos, mais veremos surgir vocações para servir toda a Igreja. (...) Nossas crianças, adolescentes e jovens precisam de referenciais para descobrir o chamado e a família deve ser sempre o apoio que vai dar suporte para os filhos realizarem a vontade de Deus." 

O livreto abre sua temática, falando sobre a vocação da paternidade, que é uma dádiva, um dom, numa missão que deve ser assumida à luz do mistério de Cristo, refletindo a bondade, a misericórdia, a ternura de Deus Pai.

"Ser pai é uma vocação, é doação e persistência, é decisão, é razão, mas também muita emoção. É ser presença de Deus, é corrigir quando necessário, proteger, ensinar e perdoar." (...) "Deus é Pai e quis que alguns fossem chamados de pais, para dizer que devemos amar como Ele nos ama. Então, o pai deve entender que ele deve ser para os filhos o que Deus é para nós: uma fonte de amor".

São José é apresentado também como o modelo da paternidade santa, recebendo o múnus de cuidar do Menino Jesus, educá-lo e protegê-lo, doando toda a sua vida à Pessoa e à Missão do Redentor, o filho de Deus.

"Assim é a vocação de cada pai, que tem a missão sagrada de gerar e de ser o verdadeiro mensageiro de Deus na vida e seus filhos: ensinar a rezar, transmitir a fé e conduzir para exercer a cidadania consciente".

A presença e o testemunho dos pais é o alicerce para o bom desenvolvimento integral da criança. O texto se desenvolve frisando também o quarto mandamento: "Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra..." ( cf Ex 20,12), mostrando a educação dos pais como colaboração com Deus para que os filhos encontrem as virtudes e a felicidade, no plano de amor do Senhor.

"Educar é formar homens e mulheres verdadeiramente livres". Ensinar a usar a liberdade com verdade e responsabilidade. "Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não há de se afastar (Pv 22,6)”.

"O justo caminha na integridade; ditosos os filhos que o seguirem" (Pv 20, 7). Os pais são chamados por Deus a serem os educadores para a fé, a missão e a vocação dos filhos. Assim a família é a base de toda a sociedade, como a primeira escola das virtudes humanas e cristãs, na formação do caráter e da personalidade, santuário onde se valoriza e se protege a vida, desde a concepção até a morte natural.

Seguem os encontros com vários títulos: "Vocação: Graça e Missão", tema do Ano Vocacional; "Chamados a ser Povo de Deus"; "Vocação dos Discípulos Missionários", dentre outros. Ressalta-se o objetivo do Ano Vocacional que é "promover a cultura vocacional nas comunidades eclesiais, nas famílias e na sociedade para que sejam ambientes favoráveis ao despertar de todas as vocações, como graça e missão, a serviço do Reino de Deus" (CNBB, Vocação, Graça e Missão, n°3, p. 11). 

"A vocação é fruto das graças recebidas de Deus e a missão nasce a partir da experiência com a pessoa de Jesus Cristo, o que nos leva a sentir o abrasamento do coração e nos desafia a nos colocar a serviço da evangelização." Esta é a base para o lema da Semana Nacional da Família: "Corações ardentes, pés a caminho" (Lc 24, 32-33).

No testemunho do amor e da fé no matrimônio dos pais, se fecundam, além da vocação à vida e à santidade, todas as outras vocações que se baseiam na missão cristã do batismo: os diversos carismas e ministérios do tríplice múnus de ensinar, santificar e pastorear, como Igreja, no Sacerdócio comum ou régio, como leigos casados ou solteiros consagrados, discípulos missionários, salgando e iluminando o mundo, em suas profissões, talentos e habilidades, como  evangelizadores e catequistas, agentes de pastorais, ou como ministros ordenados, diáconos, padres, bispos, no Sacerdócio ministerial, ou na consagração como religiosos e religiosas, freis, freiras, monges, monjas. 

Toda vocação é um chamado de Deus a servir com alegria e amor aos irmãos, como povo do Senhor, permanecendo com Ele, Jesus, fonte da graça transformadora e capacitadora. Por isso é sempre comunitária, ou seja, um serviço em favor do bem, da libertação integral e da salvação dos irmãos, mesmo que na oração e espiritualidade de uma clausura ou eremitério. Estamos sempre na comunhão e missão de uma só Igreja, membros do corpo de Cristo, o Bom Pastor. 

Da nossa parte deverá sempre ser uma resposta de amor ao Amor de Deus que gratuitamente nos chama para a felicidade, á realização, à salvação, saindo de nós mesmos rumo ao outro, para servir, a exemplo de Maria, Nossa Mãe que nos ensina como responder à voz vocacional do anjo: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra" ( Lc 1, 38).

 

Pe Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é Assessor Eclesiástico da Comunicação Institucional

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As histórias nos ajudam a lidar com a morte e a segurar a vida pelo rabo

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

“Quando olhares para o céu de noite, eu estarei habitante numa delas e estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por teres me conhecido”

Saint-Exupéry em O Pequeno Príncipe

 

“Quando olhares para o céu de noite, eu estarei habitante numa delas e estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por teres me conhecido”

Saint-Exupéry em O Pequeno Príncipe

 

As pessoas têm restrições para falar da morte e dificuldades para lidar com os momentos finais daquelas com quem convivemos. Certa vez, fui visitar o pai de uma amiga que estava internado em um asilo e, tão logo cheguei, no saguão de entrada, vi fotos de internos, já bem velhos, acamados e impossibilitados de se locomoverem de modo independente. Alguns visitantes, como eu, demonstravam um triste espanto. Repentinamente passou uma enfermeira e chamou a atenção de todos para o fato de que eles tinham passado pela vida e, naquele momento em que a fotografia fora tirada, estavam findando. Cumpriram o ciclo da existência. As palavras contundentes daquela mulher me foram educativas e reforçaram o que sempre soube e neguei: a morte fará parte da minha vida.

Nascimento e morte são os exatos momentos em que sofremos as maiores transmutações. Na natureza, a cada dia, vivenciamos o amanhecer e o anoitecer. Como é belo ir ao Arpoador, no Rio de janeiro, para assistir ao pôr do sol, principalmente no verão quando as pessoas chegam a bater palmas quando o sol desaparece atrás da Pedra da Gávea. Diferentemente na vida individual, o findar é doloroso, mesmo para os familiares e amigos daqueles que viveram com plenitude.

A questão da morte vai além do fato biológico e descortina a amplitude dos sentimentos inerentes à ausência, ao desaparecer de alguém com quem temos relações de afeto. O lidar com sentimentos que cercam o quarto que fica vazio, o animal que perde o dono, a mãe que nunca mais verá o filho são desoladores. Um abraço, um consolo, um olhar que acalente é sempre sustentador. Um livro também o é.

Está em minhas mãos o livro de contos da Flávia Savary, “É de morte!” Segundo a autora, “é um livro sobre a vida” em que o leitor se depara com os “desdobramentos e ecos que a morte produz nas personagens”. Os contos narram situações em que a morte é o tema central e podem ser lidos por jovens e adultos.

Uma questão me inquieta. Ao escrever este texto uma inquietante dúvida me invade: estou diante da vida ou da morte? Questão nunca resolvida e que me é desafiadora.

Eis a questão apresentada por Shakespeare: o eterno dilema do ser ou não ser ou não ser. E, aqui, ao escrever a coluna me parece a metáfora da interminável dúvida: viver ou morrer?

Pois bem, parei de escrever e fui fritar uma omelete para o jantar. Fui à cozinha tentando decidir se pararia de ser escritora e me tornaria cozinheira. Se gostaria de continuar a viver ou morrer. Com a cabeça enrolada e a vontade de comer a omelete crescendo, acho que naturalmente me transmutei de escritora a cozinheira e decidi viver. Não matei a escritora, se bem que na cabeça estivessem fumegando grandes dúvidas existenciais. A escritora mereceria descansar. E aí surgiu a cozinheira, mestre em quebrar ovos e fazer omeletes de todos as maneiras.  Renasceu a cozinheira pela decisão de jantar e saborear uma omelete recheada com frango, acompanhada de salada e suco de laranja com limão. Se a cozinheira quisesse morrer, certamente iria fazer uma fritada de ovos mexidos, mas não uma omelete gorda, bonita de se ver e comer. Como a escritora está adormecida, a palavra omelete danou a ser repetida. Ich!

Flávia Savary tem razão. Pensar na morte é tomar a consciência de que a vida é para ser vivida.

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